2# A LEGIÃO IRÁ REAGIR ᵐⁱʳᵃᶜᵘ...

By Fanfixionada

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💞› AUTORA: Gleysla Meireles 💞› GÊNERO: fanfic, romance, ficção, ficção adolescente, drama, ação, aventura. ... More

♛ SINOPSE ♛
♕ NOVO ELENCO + AVISOS ♕
♕ KWAMIS + PERSONAGENS ♕
♕ RETROSPECTIVA ♕
➾ CAPÍTULO 0.0: Onde Tudo Começa
➾ CAPÍTULO 0.1: Onde Tudo Começa
➾ CAPÍTULO 0.2: Onde Tudo Começa
➾ CAPÍTULO 1: Tudo Mudou, Ou Talvez Não
➾ CAPÍTULO 2: Um Ano ou Dois
➾ CAPÍTULO 3: Choldraboldra¹
➾ CAPÍTULO 4: Enfim, Descobriram
➾ CAPÍTULO 5.0: Companheirismo
➾ CAPÍTULO 5.1: Companheirismo
➾ CAPÍTULO 6: Circunstâncias
➾ CAPÍTULO 7: Escolhas
➾ CAPÍTULO 8.0: Lados da Guerra
➾ CAPÍTULO 9: Tormentos
➾ CAPÍTULO 10: Aliados
➾ CAPÍTULO 11.1: (Des)Conhecidos
➾ CAPÍTULO 11.2: (Des)Conhecidos
➾CAPÍTULO 11.3: (Des)Conhecidos
➾ CAPÍTULO 11.4: (Des)Conhecidos
➾ CAPÍTULO 12: Dark Grimalkin e Joana D'arc
➾ CAPÍTULO 13: Rena Rouge
➾ CAPÍTULO 14: Carapace
➾ CAPÍTULO 15: Amor Nostálgico
➾ CAPÍTULO 16: Novos Inquilinos
➾ CAPÍTULO 17: Memórias ao Vento
➾ CAPÍTULO 18: Novos Colegas

➾ CAPÍTULO 8.1: Lados da Guerra

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By Fanfixionada

Derrotada, apenas chorarei agora quando estiver sozinha
Você nunca verá o que está escondido
Escondido lá no fundo, sim, sim
Eu sei, já ouvi que mostrar os sentimentos
É a única maneira de fazer as amizades crescerem
Mas eu estou com muito medo agora, sim, sim❞.
♕ Unstoppable (Sia)

{Contém 2.220}

    DENTRO DA MINHA suíte presidencial consigo vislumbrar a paisagem lá fora no terraço. As luzes, a correria noturna, os barulhos do trânsito e... Akuma?

Vejo um esquisitão vestido de pombo sobrevoar as telhas em cima de uma nuvem viva feita desses animais nojentos. Procuro pela Ladybug em alguma parte da cidade, ou até mesmo daquele pulguento, mas aqueles dois imprestáveis não surgem em lugar nenhum.

Se eu tivesse de volta o miraculous da abelha esse vilãozinho de quinta que se chama Hawk Moth já teria sido capturado num piscar de olhos, mas eu sei que é só uma questão de tempo até que Ladybug veja como sou uma ótima candidata a esse papel de heroína novamente.

Todo mundo erra, claro que se aliar ao vilão não era uma das minhas melhores ideias, mas na época Ladybug não me deu escolha.

Ser uma heroína é meu destino! 

— Claudete, cheguei.

A voz de minha meia-irmã me faz grunhir de raiva.

— Argh! Não me faz jogar essa almofada em você, Zoé! — ameaço segurando o objeto fofo.

Ela sabe que detesto esse apelido… Se bem que nem é apelido, foi um nome qualquer que nossa mãe me chamava quando esquecia o meu verdadeiro nome. Lembrar disso me agonia, ainda mais porque eu mal tenho lembranças dela.

— Calminha aí! — diz ela brincalhona e sorridente. — Eu só queria que você saísse da sacada. Não já viu que está perigoso lá fora?

— Eu sei me cuidar. — resmungo ressentida, a lembrança de ser rejeitada pela Ladybug me atravessa como uma lança. Depois disso, ela nunca mais veio me entregar qualquer miraculous.

