Desejo Sombrio

Oleh clouveri

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🔞🔞 ROMANCE DARK PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS 🔞🔞 Este livro contém obsessão, relacionamento tóxico, ab... Lebih Banyak

Capítulo 1 - Estrelinha, Eu Não Queria Ser Você
Capítulo 2 - Se Meta Sim Onde Não É Chamado
Capítulo 3 - Cada Assassino Com Sua Vítima
Capítulo 4 - A Curiosidade Matou O Gato
Capítulo 5 - O Bem Não Compensa Merda Nenhuma
Capítulo 6 - Corra Ou Morra
Capítulo 7 - A Vingança É Bem Plena Sim
Capítulo 8 - Antes Mal Acompanhada Do Que Só
Capítulo 9 - Estripar É Um Bom Hobby
Capítulo 10 - Quem Ri Por Último É Um Idiota
Capítulo 11 - Invasão De Sonho Culposo
Capítulo 12 - Manda quem Pode E Obedece Quem Não Quer Morrer
Capítulo 13 - Calmo Como Um Cão Raivoso
Capítulo 14 - Quem Tem Pena É Galinha
Capítulo 15 - Fala Você Primeiro e Depois eu Falo
Capítulo 16 - Eu Sou Uma Piada Pra Você?
Capítulo 18 - V de Vingança? Não, é de Vai se F...
Capítulo 19 - Doido de Pedra
Capítulo 20 - Um Tapinha não Dói
Capítulo 21 - Quem Brinca Com Fogo, Arde De Desejo
Capítulo 22 - Dois Pesos E Uma Medida?
Capítulo 23 - Uma surtada de leve, quem nunca?
Capítulo 24 - Fofocas Fresquinhas
Capítulo 25 - Nada é tão ruim que não possa piorar
Capitulo 26 - Tão feio por dentro quanto por fora
Capítulo 27 - Doce Tortura
Capítulo 28 - S de Show ou de Sonsa?
Capítulo 29 - Ser falsa cansa, mas atuar é libertador.
Capítulo 30 - Frio como Iceberg, molhada como um oceano
Capítulo 31 - Jogando a merda no ventilador
Capítulo 32 - Perder pode ser prazeroso
Capítulo 33 - A cor do perigo e da segurança é a mesma: Preto
Capítulo 34 - Vai Namorar Comigo Sim
Capítulo 35 - Morrer? Só se for de prazer
Capítulo 36 - Cutucando a besta com vara curta
Capítulo 37 - Um Grande Castigo é melhor que um Pequeno Aviso
Capítulo 38 - Quem ama o feio, bonito lhe parece?
Capítulo 39 - Um mais um é igual a um casal obsessivo

Capítulo 17 - Vou Tirar Só Uma "Cascona"

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Oleh clouveri

Não consigo acreditar nas palavras que acabei de ouvir.

"Você poderia fingir ser meu namorado?"

Jina quer que eu finja ser seu namorado e eu não preciso nem pensar muito sobre isso para saber que ela quer isso para atacar Jake, o maldito fezes que ela gosta.

Calma, Heitor...

Estou calmo, porra!

Com muito ódio, mas calmo.

Eu estou tendo uma facilidade maior em me controlar, não sei se pelo fato de ter passado tanto tempo com Jina, ou ter deitado ao seu lado enquanto dormia em sono profundo ou ainda por ela ter me abraçado tão ternamente depois disso.

Ah...

Essas lembranças me deixam calminho como um bebê.

Eu fui ver se Jina estava bem no quarto da puta, mas acabou que ela estava tão quentinha e confortável que não resisti ao desejo de me deitar ao seu lado.

Ela nem sequer acordou quando me enfiei em baixo das cobertas com ela e tirei sua franjinha de seu rosto.

Ela dormia profundamente e estava ainda mais linda.

Porém o que surpreendeu foi ela jogar sua perna e seu braço sobre mim, enquanto enfiava seu rosto em meu pescoço.

Só de lembrar sua respiração quente em meu pescoço... Começo a ficar duro... de novo.

Meu pau está latejando de dor pelo tempo que ficou duro essa noite.

Jina se enroscou em mim como uma cobra e eu fiquei tão surpreso que quase não identifiquei o sentimento de felicidade, conforto, segurança e carinho...

Eu me senti... Amado.

Mesmo sabendo que ela não me ama.

Mas se ela me amasse... Será que seria ainda melhor? Eu sentiria ainda mais seu amor através de outros gestos? Ser amado é tão bom assim?

Mas de tanta gente para eu querer afeto... Tinha que ser logo Jina? Se Jina fosse como Sofia seria bem mais fácil, mas ela é totalmente desconfiada, seca e fria...

