Desejo Sombrio

Por clouveri

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🔞🔞 ROMANCE DARK PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS 🔞🔞 Este livro contém obsessão, relacionamento tóxico, ab... Más

Capítulo 1 - Estrelinha, Eu Não Queria Ser Você
Capítulo 2 - Se Meta Sim Onde Não É Chamado
Capítulo 3 - Cada Assassino Com Sua Vítima
Capítulo 4 - A Curiosidade Matou O Gato
Capítulo 5 - O Bem Não Compensa Merda Nenhuma
Capítulo 6 - Corra Ou Morra
Capítulo 7 - A Vingança É Bem Plena Sim
Capítulo 8 - Antes Mal Acompanhada Do Que Só
Capítulo 9 - Estripar É Um Bom Hobby
Capítulo 10 - Quem Ri Por Último É Um Idiota
Capítulo 11 - Invasão De Sonho Culposo
Capítulo 12 - Manda quem Pode E Obedece Quem Não Quer Morrer
Capítulo 13 - Calmo Como Um Cão Raivoso
Capítulo 14 - Quem Tem Pena É Galinha
Capítulo 15 - Fala Você Primeiro e Depois eu Falo
Capítulo 16 - Eu Sou Uma Piada Pra Você?
Capítulo 17 - Vou Tirar Só Uma "Cascona"
Capítulo 18 - V de Vingança? Não, é de Vai se F...
Capítulo 19 - Doido de Pedra
Capítulo 20 - Um Tapinha não Dói
Capítulo 21 - Quem Brinca Com Fogo, Arde De Desejo
Capítulo 22 - Dois Pesos E Uma Medida?
Capítulo 24 - Fofocas Fresquinhas
Capítulo 25 - Nada é tão ruim que não possa piorar
Capitulo 26 - Tão feio por dentro quanto por fora
Capítulo 27 - Doce Tortura
Capítulo 28 - S de Show ou de Sonsa?
Capítulo 29 - Ser falsa cansa, mas atuar é libertador.
Capítulo 30 - Frio como Iceberg, molhada como um oceano
Capítulo 31 - Jogando a merda no ventilador
Capítulo 32 - Perder pode ser prazeroso
Capítulo 33 - A cor do perigo e da segurança é a mesma: Preto
Capítulo 34 - Vai Namorar Comigo Sim
Capítulo 35 - Morrer? Só se for de prazer
Capítulo 36 - Cutucando a besta com vara curta
Capítulo 37 - Um Grande Castigo é melhor que um Pequeno Aviso
Capítulo 38 - Quem ama o feio, bonito lhe parece?
Capítulo 39 - Um mais um é igual a um casal obsessivo

Capítulo 23 - Uma surtada de leve, quem nunca?

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Por clouveri

Quanto tempo eu consigo levar daqui até minha casa? Sei que normalmente faço entre 4 e 5 minutos... Mas carregando peso estarei mais lento, talvez faça em 7 ou 8...

Estou levantando pesos de 60 kg nos meus treinos, mas Jina junto com as mochilas pesa mais que isso... Isso sem contar que 60kg ainda está forçando meu limite, eu era um saco de ossos até algumas semanas atrás e eu não estou tão diferente do que era antes. Ainda sou magro...

- Heitor... Vá. Você não vai me aguentar... Eu sou pesada demais para você carregar.

Essa porra de comentário ativa o ódio acima de todas as minhas outras emoções confusas.

Quem ousa me dizer que não conseguirei carregar minha própria mulher?!

Eu vou conseguir! Eu vou conseguir, porra!

Viro de costas pra ela e coloco as mochilas de forma que fiquem na parte da frente do meu corpo, depois abaixo um pouco.

- Jina, só preciso que dê um único impulso e se agarre no meu pescoço, ok? Só faça isso, sem dar nenhum piu. - Digo com pouca paciência.

Jina obedece e dá um pulo para minhas costas bem desajeitada.

Suas mãos e suas pernas escorregam e ela começa a cair, mas seguro seus braços e a puxo para cima com muita força a posicionando melhor de forma que não escorregue.

Uma leve preocupação me atinge se a machuquei, porém não posso parar agora por esse motivo, algo está gritando em meus ouvidos que estamos em perigo e cada segundo que passa fico mais apreensivo.

Depois que suas mãos estão em volta do meu pescoço, as solto e puxo suas pernas ao meu encontro, fazendo com que elas se cruzem na minha frente e posiciono minhas mãos em suas coxas para a prender a mim.

