INDOMÁVEL ✧ HOUSE OF THE DRAG...

By jhopiest

45.6K 3.4K 16.1K

INDOMÁVEL; a única palavra digna para definir os filhos da fênix ╾ Daenerys Velaryon era certamente a pior de... More

≭ INDOMÁVEL
⸻ graphics : almas indomáveis
ATO UM ⸻ PRIMAVERA DE NARCISO
❦ 01 : ❛Sombras do Passado❜
❦ 02 : ❛Casa do Dragão❜
❦ 03 : ❛Veneno da Safira❜
❦ 04 : ❛Belas Criaturas❜
❦ 05 : ❛Romeu e Julieta❜
❦ 06 : ❛Canto da Sereia❜
❦ 07 : ❛Rainha do Amor e Beleza❜
❦ 08 : ❛Vicissitudes❜
❦ 09 : ❛Câmara dos Sussurros❜
❦ 10 : ❛Conquista Digna❜
❦ 12 : ❛Eterno Deleite❜
❦ 13 : ❛Marés Ardentes❜
❦ 14 : ❛Inundação Valiriana❜
❦ 15 : ❛Legitimidade❜
❦ 16 : ❛Estilhaçados❜
⚘ EXTRA ▏ ❛Laços de Sangue❜
❦ 17 : ❛Arte do Caos❜
❦ 18 : ❛Língua do Diabo❜
❦ 19 : ❛Pacto da Ruína❜
❦ 20 : ❛Baile das Donzelas❜
❦ 21 : ❛Alma Profanada❜
❦ 22 : ❛Verdades Secretas❜
❦ 23 : ❛Sangue do Dragão❜
❦ 24: ❛Noite Estrelada❜
❦ 25 : ❛Doce Dissabor❜
❦ 26: ❛A Guarnição dos Dragões❜
❦ 27: ❛Inseguranças❜
❦ 28: ❛Valsa dos Corações❜
❦ 29: ❛Suplício Maternal❜
❦ 30: ❛Vingança Esmeralda❜
❦ 31: ❛Promessas Desfeitas❜
❦ 32: ❛A Bela e a Fera❜
ATO DOIS ⸻ SEMENTES DE ÉRIS

❦ 11 : ❛Pequenos Sinais❜

712 78 201
By jhopiest

↳ ❝INDOMÁVEL ¡! ❞

❛fourth of july, sufjan stevens❜

. . . . . ╰──╮╭──╯ . . . . .

Os raios de luz alastraram-se sobre as colchas extravagantes, as cores vibrantes, cheiro de incenso e ervas, adornado à luxúria iluminavam a característica Casa dos Prazeres da Baixada Das Pulgas. Em meio aos tecidos alaranjados repousava um nobre príncipe, desmazelado e com seus fios de cabelo desgrenhados, sendo perturbado pelo precioso raiar, o qual arrancou um grunhido de seus lábios, este é claro que atraiu atenção de sua acompanhante, uma meretriz nomeada Jeanne.

Ela, a meretriz em questão, detinha olhos avelã, amendoados e cintura alargada mas, que não retiravam o quão sinuosa era, incluindo seu rosto tão chamativo, com maçãs cheias e rosadas. 

Deveria deter dois anos à mais que o rapaz que abria seus olhos, com a cabeça latejando, a sensação de que iria explodir a qualquer momento devido à grotesca ressaca, revelava o príncipe saindo das cobertas, acostumando-se com a claridade e os estímulos do ambiente, Aragorn Westerling.

— Vossa Alteza, aqui..— ela estendeu ao moreno um copo d'água, aceito de bom agrado pelo Westerling que pressionou as pálpebras com força devido à ressaca monstruosa. — Em breve, irá melhorar, após ontem à noite, imagino que tenha se divertido.

Ontem à noite....

Aragorn mal recordava-se do ocorrido. Na maior parte do tempo, esforçava-se para não sentir algum sentimento, afogando-se no fundo de um copo, lutando contra as cicatrizes e pesadelos que o perseguiram mesmo após anos, fugia por fim, nos vícios mais humilhantes como luxúria e gula, mesmo que, o sofrimento continuasse a perseverar nos confins de sua alma manchada.

— Presumo que essa quantia será ideal, bela dama — o Príncipe cedeu um de seus sorrisos, mesmo ligeiramente atordoado, oferecendo-lhe moedas de ouro mas, ao contrário do que achou, ela não o tomou. Vislumbrou a mulher de cabelos avermelhados ao encarar com uma expressão reprovadora. — Ora tome, diga-me, qual é o problema?

— Não será necessário, nada fizemos. Tome antes que me arrependa de negar o ouro — a fala determinada deixou-o estupefato.

— Que absurdo, mas a senhorita....— a mulher quis rir com a forma que o rapaz chamou-a, tão respeitoso que nem mesmo parecia ser um nobre.

