Your Star | Jjk + Pjm

By kamsstan

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Preso em uma constante de exames e remédios, Jimin sente vontade de deixar tudo e desistir; cansado de lutar... More

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By kamsstan

Jimin foi liberado do hospital um dia após o ano novo, mas decidiu não encerrar o tratamento logo, alguma coisa dentro de si o impediu.

Passou o primeiro dia de janeiro com a família de Jungkook, repondo o almoço que não compareceu da última vez que esteve em sua casa.

Hajun adorou Jimin, e se sentiu triste quando imaginou que sua amada também o adoraria.

— Seu appa ficou quieto do nada. — Jimin comentou após o almoço, quando ele e Jungkook estavam no quarto do mais novo, deitados e olhando para o teto.

— Ele fica assim quando lembra da omma. — Suspirou. — Mas está tudo bem, não se sinta mal.

— Você não parou pra pensar nisso? Nos últimos dias. — Perguntou, curioso.

— Nisso o quê?

— Em mim. Não estando mais aqui.

— Ah.

— Você pensou, não é? — Jimin virou o rosto para encarar seu perfil.

-— É impossível não pensar, Jimin-ssi. — Respirou fundo, e buscou a mão alheia para entrelaçar seus dedos nos dele. — Mas é como eu já disse uma vez sobre meu pai, hyung... Se isso te destrói, e a melhor maneira de você parar de sentir dor for a... A morte, então está tudo bem. Eu farei com que seus últimos dias aqui sejam os mais felizes. — A voz embargou, mas ele sorriu, reprimindo qualquer coisa que sentisse.

Mas Jimin percebeu.

— Jungkook-ah... — Deitou de lado, se apoiando no braço livre, para poder olhar nos olhos que se fecharam para não lhe encarar. — Ei, não faz assim.

— Fazer o quê?

— Me fazer feliz enquanto você sofre. Não quero que você sofra. — Soltou sua mão para afagar o rosto que tanto adorava. — Eu sei que isso dói em você. Você pode perder seu pai e a mim a qualquer momento, mas continua sorrindo e fingindo que está tudo bem desde que nós não soframos mais.

— Mas, hyung...

— Não, Jungkook! Você não pode se reprimir assim. Se está doendo, fala pra mim! Deixa eu cuidar de você também. — Falou mais alto, os olhos lacrimejados. — Te ver sofrer me faz sofrer, sabia? Então do que adianta os seus esforços? Se eu não sofrer com o tratamento ou a doença, vou sofrer por ver você assim! — Observou uma lágrima rolar pelos grandes olhos escuros de Jungkook, o que desencadeou todas as outras seguidas.

Jimin não disse mais nada, apenas abraçou o corpo maior que o seu, afagando e acarinhando, deixando-o que pusesse para fora tudo o que guardou todo aquele tempo.

— Você não é uma estrela cadente que realiza desejos, Jungkook-ah. Você é uma estrela que brilha, mas que também pode oscilar. — Sussurrou, escutando os soluços em seu peito.

Ficaram minutos daquela forma, tanto tempo que Jimin achou que o mais novo havia dormido.

— Jungkookie? — Chamou, baixinho.

— Oi. — E ele respondeu, tão baixo quanto.

— Eu amo você.

Jungkook ergueu o rosto.

— Eu tenho medo, hyung. — Confessou, e o coração de Jimin apertou. — Se o meu propósito na Terra for fazer as pessoas felizes só pra depois perdê-las, eu não quero mais ter propósito nenhum.

— Seu propósito vai muito além disso, Jungkook-ah.

— Tenho medo de não conseguir me despedir da maneira certa... Medo de não ter dito tudo o que eu sinto, e então ser tarde demais. Medo de mandar mensagem no dia seguinte, e não receber mais nada em resposta. Tenho medo de ir acordar meu pai, e perceber que ele não está mais entre nós. — O chorou voltou, tremendo seus ombros.

— Eu sinto muito... — A vontade de chorar estava presente, mas não o faria.

— Não precisa, hyung. — Fungou, buscando secar as lágrimas.

— Se eu tivesse me cuidado, não estaria como estou hoje, e eu poderia viver uma vida inteira ao seu lado.

— A gente vai viver, hyung. — Beijou sua mão. — Eu prometo.

— Vou sentir tanta saudade de você...

— Hyung...

E o choro infestou o quarto.

Os dois choraram por longos minutos abraçados, esquecendo de todo o resto do mundo fora das quatro paredes.