— Aham, tá certo. — ela responde desacreditada. — Planos pra esse fim de semana, maninha? — pergunta se sentando no sofá branco e acolchoado.

— Sabe que sim, sou uma garota muito ocupada.

— Shopping?

— Onde mais seria? Novas lojas estão abrindo e eu nunca iria dispensar o novo modelo de roupas da linha Agreste. — sorrio dando-lhe uma piscadela.

— Pensei em irmos ao cinema juntas. — ela sussurra sem jeito.

— Ir ao cinema? — digo enojada. — Claro que não, se quer tanto assim assistir pode ser aqui mesmo no hotel, temos essa televisão pra isso. — aponto para a enorme tela que se expande pela parede inteira da suíte. 

Ela esboça um sorriso sutil no rosto. Soube que seu pai não a quis desde que nossa mãe faleceu e a colocou num colégio interno até o ano passado, que foi o ano em que ela terminou a 9ª série para entrar em Jacques de Trémeuse no ensino médio.

Já passamos alguns feriados juntas. A princípio eu não queria admitir que minha mãe teve outra filha, ainda mais que ela decidiu ficar em Londres por causa disso. Só que de uns tempos pra cá tenho entendido o motivo de sua escolha. Zoé tem se tornado uma boa amiga, uma que estava precisando.

Meu pai lhe aceitou de bom grado, tanto que ele às vezes a chama de filha também. Nossa casa tem ficado mais agitada desde que ela chegou, principalmente porque Zoé é amiga daquela padeira.

Marinette tinha que se meter onde não é chamada e agora até mesmo minha irmã ela corrompeu com sua pobreza. Além disso, Zoé gosta de provocar até a minha última gota de paciência… E não é como se eu tivesse alguma.

— Agora me passa o sorvete. — ergo a mão para receber minha tigela feita de ouro junto da colher do mesmo material  que tem um diamante incrustado na ponta.

— Como é que se diz? — ela provoca se aproxima de mim com o doce na mão, mas longe do meu alcance.

Suas provocações me irritam, ela tem sorte de ser minha irmã. Se ela fosse menos que isso poderia ter a certeza que seria minha capacho e passaria meses sem ver o sol, Sabrina era a prova viva disso. Aquela ingrata… Depois de tudo que fiz por ela!

Essa ralé realmente não entende quando damos uma oportunidade exclusiva, olha a sorte que teve ao estar tão perto de mim e conviver da mesma rotina que a minha!

— Me. Dá. O. Meu. Sorvete.

Ela arqueia a sobrancelha dourada.

—… Por favor. — suspiro, derrotada, recebendo o sorvete na mão e um tapinha de leve no meu ombro. — Você está gelada.— comento umedecendo os lábios pelo doce.

— É porque eu tomei um milk-shake.

— E nem me chamou! — digo indignada.

— Você mesma não quis vir comigo e eu estava com fome.

— Por que não insistiu que viesse contigo?

— Porque você mesma disse "tanto faz, faça o que quiser". Então, eu fui. — dá de ombros, cruzando os braços.

— Argh! Você é tapada ou o quê?! Era exatamente o oposto!

— Sério?

— SIM! — exclamo furiosa. — Quer saber, vai embora. Eu quero ficar sozinha hoje. — dou-lhe as costas, colocando o sorvete em cima da mesa de centro.

Ela se aproxima confusa. Bufo, caminhando na direção oposta nos fazendo andar em círculos. No fim, ela para em frente a porta de saída do imenso quarto.

— Chloé, me escuta...

— Não, escuta você! Eu passei esses meses ouvindo suas provocações ridículas, totalmente ridículas, acreditando que elas mudariam e não seriam tão irritantes. Eu achei mesmo que com o tempo isso seria divertido, até porque deve ser assim convivendo com uma irmã, mas só foi piorando!

— Onde você quer chegar?

Me aproximo dela a passos pesados e firmes. Eu estava cansada de tudo.

— Essa relação de irmãzinhas durou tempo demais. Eu estaria mentindo se dissesse que detestei e que amei tudo isso, mas… Agora... Chega.

