Depois de passar uma semana maravilhosa com Ian, eu e o resto do elenco fomos para a Rússia, país no qual eu ainda não tinha visitado.
O vôo não foi tão cansativo assim, já que pude descansar facilmente e ninguém me interrompeu.
Depois de nos instalarmos e tudo o mais, Jenni nos convidou para almoçar em um restaurante chique em São Petersburgo e claro que eu tive que ir.
Diferente das outras atrizes, eu coloquei uma roupa simples e prendi meu cabelo em um coque.
[Look na multi mídia]
Antes de descer, vi que tinha uma hora livre e resolvi falar com os meninos pelo Skype.
Eles não demoraram pra atender.
- E aí, Sky! Demorou pra aparecer, né! - Nicholas disse.
- Achei até que tinha esquecido que tinha banda. - disse Blake.
- Meninos, sejam educados. - Cold disse e eu soube que tinha algo errado. - Como você tá, Luh?
- Cansada e com muitas saudades de vocês, cara. - eu sorri. - Como estão as coisas por aí?
- Péssimas. - Nicholas disse.
Cold deu um tapa no ombro dele e Nicholas gritou.
- Caralho, Frio! Eu ainda estou me recuperando do acidente! - Nicholas disse.
- O que tá acontecendo, Cold? Mamãe me contou que sua mãe chegou em Atlanta. - eu disse.
- Eu não quero falar disso. - Cold disse e saiu de lá.
Blake sentou no lugar dele e sussurrou:
- Ele não diz, mas a chegada da mãe dele abalou o psicológico dele.
- Não abalou nada, Blake! - Cold disse, reaparecendo. - Luiza, não se preocupe, eu tô bem e gostaria que vocês não tocassem mais nesse assunto.
- Cold, eu só quero te ajudar. - eu disse.
- Mas eu não preciso de ajuda, tá!? Se eu quisesse ajuda, procuraria um psicólogo. - Cold disse.
- Cold, qual é o seu problema? - eu fiquei bem irritada. - Eu tô aqui, pronta pra te ajudar e você é grosso? Dane-se então, não quero mais saber dos seus problemas e muito menos tentar resolvê-los com você.
- Eu não preciso resolvê-los, sabia? Porque eu simplesmente não espero que eles vão embora, eu consigo viver com isso, tá? Lembra quando não me contou da bulimia, pois é! - ele disse e eu arregalei os olhos, depois do que ele falou.
- Você sabe que é diferente. - eu disse.
- Na realidade, é exatamente igual. É uma coisa minha, eu decido se quero dividir com vocês, beleza? Respeitem a droga da minha decisão! - ele disse, saindo de lá.
Eu ouvir uma porta bater e Blake disse:
- Você sabe que ele está nervoso, não sabe? Ele não queria dizer nada daquilo.
- Ele ama você, sabe que você só tava preocupada. - disse Nicholas.
- Ele disse aquilo porque ele quis, meninos. - eu respirei fundo. - Ele não sabe o quanto dói ouvir tudo isso.
- Vamos tentar acalmá-lo por aqui, vocês não podem brigar. Somos uma banda, uma família. - disse Blake.
- Eu agradeço, mas vai ser difícil convencê-lo. - eu disse.
Os meninos iam responder, mas ouvi me chamarem:
- Luiza, viemos buscar você pro almoço.
- Eu ja vou. - gritei em resposta e depois, olhei pro celular novamente. - Meninos, eu tenho que ir, amo vocês e sobre o Cold, o apóiem por mim já que não posso fazer isso com toda essa distância.
- Tudo bem, amamos você também. - disse Blake.
- Volta logo! - Nicholas disse.
Eu sorri e desliguei a chamada.
Eu fiquei preocupada com o idiota do Cold, é claro que fiquei/estou com muita, muita raiva dele, mas sei que Cold não é assim com as pessoas sem motivo algum, não costuma recusar ajuda de ninguém e nem jogar nada na cara de ninguém.
Por isso, agora, é questão de honra descobrir o que está acontecendo com meu irmãozinho, Cold Starks.
Aquele almoço todo estava me enjoando, de verdade. Ao fundo, havia o som de um piano e acho, que era uma música de Mozart. Eu disse "acho", até porque, nunca fui fã de música clássica. Elas me dão sono.