— Não posso negar ouro pois sou uma prostituta? — arqueou a sobrancelha, interessada no que o príncipe diria, reparando que, o jovem certamente diferia-se.

— Não, perdoe-me, não era por isso, eu só...— parou de falar, molhando os lábios, a dor de cabeça tornava mais árduo raciocinar. Aragorn respirou fundo, continuando. — Apenas estou confuso.

Jeanne mostrou um sorriso singelo, um tanto humilde para o domador de dragões.

— Meu senhor, cedeu-me mais prazer do que qualquer outro homem por vontade própria embora não tenha nem mesmo me tocado durante esta noite, para mim, deixou-me satisfeita e livrou-me de companhias indesejadas às quais deveria me encontrar — revelou, não havia encenação, destacando o fato de que, plebeus tendiam à inclinar-se para a quantia certa de ouro. — Acredito que em sua entrada, já tenha feito algum pagamento, não será necessário dar-me ouro.

O Príncipe inclinou a cabeça para o lado, seus olhos estudando a ruiva, não achava nem um pouco justo, havia sido entretido, bebeu até esquecer seu nome. Em partes, preocupou-se pelo que a jovem temia mas, sabia não ser de seus assuntos. Encarou o arredor, dando uma vagarosa golada na água que havia sido servida, percebendo que suas vestes mesmo desarrumadas estavam por inteiro.

— Usufrui de seu tempo. Use o ouro, sei que precisa. Use-o para comprar um perfume agradável ou uma jóia para adornar seu pescoço, é um presente por sua companhia — atencioso, replicou.

A mulher não recusou diante do cuidado, vendo o príncipe levantar-se, constando que ele era tão encantador quanto diziam. Os plebeus de Porto Real diziam o quão amáveis e gentis eram os filhos de Deianyra Velaryon — mesmo que houvessem muitos sussurros sobre a personalidade de sua única filha que dividia opiniões — mas, cruzar com um deles como, por acidentes, ocorria com os filhos de Rei Viserys era absolutamente impossível.

Ela concedeu-lhe um sorriso ao vê-lo sair, levantando-se, este devo ressaltar o mais genuíno.

Arrumando-se de forma desajeitada, olhos admiradores seguiram-no ao sair da área privada, caminhando do prostíbulo para as ruas sujas do bairro, a postura impecável e beleza única eram detalhes que o tornavam tão desejável como água em meio ao deserto dornês. 

Acostumando-se com a claridade, molhou os lábios mas, ao contrário de seguir seu caminho, uma cena em particular à sua frente arrancou suas distrações, dando espaço à uma sensação terrível.

Uma criança de cabelos prateados como a lua acorrentada por correntes pesadas, nas piores condições, trajando trapos, sendo puxada por mãos cruéis, de forma terrível, palavras sendo gritadas em sua direção, estilhaçaram o coração do príncipe por completo. A fúria preencheu suas veias diante à revoltante situação tratada com normalidade pelos plebeus — quem sabe realmente fosse mas não na realidade do príncipe —, nenhuma criança deveria ser sujeita a um tratamento tão vil.

Deve ser ressaltado que, no fundo, os cabelos prateados fizeram-no imaginar por curtos segundos seus dois meios irmãos: Viserys e Aegon, motivos pelos quais o deixaram ainda mais possesso, metendo-se no meio, é claro que, um intitulado dono Aragorn sentia seu estômago revirar-se quando recordava-se da normalização da escravidão em tais territórios, prática proibida em seu reino.

20 moedas por duas horas com o garoto.

— Qual seu nome? — Aragorn inclinou-se, não soube o que estava fazendo, de forma sincera mas, quis arrancar aquela criança dali, dar-lhe roupas quentes, uma refeição apropriada. — Meu nome é Aragorn, pode me ceder um pouquinho do seu tempo para passear comigo?

Os olhos da criança eram azulados em um tom familiar, detalhe que atraiu sua atenção, carregavam melancolia, um brilho de estrelas mortas viajando para a perdição, não deveria passar dos cinco anos mas, parecia ter desistido de uma vida que nem começou. Havia hesitação mas, a criança estava visivelmente interessada, nunca havia visto expressão tão amável sendo direcionada à si.

A criança de pequena estatura concordou, mesmo que confusa.

— Um homenzinho como você não tem um nome? — perguntou Aragorn, tornando seu tom de voz mais agradável, o mesmo balançou a cabeça, concordando. 

Seu rosto em timidez, ligeiramente acanhado mas, a postura do príncipe aos poucos, o deixou confortável, estar distante dos que lhe açoitavam contribuía. — Gostaria de ter um nome?

Mais uma vez, não falou, apenas balançou a cabeça, concordando. Ali, o coração do príncipe latejou mas, exprimiu os lábios, pensativo.

— Que tal Arthur?— sugeriu Aragorn, com um sorriso brando sobre os lábios. — De onde eu venho, há uma história sobre um bravo herói, um príncipe. Meu pai costumava me contar sobre ele, eu conheci muitos guerreiros bravos, achei até mesmo um herói chamado Harwin mas, nenhum Arthur, até agora, você já pensou em se tornar um cavaleiro? Se sim, precisa de um belo nome.

