Por Oliver
Já em minha suíte, depois de um banho, coloco minha calça de moletom e me deito, na esperança de que o sono chegue, o que não acontece!
Resolvo pegar o telefone e mandar mensagem para Meg, só para me certificar de que ela esteja bem, mas não quero estragar seu momento com seu mais novo amigo filho da puta.
Durante a palestra, me irritou completamente o fato de Meg não prestar atenção nas técnicas ali apresentadas e desperdiçar seu tempo com aquele cuzão lá.
Depois que ela me entregou as anotações, vi que tinha pegado pesado com ela. Com certeza ela prestou mais atenção do que, já que eu não me lembro de absolutamente nada apresentado pelo Klaus!
Não posso deixar de dizer o quanto Meg estava linda. Meg não deve ter noção do poder que tem nas mãos... o poder de fazer qualquer homem comer na palma de suas mãos,e é óbvio que isso não se encaixa à mim, que a vejo apenas como uma amiga e não sou homem de me prender à ninguém, mas é inevitável não perceber o quão linda e firme essa mulher é. Sorte do cara que for tê-la como companheira... esse cara ganhará o meu respeito e será extremamente sortudo!
Minha observação é apenas de alguém que tem experiências com mulheres de todos os tipos, mas Meg é diferenciada e posso dizer que nunca me envolvi com alguém que se comparasse à ela.
Sua beleza incomparável, seu olhar, seu jeito sexy sem vulgaridade, seu jeito único de ser, seu humor ácido, sua inteligência e, até mesmo, o seu gênio forte, são pontos fortes em Meg. Ela é diferente, Meg é uma mulher incrível.
Quando Meg me convidou para ficar lá no barzinho com eles, eu preferi negar seu pedido, mesmo querendo aceitar.
Eu me conheço e se aquele metido a garanhão continuar debochando de mim, isso não vai dar muito certo. Eu não quero estragar a noite de Meg, por causa de um cuzão daquele!
Olho em meu relógio e vejo que já são quase duas da manhã. Meg deve está se divertindo bastante, para não ter me ligado ou mandado mensagem avisando que está indo dormir.
Penso em descer e vê se está tudo bem com ela, mas eu não quero servir de platéia para aquele cuzão debochar da minha cara. Não desço nem por um milhão de caralhos!
Em menos de vinte minutos já estou arrumado. Lembrei que não jantei e preciso comer algo, para que eu não passe mal. Eu pensei até me pedir aqui no quarto, mas preferi descer para escolher o que comer lá embaixo mesmo.
Saindo do elevador, vou na direção do restaurante e assim que ponho meus pés lá dentro, vejo Marie vindo em minha direção e pelo visto, está claramente alcoolizada.
Puta que pariu, que azar!
-Oliver, seu filho da puta! Veja como eu estou bem e não preciso de você pra nada. Eu posso arrumar um homem que trepe muito melhor do que você, tá me ouvindo? Tá vendo aquele cara sentado ali no balcão? Vou passar a noite com ele e assim como sua amiga, quero que você se foda, seu idiota!
Quando Marie aponta para o balcão onde está seu acompanhante, meus olhos recaem sobre uma mulher de cabelos soltos, conjunto branco, sorriso inconfundível e um drink na mão. Meg está absolutamente linda...Mas cadê o cuzão?
Resolvo responder Marie.
-Obrigado pelos elogios, Marie. Espero que você se divirta bastante e curta sua noite.
Com licença!
A ouço praguejar alguma coisa, mas não dou bola.
Vou em direção à Meg, que parece me enxergar no meio da multidão. Percebo seus olhos cor de âmbar a me seguir e seu sorriso inconfundível surgir...
-Olá, Feiosa!
-Você por aqui, uma hora dessas? Não estaria muito tarde para um velhinho chato como você sair da cama?
Dou risada de sua piada.
-Senti fome e decidi descer para comer!
-Por que não pediu em seu quarto? Admita que você veio saber se eu estou bem, Sr. Windsor!
Disse ela, sorrindo. E que sorriso!
-Está engraçadinha, Srta. Bennett! Onde está seu companheiro?
-Ele foi embora ainda à pouco...
Ela não diz isso com cara de quem está triste.
Eu disse que esse cara era um cuzão. Que homem deixa uma mulher sozinha assim?
-E você resolveu ficar sozinha aqui, bebendo? - pergunto, enquanto cruzo meus braços, sorrindo para a Feiosa.
-Eu não estou sozinha! -me responde sorrindo.
Meio confuso, lhe pergunto:
-Não?
Eu olho ao redor e procuro quem possa estar com ela...
Ela sorri e pede ao garçom dois copos de whisky.
Ainda sorrindo pra mim, enquanto os garçons a entrega os copos, ela me serve um deles.
-Não, Oliver. Desde os meus quinze anos, eu não sei o que é ser sozinha. E a minha companhia de hoje é a mesma de quase quinze anos atrás. E quer saber? Eu estou muito feliz por isso. Obrigada por estar aqui, Oliver!
Um brinde à nossa noite!