Foda... A gente sempre tem a tendência de querer algo que é mais difícil.

Ah... Eu nunca tinha dormido tão bem assim em toda a minha vida. Dopar a mãe dela e a trazer pra minha casa foi a melhor das opções.

Eu tive medo que Jina estivesse cansada e exausta demais para reajir se a mãe dela tentasse algo aquela noite e eu sozinho poderia não ser o suficiente... Ainda.

Eu estava com a minha faca, claro. Mas mesmo assim se ela estivesse com mais gente, não seria o suficiente.

De qualquer forma, fui recompensado com uma linda ratinha se enroscando em mim como se eu fosse algo precioso.

A sensação que eu senti... Eu quero senti-la se novo. Seu corpo quente apertando o meu, sua respiração quente e calma.

Ou seria melhor sentir sua respiração irregular?

Eu vou senti-la de novo.

Nem fodendo vou deixar Jake ter Jina. Só de imaginar ela se enroscando nele da forma que fez comigo, imaginar Jina sendo atenciosa e cuidadosa com ele, mostrando seu lado vulnerável e frágil.

Não. Não! NÃO, NÃO E NÃO!

Jina será minha! Apenas minha, toda minha!

Seu carinho e sua atenção serão meus.

Seus beijos e carícias, só eu possuirei.

Jina vai me pertencer totalmente e não importa o que eu precise fazer, eu vou conseguir te-la.

Agora eu estou com a oportunidade de bagunçar com os sentimentos dela...

Essa proposta de ser seu namorado de mentira é a melhor aposta para conseguir obtê-la de forma mais rápida.

Vou confundi-la, vou fazer com que se apaixone tão perdidamente que chega vai doer! Vai doer como me dói toda vez que penso o quanto gostaria que fosse minha mas não é.

- E então? - Jina se pronuncia me tirando de meus pensamentos possessivos e tóxicos.

Eu pigarreio.

- Está fazendo isso pelo Jake? - Pergunto e me surpreendo com como estou ficando bom em ser ainda mais sonso.

Tive uma ótima professora chamada Jina.

Percebi que quando Jina quer atuar ela não apenas deixa suas feições neutras como também consegue passar uma sensação de calma, mantendo sua respiração sob controle e suas sobrancelhas relaxadas, os olhos ficam ligeiramente mais abertos e a língua no céu da boca.

Parece que eu realmente não me importo, quando na verdade apenas a menção ao nome desse fezes me faz querer matá-lo!

Talvez devesse mesmo fazer isso.

- Sim. - Ela responde simplesmente.

Uau... Ela foi sincera. Isso é um bom sinal, ótimo sinal.

Sorrio pra ela escondendo todo o meu ódio.

- Mas é claro que eu aceito. Faço qualquer coisa pra te ajudar, Jina. Qualquer coisa para te ver feliz. - Digo com naturalidade porque é verdade.

Posso estar dizendo isso em voz alta apenas porque é conveniente e quero que se sinta tocada, quero que goste de mim e que se apaixone. Porém eu realmente quero vê-la feliz... Ao meu lado.

Ela me recompensa com um lindo sorriso. Verdadeiro e puro. Combina demais com ela.

- Obrigada, Heitor! Posso te recompensar por isso. - Diz.

- Oh, eu certamente gostaria de ser recompensado. - Digo a olhando de cima à baixo enquanto passo a língua nos lábios.

Ela revira os olhos, mas posso sentir que lá no fundo, o que eu disse a atingiu.

Talvez fazer ela se apaixonar seja mais fácil do que imagino.

- Vamos ter um passeio amanhã. É pra visitar uma estufa e ver na prática o que aprendemos em biologia.

- Ah... Que... - Ela começa.

- Saco. Eu sei. - Concluo. - Vai durar só meio dia mesmo de qualquer forma.

Ela acena que sim e depois disso eu termino de comer a comida e digo que vou subir para o banho.

Escovo os dentes e tomo banho rapidamente para voltar correndo pra Jina.

- Ainda vai se esconder na minha cama? - Diz quando retorno.

- Mas é claro! Enquanto não tirarmos essa história da sua mãe a limpo, vamos manter assim.  - Digo com convicção enquanto pego minha mochila e a levo até meu quarto, pedindo para que Jina me siga.

Eu me sento na escrivaninha e retiro da mochila as anotações que fiz na aula para entregá-la.

- Achei que gostaria de revisar a matéria de hoje, fiz um resumo com os principais pontos.  Também temos um questionário de biologia para responder, vai ser necessário para a atividade de amanhã no passeio.