O menor fitou-o por segundos, respondendo finalmente, em sua própria voz:

— Arthur. Quero me chamar Arthur, quero também saber sobre o herói — revelou ele, envergonhado. Suas mãos para trás do corpo, fitando finalmente o rosto do Príncipe. — Senhor Aragorn.

Um sorriso maravilhoso cobriu o rosto de Aragorn, preenchido por contentamento diante da pequena conquista.

— Para você, apenas Aragorn, pequeno — ofereceu à própria mão para o menorzinho. — Quer vir comigo passear? Irei contar toda a história do grande herói Arthur.

Este, que havia recebido um nome, segurou na mão do homem, sem nem mesmo olhar para trás, um tanto admirado com a afeição que nunca recebeu em toda sua vida. 

Nem por um segundo retirou os olhos do desconhecido, mesmo pequeno, sentiu os braços o segurarem, isso deixou-o confuso mas, quando recebeu uma refeição saborosa e seu estômago cheio, sentiu-se nos céus, como se não fosse o bastante, novas roupas foram dadas e ele sentiu pela primeira vez como era ter um calçado.

E o melhor! Haviam histórias maravilhosas, pequeno Arthur nunca escutou sobre nenhum conto, lenda ou história antes de dormir, seus olhos brilharam com as falas de Aragorn quando foi colocado sobre o colo do maior que o presenteou com um pequeno brinquedo — fora o primeiro em toda sua vida —, inclusive viu quando Aragorn passou perto de vendas de vestidos, o que o deixou confuso ao ver o homem olhar para eles e murmurar "Diana ficaria bela em um tecido azulado" mas, tão absorto nas maravilhas que, não percebeu o quão rápido as horas que passou com o príncipe que o pequeno não quis separar-se.

Por favor, não vá — ele segurou com força a mão de Aragorn. Era visível o medo da criança assim que se aproximavam do local. — Não quero voltar, quero ficar com você.

O estômago do moreno revirou-se com a ideia de abandonar alguém, permitiu-se tocar os cabelos platinados como a lua, concedendo um de seus sorrisos mais aconchegantes para o rapaz. Aragorn controlou-se para não derramar lágrimas, poderia ver o homem que deu moedas retornando, parecia interessado e, certamente arrastaria a pobre criança de volta para onde estava.

— Irei tornar, Arthur — afirmou, afagando seus cabelos. — É uma promessa, eu sempre cumpro minhas promessas, irei retornar por você.

Por mais amedrontado que estivesse, o pequeno concordou.

Uma gama de inquietação perfurou o âmago ao vê-lo ter que ser arrancado de si mas, ser um príncipe detinha suas vantagens e quando seu rosto fora reconhecido pelo homem, Aragorn o ameaçou, molhando sua mão com algumas moedas de ouro, para que a criança recebesse um tratamento digno — o Westerling conhecia a natureza dos homens, sejam eles nobres ou plebeus.

Retornaria seu caminho mas, a figura de uma mulher recoberta em um véu atraiu-lhe atenção, isto é claro porque ela estava ao redor, parecendo ter visto a cena. A julgar por sua aparência, deveria ser poucos anos mais velha que sua mãe. Antes que vocês, meus queridos leitores, percam os cabelos, devem saber que a misteriosa figura tratava-se de Mysaria.

— Deveria ser cauteloso com as crianças — a mulher parecia saber do que se tratava, deixando-o desconfiado, a postura era confiante.

Entre as marés e pormenores, Mysaria escutou os boatos correndo os plebeus em torno da realeza que viveu por anos em cada parte de diferentes continentes ter retornado à corte, estava interessada nos filhos de Lady Deianyra Velaryon.

— Não posso evitar, essa situação é inaceitável — ele franziu o cenho, querendo saber qual era o intuito da mulher, claramente ninguém pareceu importar-se quando a criança estava choramingando por piedade.

— Conhece a criança? — diante a negação, Mysaria o rondou, averiguando-o, andou em círculo sobre o rapaz que a fitou com desconfiança. — Parece um nobre, sem dúvidas incomum à essas terras, caso contrário, o reconheceria. O que faria se lhe dissesse sobre a existência de diversos locais que fazem o mesmo com crianças órfãs?

Ela sabe quem sou. Concluiu Aragorn.

Eram olhos desafiados ao seu redor, ela era estrangeira com pequeno sotaque mas, parecia ser tão nativa sobre Porto Real que arrancou a desconfiança do Príncipe que confirmou ao reparar alguns dos passantes ao redor direcionarem olhares sobre a mulher. As vestes, forma de portar-se, arrancando uma suposição, a qual fez com que o próprio franzir o cenho, impedindo qualquer outra palavra.

