O Favorito do Destino

By nineksn

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Existem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capitulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 86
Capitulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103

Capítulo 85

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By nineksn

Ele não contou tudo a eles; havia muito para contar, e algumas coisas ele simplesmente sabia que eles não iriam conseguir lidar...como as especificidades dos jogos de poder e os dedos deslocados...mas ele os informou um pouco.

Especificamente sobre Dumbledore e as Horcruxes.

Eles reagiram com absoluto horror e repulsa, o que, embora doloroso, foi gratificante. Felizmente, confirmou que elas não eram uma coisa boa e o confortou, pois ofereceu um equilíbrio à opinião de Tom de que Horcruxes eram brilhantes e ele realmente não deveria ter problemas com isso.

Agora, ele sentia que suas preocupações eram realmente válidas, e que ele não estava apenas enlouquecendo com medo.

Ele também disse a eles por que isso o levou a se trancar em Grimmauld Place...e os efeitos que ele pensou que teve em Gina.

- Isso é impossível.- Rony balançou a cabeça, determinado.- Você não vai nos machucar. Você não iria. Você nunca machucaria seus amigos.

- Eu não.- Harry disse baixinho.- Mas Tom sim...a Horcrux também. Gina...Gina pode ser suscetível a isso...ela deixou uma delas entrar antes, ficou emocionalmente apegada e dependente...

- Não...- Rony disse teimosamente.- Isso não pode acontecer, pode Hermione?

Hermione hesitou.

- Harry a salvou.- ela disse, cautelosa, timidamente.- Uma paixão por herói, uma dependência e a expectativa de que Harry sempre a protegerá não seria uma reação incomum...Harry é como um príncipe moderno para qualquer garota. Ele é um herói, rico e famoso e...

- Ele está aqui.- Harry lembrou baixinho.

- Mas Harry nem mesmo gosta de garotas!- Rony exclamou.

- Com licença?- ele exigiu em voz alta. Ambos se viraram para encará-lo, e o rosto de Rony ficou vermelho quando sua mente captou o que ele acabara de dizer.- Eu não sou gay! Pelo amor de Deus.- Harry retrucou.

Rony estendeu uma mão apaziguadora.

- Ok! Quer dizer, tudo bem se você for, mas...

- Mesmo se você for, isso não impediria que ela se sentisse assim.- disse Hermione, com uma vivacidade que deixou claro que ela estava tentando contornar o potencial buraco na conversa.

- Eu não sou!- Harry repetiu, indignado, olhando para ela também.- Por que ninguém acredita em mim?

- Por causa da maneira como você age com Riddle.- Rony murmurou.- Sem ofensa, mas er, caras heterossexuais realmente não se tocam tanto. Ou chamam uns aos outros de 'querido' ou...

- Mas...- Hermione interrompeu apressadamente, notando sua expressão enfurecida.- Nós acreditamos em você se você disser que não é, né, Rony?

- Certo, sim, claro que sim, cara.- Rony disse brilhantemente.

- Bem, ótimo. Porque eu vou matar quem começou esse boato.- disse Harry. Houve um silêncio constrangedor. Hermione tossiu.

- A questão é...é possível que seja isso que está fazendo com que Gina aja tão...fora do personagem.

Rony engoliu em seco, Harry realmente esperava que ele não começasse a gritar ou se recusasse a ter Harry em qualquer lugar perto dele.

- Então, o que podemos fazer para consertar isso?- ele perguntou.

*****************

Zevi

Harry e Tom estavam se evitando o dia todo.

A arte de um evitar o outro não era totalmente incomum, mas o fato de estarem fazendo isso ao mesmo tempo era mais raro. Os sussurros já estavam correndo pela mesa da Sonserina como fogo quando Harry passou as refeições naquele dia com os Grifinórios, em vez de em seu assento habitual ao lado de Tom.

O que era ainda mais incomum, e talvez inédito na história da 'Dupla da Sonserina', era que eles não pareciam estar fazendo isso durante uma discussão.

Não houve indiretas ou zombarias sutis, Tom não sinalizou deliberadamente para Lestrange ocupar o lugar de Harry, em vez disso, deixou-o vazio e olhou feio para Cygnus quando ele se mexeu como se fosse tentar ocupá-lo.

Foi...bizarro.

Zevi só podia se perguntar o que diabos havia acontecido e lamentar mentalmente por ter perdido o testemunho.

A outra coisa indicativa de que isso não era como qualquer outra discussão que ambos tiveram antes era que eles ainda se entreolhavam de vez em quando. Normalmente, se eles estavam se evitando, eles faziam um grande esforço para NÃO mostrar qualquer sinal de interesse, mas agora...era muito estranho.