Jina me encara de uma forma que faz minhas pernas querem fraquejar.

Ainda bem que estou sentado.

Eu tinha toda razão. Ser atencioso e carinhoso funciona mais do que impor medo à ela.

Funciona bem pra caralho e estou muito surpreso com como me sinto bem sendo assim com ela.

Não me lembro se alguma vez na vida já me senti assim antes... Isso é... Ser feliz?

- Por que a dopou ontem? Se não o tivesse feito, poderíamos ter descoberto ontem mesmo. - Pergunta curiosa.

Na verdade suspeito que ela saiba bem o porque.

- Fiquei preocupado de você estar muito exausta para seguir com o plano... Eu não sei se ela estaria sozinha ou não, se ela estivesse acompanhada eu não conseguiria dar conta de proteger você e lutar com eles... Ainda não sou forte. - Esclareço.

- Obrigada por se preocupar comigo.  Você está muito diferente do início que era um mandão assustador. - Ela diz me provocando. - Nem parece que me enfiou um caco de vidro no braço.

Estreito os olhos pra ela. Eu sinceramente nem lembrava disso. É quase como se qualquer coisa relacionada à antes de eu criar esse desejo absurdo por Jina estivesse nublado na minha mente, com um denso estopor.

- Eu sinto muito por isso... Você me assustou e eu me senti péssimo quando descobri que estava assistindo o que aquela mulher fazia comigo... Pensei que seria uma ameaça pra mim também. Me arrependo muito daquilo. E eu ainda sou mandão, mas você tem se comportado bem ultimamente. - Acrescento a última frase com um sorriso debochado.

Eu realmente não sabia o que esperar de Jina naquela época.

Hoje eu jamais a machucaria e eu mataria qualquer um que ousasse machucá-la.

O interessante é ela pontuar que deixei de ser mandão. Eu nunca fui alguém que mandava, sempre fui mandado... Acredito que ver Jina me obedecer foi um grande despertar pra esse meu lado mandão e controlador. Quero que Jina faça todas as minhas vontades só pra compensar o tempo em que nenhuma delas eram feitas.

- Eu sei... Foi só uma comentário brincalhão, não seja tão sentimental, Heitor. - Diz revirando os olhos e começa a ler as anotações.

Ouvir ela dizer meu nome não deveria me fazer sentir tão quente.

Mas faz...

Observo Jina atenciosamente enquanto seus lábios se movem e ela está lendo as anotações sem emitir som, apenas movendo sua boca.

Sua linda e deliciosa boca... Eu gostaria tanto de provar só um pouco...

Porra, não! Não vá por esse caminho.

Respirando fundo, foco no meu questionário antes que dê merda com meu autocontrole.

Mais tarde Jina diz que precisa ir embora e vamos juntos para sua casa. Como adotei essa rotina de ir à casa dela, estou levantando 3h mais cedo que o costume para treinar pesado.

Preciso ficar forte para proteger Jina...

Só pra proteger ela?

É para ficar mais atraente pra ela...

Só?

Ok... Para evitar que ela... Fuja. Mas só se for necessário.

Fodido lunático de merda.

Na casa de Jina, eu novamente a ajudo com os afazeres de casa e não deixo de pensar o quanto ela é responsável. Mas se Jina morasse comigo, eu contrataria uma empregada, não a deixaria fazer nada em casa.

- Obrigada pela ajuda, Heitor. - Agradece Jina enquanto nos dirigimos para seu quarto após ela tomar banho.

Ela está bem mais tranquila. Já não fica quase sempre na defensiva ou com medo.

- Não tem de quê, mas sabe... Agora que vamos fingir sermos namorados, como você planeja levar isso? - Pergunto.

Não é que eu não saiba, só quero ver como ela reage à isso.

- Ué... Vamos nos comportar como namorados se comportam.  - Diz dando de ombros se sentando em sua cama.

Eu me sento de frente pra ela e então pego sua mão delicadamente que está em cima de sua coxa.

Jina arregala os olhos e me encara, mas não tira sua mão da minha.

Sua mão é pequena e fofinha, além de muito macia.

- Então vamos andar de mãos dadas assim? - Pergunto.

- Hã... Acho que sim. - Diz parecendo surpresa e confusa.

Eu olho para nossas mãos juntas... Me trás uma sensação tão boa.

Que dura muito pouco até ela retirar.

Eu permito.

É uma boa oportunidade de aprender a controlar minha vontade de surtar toda vez que ela se afasta ou não faz o que eu quero.

Sinto que ainda vou passar muita raiva com ela em relação ao Jake então preciso estar bem controlado.

