HOPELESS | BUCKY BARNES

Autorstwa tomcruisre

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Buscando se encaixar em sua nova vida, Bucky se vê perdido tentando se recuperar das memórias e das lembrança... Więcej

⍟ ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs
⍟ sᴏᴜɴᴅᴛʀᴀᴄᴋ
ᴘʀᴏ́ʟᴏɢᴏ
01. ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴏ
02. ᴛᴇsᴛᴇᴍᴜɴʜᴀ
03. ᴅɪᴀᴍᴀɴᴛᴇ
04. ᴄᴏɴᴛᴀᴛᴏ
05. ᴅᴇsᴏʀᴅᴇᴍ
07. ᴀɴᴛɪ-ᴠɪᴅᴀ
08. ʀᴇғᴏʀᴍᴀ
09. ʙɪɴɢᴏ
10. ᴄᴏɴᴠɪᴛᴇ
11. ᴅɪsғᴀʀᴄᴇ
12. ᴇᴄʜᴏ
13. ʙᴜɴᴋᴇʀ
14. ᴛʀᴀɪᴄ̧ᴀ̃ᴏ
15. ʟɪᴍɪᴛᴇ
16. ᴄᴏɴғɪssᴀ̃ᴏ
17. sɪɴᴛᴏɴɪᴀ
18. ᴛᴇᴍᴘᴇsᴛᴀᴅᴇ
19. ᴘʀᴏᴘᴏsᴛᴀ
20. ᴠᴇʀᴍᴇʟʜᴏ
21. ʙᴇʟʟᴇ ʀᴀᴠᴇ
22. ᴍɪssᴀᴏ
23. ʙʙᴄ ɴᴇᴡs
24. ᴏʙsɪᴅɪᴀɴᴀ
25. ʀᴇᴄᴏᴍᴘᴇɴsᴀ
26. ᴄᴀᴄ̧ᴀᴅᴏʀ
27. ᴀɴᴇʟ
28. ᴄᴀʀᴛᴀs
29. ᴀᴛʀᴀsᴏ
30. ᴅᴇᴍᴏʟɪᴅᴏʀ
31. ʀᴇᴠᴇʟᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ
32. ғᴇsᴛᴀ
33. ᴅᴇsᴛɪɴᴏ
34. ᴀᴘᴀɢᴀ̃ᴏ
35. ɪɴᴛᴇʀʀᴏɢᴀᴛᴏ́ʀɪᴏ
36. ᴠɪʙʀᴀɴɪᴜᴍ
37. ᴅᴇᴠᴏᴄ̧ᴀ̃ᴏ
38. ᴛʜᴜɴᴅᴇʀʙᴏʟᴛs - ᴘᴀʀᴛᴇ 1
39. ᴛʜᴜɴᴅᴇʀʙᴏʟᴛs - ᴘᴀʀᴛᴇ 2
40. ᴄᴏɴғʀᴏɴᴛᴏ
41. ᴍᴇᴍᴏ́ʀɪᴀ
42. ᴜʟᴛɪᴍᴀᴛᴏ
43. ᴘᴇʀɪɢᴏ
44. ᴘᴀssᴀᴅᴏ

06. ᴇsᴘɪᴀ̃ᴏ

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Autorstwa tomcruisre

POV SELENE ACKARD

O helicóptero nos deixou no topo do prédio e de longe eu pude ver o tamanho dos muros que envolviam o lugar.

Parecia uma verdadeira fortaleza e se antes eu achava que aquilo era uma péssima ideia, agora eu tinha certeza.

Eu estava trajada com meu uniforme naquela sala de espera e Bucky estava despreocupado olhando para os lados como se não estivesse incomodado por estar em um lugar como aquele.

— O que está fazendo? — Perguntei tentando não mover muitos os lábios e fazer o mínimo de som possível.

— Reconhecimento do local. Duas câmeras do lado oeste e uma do lado leste. — Bucky disse no meu ouvido e eu tentei disfarçar para olhar em direção as câmeras.