— Você é o Verme Branco — declarou em disparate, impressionando a mulher que sorriu.

— Como chegou à essa conclusão? — perguntou Mysaria, flagrando o sorriso sorrateiro do jovem.

Sei que está sempre à vista, inclusive de suas alianças, olhos e ouvidos espalhados — revelou mais brandamente, dessa vez, na língua nativa da mulher.

Ela sorriu, notando o quão perspicaz o mais novo dos príncipes Westerling demonstrou ser. Apenas assentiu, aproximando-se cautelosa, como uma serpente.

— Aconselho que tome as rédeas de seus arredores antes de agir, há muito que precisa ser feito por alguém de poderio, pelo que parece que está disposto a agir, enquanto nenhum deles está — a fala intrigou-o da cabeça aos pés, não havia mentira alguma nas palavras.

Pouco à pouco, entendia os motivos pelo qual os trabalhos de seu pai eram tão árduos na corte, ele não estava apenas fazendo aliados em nome das Terras Médias, buscava lutar por pequenos direito à serem explorados pelos plebeus — não haviam dúvidas por qual motivo o príncipe que viveu brevemente fora amado tão distante de casa —, poderia ser contrastante por não estar em seu próprio reino mas compreendia os motivos de seu pai, vindouro de um reino em que todos eram livres, lidar com uma realidade repleta de opressão, mesmo quando não o atingia, era atordoante.

Pôde ver isso na face de Mysaria. Ela mesma, havia passado por muito.

— Seria um alívio compreender a extensão dos afazeres a serem realizados com a devida orientação — a fala arrancou um sorriso da mulher, genuína com a forma indireta que Aragorn pediu ajuda.

— Sua recente amiga noturna poderá o auxiliar em encontrar-me — avisou por fim, fazendo-o concordar mas, antes que ele pudesse seguir o caminho, Mysaria fitou-o, dizendo palavras que o deixaram em alarde: — Minhas felicitações para o noivado de seu irmão, Príncipe Maegor e Princesa Helaena.

O Príncipe Westerling arregalou as orbes. Recordando-se no instante que deveria estar partindo em um dos barcos no porto para viajar em direção às Terras Médias, onde seria o casamento de seu irmão mais velho, Príncipe Maegor. Sua garganta secou, preocupando-se de imediato com o quão imprudente havia sido e negligente com seus afazeres como príncipe.

— Agradeço minha senhora, rogo para que cruzemos nosso caminho novamente — esforçando-se para não engasgar-se com as palavras, seguindo o caminho, sem nem mesmo aguardar uma resposta, deixando Mysaria para trás, esta que permitiu uma risadinha esvair.

— Oh sim, Príncipe Aragorn, nós iremos.

Em meio à correria, o Príncipe em questão poderia sentir o ar de seus pulmões ser pressionado devido à pressa, a legítima euforia esvaindo de cada parte de seu corpo. Em busca de seus próprios pertences para que pudesse ir até seus dragões controlava-se para não ser percebido e pudesse alcançar sua família de uma vez mas, em meio do caminho cruzou com Daemon Targaryen. Seu padrasto franziu o cenho ao vê-lo, indicando que certamente estaria à procura do mais novo.

— Quantas putas você se deitou? — o questionamento vindouro do padrasto fez com que Aragorn soltasse uma risada aliviada. Daemon riu soprado. — Você tem sorte garoto, que fui eu que te achei.

Um tanto cínico, o jovem príncipe arqueou a sobrancelha, virando-se para o Targaryen.

— Quer o nome das que me serviram para que entenda o atraso? — o atrevimento vindouro do mais novo fez com que Daemon balançasse a cabeça em negação, rindo com desdém da provocação, deveria ser o único de seus enteados a ter tanta liberdade ao seu redor mas, não era como se o príncipe não gostasse. — Presumo que não.

— Certamente, não deixe que nenhuma de suas mães descubra, sim, estou falando de Rhaenyra. Se sua intenção é arrastar Lucerys e Jacaerys antes de casarem-se, já irá me fazer encobrir esse delito — o comentário era ligeiramente falso, tendo em vista que Daemon duvidasse que os íntegros Velaryon fossem arrastado até uma taverna ou casa de prazer com tais intenções.

Decerto, não por falta de tentativas.

Aragorn sabia disso, havia sido o próprio que levou-o para uma Casa dos Prazeres quando fez quatorze dias de nome — nas palavras do mais velho deveria aprender sobre os prazeres de um homem em vida.

— Claramente o senhor é meu cúmplice, padrasto — o tom bem humorado arrancou um sorriso ladino do Targaryen. Não havia dúvidas que, estava passando muito tempo ao seu lado, diria estar tomando parte de seu humor mas, isso lhe agradava, mais do que deveria.