Ela está mais pesada do que eu estou acostumado a aguentar com certeza e isso me faz sentir um merda...

Eu deveria ter pego ainda mais pesado no treino. Que tipo de homem não consegue segurar sua própria mulher?!

Eu com certeza não sou, porque eu vou conseguir carregá-la nem que eu quebre minhas duas pernas no processo e tenha que ir rastejando.

Uso todo o meu ódio e raiva para ter forças para carregar Jina até a minha casa.

Minhas costas começam a queimar antes mesmo de sair da casa dela, mas é somente 10 passos após passar pela porta dela que sinto minhas pernas tremerem e me sinto gelar com a possibilidade de cair.

Uma memória invade minha mente de quando aquela mulher me obrigou a carregá-la como uma princesa - que ela não era - e ameaçou esfolar meu pau se eu a deixasse cair...

E eu a deixei cair.

Não tive forças suficiente pra carregá-la, isso porque aquela puta me deixava dias, as vezes semanas sem comer me alimentando só com seu... Urgh...

Foco, Heitor!

Nem fodendo o mesmo irá se repetir, porque agora o meu castigo por falhar custaria nossas vidas.

Só mais um pouco! Você consegue... Por Jina você consegue qualquer coisa.

Minhas pernas estão tremendo como a porra se um vibrador pelo excesso de peso sobre elas, todo e qualquer músculo do meu corpo está gritando como se estivessem sendo fritos.

Sinto o suor escorrer pelo meu rosto e agora estou com muita dificuldade de enxergar com eles escorrendo pelos meus olhos. Penso algumas vezes durante o trajeto que não vou conseguir, mas quando finalmente chego na frente da minha casa fico orgulhoso.

Coloco Jina com cuidado no chão e ainda sim envolvo sua cintura para garantir que não caia.

Ela está fodidamente tonta e desnorteada e isso faz meu coração congelar pra depois explodir em vários cacos de gelo.

Quero perguntar o que aconteceu... O que aquele porra fez com ela... Mas ela mal consegue se manter em pé sozinha... Imagina me responder coerentemente algo tão delicado.

Abro a porta da minha casa, com minhas mãos tremendo e minha vista escurecendo pelo excesso de esforço e então sinto minha corrente sanguínea congelar por todo o meu corpo , o sangue fugindo totalmente de meu rosto causando um enorme calafrio.

Minha casa está revirada. Completamente destruída.

- Caralho! - Exclamo.

Jina está em pé ao meu lado e agarra meu braço com força. Sinto o medo circular pelo seu corpo passando para o meu com o aperto que ela me dá.

- Heitor... - Ela sussurra em choque, em pânico.

Não sei o que dizer... Não sei o que fazer.

E se eles estiverem aqui? E se estiverem vindo pra cá? E se for uma armadilha?

E se... E se... E se...

Tantas possibilidades, nenhuma delas boas.

Eu não tenho mais nem um pingo de forças para conseguir fazer qualquer coisa. Eu não vou conseguir proteger Jina se for necessário agora e isso me causa um pânico inexplicável, incontrolável.

Agarro o pulso de Jina como se isso pudesse costurar nossas peles e nos tornar inseparáveis.

Meu coração está batendo tão forte que sinto suas batidas reverberarem por todo o meu corpo.

Minha cabeça, garganta, palma das mãos, ouvido, olhos...

Minha visão está escurecida e tenho a impressão que está piorando.

Eu não posso desmaiar agora! Eu preciso proteger Jina eu preciso ver se tem alguém aqui na casa que possa tirá-la de mim só que o meu maldito corpo não obedece mais nenhum comando meu sequer!

Não podem tirá-la de mim! Não posso deixar...

Encaro seu rosto gravando cada pedacinho dele na memória como se fosse a última vez que a verei.

- Jina... - É só o que consigo dizer antes de minha visão escurecer totalmente e não restar nem a minha consciência para me motivar a continuar lutando.

Ouço os gritos de Jina, ouço o barulho do meu corpo entrando em contato com o chão e o dela me seguindo, já que ela mal podia de manter de pé, mas não sinto mais nada depois disso.

...

- Heitor! - Ouço novamente meu nome ser chamado após um longo silêncio e escuro profundo.

- Acorda, a mamãe quer que você sugue o dedão do pé dela... - Sua voz irritante entra pelos meus ouvidos antes mesmo que eu consiga abrir meus olhos e me preparar para o que está por vir.