Tudo bem.

A reação comum de raiva e descontrole vem, mas ela está abafada e controlada.

Não chega nem perto da dificuldade que é me controlar quando eu sinto aquele desejo sombrio por Jina.

- E se mandarem a gente se beijar para provar? - Pergunto forçando minha cara de inocente, mas meu intuito principal é provocar Jina.

Ela arregala os olhos e leva a unha de seu polegar até os lábios.

- Bom... Veremos se precisar, mas acho que não será necessário, ninguém mais faz isso hoje em dia.

Dou uma risadinha.

Uma pena eu não ter amizade com ninguém naquela escola, do contrário, pediria para alguém fazer isso só pra ver a reação de Jina.

- Você gosta de verdade do Jake? - Pergunto.

As vezes ela parece tão atenciosa comigo que parece que não.

Para de se iludir, porra!

Ela solta um longo suspiro.

- Mais do que eu gostaria. - Responde desanimada.

Isso gera uma nova onda de ódio. Essa é mais difícil de controlar, mas tento focar em que isso é momentâneo e vai passar.

Tem que passar. Não é como se ela o amasse.

Não...

O único que ela pode e vai amar sou eu.

- Entendo... Acha que nosso "namoro" vai atingi-lo? - Pergunto para tirar o foco de sua resposta e tentar entender como posso acabar com esses sentimentos que ela tem por ele, entendendo melhor essa história toda.

- Sim. Jake gosta de mim de uma forma bem distorcida, mas gosta. - Diz pensativa.

- Não entendo... - Admito sacudindo a cabeça.

- Desde que ele me salvou do sequestro, nós nos aproximamos muito. Eu nunca fui de ter muitos amigos, mas tinha 2 amigas que estavam sempre comigo e depois veio o Jake. Com o lance do sequestro ele ficou super protetor, me trazia em casa todos os dias. Nós combinamos que quando eu tivesse 15 anos começaríamos a namorar e teríamos nosso primeiro beijo juntos. Até então, só tínhamos dado um selinho e andávamos de mãos dadas, nos abraçávamos... Essa coisa de namoro bobo. Mas quando marcamos o local onde daríamos o primeiro beijo, em uma festa de final de ano da escola, no dia em que completaria 15 anos... Ele estava lá beijando a minha amiga.

Uou... Isso é bem... Desagradável.

Como um fezes desse consegue fazer isso com uma garota como a Jina? Enquanto eu estaria disposto a ajoelhar e implorar pra que ela me dê um beijo.

- Você não tem ideia do que eu passei naquela noite... Todos sabiam que nós nos gostávamos, todos! Quando viram aquela cena, todos começaram a me zoar. A minha outra amiga ficou do lado da baranga que estava beijando o Jake, ela disse que ela sempre foi apaixonada por ele e eu que tinha sido a sem consideração de ter "roubado" ele dela. Mas elas nunca nem me falaram disso! Eu me senti tão... Humilhada e... Sozinha. Todos que eu mais confiei me traíram e me deixaram e eu... Só queria não existir. Eles eram os únicos que me aliviavam do inferno que era lidar com minha mãe, os únicos que faziam minha vida valer a pena e quando eu os perdi... Quando perdi Jake... Sabe quantos planos fizemos juntos? Tínhamos nosso casamento planejado de ponta a ponta e...

Jina puxa uma lufada de ar com dificuldade.

Porra... Ta difícil me controlar ouvindo e observando Jina dessa forma...

- Eu fazia tudo por eles, mesmo quando não gostava de algo, eu fazia por eles! Prenunciava o meu próprio bem estar por eles! Jake diz que não namorávamos e por isso não foi traição, mas... - Ela encolhe os ombros. - Nós estávamos comprometidos sentimentalmente, ele me prometeu que aquela seria a nossa noite, prometeu que teríamos a família que sempre sonhei e que eu podia confiar nele e eu confiei, Heitor! Eu juro que confiei nele como uma tonta! Tive que chegar mais perto pra acreditar que ele estava beijando outra, que essa outra era minha amiga e que realmente eram os dois... Ele traiu meus sentimentos, brincou comigo.

Jina parece muito vulnerável contando essa história e eu não gosto nada disso. Mas nunca a vi falar tanto assim, estou hipnotizado ouvindo cada palavra que ela diz, penetrando profundamente cada sentimento e pensamento exposto, absorvendo sua dor com a minha alma.

Jamais poderia imaginar que esse merdinha teria feito algo assim com Jina...

Seus olhos estão brilhando, mas ela não chora. Como esperado de Jina, ela aprece um monte inabalável.