Seus olhos azuis tremulam, mas ela não lacrimeja. Zoé dá meia volta e sai sem pestanejar. Droga, devia ter pesado mais nas palavras, talvez assim ela se debulhasse em lágrimas e me pedisse perdão. Aquela covarde desistiu fácil.

— Você também estava cansada! — gritei a olhando da sacada do quarto, ela havia saído apressada do hotel.

Suspiro erguendo a vista para o céu, os barulhos sumiram e suponho que Ladybug tenha ganhado a batalha do dia. Já se passou meses e ninguém sabe o paradeiro de Chat Noir, tampouco sei de algo e mesmo se soubesse não a contaria... A menos que isso fosse oportuna para mim.

— Problemas, senhorita Chloé? — ouço a voz irritante do meu mordomo Jean.

Zoé o chama de Armand, ela jura de pé junto que esse é o nome dele, mas Jean combina muito mais com ele. Armand é nome de pobre.

— Não é da sua conta. E ninguém te chamou aqui, saia!

Sua cabeleira escura surge na fresta da porta, alinhada e molhada de gel. Seus olhos castanhos são curiosos diante da minha grosseria, e mesmo depois de mandá-lo embora ele adentra meu quarto. Esse idiota não entende minha língua?

— Não entendeu, ou está se fazendo de sonso?

— Eu soube o que aconteceu entre vocês. — diz pendendo a cabeça para o lado.

— Hum, quem sai perdendo é ela. — dou de ombros, cruzando os braços.

— Eu sei.

Sento-me no sofá, com os olhos longe do alcance dele e meus pés acima do chão com os joelhos flexionados. Jean se aproxima ainda mais, sinto o peso do acolchoado pesar e um aroma de perfume enjoado bem perto de mim.

— Como ousa sentar do meu lado?!  — esbravejo arregalando os olhos, mas ele se mantém firme. — O que você quer aqui, afinal? — digo extremamente zangada.

— Só vim dizer que está tudo bem sentir raiva, tristeza e culpa, mas não pode despejar tudo isso em pessoas que não tem nada haver com isso. Zoé é uma delas, ela é sua irmã e mesmo que eu não tenha voz nessa situação você mais do que ninguém sabe que família… É tudo o que nos resta.

Bufo, abrindo os olhos que eu tinha fechado assim que ele havia começado seu monólogo.

— O que foi que disse? Eu só escutei até a parte de… Não, eu não escutei nada. Isso não lhe diz respeito, não quero ouvir sua opinião e muito menos escutar seu sermão. Agora suma daqui e traz meu ursinho!

Jean assente erguendo-se rapidamente do sofá e se apressa em pegar meu brinquedo que está em alguma parte desse hotel. É um presente que meu pai me deu quando mamãe havia sumido… Na verdade, tinha partido para viver com outra família. Aquela ordinária escolheu eles ao invés de nós!

É difícil acreditar numa possibilidade dessas, mas toda vez que olho para Zoé tenho minhas certezas derrubadas.

Sem que eu perceba, meus olhos começam a pesar fortemente e acabo por cair no sono. Meu pescoço iria doer por um tempo, mas Zoé voltaria pra cá e faria uma massagem em mim, afinal, é para isso que irmãs servem.

Obedecer.

Minha pele coça, minhas pernas formigam e sinto uma quentura sobre meu rosto. É de manhã, estou debaixo de uma árvore deitada para o céu azulado e sem nuvens. Eu não estou sozinha.

Atrás de mim tem dois meninos idênticos, como irmãos gêmeos. São familiares.

— Adrien… — sussurro para um dos loiros que brincava entusiasmado. — Félix. — meus olhos voam para o outro loiro de aparência mais requintada e imóvel, apenas observando o primo se divertir.

Os dois não me encaram, estão entretidos demais nos brinquedos para simplesmente perceber o quão assustada devo estar com essa estranha nostalgia. Eu estou sonhando? É claro que estou sonhando, isso é apenas uma lembrança. 

Tudo parece borrado, como se uma pintura estivesse sendo apagada aos poucos. As cores são vivas, mas bem delicadas como se o filtro fosse antigo.