Jenni conversava com os produtores, enquanto, Rick, Blake Lively, David e Jacob conversavam sobre Khufu, nosso babuíno de estimação.
No meio disso tudo, estava eu, olhando para o prato vazio e me acabando em um ótimo vinho.
Espero não ficar bêbada muito fácil.
- Luiza, querida, quer mais vinho? - Rick perguntou.
- Se eu beber mais, acabo ficando bêbada. Você não quer me ver bêbada. - eu disse e todos na mesa riram.
Eu só revirei os oslhos.
- O que vamos comer? Lasanha? - perguntei, porque geralmente, esses restaurantes chiques tem massas.
- Vamos comer aquela lesma chique. - David disse.
- O QUÊ!? - eu perguntei, entrando em desespero.
- É, isso mesmo. Vamos comer aquela coisa nojenta. - Jacob disse.
Segurei o vômito.
- Finalmente concordamos em alguma coisa, Jacob. - eu balancei minha cabeça negativamente, tentando não imaginar o gosto daquilo.
- Nem é tão ruim assim. - Blake disse, sorrindo. - Uma vez, eu fiquei assim, com muito nojo, mas provei e gostei.
- Que horror! - eu disse e depois, me virei na direção de Jenni. - Jenni, tem algo no cardápio que seja comestível?
- O que vamos comer é comestível. - disse ela.
- Eu não como lesmas! - eu disse e eles riram.
- Tudo bem, Luiza. Pode escolher o que você quiser. - ela sorriu.
- Obrigada, Deus! - eu disse.
Acabei escolhendo uma salada, porque era a única coisa ali que eu sabia o que era.
- Você parece triste. - Jacob disse.
Tirei meus olhos da minha salada e olhei para ele.
- Você se importa? - perguntei.
- É, tudo bem, eu não me importo. - ele disse.
Eu o soquei outra vez e pra minha surpresa, ele riu.
- É, sério. Por que você tá tão estranha? - ele perguntou.
- Briga com meu irmão, nada demais. - eu disse.
Ele deu de ombros e disse:
- Essas coisas acontecem, se eu fosse você, eu não me importaria.
- O problema... - engoli minha salada. - É que eu não sou você.
- É, você não é. - ele sorriu e eu franzi o cenho, estranhando tanta gentileza. - Talvez, ser como eu não seja tão ruim.
- Unhum. - eu murmurei, comendo mais salada.
Jacob riu e revirou os olhos e eu, é claro que continuei estranhando tamanha gentileza.
****
- Cold fez o que? - Helouise me perguntou, pela chamada no Skype.
- Isso mesmo que você ouviu, eu não vou ter que repetir, não é? - eu perguntei, cruzando os braços.
Helouise revirou os olhos.
- Ele anda muito estranho, eu sei disso. - ela comeu um pedaço de bolo de chocolate. - Mas isso não justifica o jeito babaca dele, ai nossa, esse bolo tá ótimo.
- Eu tô bem preocupada com ele e pode ter certeza de uma coisa, eu vou descobrir o que está acontecendo com ele. - eu disse.
- Eu não vou me meter. - ela deu de ombros.
- Não ia precisar mesmo. - eu disse.
- Unhum. - ela murmurou, ironicamente.
Revirei os olhos e disse:
- Tem falado com o Simon?
- Óbvio. - ela deu de ombros. - Você sabe que, depois que eu e Calum bem... - ela pausou, porque eu sei que era um assunto difícil pra ela. - Você sabe, depois que nós terminamos. Eu e Simon nos aproximamos bem mais.
- A última vez que falei com ele foi à 5 dias atrás, ele disse que estava em...
- Que estava na Austrália, por causa da conferência de médicos. - Helouise se empanturrou com o bolo. - É um saco que meus amigos viagem tanto e eu fique com a missão de ensinar Blake, Nicholas e Cold a se vestirem!
Eu ri e disse:
- Acredite, eu não queria estar na Rússia.
- E eu não queria estar em Atlanta! - ela protestou e eu ri.
- Só falta alguns meses. - eu dei de ombros.