Zevi não tinha certeza se gostou ou não desse desenvolvimento, quebrou o padrão, e isso significava que ele estava de volta ao começo lutando para acompanhar e prever o que era aceitável e como as coisas iriam acontecer.

Ele notou que o diretor parecia alegre com o aparente distanciamento. Foi fascinante, e qualquer que fosse a causa, ele podia adivinhar o resultado, algo iria ceder ou mudar em sua dinâmica, talvez para abrir caminho para algo mais profundo, se é que isso fosse possível.

Zevi respirou fundo, olhando para sua carne assada em silêncio.

Observando. Sempre observando. E ele sabia que o resto também.

*******************

Harry ergueu os olhos quando a porta da Sala Precisa se abriu e Tom entrou. O herdeiro da Sonserina parou ao vê-lo, encarando-o com uma expressão ilegível.

- Harry.- ele cumprimentou, baixinho.

- Tom.

De repente, ele se sentiu nervoso. Tom o atacou fisicamente na noite passada, e doeu. Ele tinha um hematoma marcando sua pele por baixo de um Glamour que ele sabia que já havia chamado a atenção do jovem Lorde das Trevas.

Os sonhos com Voldemort usando o rosto de Tom para tortura-lo se agitavam em sua cabeça. Seus dedos se curvaram para dentro, as unhas cravando nas palmas das mãos.

- Eu não esperava que você viesse.- disse Tom.

Harry encolheu os ombros, desconfortavelmente, o olhar piscando para cima novamente, tentando decifrar toda e qualquer expressão que surgisse nas feições do outro.

- Você me socando na cara não me impede de precisar de um Professor de Oclumência.- ele respondeu, cuidadosamente. Tom parecia ainda mais pálido do que o normal e, quase hesitante, começou a se aproximar dele novamente.

Os músculos de Harry enrijeceram, apesar de si mesmo, e ele sabia que Tom percebeu isso pelo brilho muito rápido em seu rosto.

- Você está usando um Glamour.- Tom afirmou, a voz de alguma forma ainda mais suave do que antes. Harry agitou sua varinha sem palavras, revelando o hematoma.

A respiração de Tom ficou presa na garganta, entrecortada, e Harry sentiu uma sensação doentia de triunfo.

Tom ficou ao lado dele por um segundo, fazendo-o recuar por instinto, e Tom congelou no local, antes de continuar seus movimentos independentemente, embora devagar o suficiente para que Harry tivesse a opção de impedi-los.

Dedos inclinaram sua cabeça para o lado, com apenas uma leve pressão e pouca força. Harry engoliu em seco.

- As pessoas provavelmente falariam se eu andasse por aí desse jeito.- disse ele, meio explicando, meio para preencher o silêncio sufocante.

Tom não respondeu a isso, a ponta do polegar traçando a pele manchada, gentilmente, mas isso o fez estremecer. No momento seguinte, a varinha de Tom estava em sua mão, e Harry puxou a cabeça para fora do aperto não particularmente firme.

O herdeiro da Sonserina pairou novamente em seus movimentos, olhos escuros.

- Eu só ia curá-lo.- disse ele.

- Eu sei.- Harry respondeu, e isso fez com que os olhos de Tom se desviassem do hematoma para encontrar seu olhar mais uma vez.

Havia algo diferente naqueles olhos violeta, explodindo com emoções muito rápidas e intensas demais para Harry se sentir confortável em estudá-lo. 

- Por que você não curou sozinho?- Tom perguntou, tenso agora.- Deve ser...doloroso. Eu pensei que você disse que não era masoquista.

- O que importa se é doloroso para mim ou não? Está te incomodando?- ele desafiou.

- Sim.- Tom admitiu, sem hesitar, e isso fez Harry se assustar, com um nó na garganta. Ele sorriu, sem calor, mas também não com frieza.

- Então não deveria ter feito isso.- disse ele.- Vamos treinar Oclumência ou não?

- Estou me oferecendo para curá-lo agora.- disse Tom, parecendo frustrado, até mesmo zangado, ignorando completamente a última parte de sua declaração.- Por que você não me deixa?

Harry se levantou do sofá, colocando-os em um nível de altura mais igual, e andando pela sala, um plano apenas parcialmente formado se solidificando a cada passo.

Os olhos de Tom não o deixaram por um instante.

Depois de um momento, ele se virou para encarar o herdeiro da Sonserina novamente.

- Acho que isso faria você se sentir melhor...