A noite chegou, e o barulho irritante que o celular de Jimin fazia sobre a mesinha ao lado da cama o acordou.

Ele buscou o aparelho e observou as horas antes de perceber que haviam várias mensagens e ligações perdidas.

Eram todas de sua mãe.

Suspirando, deixou o celular sobre a mesinha novamente e se atentou a Jungkook que dormia calmamente.

Dava para notar os olhos um pouco inchados por causa do choro, mesmo sob a pouca luz dentro do cômodo.

— Jungkookie? — Deixou um selar sobre a bochecha macia, esperando que ele acordasse. Precisava ir.

— Hum? — Resmungou, abrindo os olhos lentamente.

— Preciso ir. — Sorriu um pouquinho, achando Jungkook sonolento completamente fofo.

— Mas já? Que horas... São? — Bocejou.

— Já são mais de 21h. Levante para comer alguma coisa, ok? Estou indo. — Deixou outro beijo em sua bochecha, levantando-se na cama em seguida.

— Tchau, hyung... Cuidado. — Murmurou quase dormindo, tirando uma risada de Jimin antes que este deixasse o quarto.

Encontrou Misuk junto de Yoongi na sala, comendo alguma coisa enquanto assistiam um dos filmes da Barbie.

— Oh, não sabia que você estava aí. — Yoongi o percebeu se aproximar.

— Já estou indo. — Parou por um instante. — Hajun-ssi está dormindo?

— Sim, ele vai pra cama cedo na maioria das vezes. Quer que eu te acompanhe?

— Não precisa, pode ficar aí. — Sorriu. — Tchau, Misuk-ah.

— Tchau, Jim-oppa! — O sorrisinho banguela foi exposto, deixando o Park todo bobo.

— Tchau, hyung. — Se despediu de Yoongi também, que acenou um tchau.

Jimin decidiu caminhar até sua casa, apenas para enrolar mais um pouco.

Não havia falado com sua mãe depois da trágica conversa que tiveram no hospital, por mais que a mulher tentasse.

Eram quase 23h quando chegou em casa, as luzes ainda acesas.

Suspirando, destrancou a porta e adentrou a residência, se preparando mentalmente para o que viesse.

Para sua surpresa, quem o esperava não era sua mãe, mas seu pai.

— Appa? — Chamou, tendo a atenção alheia sobre si. — Onde está omma?

— Está dormindo. Ela dormiu depois de tomar remédio.

— Você dopou ela? — O mais velho suspirou.

— Infelizmente, tive que fazer. Ela estava muito agitada. Podemos conversar?

Jimin assentiu, ocupando o sofá, já que seu pai ocupava a poltrona.

— Sua mãe disse que você não quer continuar o tratamento. — Começou, e Jimin assentiu. — E também disse que você culpou nós dois pelo seu estado.

— Não culpei, appa. Só não deixei que ela me culpasse quando eu sou tão vítima dessa doença quanto vocês. — Interferiu. — O senhor está aqui pra defender ela? Pois não temos mais nada para conversar. — Quando se levantou para se retirar, a voz de seu pai o parou.

— Eu apoio você. — Jimin o encarou, completamente surpreso. — Se é o que quer, então tudo bem, desde que não sofra mais.

— Appa...

— O que for melhor para você, filho. — Se levantou, tocando o ombro alheio. — O Jungkook cuida bem de você? — O menor assentiu, emocionado. — Então ótimo, é o que importa. Boa noite, Jimin.

Deixou a sala, subindo as escadas.

Jimin ficou sem saber o que fazer, completamente surpreso e tocado pela atitude do pai.

Respirando fundo, desligou as luzes antes de subir para seu quarto, decidido a tomar um banho e dormir.

Perto de sua cama, na mesa de cabeceira, estava a cartela de remédio passado pelo médico para que tomasse todos os dias antes de dormir. Observou a cartela por longos minutos, pensativo.

Pensou sobre como seria sua vida caso deixasse o tratamento.

Provavelmente aceleraria o dia de sua morte, mas não sentiria mais todos os efeitos colaterais que o tratamento o fazia sentir.

Se continuasse tomando, viveria por mais algum tempo, mas sentiria dores por todo o processo.

Se a doença avançasse mais, poderia até ser internado mais uma vez, e então perderia todo o cabelo que conseguiu crescer desde a última quimioterapia.

Os remédios o deixava estável, mas a quimioterapia, mesmo que o ajudasse, o destruía por fora.

