✧ e se você voltasse ✧

由 flouwerscent

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Graças ao divórcio dos seus pais e a má relação com parte da sua família, você foi emancipada aos 16 anos e... 更多

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由 flouwerscent

Bonsoir!! Ça va? Sim, a gata aqui se formou no italiano e agora está ingressada no francês. Gostaram?

Mas acho que antes de qualquer coisa me resta pedir desculpa por ter sumido por tantos meses. Passei um tempo sem conseguir escrever nada e, quando finalmente tive tempo de novo, já não sabia o que escrever. Como se a estória tivesse fugido de mim. Precisei reler algumas vezes até conseguir voltar a sentir que eu tinha o enredo nas mãos. Este capítulo, por exemplo, está escrito há meses já, mas parecia incompleto e não consegui postar.

Mas voltei!! Desculpa pelas mensagens não respondidas e pelo tempo perdido. Agradeço o carinho e vou tentar ao máximo compensar isso agora ✊🏼. Então conversem comigo, me digam o que vocês esperam da estória nesse momento. Ninguém conhece tanto um livro quanto quem lê, às vezes até mais que quem escreve.

É isso. Espero que gostem dos próximos capítulos;).

.

.

.

Passar a véspera de natal com Juliet e os outros moradores da casa foi muito bom, mas a manhã de natal, com todos aqueles idosos usando suéteres natalinos e tomando chá em volta da lareira, está sendo algo bem melhor.

Você está no sofá com Juliet. Ela tem uma manta no colo para aquecer as mãos, que vivem frias, mas o olhar é caloroso enquanto ela ri e comenta o quanto Gary e Gabe ficaram bem falados por ali na noite anterior.

- Todas minhas amigas queriam uma dança com um deles. A Juju gostou especialmente do Gary - Ela comenta. - Ficaram falando depois dos rapazes bonitos que apareceram como um presente de natal. Imagine a reação quando revelei que são casados. Acho que gostaram mais ainda!

- Eles são muito fofos juntos - Camila comenta, sentada ao seu lado.

- Quem? A Juju e o Gary? Ou a Molly e o Gabe? - Marco brinca.

- Bobo - A amiga empurra o ombro dele, fazendo o rapaz rir.

Você encara os dois mais que o normal. Nunca havia percebido nenhuma faísca entre eles antes da noite passada, mas agora que notou, não consegue parar de pensar em como era óbvio e estava debaixo do seu nariz esse tempo todo.

Só ainda não teve a chance de conversar com eles sobre.

- E vocês dois? - Juliet os olha. - Estão juntos há quanto tempo?

Camila gagueja um pouco, então Marco responde. Você observa atentamente, louca para saber o que ele vai dizer.

- Ah, não, não. Somos só amigos. A Camz é a minha amiga mais antiga, para falar a verdade. Junto com a Y/N.

- Os amores mais verdadeiros vêm das amizades mais antigas - Fig sorri. - É engraçado, porque olhando de longe ou de perto, que seja, eu poderia jurar que vocês estão apaixonados.

Camila dá um risinho sem graça. Caramba, eles nem sabem disfarçar. Como você não percebeu antes?

- É que somos bem próximos - Ela argumenta, mas parece se assustar um pouco com o seu olhar de "aham, Cláudia. Senta lá". - Y/N, já estou indo, tudo bem? Vou aproveitar o dia de folga para adiantar umas coisas no café.

- Trabalhando na folga, Cami?

- É o amor a profissão - Ela dá uma piscadela. Camila é formada em psicologia, mas nunca gostou tanto da área quanto gosta de confeitaria. Pensando agora, a Le Vie ainda está de pé graças a ajuda que ela te dá.

- Eu vou também - Marco se levanta. - Tudo bem pra você?

- Claro.

Quando ambos se despedem e saem, Juliet te olha com um meio sorriso. Você não sabe se ri ou se chora. Seus melhores amigos estão tendo um romance e não te contaram? Tudo bem. Mas essa tentativa horrorosa de fingir que não tem nada acontecendo te deixa quase frustrada por eles.

Mas quem é você para julgar, não é?

Tentando esquecer disso, você se vira para Juliet. Você a admira. Mesmo com a idade avançada ela não perdeu nenhum pouco da vaidade. Os cabelos grisalhos estão mais curtos que o normal, na altura da nuca, formando cachinhos que emolduram o pescoço frágil e enrugado, e os lábios finos estão pintados de batom. Ela usa brincos de pérolas.

- Que bonito - Você diz, apontando os brincos. - São novos?

- Ah, não. São mais antigos que seus pais, provavelmente - Ela ri. - Ganhei do meu marido antes de nos casarmos.

Você sorri para a forma como ela leva as mãos até as orelhas e toca os brincos. Com carinho. Olhos brilhando de nostalgia.

- O casamento de vocês não era tão ruim, não é?