— Esqueceu da coruja às doze horas. — Falei me referindo a estatueta de coruja que tinham dois olhos brilhantes e fixos no sofá onde estávamos sentados.

— Canário Negro e Soldado Invernal.

Fiquei chocada ao ver o anão usando uma jaqueta de couro e capuz se aproximar com uma prancheta na mão e quando ele abaixou aquele capuz eu precisei me conter para não rir já que sua cabeça parecia desproporcional ao seu corpo.

— Me chamo Ebenezer Grayson mas aqui me chamam de Sr. Cérebro.

Eu nem conseguia imaginar o por quê...

— Você é o chefe daqui com um nome desses? — Perguntei e aquela pergunta pareceu não incomoda-lo e aposto que muitas pessoas faziam o mesmo tipo de piada sobre sua enorme cabeça de super vilão.

— E o que trás você até aqui, Canário? — Grayson perguntou se sentando na poltrona que ficava de frente ao sofá que estávamos sentados.

Olhei para Bucky e fiz sinal com a cabeça para que ele se sentasse e eu fiz o mesmo.

Para manter as aparências ele precisava ser o soldado invernal ali dentro e eu por outro lado só precisava ser a mais babaca e cretina possível.

— Não é óbvio? Pensei que fosse inteligente, Sr. Cérebro. — Sorri sem mostrar os dentes.

— E eu pensei que estaria em uma prisão de segurança máxima depois que se tornou inimiga pública do governo americano quando ajudou Sam Wilson a se tornar o Capitão América ao lado desse cara ai. — Grayson apontou para Bucky que permaneceu na mesma posição sem mover um músculo e nem ao menos piscar.

— Não dele. — Falei passando a mão em seu ombro sentindo o vibranium pelos meus dedos e só agora eu tinha notado o quão liso e firme ele era. — Bucky Barnes está morto.

— Como assumiu o controle do Soldado Invernal? — Grayson perguntou desconfiado.

— Acha mesmo que sou idiota de te contar isso? — Perguntei debochada por que eu poderia não ser uma super vilã mas não era burra.

— Prove que ele está sob o seu comando.

Mozhet atakovat', soldat. — Falei olhando para Grayson que estava confuso com o que eu tinha acabado de falar até que Bucky se levantou e o segurou pelo colarinho da camiseta o tirando do chão.

Como se isso fosse muito difícil.

— Tá legal, mande ele me soltar. — Grayson disse desesperado balançando os pés que estavam a pelo menos um metro do chão.

Opusti yego, soldat.

Bucky largou Grayson no chão que caiu sentado totalmente desesperado por quase ter virado picadinho pelo soldado invernal e pensar que alguém tão covarde como ele liderava um lugar assim me deixou com uma pulga atrás da orelha.

— Então? Agora tenho a sua atenção? — Perguntei com um sorriso convencido nos lábios.

— Nunca pensei que veria uma vingadora se refugiando em um lugar como esse. — Grayson riu tentando colocar o colarinho de sua camiseta no lugar.

— Nem todo mundo permanece bom nesse mundo.

— Desculpe mas eu sou cético demais. — Grayson disse rindo olhando diretamente para mim. — Pensei que fosse a amante número um do Capitão Rogers.

— Você sabe... — Me virei para olhar Bucky nos olhos. — Nada acende mais o fogo de uma mulher do que o brilho nos olhos de um cara mau.

Por um segundo pensei ter visto Bucky Barnes na minha frente e não o Soldado Invernal mas seus olhos voltaram a expressar aquele vazio assustador.

— Sempre imaginei que um vingador iria se rebelar contra aquela ladainha sobre moralidade. — Grayson disse chamando a minha atenção. — Fico feliz que tenha sido você já que é um verdadeiro colírio para os olhos.

Ouvir aquilo sair da boca dele me deixou nauseada mas eu precisei me controlar para não vomitar bem na sua frente.