- Chupe, Heitor. Não vai decepcionar a mamãe, não é? - Sinto seu dedo do pé tocar minha boca com brutalidade e meus lábios rasgam com o contato de sua unha neles.

Ela fez de propósito. Porque ela gosta de me humilhar e me fazer sofrer.

Eu me recuso a abrir os lábios. Não vou me submeter mais a isso!

Você não precisa...

O que? Essa voz... Não é a voz da minha consciência... Ela não é fina nem meiga, mas é firme e sexy...

- Você não precisa se submeter à isso, Heitor. Você está livre agora... Ela mereceu morrer, ela mereceu o que fez com ela.

Essa voz... Me causa uma paz... Há um contraste gritante entre essa voz e a voz daquela mulher...

Essa voz me trás calma, paz mesmo não sendo fina, é uma voz adorável e que demonstra força.

Então, determinado, eu mordo o dedão do pé daquela mulher ao invés de chupa-lo como ela diz. Mordo com tanta força que sinto que posso arrancá-lo se continuar, os ossos delas estala fazendo um barulho "crocante".

A mulher grita agudo e pega uma faca que eu nem sei de onde surgiu.

- Morra, seu verme! Você não serve pra nada além de causar desgraças! Você vai terminar sozinho porque ninguém quer um monstro!

Antes que ela crave a faca em meu estômago eu desperto em um pulo.

Há uma toalha molhada gelada em minha testa e a mesma cai no meu colo quando me coloco sentado após despertar no susto.

Minha primeira reação é procurar Jina.

Ela estava do meu lado quando perdi a consciência e agora tudo que eu vejo é minha casa que não está nada igual a como eu a encontrei quando cheguei.

Estou enlouquecendo?

Não...

Não é como se ela estivesse como deveria estar. Não há mais a grande TV de frente para o sofá e vejo alguns móveis no lugar, porém alguns estão quebrados.

Alguém só arrumou a bagunça...

Jina...

- Jina! - Exclamo ficando cada vez mais ansioso.

Me levanto do sofá e só consigo pensar que ela deve ter me arrastado pra ele pois tenho certeza que cai no chão.

Ignoro a vertigem e quase corro em direção às escadas. Porém alguns segundos antes de eu começar a subir vejo uma sombra atrás de mim.

Antes que eu consiga pensar me viro rapidamente avançando na pessoa que estava à espreita pelas minhas costas.

Avanço direto sem pensar duas vezes, seguro a figura pelo pescoço e a encosto na parede, fazendo nossos corpos se chocarem com força.

Estou prestes a soltar um rugido como uma besta quando a voz fica presa em minha garganta quando vejo a pessoa na minha frente.

Puta que pariu!

Eu estou louco! Será que eu morri?

Eu só posso ter morrido para estar vendo um fantasma bem na minha frente.

- Por favor, me solta! - Uma voz que não combina exatamente com a pessoa que estou vendo, ressoa pelos lábios dela.

- S-Sofia? - Estou atônito.

Me afasto dela rapidamente chocado, assombrado.

Caralho! Caralho!

Ou eu morri ou seu espírito voltou dos mortos pra me assombrar.

Ela tosse um pouco quando a solto e então rapidamente se endireita ficando ereta com uma postura impecável.

- Então é verdade o que ele disse... Você matou minha irmã!? - Diz com os dentes e punhos cerrados.

O que? Irmã?

Então me lembro quando Sofia disse uma vez que iria matar sua irmã que destruiu seu pó.

- Você é a irmã da Sofia? - Questiono.

- E você é o assassino dela! - Ela grita para mim.

- Eu não a matei! - Grito de volta.

Ela pisca duas vezes seguidas expressando confusão.

- Mas ele disse que você a matou sim... Disse que se eu cavasse no seu quintal acharia o corpo dela e... e... E-eu encontrei.

Sua voz parece perder toda emoção no final, seu rosto como de uma barbie igual a Sofia perdendo toda a cor.

- Já disse que não fui eu, porra! - Disparo novamente.

Eu não tenho tempo pra isso! Onde está Jina? Será que a levaram? Como a porra da irmã de Sofia está aqui? E...

Caralho! Elas são gêmeas idênticas... Não há um traço nela que seja diferente de Sofia.

- Você não parece estar mentindo... - Ela repete pra si mesma confusa. - Eu achei que poderia ter essa possibilidade já que ele não é confiável mas... Por que o corpo da minha irmã estava... - Ela solta um soluço.

Ai caralho! Sério? De todos os momentos...

Ele com certeza é o Jake. Eu nem vou me dar o trabalho de perguntar.

