- Sinto muito te desanimar, mas ficar presa a você, não é nada difícil, gatinha. - disse, sorrindo.
- Ih... Vanessa apaixonada? É isso mesmo?
- Ai, cala boca, idiota.
Duas semanas depois.
Palloma acabara de chegar em seu apartamento, após seu expediente. Discou o número de Vanessa.
- Amor?
- Oi! - a morena falou animada.
- Vem dormir aqui hoje?
- Aconteceu alguma coisa?
- Não... Só quero ficar pertinho de você. To precisando de carinho. E to com saudades.
- Hum... - Vanessa sorria do outro lado da linha. - Ok então. Quando sair do trabalho, passo em casa pra pegar umas coisas que vou precisar e vou direto pra aí.
- Ta bom... Mas vem logo!
- Pode deixar.
- Beijo, amor.
- Beijo.
Silêncio.
- Ei.
- Oi.
- Não ta esquecendo de nada? - Vanessa riu e disse:
- Sabia que ia falar isso!
- Hum...
- Amo você.
- Também te amo.
- Beijo.
- Beijo.
Palloma respirou fundo. Discou o número do seu pai.
- Pai?
- Oi, filha!
- E aí, como estão as coisas?
- Bem, e por aí?
- Ótimas... E a mamãe? Ta se cuidando?
- Se ela não se cuidar pode deixar que eu cuido bem direitinho. - riram. - E a sua?
- A minha o quê?
- A menina... Não se resolveu com ela?
- Ah, pai. Me resolvi, sim. Ela vem dormir aqui hoje até.
- Sei...
- Que foi?
- Se fosse um garoto eu até que ficaria com medo.
- Pai! - riram.
- Por que não trás ela aqui pra eu e sua mãe conhecermos ela? Amanhã a noite.
- Ah, não sei, não...
- Por quê?
- Sei lá... Hum... Vou ver com ela isso.
- Ta bom.
Duas horas depois.
''Cadê a Vanessa que não chega, cara! Cadê que a hora passa rápido quando precisamos?''pensava.
Não era o tempo que passava devagar, ou a Vanessa que não chegava logo.
A pressa de tê-la ali, era indescritível. A vontade de encontrá-la mais uma vez, tocar-lhe o rosto, os lábios, novamente, receber o abraço que ela precisava, daquela pessoa... Deixava-a assim. Ansiosa. Nervosa. Como se fosse a encontrar pela primeira vez.
A saudade era grande. Ela se afastava, minutos depois já estava com saudades. Todo segundo, minuto, momento, que a encontrara, era como se fosse o primeiro. Todas as vezes, a primeira vez. Várias vezes, a primeira vez.
As famosas borboletas dentro da barriga começavam a voar dentro dela numa velocidade inidentificável, só de pensar na hora que irá reencontrá-la.
O mesmo medo de dizer coisa demais, o mesmo cuidado, permanecia ali.
Vinte e quarenta e três da noite.
Campainha toca.
Palloma abre a porta.
- Olha só quem está por aqui... - disse.
- Está aqui a pessoa que faltava pra completar seu dia perfeitamente. - Vanessa falou, sorrindo.
- Pode ter certeza que sim. - puxou Vanessa para dentro de seu apartamento.
Abraçou-a fortemente, deixando sua cabeça perto do pescoço da morena por breves segundos, logo olhando-a e dando-lhe um beijo.
- Tava morrendo de saudade. - baixou seus olhos, fazendo uma carinha de criança triste.
- Eu também, meu amor. Muita, muita saudade. - indagou, Vanessa, com voz de criança, distribuindo selinhos por todo o rosto de Palloma.
Palloma sorria intensamente.
- Vem, entra. - deixou que a morena entrasse, logo depois fechou a porta.
- E aí, como você ta? Como foi seu dia?
- Foi chato.
- Por que?
- Ainda pergunta? - olhou-a, levantando a sobrancelha. Vanessa riu.
- Gosto de você.
- Haha, que engraçada, Vanessa.
- Eu sei disso. Precisa nem falar, queridinha.
- Ta com fome? Quer pizza?
- Tenho escolha? - Vanessa perguntou. Palloma olhou para cozinha, para os armários.
- Hum... Não. - sorriu, logo pegando o telefone para ligar.
Não demorou muito para pizza chegar, era perto do apartamento.
Enquanto comiam, assistiam à televisão.
Palloma quebrou o silêncio que havia entre as duas.
- Hum... Eu falei com meu pai hoje.
- Ah, e aí? - Vanessa a olhava, curiosa.
- Você topa jantar na casa dos meus pais amanhã? Topa conhecer? - a morena abriu a boca sem emitir nenhum som, e fechou-a novamente.
- Sério?
- Sério... Por que? Não quer?
- Não, é que eu fiquei, surpresa, acho. - Palloma franziu a testa, confusa. - Você costuma levar suas ''ficantes'' para conhecê-los?
- Não...
- Quantas?
- Uma. - disse, e abaixou a cabeça.
Vanessa sorriu.
- Claro que eu vou. Você acha que eu vou perder a oportunidade de ouvir sua mãe falar sobre o que você fazia quando pequena? Ainda vou esperar ela trazer o álbum de fotos.
Palloma revirou os olhos, logo, acompanhando a morena na risada.
- Então... Vou ligar pra ele, amanhã de manhã, avisando.
- Tudo bem.
- Vem cá. - disse, puxando Vanessa mais para perto de si. Abaixou mais um pouco e depositou-lhe um beijo em seus cabelos. - Você não faz nem ideia do quanto sinto sua falta durante o dia...
Vanessa sentou-se, olhando-a melhor. Seus olhos brilhavam. Por dentro, dava pulos de alegria. Ouvindo.
Palloma continuou.
- É que, eu não sei o que é. Eu sinto vontade de estar com você toda hora, sabe?! - disse, desconcertada, olhando pra suas próprias mãos nervosas, que não paravam de se movimentar, inquietas.
A morena sorria exageradamente.
Puxou o rosto de Palloma, fazendo-a olhá-la.
- Você não existe, cara! - riu, logo beijando-a apaixonadamente. - É... Eu acho que amo você.
- Eu tenho certeza que sim!
- Ah, ta! - Vanessa a olhou com cara de tédio.
- Linda.
Não demorou muito para que Palloma começasse a beijá-la com outras intenções. Começou a passar a mão por todo o corpo dela, apertando-a forte, com desejo, malícia. Queria ela ali mesmo. Naquele exato momento. Mordeu-a no pescoço, fazendo ela arrepiar-se. Jogou a morena no sofá, logo, deitando-se por cima da mesma. Mordia os próprios lábios, seus olhos ardiam de desejo.
- Ah, outra coisa... Você nunca se cansa disso, né?
- Nunca me canso de você! Gostosa. - disse, fazendo a outra rir alto.
- Quero você. - sussurrou Vanessa, no ouvido de Palloma.
Palloma soltou um gemido, ao ouvir.
Começou a desabotoar a calça de Vanessa rapidamente, apertando-a cada vez mais.
Vanessa, da mesma forma, levantava a blusa de Palloma, desejando-a. Ansiosa pro que tinha por vir, e sentir. Seu sorriso safado estava estampado no rosto, só de imaginar.
Vanessa a beijava intensamente, soltando gemidos involuntários, retribuindo todo o desejo, da mesma forma, que a outra.
Seus lábios encaixavam-se perfeitamente, seus olhares cruzavam-se perfeitamente, seus corpos se entendiam, perfeitamente. Era algo mais, desde o começo.
Era isso.
Sintonia.
''Ah, essa mulher! Ela me deixa completamente louca!''
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