- Em alguns aspectos. Ele era um homem bom, não nego. Mas... difícil de lidar. Eu não teria me casado com ele se não estivesse em um momento tão ruim. Longe da família, afundada em álcool e calmantes, sem um amigo em quem pudesse confiar, rodeada de abutres... eu teria morrido de overdose em pouco tempo. Então quando apareceu um príncipe encantado na minha vida, oferecendo tudo o que uma mulher poderia querer, eu aceitei. A ideia do casamento me parecia boa, lúdica, sóbria, e fazia muito tempo que eu não ficava sóbria. Mas também tinha segurança, sabe? Segurança que só uma família pode oferecer.

- Você já não tinha mais contato com sua família, não é?

- Não, imagina. Saí de casa muito cedo, querendo desbravar o mundo. Nenhuma família tradicional do interior aceitaria uma filha com uma reputação tão manchada de volta. Pensei que me casar com ele... um homem de bom nome, de respeito, fosse mudar alguma coisa. Fosse fazer minha família me olhar como uma pessoa novamente. E mesmo que eu não recuperasse eles, poderia fazer minha própria família, não é? Por fim nunca achei minha casa naquele homem. Acho que no fundo eu só não queria ser uma mãe solteira, como minha mãe disse tantas vezes que seria meu destino.

- Mãe solteira? - Você franze a testa.

Nunca, nos 7 anos em que conhece Juliet, ela mencionou um filho. E parece que não vai mencionar, pois a mulher sorri e dá um tapinha na sua mão.

- Ainda há muitas coisas que precisam ser desenterradas, mas hoje não. Ah, veja, quem é o rapaz bonito que acabou de chegar?

É Robert. Você se empertiga, arregalando um pouco os olhos em surpresa. O que ele estaria fazendo aqui? Você sabe que ele poderia entrar facilmente pois o nome da família está na lista de visitas de Juliet, mas ainda assim...

Estranho vê-lo entrando por essa porta na manhã de natal. E mais ainda vê-lo caminhando na sua direção.

- Bom dia, moças.

- Ah, menino - Fig ri. - Obrigada pelo elogio. Que bom te ver! Fazia tanto tempo que você não vinha me visitar.

- Me desculpe por isso, a vida não é nada tranquila em Londres.

- Imagino.

Pryce dá uma rápida olhada em você, então tira a mão de trás das costas e estica uma pequena caixa embrulhada na direção de Juliet.

- Só vim para desejar um feliz natal. E trazer seu presente. Meu vô disse que aparece mais tarde para te trazer uns biscoitos.

- Ah, querido, não precisava - Ela diz, mas os olhos estão brilhando enquanto ela segura o embrulho nas mãos. - Mas muito obrigada. Você deve estar com fome. Vamos pegar algo para você na cozinha.

- Não precisa, eu já comi até demais em casa.

- Hmm, mas você não recusaria a Madeleine da Y/N - Ela insiste e Pryce arregala um pouco os olhos, até se dar conta de que a senhora está se referindo ao doce. - Acho que comi uma dezena delas. Estão muito boas.

Você prende um riso na garganta, os olhos de Rob cruzando com os seus e ele parece querer rir também. Enquanto isso, Fig o encara com olhos apertados. Até uma luz parecer se acender no rosto dela.

- Ah, sim. Vocês ainda estão juntos, não é?

É normal às vezes ela se confundir. Apenas mais uma das consequências do alzheimer.

- Ah, não, Juliet, nós não...

Mas ela ainda está sorrindo e continua:

- E suponho que... - Ela olha de você para ele - ele já tenha te pedido em casamento, não é?

Você nega rapidamente. A mulher parece confusa.

- Mas eu me lembro que... bem, estou confusa. Já faz tanto tempo que estão juntos. Você ainda não pediu ela em casamento? Não estou vendo nenhuma anel de noivado.

Ela encara Rob, que abre a boca para responder, mas você se levanta antes.

- Você quer experimentar a Madeleine, Rob?

- Eu adoraria.

- Vou trazer mais para você também, Juliet. Pode ser?

- Claro.

Você vai na frente até a mesa disposta na outra sala, e ele te segue, deixando Fig abrindo seu presente. Sobrou muita comida da noite anterior, então você pega um prato para Rob e o enche com pãezinhos e doces. Enquanto o rapaz come, você faz mais um prato para você também, tentando se manter ocupada e ignorar a presença dele ali do seu lado.

A cozinha está em um perfeito silêncio quando ele diz:

- Sua Madeleine está uma delícia.

Você tenta, mas não consegue segurar e acaba rindo, o olhando. O rapaz tem um brilho infantil nos olhos e um sorriso divertido nos lábios.

- Cala a boca.

- Não falei nada demais.

- É sério.

- Sério o que?

- Não me trate assim quando eu nem sei em que pé estamos, Rob.

- Te tratar como, Y/N?

- Como se você não me odiasse nem um pouquinho.