— Existe uma única regra para manter nossa comunidade de pé. — Grayson disse e eu franzi o senho. — Violência aqui só é permitido aos domingos ou aos feriados.

— Só isso? — Perguntei achando graça mas o que esperar de um lugar como aquele?

Pelo menos eu só me preocuparia com isso aos domingos.

— Hoje teremos uma noite de musica. — Grayson disse evitando olhar para Bucky e eu estava me divertindo com o seu medo. — E todos participam do festival.

Todos? Essa era a oportunidade perfeita para fazer uma missão de reconhecimento do local e invadir a casa do cientista já que todos estariam ocupados bebendo e festejando.

Grayson nos levou até a casa que Bucky e eu ficaríamos e graças ao aparelho desenvolvido por Gina que rastreava qualquer câmera ou escuta pela casa conseguimos nos livrar da única câmera que ficava na sala e eu consegui configura-la para ficar repetindo as filmagens em um verdadeiro looping.

— Acho que é só isso. — Bucky respondeu assim que cobriu aquela gárgula ridícula que ficava no meio da sala.

— Deus, eu quase soquei os dentes daquele Oompa Lompa. — Falei e ao ver a expressão confusa de Bucky eu continuei. — É um filme.

— Quanto tempo temos até a Gina contatar a gente? — Bucky perguntou e eu vi o relógio em cima da parede.

— Duas horas. — Respondi. — E você ouviu o Grayson eles vão dar uma festa.

— Eu detesto festas. — Bucky disse cortando minha animação.

— Não precisa gostar.

— Eu vou dar uma volta por ai. — Bucky deu as costas para ir em direção a porta mas eu me coloquei na sua frente.

— Opa, opa... Vai com calma ai garotão! — Falei empurrando ele pelo peito para que se afastasse da porta mas ele era um verdadeiro armário de músculos. — Você ainda é minha responsabilidade ou esqueceu?

— Não precisamos fingir aqui dentro ou você esqueceu que agora não é mais uma Agente da S.W.O.R.D? — Bucky perguntou no mesmo tom de deboche.

— Bem lembrando... Não sou uma agente, eu sou sua dona. — Respondi fazendo Bucky estreitar os olhos. — O que eles vão pensar quando verem você perambulando por ai sozinho?

— Não é assim que funciona. — Bucky respondeu e eu cruzei os braços.

— Pareceu quando você estava sob o comando do Zemo. — Falei arqueando a sobrancelha de forma desafiadora.

— Saí da frente. — Bucky disse e eu praticamente bati o pé.

— Não.

Sua expressão mudou completamente e ele parecia bravo por eu ter contrariado a sua vontade como um garotinho mimado.

— Você é minha responsabilidade e eu não vou... — Eu nem consegui terminar de falar quando ele simplesmente me segurou pelos dois braços e me tirou de sua frente como se eu fosse uma boneca ou um manequim.

Quando Bucky rodou a maçaneta da porta a mesma estava trancada.

— Está procurando por isso? — Perguntei balançando a chave em meus dedos. — E nem pense em quebrar essa porta, você ouviu o que o Sr. Cérebro disse...

Tentei imitar a sua voz afetada.

— Violência só aos domingos. — Falei rindo logo em seguida.

— Me dê a porcaria da chave. — Bucky ordenou com a voz rouca pensando que me intimidaria.

— Deus, como você é teimoso. — Falei rolando os olhos e me afastando a medida que ele se aproximava. — Você não consegue receber uma ordem sem fazer bico?

— Eu não vou falar de novo.

— Por que não resolvemos de outro jeito? — Perguntei colocando a chave dentro do decote do meu uniforme e puxando o zíper para fecha-lo. — Eu te dou uma surra e você vai pro seu quarto choramingando.

— Você? — Bucky riu pelo nariz. — Me dá uma surra?

— Vai fazer bico de novo? — Perguntei e ele veio na minha direção claramente sem muita paciência.