Só que tudo isso está muito estranho! Por que ele enviou a irmã de Sofia para mim? Por que ele me deixou carregar Jina até aqui enquanto ele poderia te-lá levado ainda ontem...

Um estalo faz com que todas as coisas passem a fazer sentido quando eu penso que...

Ele está querendo brincar com a gente.

Ele quer me fazer enlouquecer... Ele fez aquela brincadeira ontem porque sabia que eu ficaria desesperado e passaria a noite acordado vigiando Jina... Depois ele armou pra que eu visse a mãe de Jina fugir para que eu ficasse apreensivo de que ele viria buscá-la mas todo o tempo ele sabia que eu estava lá... Até mesmo sua mãe deveria saber e por isso disse aquelas coisas propositalmente para me deixar ainda mais preocupado.

Puta que pariu!! Ele planejou tudo e eu como um idiota fiz tudo exatamente como ele planejou...

Ele destruiu minha casa inteira e chamou a irmã de Sofia para vir aqui, dizendo exatamente onde o corpo de sua irmã estava enterrado só pra me...

Incriminar...

Olho sobressaltado para a irmã de Sofia.

- Você chamou a polícia?! - Pergunto frenético.

Ela se cala e só me encara.

Ai caralho!

- Responde, porra!! - Grito chegando bem próximo de seu rosto agora.

- Não! Ele me mandou chamar mas... Eu... Não confio nele, porra! Ele é o filho do maior traficante de mulheres do país eu... Simplesmente não pude confiar totalmente nele.

- Espera... O que? - Eu me afasto dela que tem seu rosto com uma careta de medo e insegurança. - O Jake é filho de um traficante de mulheres?

As coisas não estão fazendo nenhum sentido e tem muitas coisas sem explicação que precisam ser esclarecidas...

Ela balança a cabeça que sim e depois para.

- Espera! Eu não disse o nome dele... Como você...

Não consigo escutar o que ela diz.

Jake é filho da porra de um traficante de mulheres... Isso me faz gelar por dentro quando imagino as coisas que ele pode fazer com Jina.

Minha cabeça começa a latejar.

O que o filho de um traficante de mulheres iria querer especificamente com a Jina? Eu poderia acreditar fielmente que ele está só obsecado, afinal, Jina é a porra da mulher mais deliciosa que já vi na vida mas...

A mãe dela está metida nisso até o cu, impossível que seja só isso.

Tem que ter algo entre a família da Jina e a de Jake... É a única coisa que explicaria toda essa merda.

A voz do clone de Sofia me tira dos meus pensamentos e isso me irrita.

- Q- qual o seu nome? - Ela pergunta me encarando ainda curiosa.

- Não é da sua conta! Você viu uma menina asiática por aqui? - Questiono.

Não confio nessa garota. Ela pode muito bem ter se juntado com Jake e estar aqui só pra me foder.

- Jina... Você está procurando a Jina... - Ela franze os lábios os apertando em uma linha fina.

- Você a viu?! - Pergunto ficando bem mais agressivo.

- O Jake mandou eu te avisar que se você for esperto e quiser viver... Vai esquecer que ela existe...- Ela faz uma pausa como se decidisse me contar tudo ou não.

- Fala logo, porra! - Avanço nela novamente segurando seu pescoço.

- E-ele disse que ela sempre foi dele, que ela está marcada e não há como fugir disso. - Diz com dificuldade.

Uma fúria misturada com medo começa a sair por todos os meus poros. Fico tonto e a única coisa que escuto é minha respiração saindo apressada.

Não! Não! Não!

Eles a levaram...

Então a ficha cai... Na verdade ela despenca como um avião caindo a mais de mil quilômetros por hora.

Eu cedo sobre meus joelhos e começo a puxar meus cabelos enquanto ouço um barulho perturbador que só depois percebo que veio de mim.

Jina... Minha Jina...

Eu soco o chão repetidamente até meus punhos estarem sangrando tanto que uma poça se forma no chão.

Eles a levaram... Minha Jina...

Jina! Jina! Não... Não...

Estou desesperado, estou sendo engolido pelo desespero.

Tudo na minha vida começa a perder o sentido e eu prefiro morrer a ter que lidar com o sentimento que estou sentindo agora... Um muito parecido com o que senti na noite em que meu pai matou minha mãe.

Parece que arrancaram todos os meus órgãos me deixando vazio e oco... Parece que o oxigênio foi drenado de dentro de mim de forma que eu nem me sinto mais vivo.