- Alguns intermináveis meses. - ela disse.
Eu ri e então, ouvi um barulho do outro lado da câmera.
- O que foi isso? - perguntei.
- Meu irmão, Miguel. - ela suspirou. - Ele veio passar um tempo comigo e tá fazendo uma bagunça por aqui.
- Boa sorte. - eu disse rindo.
- Vai rindo, vai rindo. Quando Rainbow ficar assim, eu é quem vou rir. - ela disse.
Eu ri mais uma vez e disse:
- Tudo bem, até mais.
- Até mais e não se meta em confusão, eu não estou aí pra livrá-la delas. - disse ela.
- Vai ser difícil, mas tudo bem. - eu disse.
Helouise riu e desligou a chamada.
Fui atrás de alguma coisa pra comer no frigobar, mas assim que ia pegar um kit kat, meu celular apitou mais uma vez, notificando uma ligação do Skype.
Fui até ele e vi que era o Ian.
- Olha só quem já tá com saudades! - eu atendi e sorri.
- Como se você não estivesse. - ele revirou os olhos e depois riu. - Queria saber como você tá.
- Bem, só preocupada. - eu disse.
- O que aflinge você, meu amor? - ele perguntou.
Eu sorri e disse:
- Cold e a situação conturbada com a mãe dele.
- O que aconteceu? - ele perguntou.
- Eu e Cold brigamos, eu tentei ajudar e ele recusou a ajuda, de forma bem grosseira. - eu disse.
- E foi muito feio? - ele perguntou.
- Relativamente, mas sabe, eu vou descobrir o que está acontecendo. - eu disse.
- Eu não duvido. - ele riu.
Eu sorri e disse:
- Daqui a algumas semanas, eu vou ter que voltar para Nova York. Que tal você me encontrar lá?
- Seria ótimo, querida. - ele disse e depois, sorriu ao lembrar de algo. - Eu andei pensando e conclui que talvez, meu apartamento esteja ficando pequeno demais pra nós 4.
- Talvez, considerando que nossos bebês estão ficando imensos. - eu disse.
- Então, nós poderíamos simplesmente comprar uma casa. - ele disse.
- Quer dizer, uma casa pra nós dois? Só nossa? - eu sorri.
- É, deve haver casas ótimas aqui em Atlanta, grande e espaçosa para a nossa família. - ele disse.
- Não vamos ter 5 filhos, tudo bem? Deve ser muito cansativo. - eu ri.
- 4, quem sabe? - ele sugeriu, com um sorriso maravilhoso no rosto.
- Você diz isso porque não vai ser você que vai ter uma mudança drástica de humor, não vai engordar durante 9 meses e não vai ter que amamentar também. - eu disse.
Ian riu e disse:
- Você vai ficar linda grávida.
- Você sempre diz isso. - eu revirei os olhos.
- Porque sempre é verdade. - ele disse.
Eu sorri e disse:
- Eu tô com tantas saudades de você, meu amor.
- Eu também, querida. - ele disse.
- Não vejo a hora das gravações acabarem, pra eu poder ter férias e ficar com você. - eu disse.
- Quando isso acontecer, não vou deixar você sair do meu lado. - ele disse.
Eu ri e disse:
- Iria parecer sequestro.
- Um sequestro do bem. - ele acrescentou e eu ri.
- Como Paul e Nina estão? - peguntei.
- Estão ótimos, Nina vai sair de TVD, você sabe. Isso nos pegou de surpresa, então, acho que as coisas vão ficar meio tensas daqui pra frente. - ele disse.
- Eu soube e preciso conversar com ela, acho que todos os fãs estão arrasados, exatamente como eu estou. - eu disse.
- Se você visse as milhares de mensagens que recebemos nas redes sociais... - Ian disse.
- Boa sorte, meu amor. - eu disse.
- Obrigado. - ele sorriu. - Você continua preocupada, não é?
- Sim, e muito. - eu disse.
- Quer um conselho? - ele perguntou.
- Seria ótimo. - eu disse.
- Faça uma música, você é boa nisso e provavelmente, expressaria melhor o que está sentindo. - Ian disse.
- Essa é uma boa idéia, Ian! - eu sorri. - Você é brilhante!