Aceitei um soco no seu rosto pegando-o totalmente de surpresa. Havia um corte limpo no seu lábio inferior e ele passou a língua ali sem acreditar que eu tinha feito ele sangrar e ao sentir o gosto do sangue ele curvou os lábios em um sorriso.

— Isso foi só pra aquecer. — Falei rindo ao ver sua expressão. — Vamos lá!

Bucky me olhou com tanto ódio que por um segundo eu pensei que ele fosse revidar aquele golpe mas ele apenas estendeu a mão.

— A chave. — Bucky disse e eu segurei o seu braço e o torci atrás do seu corpo fazendo-o rir.

— Eu não vou deixar você fazer nenhuma loucura porque é um idiota que não sabe seguir ordens.

— Passei minha vida toda recebendo ordens. — Bucky girou o seu corpo ficando de frente a mim agarrando o meu braço. — E eu não vou responder a uma mulherzinha irritante que acha que é minha chefe.

— Somos uma equipe não somos? — Perguntei tentando acertar o chute no seu abdômen mas ele defendia cada golpe meu como se soubesse o que viria a seguir.

— Você nem está se esforçando. — Bucky disse e eu girei meu corpo em volta do próprio eixo e acertei um chute bem no seu rosto fazendo-o cambalear para trás.

— E nem você. — Respondi assoprando a mecha de cabelo que estava em frente ao meu rosto.

Sem muita paciência Bucky segurou o meu pescoço com o seu braço de vibranium e me jogou em cima da mesa que estava atrás de mim. Cruzei minhas pernas envolta do seu pescoço na tentativa de fazer ele se afastar e me largar.

A campainha tocou mas ficamos ainda parados um encarando o outro esperando qual de nós iria ceder primeiro.

E novamente aquele campainha soou.

Quando Bucky afrouxou sua mão em meu pescoço eu o empurrei para longe com o pé fazendo-o se afastar.

— Continuamos isso depois. — Falei passando a mão pelos cabelos e indo até a porta.

Tirei a chave do decote e abri a porta vendo o casal mais improvável ali na minha frente. Emil Blonsly conhecido como Abominável e Yuriko Oyama a Lady Letal, uma mutante nível ômega.

— Sejam bem vindos vizinhos. — Yuriko tinha um sorriso nos lábios tão assustador quanto suas garras de adamantion que estavam retraídas.

— Viemos dar as boas vindas. — Emil disse apontando para a torta de maça que a mulher segurava. — Pode pegar é um presente nosso. Moramos na casa ao lado.

Como se agradecia a super vilões uma torta de maça de boas vindas?

— A Lady Letal é minha vizinha? Que sonho. — Falei debochada e quando ia pegar a torta suas garras se mostraram me fazendo recuar. — Pode pegar sua, bobinha.

— Aquele é o soldado invernal? — Emil perguntou olhando para Bucky que estava logo atrás de mim.

— Puxa, vocês parecem cansados. — Yuriko disse desviando seu olhar de Bucky para mim. — Eu posso entrar e fazer um chá pra vocês e podemos falar sobre como é ser traída pelo governo. Tenho anos de experiência nisso.

— Desculpe, não vai dar. Agradeço a torta mas eu tenho que fazer um sexo bem gostoso com o soldado ali. — Falei dando uma piscadela. — Sabe como é... Pra aliviar a tensão e ele não matar ninguém por ai.

— Claro, claro... — Emil puxou a mulher pelo ombro como se estivesse com medo.

Eu não queria irrita-lo ou ele acabaria virando um monstro enorme.

— Com certeza está envenenado. — Falei indo até a cozinha jogando a torta inteira no lixo.

Bucky estava parado me encarando.

— O que foi? Queria um pouco? — Perguntei debochada afinal ele não seria maluco em confiar naquelas boas vindas.

— Não.

— Ficou com vergonha porque disse aos vizinhos que íamos fazer sexo? — Perguntei achando graça. — Relaxa, garotão. Isso foi só pra evitar que uma assassina entrasse aqui e para não irritar aquele cara.