- Sim.- Tom concordou, rapidamente, como se pensasse que Harry estava cedendo, mas Harry não se aproximou.

-...afinal, se você não pode ver, provavelmente pode simplesmente esquecer que perdeu o controle. Posso ver por que isso faria você se sentir melhor.- os olhos de Tom poderiam cortar até os ossos, em chamas.

- Harry...- ele começou.

- Só porque você apagou um erro, Tom, só porque não é visível ou óbvio, não significa que você nunca o cometeu. Só porque você curou um hematoma não significa que nunca doeu.

Havia um ponto nisso, em algum lugar, e Harry suavizou sua voz. Ele jogou o cabelo para o lado para revelar a cicatriz em forma de raio.

- Só porque você tem boas intenções, isso não significa que as cicatrizes que você esculpiu não sejam permanentes.

Tom olhou para ele, sabendo muito bem que 'boas intenções' se referiam à sua afirmação de que ele se tornaria Voldemort para garantir que tudo isso acontecesse, que Harry existisse.

- Não é tão simples.- disse ele.

- Por que não?- Harry perguntou. A mandíbula de Tom se contraiu, seus olhos viraram um buraco negro, atraindo-o até que ele não conseguisse desviar o olhar.

- Porque a única razão pela qual eu não me tornaria Voldemort como ele é agora, é a razão pela qual eu me tornaria.- Tom respondeu calmamente. Harry franziu a testa.

- Eu não entendo.- ele murmurou.

Tom riu, descontroladamente, de repente caminhando em direção a ele, fazendo Harry imediatamente começar a recuar em cautela, mas Tom não hesitou desta vez, segurando seus ombros, como ontem, inclinando-se ligeiramente para frente para que seus rostos ficassem nivelados.

- Porque...- Tom explicou, a voz perigosa.- A única pessoa que pode me fazer pensar que ser Tom vale mais do que ser Voldemort é você.

Os olhos de Harry se arregalaram.

- Tom...

Eu sou melhor perto de você.- Tom sibilou.- Só perto de você; às vezes eu te desprezo por isso e quero enfiar uma faca no seu estômago só para me livrar de você e te machucar.- Harry engoliu em seco quando os olhos de Tom foram para o hematoma e voltaram, mesmo enquanto ele continuava, a voz paradoxalmente mais suave em suas palavras.- Você...equilibra minha personalidade. Eu sei que você quer que eu te deixe parar de existir e não me torne Voldemort...mas...você é a única pessoa por quem eu ainda não sou Voldemort. Uma grande contradição se você não estiver por perto pelos próximos cinquenta anos para me impedir, não é? O que, pela própria natureza do problema, você não pode estar.

A boca de Harry estava seca.

- Seja o que for, Harry, não é uma escolha simples.

As mãos soltaram seus ombros.

- Então, você vai simplesmente desistir, deitar e aceitar seu destino?- Harry exigiu incrédulo.- Você não vai nem tentar encontrar outra opção?

- Eu não vou desperdiçar o último ano de verdadeira liberdade que me resta em uma busca inútil.- disse Tom categoricamente. As sobrancelhas de Harry arquearam.

- Você não acha que há uma maneira de impedir que você se torne Voldemort?

- Tenho certeza de que há muitas maneiras de impedir que eu me torne Voldemort.- disse Tom calmamente.- O problema é que tudo isso envolve esse futuro e você sumindo em um sopro de inexistência e, portanto, é inadequado para os meus critérios.

- Bem, eu não vou desistir.- Harry retrucou, cruzando os braços. Tom inclinou a cabeça em reconhecimento.

- Você nunca faz isso.

Houve um momento de silêncio, intenso, e Harry o quebrou com um sorriso maroto.

- Claro que não, isso envolveria concordar com você sobre algo...

- Pirralho.

*******************

Muito mais tarde, no meio da noite e muito depois do toque de recolher, Harry se esgueirou até o escritório do diretor.

Ele não se importava em acordar Dumbledore; foi uma das únicas vezes que ele poderia visitar sem levantar questões que ele não queria responder.

Ele ficou surpreso ao ver que o velho ainda estava de pé e acordado, e Dumbledore pareceu igualmente surpreso ao vê-lo, antes que a expressão fosse prontamente escondida.

Fawkes voou até seu ombro, piando encorajadoramente em seu ouvido enquanto ele entrava no escritório do diretor, parado diante da mesa grande e bagunçada.

- Harry...- Dumbledore cumprimentou, com compostura, prestes a falar mais quando Harry interrompeu.

- Eu tenho um acordo para você, e acho que seria melhor para ambos os interesses se você a aceitasse.

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