Fiquei surpreso por suas palavras e é como se toda a angústia que eu estava sentindo tivesse sumido ao ouvir essas palavras.
Sorri e brindamos.
-Meg, eu que lhe agradeço por ter a sua companhia há quase quinze anos e, se eu puder e você me permitir, quero ter mais quinze, vinte, trinta, quarenta anos ao seu lado. Ainda assim, acho que não seria o suficiente...
Meg sorriu, me abraçando forte.
E quando eu ia me sentar, Meg me puxou.
-Venha, vamos dançar! -percebo que Meg está animada.
-Meg, eu sou uma negação dançando e você sabe. Eu lembro perfeitamente das vezes em que você deu risada das minhas tentativas frustrantes de dançar!
Eu disse e ela caiu na gargalhada.
Como é bom escutar sua risada...
-Oliver, vou repetir o que você sempre me diz quando eu acho que não sou capaz de alguma coisa no trabalho: Você pode, você consegue. Se achar difícil, apenas me acompanhe!
Meg tirou a noite para me deixar sem palavras.
-Tudo certo, Meg. Irei acompanhá-la, mas não me responsabilizo se eu pisar em seu pé!
-Certo! Se pisar em meu pé, como das outras vezes, levará um soco no braço. - diz e sorri.
Rimos juntos. E após fazermos uma brincadeira de virar o copo de uma só vez, fomos para a pista de dança.
Essa é uma de nossas brincadeiras preferidas. O "vira-vira". Nunca conheci uma mulher que quisesse fazer isso comigo. Até já propus à algumas, mas negaram, dizendo que eu era louco.
Meg e eu já estávamos na pista e eu fiquei parado e ela ria de minha cara. Ela já dançava, enquanto eu apenas estava movimentando os pés, com as mãos no bolso.
O doce cheiro de seu perfume, parece mais forte que o normal.
Até que Meg me puxou, tirando minhas mãos de meu bolso, se aproximando de mim e enlaçando seus braços aos redor do meu pescoço.
-Oliver, me acompanhe. Ouça e sinta a música. Deixe que ela te leve... -disse a Feiosa, sem tirar seus olhos dos meus, da mesma maneira que eu não perdia um só movimento dela.
Tudo parece está fazendo sentindo agora, mas prefiro me manter quieto e não estragar nada...
Quando Meg me abraçou e começou a dançar comigo, um sentimento totalmente desconhecido por mim, me invadiu. Eu estava feliz e confuso.
E se eu tivesse um super poder, eu pararia o tempo.
Meg e eu dançamos ao som de uma música não muito conhecida por mim, mas ao perguntar à Meg se ela conhecia, ela me disse que sim.
-Sim, Oliver, Eu conheço essa música e ela tem tocado com frequência em minha playlist.
Dançávamos ao som de: I've Been Thinking About You, de Mariah Carey.
-
"Nós nos conhecemos há muito tempo.
Mas eu nunca tinha realmente percebido toda a magia dos seus olhos.
Estive perto de você milhares de vezes e você sempre foi um amigo pra mim.
Mas agora eu estou querendo mais.
Eu devo ter sido cega.
Eu nunca notei que você é o certo para mim.
...
E eu não sei o que fazer, porque Baby, eu tenho pensado em você de maneiras peculiares.
É inacreditável pra mim, mas de repente, eu acho que estou apaixonada por você!"
Enquanto dançávamos, eu percebi o quanto Meg não tirava seus olhos dos meus e eu retribuía.
Eu olhava o contorno de sua boca bem feita e ela fazia o mesmo. A letra da música não colaborava muito.
Que porra de música é essa, tinha que ser ela a ser tocada agora?
Sentia meu corpo esquentar e uma vontade maluca de dar um beijo em Meg se apossou de mim.
Tudo está fazendo sentindo e, pela primeira vez, eu estou com medo do que estou sentindo.
Meg se aproximou ainda mais do meu rosto. Perto... perto demais!
Respirei fundo.
-Meg, eu preciso subir. -disse como um perfeito covarde.
Disse, com a voz ofegante e sem soltar Meg.
Ela me olhou, sem me soltar também.
-Você realmente quer subir, Oliver?
Disse Meg e sua voz saía por um fio...
-Meg... - minha voz saía por um fio.
Minhas mãos, como se fosse em um movimento automático, saíram de suas costas e foram até seu rosto, que ficou a milímetros do meu e, aspirando seu doce perfume.
-Meg, eu estou com medo de estragar tudo!
Ela sorriu, me desmontando:
-Estragar tudo? Se é isso que você pensa, vamos estragar tudo juntos? Eu topo!
Eu sorri e ela sorriu de volta.
Quando eu percebi uma de minhas mãos foram até sua nuca, exercendo uma certa força, eu aproximei ainda mais seu corpo ao meu, sentindo seu calor, seu cheiro doce...
Olhei e vi que Meg estava de olhos fechados e entregue à mim, como eu estava à ela.
Me aproximei ainda mais da bela mulher à minha frente.
Até que percebi alguém cutucando minhas costas!
Puta que pariu!!!
Megan
Oliver
Pista de dança