— Você parece conhecer todo mundo aqui. — Bucky finalmente tinha se desarmado e por um momento eu estranhei o seu jeito mas não quis abusar da sorte.

— Eu sou promotora publica ou pelo menos era... — Falei sem muito animo. — Meu trabalho era colocar esses bandidos na cadeia.

— Pelo menos agora sei que nunca te contrataria para me defender. — Bucky disse e eu dei um tapinha no seu ombro.

— Olha só você fazendo uma piada.

— Não era uma piada. — Bucky disse e eu o fuzilei com os olhos.

Meu celular vibrou em cima da mesa e eu vi o nome da Gina no visor.

Como vai meus novos super vilões? — Gina perguntou empolgada.

Como ela podia ficar tão animada sabendo que a melhor amiga dela estava literalmente dentro de um covil de lobos?

— Você encontrou alguma coisa? — Perguntei tentando ir direto ao assunto.

— Hackear o celular daquele cara não foi nada fácil. — Gina disse dando um longo suspiro. — Criptografia de ponta.

— Mas você conseguiu, não é?

Claro que sim. — Gina riu. — Ford está morando sozinho em uma cobertura. Número 421. Nem sabia que esse lugar tinha apartamentos.

— Aqui é uma cidade, Gina. — Falei dando uma risada nasalada. — Uma cidade cheia de vilões.

E como você está, Bucky? — Gina perguntou e Bucky que até então estava em silêncio.

— Recebemos uma torta envenenada. — Bucky disse dando de ombros.

Receberam?

— Da Lady Fatal, você lembra dela, não é? — Perguntei lembrando da ultima vez que soubemos do paradeiro dela.

O que? Eu pensei que ela estivesse morta. — Gina disse chocada.

— Eu também. — Respondi e dei uma olhada no homem que estava na minha frente. — Vamos interrogar o cientista hoje a noite.

Hoje a noite? — Gina perguntou assustada. — Não acha que vai levantar muita suspeita? Vocês dois até ontem eram heróis e agora estão dentro de uma comunidade cheia de vilões. Eles vão ficar de olho em cada passo de vocês.

— Com essa maquina de encarar aqui ao meu lado? Acho difícil. — Falei dando uma pausa para me controlar e não rir. — Ele é um repelente de interações sociais.

— Deveria tentar a carreira de comediante já que de advogada não funcionou tão bem. — Bucky disse debochado e eu me xinguei internamente por ter dito aquilo a ele.

Qualquer coisa é só apertar o botão. O helicóptero vai estar esperando por vocês.

POV BUCKY BARNES

Jamais imaginei estar em uma comunidade de vilões mas também nunca imaginei que alguém me chamaria de herói como aconteceu há alguns dias atrás.

Tudo seria muito mais fácil se eu simplesmente entrasse na casa daquele cientista e arrancasse a informação que precisávamos de uma vez mas ao contrario disso estávamos passeando pela comunidade identificando as pessoas e procurando pontos estratégicos em caso de fulga.

Já tínhamos passado pela praça pelo menos umas três vezes.

— Qual sua comida favorita? — Selene perguntou andando ao meu lado pela praça me tirando dos meus pensamentos. — Não vale dizer ração ou enlatado.

— Por que quer saber sobre isso? — Perguntei desconfiado.

— É pro meu relatório. — Selene disse enfiando um punhado de pipoca na boca. — Estou escrevendo um biografia sobre você. Bucky Barnes o herói de guerra mais entediante do mundo.

— Pizza. — Respondi de uma vez.

— O que? — Selene pareceu surpresa.

— Pizza. Eu costumava comer com minha irmã quase todos os dias. — Respondi sorrindo ao me lembrar até mesmo do cheiro de pepperoni com manjericão. — Tinha essa lanchonete que ficava em frente ao cinema.