Ele aquiesce, parado, mastigando, os olhos perdidos em um ponto da mesa. Então dá de ombros.

- Nunca consegui te odiar. Já você me odiou por muito tempo.

- Odiei mesmo.

- Muito?

- Pra caralho.

- Era você uma tal de gatinhaanonimaemanhosa que me xingava o tempo todo no Twitter?

- O quê? - Você ri antes que perceba que está rindo. - Não! De onde você tirou isso?

- Ah, droga. Sempre pensei que fosse você. Adorava ler os comentários me chamando de alcoólatra, fracassado e dizendo que eu nunca entrava num relacionamento sério porque devo sofrer de ejaculação precoce.

- Comentavam isso? Sobre você?

Você está gargalhando muito e muito alto. Rob sorri e balança a cabeça.

- Certeza que não era você?

- Certeza, Pryce.

- E não existiu nenhum comentário maldoso? Nem naquele vídeo do show horroroso em Cancún?

- Que show horroroso em Cancún?

- Sério? Você não ficou sabendo?

Você balança a cabeça e então ele te conta brevemente a história. Era na época em que Pryce mais teve problemas com álcool, então deu vexame num dos maiores show da banda. Entrou atrasado, cantou as letras todas erradas e, no grand finale, vomitou no palco. Isso manchou tanto a imagem da banda que ele passou dias sem sair do quarto de hotel, de tão envergonhado que ficou. Depois disso, resolveu parar de beber antes de qualquer apresentação.

- Na verdade, não me atentei a nada sobre vocês nos últimos anos. Evitei, na real - Você confessa, dando de ombros.

- Mesmo?

- Mesmo - Você ri, sem graça. - Por que eu iria querer ficar de olho nas notícias que saíam sobre você? Sobre sua vida amorosa com modelos francesas e suas músicas escritas para elas?

- Nunca saí com nenhuma modelo francesa - Ele nega, mas encolhe os ombros com o seu olhar. - Elas eram inglesas.

- Ha!

- Mas nunca escrevi nenhuma música para elas, pelo menos não sentimentais. Nunca escrevi nada sentimental que não fosse sobre você.

- Não é verdade - Você balança a cabeça. Sente o peito transbordar. Ainda é difícil pensar que vocês poderiam ter estado juntos por todos esses anos se não fosse um erro de comunicação.

- É verdade - Pryce afirma, voz firme, olhos nos seus. - Você nunca ouviu uma música? I'm Sorry About Call You Again? Aquele álbum foi todo sobre você. Fiz um discurso na premiação do Grammy's diretamente pra você.

- A única música que ouvi de vocês foi Love Is A Laserquest.

- E não por livre e espontânea vontade.

Suas bochechas coram e você se sente meio mal. Estava tentando se preservar e sabia que remoer o passado com Rob enquanto via ele viver a própria vida não ajudaria em nada. Diz isso a ele. O rapaz assente, dando um sorrisinho constrangido.

- Pelo menos algum de nós superou de verdade. Sempre soube da sua vida, de um jeito ou de outro, propositalmente ou não. Quando você passou na sua faculdade, quando você tirou carteira de motorista, quando você se formou. Ninguém me deixava esquecer, então o que me restava era ficar feliz por você.

Algo no seu coração amolece e sua voz embarga por um segundo, mas você pigarreia e mantém a compostura.

- Sempre pensei em você também, Rob, só não queria tornar as coisas mais difíceis.

Em silêncio, ele assente, mas os olhos parecem distantes. Robert está pensativo. Agora você também.

- Você vai para Londres no Ano Novo? - Ele pergunta, quebrando o silêncio. - Gary comentou que te chamou para passar uns dias com eles.

- Sim. Matt também me convidou, mas não sei se é bom. Ando tendo muita coisa pra fazer aqui.

- Entendo.

- Mas você também precisa de uns dias de folga - Matt entra na cozinha, usando suéter e um gorro de tricô. Está sorrindo e caminha na sua direção.

- O que você está fazendo aqui? - Você pergunta.

- Visitando a Juliet, ora - Ele apoia as mãos nos seus ombros e sorri para o amigo. - Sempre viemos trazer presentes. Minha mãe está na sala, aliás. Fig está perguntando sobre as Madeleines.

- Ah, claro. Já ia levar.

Você deixa a cozinha e sabe que os dois rapazes te observam em silêncio até você sair.

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Dizem que Rob sempre será famoso. Será?

Queria contar algumas coisinhas da minha vida: minha chapa ganhou por w.o as eleições do grêmio estudantil 🥺 estamos arrasando muito, mesmo que ninguém tenha tido a chance de votar na gente. E foi meu primeiro ano no carnaval, beijei várias pessoas e no final voltei com a minha ex 🙌🏼. Estava no aniversário da minha sogra ontem, aliás. Nasci pra viver uma vida de casada, é isso.

Prometo voltar logo. Arrevoir 💕

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