Desta forma, Príncipe Aragorn conseguiu unir-se ao barco de sua família enquanto os dragões acompanhavam-os por suas cabeças, percorrendo longas distâncias. Os céus eram preenchidos pelos dragões, como uma verdadeira migração, uma genuína demonstração de poder. Em meio à viagem, deve ser dito que Rei Viserys encontrou forças para unir-se à comemoração, em contrapartida, seu filho, Príncipe Aegon ausentou-se devido seu estado de saúde ainda de recuperação, tendo sua presença sendo substituída pelo caçula, Príncipe Daeron — este recebido com animação.

Embora as emoções fossem mistas, muito principalmente pela parte de Aragorn, este que detinha rancores e mágoas tão profundas pelos verdes que dizimaria quem se opusesse à sua frente, dar de cara com Príncipe Daeron, uma das almas mais gentis que conheceu, seu amigo de infância com um sorriso caloroso em sua direção fez com que se dobrasse.

Pelos deuses, você está mais alto do que eu! — Daenerys, a princesa que costumava ficar atrás de Daeron como se fosse um de seus acessórios, recebeu um abraço caloroso, achando curioso como havia se tornado quase metade do tamanho do Targaryen. Inclinando-se na direção do mesmo para cochichar, no tom charmoso e bem humorado: — Continua tão bonito quanto antes, devo dizê-lo para escolher uma bela dama antes que a empurrem para um casamento político.

Daeron sentiu as bochechas corarem mas riu, trocando um cumprimento com Aragorn. Pareciam ser os únicos a estarem realmente contentes com a reunião. Isso é claro, porque Jacaerys e Lucerys encaravam de relance, com genuína desconfiança sobre a interação. E, ao reparar no detalhe, o Westerling acabou por afastar-se, cedendo uma desculpa qualquer mas, Daenerys ainda possuía total atenção de um Targaryen transbordando curiosidade sobre as boas novas de Porto Real.

— Parece que nossos irmãos realmente vão casar...— Daeron começou, ao vê-la concordar, ele continuou, despretensioso mas, com a expressão tranquila. — E sua relação com meu irmão? Da última vez que nos vimos, costumavam andar colados um ao outro, Aemond costumava dizer ser a única mulher que ele se atreveria a casar, me lembro de escutar você declarar o mesmo.

Um sorriso sem graça preencheu os lábios de Daenerys. A Velaryon desconcertou-se, as palavras esvaíram-se, de forma automática, seguindo seu olhar para outro lado do barco, pôde ver Príncipe Aemond na companhia de sua irmã mais velha, Helaena trocando breves palavras mas, seu mero olhar sutil fez com que sentisse a íris intensa do Targaryen sobre sua face, perfurando-a.

Daenerys desviou, imediatamente.

— Presumo que detenha conhecimento do incidente de Derivamarca envolvendo a mutilação de seu irmão e todos os incidentes, cortamos laços após isso, nossa relação é distante e fria desde então...— Daenerys pausou suas palavras, o ar pesado em seus pulmões para que pudesse respeitar propriamente, corrigindo-se ao desviar o olhar das ondas para a face do mais novo. — Devo me corrigir, preferia que este fosse o caso, há apenas hostilidade.

— Ah, sinto muito sobre isso. É só que...— O Targaryen apertou os lábios, condenando-se mentalmente. Daeron detinha o talento de deixar os que estavam ao seu redor interessados em suas falas, deve ser destacado que, talvez pela falta de presença do jovem, quando costumava fazê-la, era verdadeiramente escutado. — Deixe, foi indelicadeza de minha parte, Nerys.

Nerys.

Daenerys não escutava o apelido há anos. Existiam apenas duas pessoas que a chamavam daquela forma: Aemond Targaryen e Daeron — este último pois Aemond permitiu que o apelido em suas palavras exclusivo fosse compartilhado com o mais novo.

— Na verdade, pode dizer — voltou atrás. Daenerys estava distante de compreender ao certo as variáveis de pedir a opinião do príncipe mas, ela cedeu o sorriso cortês, diante de situações que a deixavam parcialmente nervosa. — Algumas vezes, precisamos de opiniões adversas, não é?

— Vocês continuam a seguir os olhares como faziam, sem perceber e até mesmo agem de formas ligeiramente similares quanto aos hábitos, em apenas minutos, eu reparei esse detalhe. No mínimo, estão reparadores um ao outro, se há algum problema, quanto antes resolver, será o mais adequado, meu irmão jamais seria capaz de odiá-la, independente do que tenha feito. Eu sei disso.

A declaração de Daeron impregnou em sua mente, em suas memórias, ateando-a em meio às ondas de seus pensamentos, as lembranças que a distraiam tão perfeitamente que sentiu-se área e a tentação de não passear o olhar sobre a face de Príncipe Aemond tornava-se mais árdua com conflitos mal resolvidos e tornou-se mais inquietante quanto seu amado, Jacaerys notou que Daenerys estava mais distraída que o normal, mesmo que não soubesse ao certo o que significava.