— E qual sua memória favorita com sua irmã? — Selene perguntou e eu imediatamente parei de andar. Era muito estranho pensar sobre isso depois de todos aqueles anos. — Desculpe, eu não quis parecer intrometida.

— Ta tudo bem. — Respondi olhando para frente tentando manter o foco. — Minha memória favorita foi quando a Becca e eu juntamos todas as nossas economias para comprar ingressos para um parque de diversões que tinha sido inaugurado na cidade vizinha. Você sabe... dinheiro para ingresso, passagem, comida.

— Parece ser uma memória incrível. — Selene disse e eu queria concordar com ela.

Realmente era uma memória incrível.

— Ora, ora... O que temos aqui.

Me virei a tempo de ver o homem com um sobretudo de couro se aproximar de nós

— O passarinho caiu muito longe do ninho dessa vez. — O homem disse olhando diretamente para Selene e eu imediatamente me coloquei na sua frente.

— Gambit.

— Aqui eu sou apenas o Remy LeBeau. — O sorriso no rosto dele era tão irritante que eu pensei em soca-lo e culpar o soldado invernal por isso. — Quase não acreditei quando soube que você estava aqui com ele.

Seu olhar caiu sobre mim.

— Não precisa fingir, eu ouvi vocês desde que saíram. — Gambit disse olhando dentro dos meus olhos sem se intimidar.

— Está tudo bem. — Selene disse me puxando pelo braço para que eu me afastasse. — O Gambit é um cleptomaníaco obcecado e controlador.

— E vocês dois são minha nova obsessão. — Gambit debochou.

— Como chegou até aqui? Pensei que fosse apenas um ladrãozinho de quinta categoria. — Selene disse apenas para alfineta-lo.

— E você? O auxilio dos vingadores caiu na conta? — Gambit disse mas Selene permaneceu em silêncio.
— Então me falem vocês dois estão tendo um caso? Ou isso é um plano pra derrubar algum cara poderoso?

— Boa noite, Gambit. — Selene disse dando as costas para ir embora.

— Tá legal, tenho certeza que o Sr. Cérebro vai adorar saber que o Soldado Invernal não é quem ele diz ser. — Gambit disse e eu dei um passo em sua direção mas ele tirou de dentro do bolso um punhados de cartas de baralho que se acenderam como se estivessem encantadas.

Aquilo era magia?

— Bucky aqui não. — Selene disse em um tom serio segurando o meu braço para que eu o soltasse.

— Bucky aqui sim. — Gambit sorriu girando aquelas cartas usando aquela magia estranha.

— Por que você não faz o que sabe fazer de melhor? Bater carteiras e roubar joias de senhorinhas?

— Por que você é muito mais interessante, Canário. — Gambit disse apagando aquelas cartas como se fosse um truque de mágica. — Sabia que eu sempre tive uma quedinha por você quando te via na televisão?

— Porque não diz logo o que você quer e caí fora? — Falei de uma vez.

— Olha só, ele sabe falar. — Gambit se virou pra mim dando uma risada. — Eu quero ajudar vocês.

— Nós não trabalhamos com criminosos. — Falei de uma vez mas Gambit riu como se eu tivesse acabado de conter uma piada.

— Mas vocês também são criminosos ou não estariam aqui.

— E em troca o que você quer? — Selene perguntou e eu olhei para ela incrédulo. Não era possível que ela estava realmente pensando em negociar com esse cara.

— Minha liberdade. — Gambit respondeu.

— Vamos embora. — Selene disse e graças a deus a consciência dela voltou.

— Se derem as costas e me deixarem aqui eu abro o bico. — Gambit ameaçou e pelo tom de sua voz ele estava desesperado.

— Ou eu posso te matar agora mesmo.

— Ele está falando sério. — Selene concordou tentando deixa-lo com medo. — E aposto que todo mundo aqui ia adorar ver o Soldado Invernal dando uma surra nesse seu traseiro.

— Se tentarem qualquer gracinha eu explodo a cabeça de vocês em um piscar de olhos. — Gambit disse fazendo uma luz violeta reluzir em seus olhos.