- Eu sei, eu sei! Obrigado. - Ian sorriu e eu ri.
- Não se gabe tanto. - eu disse rindo.
Ian riu e disse:
- Na realidade, eu estou me gabando por você.
- Ah, é mesmo? - perguntei sorrindo.
- Sim, você é uma ótima compositora e eu não digo isso porque te amo, digo isso porque é a verdade. - ele tomou um pouco de um líquido, que pela minha experiência, era cerveja. - Sei disso porque na maioria das vezes, as músicas são pra mim.
- Ah, sério? Pode me dizer quais? - perguntei sorrindo.
- Equalize. - ele sorriu, orgulhoso.
- Tudo bem! Eu admito! - falei.
- Não sabia que você amava minha cara de sono, ou muito menos, quando te digo coisas malucas. - ele sorriu novamente.
- Você tá surpreso? - revirei os olhos.
- Não, porque sei que sou amável. - ele disse e eu ri.
- Convencido. - eu disse.
- Vê se volta logo, por favor. Eu tô com saudades. - ele disse, tomando mais um gole da cerveja.
- Ian! Pare de beber! - eu disse.
- O que foi? É só um copo! - ele se defendeu rindo.
- Assim espero. - eu disse e ele riu.
- Tudo bem, tudo bem! Só venha logo, tá bem? - ele perguntou.
- Certo, eu vou usar meus poderes mágicos e me desdobrar em 50 e gravar tudo bem rápido, só pra voltar pra você. - eu disse, ironicamente.
- Assim espero. - Ian disse e nós rimos.
- Eu tenho entrevista em um programa de tv local, vai ser bem cedo, então, vou ter que desligar. - eu bocejei.
- Tudo bem, então. Eu te amo. - ele disse.
- Também te amo. - eu disse.
Ian sorriu e depois, nós desligamos a chamada.
****
- Que bom que veio! - a produtora do programa veio até mim, sorridente.
- Obrigada pela recepção. - eu a abracei.
- Nós é que agradecemos! Agora, acho que você deve estar com fome, no camarim tem comida. - ela disse.
- Obrigada! - eu sorri, realmente animada com a idéia de ter churros.
Estava acompanhada da assistente da produtora, quando passamos pelo corredor dos camarins e em um deles, eu li Fifth Harmony na porta e tive um ataque.
Amo aquelas meninas.
- As meninas do Fifth Harmony vão participar!? - eu perguntei.
- Sim, vocês vão participar de um jogo juntas. - a menina disse.
- Que tipo de jogo? - arqueei uma sobrancelha e sorri.
Adoro jogos, vocês sabem.
- Você verá. - ela me empurrou para o meu camarim e eu fiquei atônita.
****
Estava escolhendo uma roupa, sozinha no meu camarim.
É estranho como a vida fica sem graça sem os três patetas.
Antes de vesti a calça jeans preta e uma t-shirt do Nirvana, eu me olhei no espelho e notei que minha barriga havia crescido um pouco, na realidade, parecia inchada.
- Nossa, que estranho. - murmurei, mas deixei pra lá.
Pra quê ligar pra isso, né? Depois de horas malhando duro, aquela barriguinha vai sumir.
Vesti a roupa, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, fiz uma maquiagem simples e calcei uma par de scarpins pretos.
Assim que sai do camarim, fui esperar a hora de entrar no backstage, aproveitei para beliscar algumas guloseimas que havia em uma mesa ali perto.
- Meu Deus! Tombei! - eu disse, assim que vi mini tortinhas de morango.
- Luiza! - alguém me chamou.
Mordi a tortinha e virei.
Encontrei 5 garotas lacradoras me olhando sorrindo.
- Meninas! - eu murmurei, com a boca cheia de tortinha, fazendo-as rir. - Que bom que finalmente estou conhecendo vocês!
- O prazer é nosso, eu particularmente, adoro suas músicas. São bem emo góticas. - Lauren disse.
- Eu sou emo gótica. - eu disse e elas riram mais uma vez.
- Então, você sabe qual é o jogo que vamos jogar? - Normani perguntou.
- Eu não sei, fizeram um mistério pra vocês também? - perguntei.