Foram recebidos com cordialidade, rostos alegres, repletos de regozijo, deve destacar-se a alegria compartilhada por Rei Viserys e Rei Legolas ao se encontrarem — dois reis de seus territórios que viam-se pela primeira vez após anos de trocas de cartas —, risadas ecoavam os arredores devido o entusiasmo de ambos governantes, enquanto deve ser destacado o choque cultural explícito da Rainha Verde e seus familiares diante ao quão abertos eram os habitantes das terras estrangeiras, com roupas leves, locais tão belos que deixariam o luxo da capital como uma pocilga (não que fosse difícil) e, no fundo, a mulher agradeceu mentalmente que seu filho mais velho não estivesse presente.

Poderia ter visitado anos atrás, quando suas crianças ainda eram pequenas mas, concentrou-se tanto nos filhos que mal pôde reparar em tais divergências, sua filha teria uma vida muito diferente.

Era verão, o calor tornava essencial roupas frescas, paisagens paradisíacas mancharam a visão ao atracarem sobre o porto, junto aos interessados plebeus — estes que pareciam mais burgueses do que meros plebeus — que detinha uma exímia educação, fruto da distribuição igualitária existente. Nunca haviam visto tanto ouro ou uma arquitetura tão majestosa.

Os olhos de Helaena brilhavam ao ver que passaria seus dias e vida ali: achou ser similar ao que sua imaginação criava em torno de suas histórias fantasiosas, um reino dotado de liberdade. Existia, é claro, os costumes peculiares dignos de intrigar qualquer habitante da vasta Westeros — não é surpresa dizer que Dorne apreciava-os mesmo à distância.

Príncipe Aragorn experimentava uma agridoce sensação. Seria um pecado afirmar que no fundo, existia esperança de quando pisasse os pés no reino, veria o rosto de seu amado pai, aguardando-o, uma ideia tola mas alimentada em sua infância para lidar com o luto — digerir a morte de Harwin e seu pai de uma vez só foi crítico. Ao seu lado, Lucerys conversava consigo, certamente, o distraindo de aprofundar-se em pensamentos perigosos conforme o vento soprava sobre suas faces ao caminharem em direção ao majestoso Palácio Dourado.

—.. então, eu realmente acho que nós deveríamos arrumar um jeito de..— Lucerys parou de falar devido passos atrás de ambos, reparando se tratar de Baela e Rhaena.

O Velaryon lançou um olhar insinuativo para Aragorn que arqueou a sobrancelha.

— Sigo sozinho, vá falar com sua noiva — a menção costumava deixar Lucerys envergonhado, um detalhe que Aragorn costumava aproveitar-se mas, nada falou porque Baela tomou seu lugar ao lado de Aragorn.

Uma péssima troca. Pensava Aragorn. Ele, de todas as formas, queria o máximo de distância da noiva de seu irmão. Embora nos últimos dias, de alguma forma, seu interior estava mais conformado, esforçando-se para deixar tais afeições de lado de uma vez por todas.

— Parece saber de muita coisa — a fala repentina da Princesa Targaryen fez com que o próprio arqueasse a sobrancelha, completamente confuso. — O caçula Aragorn sabe muitas vezes mais do que deveria, não é mesmo?

— O que quer que eu diga, Baela? — Aragorn a conhecia. Visitando a face inquisitória, tão similar à de seu pai quando almejava arrancar uma informação, franziu o cenho. — O que acha que eu sei.

A Targaryen encarou os lados, vendo os familiares afastarem-se, próximos à entrada do monumental Palácio, sendo recebidos com regalias unido ao gorjear dos belos pássaros, devolvendo atenção ao Príncipe Westerling, aproximando-se perigosamente.

— Não exibiu surpresa alguma com a interrupção do noivado dos meio-irmãos de Princesa Rhaenyra, tampouco no mágico noivado de seu irmão — Baela não atrevia-se a tocar no nome de Aegon ou Helaena. O Westerling flagrava o desprezo emanando pelos primos, preferindo abster-se mas, a proximidade da platinada arrancava seu fôlego à ponto de sentir ser árduo respirar e controlar a si mesmo. — Sei que sabe, Aragorn.

Sua goela inquietou-se, ardeu. Quis afastar-se dela. Baela possuía um hábito terrível de pressioná-lo desde a infância quando desejava saber de alguma coisa.

— Costuma ter muitas conclusões sobre mim, Baela. Sinto lhe informar que mesmo se fosse detentor dessa informação, o que claramente não sou, não teria obrigação alguma em lhe contar — cuspiu as palavras, a rudez nada característica de Aragorn acabou por chocar a Targaryen, achando incomum.

A Targaryen fitou-o com desconfiança. Afastando-se ligeiramente de perto dele, diante uma situação distante de suas expectativas ao lidar com os olhos esverdeados dotados de determinação, diria que firmeza, mesmo que nunca pudesse compreender a paixão que Aragorn carregava por si — e quanto lutava em nome de sua honra.