Jina... A razão de tudo... Ela se foi! Roubaram ela de mim e eu simplesmente não. Sei. O. Que. Fazer.

Porra! Porraaaaaa!!

Eu me levanto e começo a quebrar tudo que sobrou na casa.

Pego a estante que estava em pé e a jogo com tudo no chão soltando um grito bestial.

- Ahhhhhhhhhhhhh!! JINA! CARALHO!

Pego a madeira que soltou da estante e começo a quebrar as janelas enquanto grito ensandecido.

Eu vou matar! Eu vou matar todo mundo!

Sinto que não sou mais eu que controlo meu corpo e a voz que sai não é mais minha.

Parece que um lobo ou qualquer animal que apareça uma besta selvagem se apossou do meu corpo.

- GATORO! PARA! - Ouço uma voz feminina distante mas estou distante demais para ouvir... Distante de mim mesmo, distante do meu controle...

Sinto meu corpo encarar a garota, sinto um sorriso destorcido aparecer no meu rosto e sinto minhas mãos apertarem a madeira com mais força.

Meus pés se movem em sua direção e a garota congela.

Eu vou matá-la... Ela não tem nada a ver com isso tudo provavelmente... Ou talvez tenha... Mas eu vou matá-la porque sei o que estou sentindo agora e foi assim que matei Selene.

A garota corre.

Ahh... Isso faz a adrenalina correr por meu corpo e minha boca salivar de excitação quando começo a persegui-la como um animal.

Ela mal consegue passar pela porta quando seguro seu cabelo e a jogo com toda força para o chão.

Sua cabeça bate fazendo um estrondo bem agonizante.

Eu estalo meu pescoço. É como se eu estivesse sentindo tudo, vendo tudo, ouvindo tudo, mas sem o menor controle de algo.

Monto em cima dela, uma perna minha de cada lado de seu corpo, e levanto as duas mãos com a madeira na mão, preparado para bater nela até seu crânio virar purê.

- Eu posso te ajudar a encontrá-la! Eu tenho informações! Por favor não me mata! - Grita com lágrimas nos olhos, transbordando seu desespero.

Paro a madeira há alguns sentimentos de seu rosto quando ouço isso. O esforço de parar fazendo o suor escorrer pelas minhas costas.

Volto a sentir minhas mãos e meus pés. Testo o meu controle novamente movendo a cabeça para o lado, de forma que a inclino quase tocando meu ombro.

Quando sinto que consigo me mover, sento ao lado da garota e largo a madeira. Movo minhas mãos, esfoladas pelos golpes de agora há pouco, na minha frente tentando abrir e fechar os dedos, testando mais uma vez meu controle sobre mim mesmo.

A garota começa a chorar pelo choque ou pela dor... Não sei...

Eu solto um suspiro irritado e a ajudo a se levantar. Pego sua mão direita e coloco meu braço atrás de suas costas, a ajudando a ficar de pé.

- Desculpe... Perdi o controle. - Admito.

Minha voz é Baixa e controlada.

Vejo um arrepio percorrer o corpo da garota e adoraria pensar que é de medo, mas graças a porra daquela mulher eu sei muito bem quando um arrepio é de medo e quando é de excitação.

A solto rapidamente após ela estar de pé. A única que quero arrepiar assim é minha Jina...

- O-obrigada... Eu me chamo Solana... - Diz ainda ofegante pelo susto.

Eu não quero saber a porra do seu nome, eu não quero nada dela além da informação de como posso achar minha ratinha.

Mas me forço a parecer mais gentil. Sei que fica mais fácil de conquistar confiança dessa forma.

- Sou Heitor. - Digo simplesmente e quando a encaro sinto meu coração apertar.

Ela tem em seu rosto a mesma porra de feição que Sofia quando ficava triste ou assustada.

Ahhh caralho...

- Não vou te machucar... Prometo. Aquilo foi só um surto, mas já passou. - Digo mais suavemente.

Isso porque a culpa me invadiu e eu lembrei que eu não matei sua irmã, mas ela morreu por minha causa e eu não pude fazer nada...

Se isso acontecer com Jina... Eu nem posso me dar ao luxo de pensar sobre isso pois uma coisa é certa...

Eu mataria a todos lenta e dolorosamente e depois eu me mataria... Porque para mim é impossível viver sem a minha ratinha não tão medrosa assim.







Ces preparem o coração pro próximo cap, heim! Postei esse pelo feriado e pra fazer vcs felizes, mas sábado tem outro 😍🥰

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