- Yep. - Ally respondeu.
- Merda. - eu disse, me empanturrando com mais tortinhas. - Talvez seja um jogo fácil.
- Talvez. - Camila disse.
Meu celular vibrou no meu bolso e eu tive que atender.
- Espero que seja importante, porque seja lá quem for, você está atrapalhando minha conversa com as meninas do 5H e tortinhas de morango. - eu disse.
- Luiza! Finalmente! Por que não atende a droga do telefone? - Cold perguntou.
- Com licença, meninas. - eu sorri pra elas e me afastei. - Espero que tenha um bom motivo pra me ligar depois das coisas que disse pra mim.
- Eu quero pedir desculpas, quer dizer, não é bom no estado que você está ouvir aquelas coisas. - Cold disse.
Opa, tinha algo errado.
- Em que estado eu estou, Starks? - perguntei.
- Puts, você ainda não sabe. - ele sussurrou.
- Eu ouvi! Bora, Cold! É bom você me contar o que está acontecendo! - eu disse.
- Ah, é só que você está estressada, por causa das viagens e tal. - ele disse. - Então, estou desculpado?
- Vamos entrar! - a produtora me chamou.
- Vou pensar no seu caso, tchau. - eu desliguei e fui para o palco.
****
- Então, Luiza, como vai sua vida profissional? - o entrevistador, chamado Mick, me perguntou.
- Ótima, na verdade, estou escrevendo coisas novas quando tenho um tempo sobrando e as gravações estão a todo o vapor. - eu sorri.
- Saudades de casa? - ele perguntou.
- Ah nossa, você não tem idéia! - eu sorri. - O lado bom, é que é sempre bom ser recebida por novos países, ser recebida com muito carinho.
Mick sorriu e disse:
- E você e o Ian?
- Estamos bem, a propósito, eu estou com muitas saudades dele. Provavelmente, deve ser maior até que a saudade que sinto da lasanha da minha mãe. - eu disse e eles riram.
- Quer mandar um recado pra ele? - ele perguntou.
Eu assenti e olhei pra câmera:
- Ian amor, eu te amo, tô com saudades, espero que quando eu voltar, tenha uma dúzia de tortas de morango me esperando.
Eles riram e depois, ele me encheu das mesmas perguntas de sempre.
Depois de um tempo, ele chamou as meninas e foi aí, que descobrimos qual era o jogo.
Sabe karaokê? Pois é, só que era com músicas sorteadas e valia ponto, no fim, eles nos dariam um presente misterioso.
- Elas começam, elas são mais novas. Essa é a regra. - eu disse e elas riram.
- Isso é injusto! - Dinah reclamou rindo.
- Vocês são cinco e eu sou só eu, isso sim é injusto. - eu disse e elas riram.
- Tudo bem, eu vou. - Camila se levantou e foi até o microfone.
- Uuuui! Vai lá, Cabello! - eu disse sorrindo, mas depois, me toquei que estava torcendo para minha adversária. - Por que estou torcendo para o time adversário?
Elas riram e sortearam a música, que coincidentemente, deu em Style, da Taylor Swift.
Eu sorri, porque era uma música que me lembrava muito o Ian e então, lembrei de um noite em um lago.
FLASHBACK ON.
Eu e Ian estávamos dirigindo a noite, eu tinha acabado de voltar da turnê de verão, estava enjoada e queria dormir.
- Podemos parar? - perguntei.
- Não. - Ian sorriu e aumentou o som.
A música que tocava na rádio era Style, da Taylor Swift.
- Taylor Swift, Ian? - eu ri.
- Culpe a sua irmã por isso. - ele respondeu e eu ri mais uma vez.
Continuamos dirigindo até que, Ian para o carro, no meio da música.
- Por que paramos? Achei que você não ia parar. - eu estranhei.
Ian sorriu e disse:
- Olha.
Então, eu olhei e encontrei um lago a nossa frente. Àquela hora, o lago estaria congelando e eu não fiquei animada com o fato de estarmos ali.
- Ian, cadê a civilização? - perguntei e ele riu.
- Vamos entrar no lago. - ele disse, tirando a blusa.
- Não! Deve estar frio! Muito frio! - eu disse.