- Eu... Questionei ele depois... Não tive coragem de interromper o beijo deles, principalmente com tanta gente me zoando, mas... Acredita que quando perguntei porque ele fez isso, ele me respondeu que precisava? Depois ele veio com a desculpa ridícula que não queria fazer feio, por isso treinou antes. - Ela bufa.  - Claro que é mentira! Isso explicaria o beijo mas não todo o desprezo que veio dele depois.

Bom... Eu sou bem treinado pra dar todos os tipos de beijos possíveis. Com 12 anos aquela puta já me obrigava a beijá-la de língua e me ensinou um beijo pra cada vontade sua.

Tinha o beijo sem língua, o beijo com língua e desespero, o beijo apaixonado, o beijo seco, o beijo frio, o beijo lento, o beijo rápido, o beijo Obsessivo e o beijo molhado e babado que ela adorava quando eu a lambuzava. Esse era o que me dava mais náusea, eu levei 2 anos para conseguir controlar meu vômito, pois sempre corria para vomitar depois disso.

Por fim tinha o beijo dele, o beijo que era parecido com o do meu pai, o último que ela insistia loucamente que eu aprendesse para satisfazer seus desejos sujos.

Esse era uma mistura do apaixonado com o desesperado e babado... Sinceramente... Só o consegui fazer quando tinha desistido da minha vida.

Aquela mulher me dava tanto nojo que só de lembrar eu sinto a sensação de estar morto que convivia comigo constantemente, sinto o mal estar chegando só de lembrar do seu cheiro e sua voz.

Se eu pudesse, a ressuscitaria apenas para matá-la de novo, dessa vez de um jeito bem mais cruel.

- Eu... Não entendo! Não entendo porque ele fez isso, mas... Depois se afastou e começou a fazer Bullying comigo e só voltou a se aproximar agora. Não sei o que ele pretende mas eu estou decidida a não dar nenhuma chance pra ele, mesmo que eu goste dele, se é que de fato ele quer isso. - Jina me encara agora. Qualquer feição de sofrimento que havia em seu rosto sumiu e não restou nada para contar história. - Heitor eu não sou boa, não posso perdoar o que ele fez... Eu vou brincar com ele, eu vou ser bem má, somente para vê-lo destruído como eu fiquei quando o vi pisar em mim daquela forma. Eu gosto muito dele mas eu quero ver ele sofrer como eu sofri, eu quero ver ele humilhado como eu me senti humilhada e eu vou usar você pra isso, Heitor... Entende o quão ruim eu sou? Mas sabe a pior parte - Ela dá um sorriso de canto que é um tanto assustador. - Eu acho que vou gostar muito de tudo isso...

Há realmente um brilho perverso no olhar de Jina quando ela diz cada palavra do final da frase, não há nem sequer um resquício de dúvida ou insegurança.

Porra, eu gosto.

Eu gosto desse lado da Jina. Eu gosto que ela ao mesmo tempo que é boa, não é ingênua, não é boba. Ninguém pode nem deve ser 100% bom nessa vida onde há várias pessoas más, pois senão você acaba como eu e Jina. Dois renegados, explorados e judiados.

E quem diz que não gosta de ver as pessoas pagando pelas suas maldades é um verdadeiro hipócrita.

Tudo precisa ter um equilíbrio e eu gosto que Jina seja assim, do jeito que ela é.

Não me contenho e seguro seu rosto com minhas mãos.

Seu rosto é pequeno demais para minhas mãos e isso a torna ainda mais adorável aos meus olhos.

Eu achei que ela ia me afastar, mas ela não o faz, ao invés disso ela me encara seriamente, fria como o gelo.

- Eu quero ajudar você com isso, você pode me usar o quanto quiser pra o que você quiser, Jina. Eu faria qualquer coisa pra te ver bem e feliz. Você não é má por querer justiça, Jina... Você é esperta e muito inteligente e sabe muito bem que ser boa não quer dizer ser uma boba. Você é sim boa, Jina e só quer justiça pelo que fizeram com você... Acredite, ninguém entende melhor isso do que eu.

Ela me olha intensamente agora, deixando seus muros de gelo derreterem um pouco e eu sinto um arrepio percorrer minha espinha.

Não olhe para os lábios dela, não olhe para os lábios... Não olhe...

Então antes que eu pudesse me conter, meus olhos descem para seus lábios vermelhos e suculentos.

Caralho!

Sinto o sangue fugir do meu rosto quando todo meu autocontrole vai pra puta que pariu.

O desejo sombrio retornou como um soco na boca do meu estômago, me deixando completamente sem ar, fraco e completamente insano.

Fodeu!

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