— Aconteceu alguma coisa? — escutou a voz de seu irmão atrás de si, Baelon.

Baela ainda não havia desviado o olhar de Aragorn, achando incomum o olhar que recebeu. Eles se encararam mais tempo que deveria mas, o Westerling revirou os olhos, completamente farto. Seu olhar no entanto virou-se para o lado, antes que a princesa pudesse responder, flagrou ninguém menos que Diana — a serviçal que antes trabalhava para Aegon e Helaena — receber os olhares de Rainha Alicent de relance, preocupando-se de imediato com o bem estar da loira.

De repente, o conflito envolvendo Baela pareceu pequeno.

— Podem ir na frente, quero explorar um pouco. Vocês dois precisam conhecer esse reino, morei aqui por tempo o suficiente para pular as cortesias de meu avô — Aragorn nem mesmo olhou para seu irmão mais velho, desvencilhando em direção à plebeia.

Sua aproximação foi notada pela jovem que levou seus olhos hesitantes para o príncipe. Desde o incidente, Diana fora acolhida como parte dos servos à serviço de Lady Velaryon — um pedido de Príncipe Maegor acatado — mas a liberdade fora concedida assim que Deianyra pôs seus olhos sobre a loira, afirmando que uma bela jovem como a própria deveria estar usufruindo sua beleza de forma mais apropriada, dando-lhe a oportunidade de tornar-se habitante das Terras Médias.

— Com licença, senhorita..— com as mãos para trás, o príncipe a cumprimentou, o sorriso sobre os lábios atraindo sua atenção. Diana o cumprimentou, em uma pequena reverência, mas ele a impediu. — Não há necessidade de fazer isso, pelo menos comigo.

Antes que Diana abrisse seus lábios para respondê-lo, Sheepstealer e Asaprata voaram sobre suas cabeças, uma ação que assustou à plebeia que cairia se não apoiasse, de forma sutil em Aragorn, este que a segurou sem pensar duas vezes mas, ao reparar sua própria atitude, desculpou-se de imediato mas, o Westerling sentiu uma sensação curiosa ao querer sorrir, interessado.

O toque em sua mão, em suas mãos que ele não permitia que ninguém o fizesse desde o incêndio em Harenhall havia sido tocado de forma tão singela que nem mesmo culminou em sua ira ou irritação, pareceu mais natural do que deveria.

Diana não compreenderia a importância daquilo mas, havia sido o catalisador para que Aragorn quisesse ficar ao redor da plebeia.

— Parece temê-los — observou ele, a loira assentiu. Não era difícil entender o motivo, as feras eram indomáveis e cospem fogo, devorando os que se opõem ou não, imprevisíveis como os Targaryen. — Sendo assim, acredito que possa aprender a vê-los de outra perspectiva.

A oferta fez-a arregalar os olhos quando o príncipe caminhou, ainda sem soltar sua mão, de forma cavalheiresca.

— Permanecer aqui será mais assustador, com todo respeito, senhorita — seus olhos subiram aos da pequena corte Hightower que parecia trocar palavras com a nobreza nativa. Diana seguiu o olhar do jovem, sentindo calafrios na ideia de estar ali. — Se ainda sim desejar, não irei a obrigar, é uma opção sua.

Ela balançou a cabeça, em um quase desespero.

— Embora, eu ainda tenha tarefas em relação à sua irmã..— ele quis rir, perguntando-se que tipo de façanha sua irmã envolveria a pobre jovem.

— Sor Aragorn! — o príncipe de mesmo nome berrou em busca do guarda juramentado de sua mãe que correu em sua direção, mesmo que desconfiado, cedendo um pequeno cumprimento à Diana. — Irei precisar ver meus dragões, Diana irá ir comigo. Se sua presença for questionada, me responsabilizo por isso.

Os olhos azuis da plebeia encheram-se de surpresa. O guarda juramentado passeou o olhar sobre o mais novo, o conhecia desde que era um pequeno bebezinho e a ação o fez querer soltar um pequeno riso — pensou o quão parecido com o pai ele poderia ser — mas, concordou retornando o caminho, deixando-os à sós.

— O que acha desse matrimônio? — o questionamento de Aragorn repentino, conforme dirigiam-se sobre as longas planícies fez com que Diana olhasse ligeiramente surpresa e confusa com o questionamento, desacostumada, sem saber o que deveria dizer. O Westerling sorriu. — Não faça essa expressão para mim. Saiba que tem liberdade para se expressar comigo.

— Seu irmão é um belo príncipe, justo e honrado...— um sorriso tímido pintou o rosto de Diana, desacostumada em ter oportunidade de falar suas opiniões. — Gostaria que Westeros pudesse ter a oportunidade de ser governada algum dia por homem similar, tal como Rei Jaehaerys.

Aragorn sorriu com a fala.