Era uma decisão difícil a se fazer.

Mas, então, pensou em Jungkook.

As lágrimas em seus olhos tão doces.

Suspirando, deitou-se e encarou o teto do próprio quarto.

Mesmo que os pensamentos não parassem, logo foi levado pelo sono.

E sonhou.

Sonhou com o universo.

Sonhou com corpos celestes que vagavam pelo vasto espaço.

Andavam de mãos dadas, cada um em seus devidos lugares, mas sempre unidos.

Tudo parecia tão escuro, mas eles brilhavam como nunca, podendo cegar Jimin caso estivesse acordado.

Uma valsa.

Eles dançavam uma valsa, cada um com seu parceiro, felizes demais para se importarem com o que acontecia ao redor.

E então viu uma estrela solitária, ela dançava sozinha, mesmo assim, feliz.

Ela brilhava tanto quanto os outros, e rodopiava ao redor de cada corpo celeste em suas valsas.

Feliz demais para se importar com a solidão.

Livre demais.

Jimin acordou quando um corpo pulou em cima de si, o assustando.

— Mas que porra.

A risada de Taehyung se espalhou pelo quarto, e o mais novo observou-o se espelhar sobre sua cama.

— Sai seu folgado. — Tentou lhe empurrar, mas ele apenas ria e não deixava Jimin o tirar. — O que você quer aqui? Cadê o Hoseok-hyung?

— Bom dia, bela adormecida. — Hoseok adentrou o quarto em seguida, trazendo consigo uma bandeja com café da manhã.

— O que é isso? — Desconfiou. — Avisando logo que não vou fazer nada!

— Eita como reclama. — Taehyung rolou os olhos, apoiando a cabeça na própria mão.

— Você ainda não saiu da minha cama?! — Jimin o empurrou novamente, fazendo-o gargalhar.

— Primeiramente: não posso querer agradar meu irmãozinho? — Hoseok iniciou, e quando Jimin ia responder, fez sinal para que se calasse. — E segundo: me pediram pra tentar te convencer a viajar.

— Viajar?

— Em grupo. A gente. — Taehyung explicou.

— Por que uma viagem do nada? — Estranhou.

— Ah... Era pro Namjoon-hyung te dizer, mas você sumiu o dia inteiro ontem. — O mais velho coçou a nuca.

— Estava com Jungkook, e a gente acabou dormindo. — Deu de ombros, aproveitando para começar a comer.

— Enfim, ele vai pedir o Jin-hyung em casamento. — Hoseok soltou, fazendo Jimin se engasgar e começar a tossir.

Os outros dois se preocuparam, tentando-o ajudar.

— Casamento?! — Quase gritou quando se recuperou.

— É. Eles estão juntos há bastante tempo, e, por mais que nosso país não legalize casamentos gay, Namjoon-hyung quer casar.

— E Jin-hyung quer? — Perguntou, para surpresa dos dois.

— Por que ele não iria querer? — Taehyung perguntou.

— Não sei, Jin-hyung nunca disse que gostaria de casar. E ele sempre deixou claro que gostava da relação dele com Namjoon-hyung do jeito que é. — Deu de ombros mais uma vez.

— Jimi, são mais de seis anos. — Hoseok tentou.

— Eu sei, hyung. Só estou dizendo que algumas pessoas não querem casar, não sei do Jin-hyung. Mas não quer dizer que ele não pense, sabe? Afinal, nós todos sabemos o quão doido ele é pelo Namjoon-hyung. — Voltou a comer, deixando os outros pensativos, principalmente Taehyung.

— De qualquer forma, a viagem já está de pé, você vai? — Hoseok voltou ao assunto inicial.

— Pode ser.

— Jin-hyung chamou Yoongi e Sana também, você pode chamar Nayeon e Momo, como nos velhos tempos. — Sorriu.

— Chanyeol e Baekhyun também, então. Soube que eles estão juntos. — Taehyung lembrou.

— Se assumiram?

— Não oficialmente namorados. — Deu de ombros.

— Acho eles fofos.

— Ainda estou com sono. — Jimin bocejou. — Obrigado pelo café da manhã, Hobi-hyung.

— Na verdade, quem fez foi o Tae. — Sorriu, e Taehyung teve o olhar alheio sobre si.

— De nada. — Disse, como quem não quer nada.