Igual a magia que estava envolta daquele baralho.

— Tá legal. — Selene soltou um longo suspiro. — O que sabe sobre um cientista chamado Nikolai Vassiliev?

Puxei o braço de Selene para um lugar mais afastado antes que ela falasse algo que não deveria.

— O que está fazendo? — Perguntei.

— Relaxa, eu tenho tudo sob controle. — Selene disse e eu franzi o senho achando aquilo um total absurdo. — E então?

— Por que estão interessados nele? — Gambit perguntou e eu cruzei os braços assim como Selene. — Tá legal, ele morava na cobertura de um prédio.

— Como assim morava? — Selene perguntou surpresa ao ouvir aquilo.

— Se mudou há uns dois dias. — Gambit respondeu.

— Merda, ele pode estar em qualquer lugar agora.

— É Gambit... Você não ajudou em nada. — Selene deu uma piscadela. — Tente a sorte da próxima vez.

— Tenho uma pasta com alguns documentos que roubei da casa dele. — Gambit disse e eu olhei para Selene desconfiado. — Talvez possa interessar.

— Que tipo de documentos? — Selene perguntou mas eu não sabia dizer se ele estava blefando ou falando sério.

Sua calma era de dar inveja. 

— Uma pasta cheia de anotações. — Gambit arqueou a sobrancelha. — E então? Temos um acordo?

— Fechado. — Selene apertou a mão de Gambit que sorriu de lado.

— Encontro vocês na sua casa depois do festival. — Gambit tirou uma carta do baralho e entregou para Selene. — Aproveitem o show.

— Eu não estou gostando disso. — Resmunguei pensando em como era ridículo acreditar em um criminoso.

— Relaxa, ele é inofensivo. — Selene disse e eu gostaria de saber como alguém que disse que estouraria nossas cabeças era inofensivo.

— Você está sendo descuidada e imprudente.

— Quer saber de uma coisa? Eu estou apavorada por estar nesse lugar. Era isso que queria ouvir? — Selene confessou e pela primeira vez eu vi medo em seus olhos. — Então não me culpe por querer sair daqui o mais rápido possível.

— Eu sei o quanto quer deter o Fisk mas acha que soltar uma criminoso é a melhor escolha? — Perguntei esperando pela sua resposta.

Selene desviou o olhar como se estivesse com vergonha do que diria a seguir.

— Não é sobre o Gambit ou por esses idiotas daqui.

— Então do que você tem tanto medo? — Perguntei confuso e então uma chuva de palmas tomou conta do lugar e o holofete iluminava o palco onde o Sr. Cérebro estava.

Enquanto conversávamos havíamos dado a volta na praça e agora podíamos ver com clareza aquele palco improvisado.

— Com vocês o nosso queridíssimo líder.

Um homem usando um terno roxo subiu as escadas acenando como um verdadeiro político recebendo assobios e palmas para todos os lados.

— Dele. — Selene disse e a única coisa que eu conseguia ouvir era a sua respiração pesada e o coração acelerado.

— E quem é ele? — Perguntei ao ver o homem acenar para a multidão com um sorriso no rosto enquanto as pessoas batiam palmas para ele.

— Killgrave, o homem purpura.

NOTAS!

Pelo visto eles só foram para essa comunidade para se ferrarem porque o cientista já vazou e deve estar na casa do Fisk tomando um caldinho de feijão kkkkkkkkkkkkk

Para quem não conhece Killgrave é o vilão de Jessica Jones que é conhecido por controlar a vontade das pessoas apenas por palavras mas não se preocupem que ele não é importante e só coloquei esse querido para dar um sustinho na Selene e no Bucky!

O que estão achando da historia? Estão gostando? Finalmente Bucky e Selene estão abaixando a guarda e começando a conversar sem facas e pedras na mão... Só nos resta saber quanto tempo isso vai durar

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To Też Polubisz

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