À nossa frente estão nossos pais. Comendo, conversando e rindo embaixo da mesma árvore, sentados em um imenso pano axadrezado vermelho e com diversas comidas dentro. Estamos em um piquenique. Estamos numa praça próxima da torre Eiffel.

Audrey sorria para meu pai, André. Eles pareciam felizes, enquanto que a família Graham de Vanily Fathom estava indiferente a tudo isso. Amélie, mãe de Félix, esboçava sorrisos sutis para os amigos, mas seu marido Coth não escondia seu descontentamento.

Emilie, por outro lado, sorria feliz pelo encontro de seus amigos e família. Ela estava tão feliz que ria abertamente, enquanto que seu marido Gabriel acompanhava timidamente. Na época, ele não se chamava assim, mas por conta de um patrocinador anônimo e de minha mãe, Gabriel Agreste se tornou uma celebridade na moda.

Emilie e Amélie são irmãs gêmeas idênticas, é difícil saber quem é quem apenas de olhar, mas as personalidades são extraordinariamente diferentes. Enquanto Emilie é aventureira, engraçada e extremamente curiosa, Amélie é mais contida, tímida e raramente prolonga uma conversa mesmo que o assunto seja de seu interesse.  

Audrey gargalhava pelas piadas da senhora Agreste, mas quando seus olhos azuis se encontraram com os meus o seu sorriso se apagou. Eu não tinha percebido isso antes, mas parecia que ela nunca me quis por perto.

— Claudete, saia daqui agora. É conversa de adulto, criança não pode ouvir!— ela brigou desviando a cara.

— Querida, se acalme. A Chloé só veio porque deve estar com fome, não é meu bem? — papai me defendeu tentando apaziguar a situação, ele me entregou o lanche para que eu comesse longe e foi o que fiz.

Foi uma cena constrangedora, ainda mais porque minha mãe não lembra, ou não faz o esforço de lembrar, o meu próprio nome.

As demais mulheres tentam melhorar os ânimos de minha mãe, que parecia emburrada comigo por sentir fome como qualquer criança. O senhor Fathom, observando aquele clima tenso, se levanta do chão e se limpa enquanto se afasta dos outros devagar. Amélie o encarou desconfiada, mas conformada de que seu marido realmente não iria voltar para o círculo.

Em poucos minutos o homem havia saído. Ele nem ao menos se despediu da esposa ou do filho que, aliás, o olhou visivelmente triste pela partida do pai.

— Deve ser os negócios, estão sempre oscilando. Precisam estar supervisionando para não perderem o ritmo. — Amélie explica, mas sua expressão é a mesma do filho.

Depois de uns minutos eles voltaram a conversar e se podia notar como Amélie estava mais livre e a vontade para falar mais de sua vida, agora que seu marido havia saído.

— O que você tá fazendo, Chloé? — Adrien me indaga curioso. — É feio ouvir conversa de adulto!

— Feio é sua cara, me deixa em paz! — brigo saindo correndo.

Em poucos segundos eu estava sendo seguida pelos garotos, Adrien com seu rosto molhado de lágrimas e Félix atrás de seu primo com a mesma feição inexpressiva de antes. Talvez eu realmente tenha sido grossa demais com ele, mas eu não estava com cabeça para parar e conversar.

Minha mente vagueia pelo passado, uma memória ao vento que devia continuar assim, fluindo para longe de mim. Este não é um dos meus melhores momentos, ainda mais assim tão sozinha. Eu preciso voltar… Preciso consertar isso!

Continua…

Bonjour mon amour! Como vcs tão hein?
Não imaginavam que ela voltasse a aparecer né? Aqui estamos novamente (⁠.⁠ ⁠❛⁠ ⁠ᴗ⁠ ⁠❛⁠.⁠)
Comentem aí o que acham que ela vai fazer? E não esqueçam de votar ❤️ Bisous, à plus tard mes amours!

•••


E mais algumas fanart pq sim 🤭 comentem aí qual das irmãs vcs mais gostaram?

•••

PRÓXIMO CAPÍTULO: TORMENTOS

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