- Eu te esquento. - ele respondeu.
- E se nos virem? - eu perguntei.
- Você se importa? - ele sorriu e saiu do carro.
- Maluco. - eu murmurei e tirei o vestido, ficando só de langerie.
- A água está morna! - Ian gritou, antes de dar um mergulho.
Revirei os olhos e entrei na água.
Ele estava certo, a água não estava fria.
- São 2:00 da madrugada e nós dois estamos aqui, dentro desse lago. - eu resmunguei.
- Você resmunga muito. - Ian riu.
Mergulhei e quando emergi, Ian sorriu.
- O que deu em você? - eu perguntei rindo.
- Nós costumávamos fazer loucuras, não vi problema algum fazer isso mais uma vez. - disse Ian.
- Posso te prometer uma coisa? -eu perguntei.
- É claro. - ele disse.
- Eu e você, vamos ser loucos juntos. Pra sempre. - eu sorri. - E quando eu falo de loucura, pode ter certeza que eu sei bem do que estou falando.
Ian sorriu e disse:
- Está esfriando.
- Certamente. - eu disse rindo.
- Vamos, ou então, vamos congelar. - Ian saiu correndo.
Eu o segui e gritei:
- Minha pálpebra já congelou, amigo.
Ian gargalhou e disse:
- Eu amo você.
- Eu também! - eu ri e tentei descongelar a minha pálpebra.
FLASHBACK OFF
- É a sua vez, Luiza. - Camila me chamou.
Eu sorri e me levantei.
- Peguem leve comigo, queridos. - eu disse, indo até o microfone.
Sortearam a música e ironicamente, era uma da Christina Aguilera, aquela Your Body.
- Tão engraçado. - eu ri e todos riram. - Vamos lá, amigos.
Eu nunca fui fã da Christina, então, não é novidade que eu me embolei toda na música, arrancando risadas de todos no auditório.
No final, acabei somando 4 pontos, um ponto a menos que Camila, aquela garota arrasa.
- Tiveram sorte, meninas. - eu disse.
Dinah riu e se levantou, dizendo que seria a próxima a cantar.
A música sorteada foi Love Me Like You Do, da Ellie Goulding.
Essas meninas são mais sortudas que eu, definitivamente.
*****
- Ian, o Cold me ligou e veio pra cima de mim com um papo muito estranho. - eu disse.
Estávamos no intervalo do programa e eu aproveitei pra ligar para o Ian.
- Que papo? - ele perguntou.
- Algo sobre o estado que eu estou. - eu disse.
Ian murmurou um droga e foi aí que eu soube que tinha algo de errado.
- Eu disse que seus nervos estavam a flor da pele. - ele disfarçou.
- Ian, melhor me contar o que está acontecendo agora ou já sabe o que vai acontecer, fora que eu tô gastando meus créditos internacionais e...
- Meu amor, você tá grávida. - Ian me interrompeu.
Fiquei boquiaberta.
Se eu estivesse grávida, saberia, não é?
- Ian, não pode ser verdade, eu saberia, eu conheço o meu corpo. - eu disse.
- Lembra o exame que você fez? - Ian perguntou e eu pude vê-lo revirando os olhos. - Pois é, o doutor ligou e disse que o resultado deu positivo e que a tonteira é um dos sintomas.
Eu sorri e peguei na minha barriga.
- Mas nós fizemos... você sabe, naquele dia. - eu disse.
- Eu sei, eu pesquisei, não faz mal para o bebê. Nós realmente vamos ser pais dessa vez, meu amor. - ele disse.
- Aí meu Deus! - eu disse, sorrindo muito. - E as filmagens? Como eu vou contar? Ian, isso é mais complicado do que parece!
Ian gargalhou e disse:
- Grave algumas cenas, sua barriga ainda tá pequena, só tem 2 meses, mas pelas cenas de ação, você vai precisar falar com o Ricky. - Ian disse.
- Quero voltar pra casa. - eu disse.
- Então venha, eu estarei esperando. - Ian disse e eu sorri. - Eu te amo, tenha cuidado com o nosso bebê.
- Eu terei, também te amo. - eu disse desligando.
Meu Deus, eu vou ter um bebê.