— Se quer saber, meu irmão é apaixonado por Helaena desde que são crianças, eles terão muitos herdeiros e terão um reinado tão próspero quanto o casamento que lhes aguarda. De todos nós, imagino que eles serão os mais felizes no paraíso que são as terras de meu pai — a forma dita por Aragorn, tão dotada de certeza, em meio ao mistério que era o caçula dos príncipes fez com que Diana o fitasse por longos segundos, admirando-o com um doce sorriso pensativo.

— Parece estar apaixonado, Vossa Alteza. Mas, é um príncipe generoso, terá outra jovem que desejar, é nobre o suficiente para não tomar o que não lhe pertence, o que não lhe foi prometido, isso é uma virtude inestimável — disparou Diana, fazendo-o parar de andar, absorto com a observação.

A loira referia-se à Baela, estava explícito que não era Princesa Helaena mas, o Westerling ficou em choque por ser desmascarado tão facilmente pela plebeia que observou-o por apenas por meros dias de perto, desvendando-o com tamanha destreza.

— Manterá essas palavras sobre seu peito? — os olhos esverdeados estavam dotados de receio, ele não queria ser exposto, nem perto disso, preferia estar em sua zona de conforto mas, o assentir de Diana aliviou seu interior.

— Devo minha vida à sua família, meu senhor — revelou Diana, não deixando de sorrir com timidez. — Como poderia não tornar-me uma confidente? Por dever, minha vida será servir à sua família.

Aragorn franziu o cenho diante à infeliz declaração, como avaliou, inclinando-se, mais perto do que um nobre deveria de uma plebéia de origem comum.

— Daqui em diante, seu dever é possuir suas próprias escolhas. Se quiser permanecer nessas terras, ficará. Se optar por retornar, é o que fará. Não como serva mas como uma convidada — a declaração reconfortante deixou-a sem palavras, estar tão próxima da face de um Príncipe como Aragorn não facilitou nem um pouco, as orbes verdes intensas lhe observando.

O Príncipe Westerling reparou o quão bela era a jovem com um rosto tão delicado e fios loiros como o sol próximos de sua face, ligeiramente desajeitados que permaneciam como um belo charme. Poderia estar vestindo trajes humildes, em tons escuros, marrom devido à seu berço de nascença mas, Diana era realmente graciosa e sua personalidade doce distraiu Aragorn mais do que pretendia.

Ela ficou desnorteada sobre o olhar do príncipe e suas bochechas coraram, pensando no absurdo que foi sentir tal sensação perante alguém de tamanha posição.

— Se me permite perguntar...— a garganta dela tremulou. O Príncipe reparou o que estava fazendo, desviando o olhar. — Realmente iremos ver um dragão?

Aragorn sorriu, negando, sua intenção não era fazê-la ficar desconfortável ou nervosa mas, o pequeno cuidado que teve ao arrastá-la para longe das cobras esverdeadas era o suficiente. E, de repente, ele quis partilhar uma das maravilhas de seu belo reino com Diana — achava interessante suas reações — e, parecia sentir um alívio em relação aos pensamentos pesados que o acompanhavam.

Assim, sem nem mesmo perceber, Príncipe Aragorn deixaria Diana, uma mera plebéia, adentrar seu os limites de seu coração estilhaçado sobre os tormentos do passado, com tanta simplicidade e graça que entenderia se tornar à escolha mais correta e extraordinária de sua existência. 

✧˚ · ↳ ❝ [𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐀𝐔𝐓𝐎𝐑𝐀] ¡! ❞✧˚ ·

[01] — Espero que tenham gostado desse capítulo, fiquem ligados porque ele deu dicas muito cruciais do futuro. Devo dizer ainda que nosso Aragorn irá agir muito sobre os panos durante grande parte da fanfic e essa relação com a lindoca da Diana? 

[02] — Daqui em diante, teremos um foco quase exclusivo no desenvolvimento da Daenerys. Vez ou outra, talvez teremos capítulos ou foco mais em um personagem mas, vamos dar todo o palco pra nossa estrelinha, a única herdeira da Deia. 

✧・゚: *✧・゚:*

DUPLA ATUALIZAÇÃO SEMANAL — 2/2

Data de Postagem: 19/04/2023

Contagem de Palavras: 5.500



Continue Reading

You'll Also Like

11.4K 1.1K 30
FANFIC DO UNIVERSO: HOUSE OF THE DRAGONS Filha bastarda de irmãos Targaryens, Visenya ganhou seu nome em homenagem à primeira esposa de Aegon o Conq...
55.3K 1.6K 2
"Quando exatamente a infância acaba?" A resposta seria quando seu corpo muda? Quando o povo lhe chama de mulher? Quando amanhece deitada em seu própr...
420K 42.5K 47
O que pode dar errado quando você entra em um relacionamento falso com uma pessoa que te odeia? E o que acontece quando uma aranha radioativa te pica...
3K 384 11
Quando Lady Selene Tylaris, uma jovem aristocrata treinada tanto nas artes da diplomacia quanto nas artes da guerra, é enviada em uma missão para rep...