— Obrigado, Taehyung. Agora se me dão licença, voltarei a dormir. — Voltou a deitar, e Hoseok pegou a bandeja com quase tudo acabado.

— Jimi. — Recebeu um murmúrio. — Vai conversar com a omma?

— Se necessário, então irei. Mas não quero pensar nisso agora. — Respirando fundo, Hoseok assentiu mesmo que o irmão não visse.

Sem dizer nada, deixou o cômodo.

— Por que ainda está aqui, Taehyung? — Jimin murmurou, de olhos fechados.

— Porque ele não gosta quando você fica assim.

— Estou normal.

— Está distante.

Dito isso, se levantou para deixar o quarto.

— Taehyung-ah. — Mas Jimin o chamou.

Sem se virar e com Taehyung ainda o olhando, suspirou.

Obrigado por cuidar dele.

— Eu o amo, Jimin-ah. Amo mais do que eu poderia imaginar. — Jimin assentiu.

— É o que importa.

Sem mais nada a dizer, Taehyung deixou o quarto também, indo encontrar Hoseok em seu quarto.

Hoseok observava o lado de fora pela janela. Suspirou quando os braços o rodearam, com carinho.

— Tudo bem?

— Sim.

— Ei. — O virou para si. — Estou aqui, ok?

— Eu sei. — Assentiu, sentindo seus olhos embaçar. — Obrigado.

Taehyung o abraçou, carinhoso.

— Eu te amo. — Sussurrou, como um segredo. Hoseok sorriu afundando o rosto na curvatura do pescoço do maior.

— E eu te amo. — Deixou um selar na pele macia.

As mãos de Taehyung escorregaram pelas costas do mais velho, para segurar seu quadril e o impulsionar para cima, fazendo-o lhe abraçar com as pernas.

— Baixinho? — Hoseok murmurou, manhoso.

— Bem baixinho. Só pra mim.

E então os sorrisos se encontram no beijo calmo e, ao mesmo tempo, intenso.

Eles marcaram a data da viagem, aproveitando ser o começo do ano para férias.

Todos estavam bastante animados para relembrarem os velhos tempos quando saiam em viagens entre amigos durante as férias escolares ou quando tinham tempo livre da faculdade.

Tempos que foram, durantes os anos que se passavam, cada vez mais deixados para trás.

Estavam crescendo, tomando responsabilidades da vida adulta, cuidando de seus próprios problemas.

Aquela viagem não serviria somente para o pedido especial que Namjoon estava planejando fazer, mas para lavar as almas sobrecarregadas de tantas coisas ruins que a vida pode proporcionar as vezes.

Jimin encarava uma foto antiga em suas mãos.

Jimin sorria junto de Nayeon, enquanto Momo e Yoongi brigavam pelas poses que deveriam fazer mesmo quando a foto já estava sendo tirada. Seokjin ao fundo tentava parar de rir da queda que Chanyeol havia levado, e Namjoon sujava Hoseok de sorvete por algo que ele tinha dito para provocar o maior.

Era um caos, mas ele sempre adorou o caos que era seu grupo de amigos.

Agora, tudo estava diferente, mas não podia estar melhor.

O grupo estava maior, e o caos com certeza também seria maior.

Jimin teve certeza quando Seokjin chegou em frente a sua casa com uma van enorme, e os gritos dentro dela denunciavam a baderna que estava lá dentro.

Seokjin brigava com eles enquanto continuava buzinando, mesmo que Hoseok e Jimin já estivessem dentro da van.

— PARA DE BUZINAR ESSA PORRA! — Yoongi gritou de trás.

— ME OBRIGUE! — Seokjin retrucou, como uma criança birrenta.

Vozes por cima de vozes.

— MOMO AFASTA!

— AFASTA VOCÊ, TÁ ME ESPREMENDO AQUI.

— MEU CELULAR CAIU, CALMA.

— CADÊ A MÚSICA, JIN-HYUNG?

— ANDA LOGO ESSA PORRA.

— COLOCA IMAGINE DRAGONS!

— DEIXA ESSA PORRA!

— SAI DAQUI!

— MÚSICA RUIM DO CACETE.

— VOU QUEBRAR SUA CARA!

Era seu caos favorito.

Sempre seria.

cada vez mais perto do fim...
o próximo cap é um dos mais especiais, e eu vou postar no domingo
desculpem pela demora, tive algumas mudanças então não deu pra finalizar a tempo de postar! mas o próximo já está prontinho pra ser servido pra vocês
obrigada por ler 💛

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