Desejo Sombrio

By clouveri

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🔞🔞 ROMANCE DARK PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS 🔞🔞 Este livro contĂ©m obsessĂŁo, relacionamento tĂłxico, ab... More

CapĂ­tulo 1 - Estrelinha, Eu NĂŁo Queria Ser VocĂȘ
Capítulo 2 - Se Meta Sim Onde Não É Chamado
CapĂ­tulo 3 - Cada Assassino Com Sua VĂ­tima
CapĂ­tulo 4 - A Curiosidade Matou O Gato
CapĂ­tulo 6 - Corra Ou Morra
Capítulo 7 - A Vingança É Bem Plena Sim
CapĂ­tulo 8 - Antes Mal Acompanhada Do Que SĂł
Capítulo 9 - Estripar É Um Bom Hobby
Capítulo 10 - Quem Ri Por Último É Um Idiota
CapĂ­tulo 11 - InvasĂŁo De Sonho Culposo
CapĂ­tulo 12 - Manda quem Pode E Obedece Quem NĂŁo Quer Morrer
CapĂ­tulo 13 - Calmo Como Um CĂŁo Raivoso
Capítulo 14 - Quem Tem Pena É Galinha
CapĂ­tulo 15 - Fala VocĂȘ Primeiro e Depois eu Falo
CapĂ­tulo 16 - Eu Sou Uma Piada Pra VocĂȘ?
CapĂ­tulo 17 - Vou Tirar SĂł Uma "Cascona"
Capítulo 18 - V de Vingança? Não, é de Vai se F...
CapĂ­tulo 19 - Doido de Pedra
CapĂ­tulo 20 - Um Tapinha nĂŁo DĂłi
CapĂ­tulo 21 - Quem Brinca Com Fogo, Arde De Desejo
CapĂ­tulo 22 - Dois Pesos E Uma Medida?
CapĂ­tulo 23 - Uma surtada de leve, quem nunca?
CapĂ­tulo 24 - Fofocas Fresquinhas
CapĂ­tulo 25 - Nada Ă© tĂŁo ruim que nĂŁo possa piorar
Capitulo 26 - TĂŁo feio por dentro quanto por fora
CapĂ­tulo 27 - Doce Tortura
CapĂ­tulo 28 - S de Show ou de Sonsa?
CapĂ­tulo 29 - Ser falsa cansa, mas atuar Ă© libertador.
CapĂ­tulo 30 - Frio como Iceberg, molhada como um oceano
CapĂ­tulo 31 - Jogando a merda no ventilador
CapĂ­tulo 32 - Perder pode ser prazeroso
Capítulo 33 - A cor do perigo e da segurança é a mesma: Preto
CapĂ­tulo 34 - Vai Namorar Comigo Sim
CapĂ­tulo 35 - Morrer? SĂł se for de prazer
CapĂ­tulo 36 - Cutucando a besta com vara curta
CapĂ­tulo 37 - Um Grande Castigo Ă© melhor que um Pequeno Aviso
CapĂ­tulo 38 - Quem ama o feio, bonito lhe parece?
CapĂ­tulo 39 - Um mais um Ă© igual a um casal obsessivo

CapĂ­tulo 5 - O Bem NĂŁo Compensa Merda Nenhuma

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By clouveri

Choque.

Foi a primeira coisa que senti quando peguei uma franjinha e um par olhos grandes, redondos e escuros me observando pela janela.

Aqui os vizinhos eram muito introspectivos, não queriam saber de ninguém além deles próprios, as casas não tinham cercas, justamente porque ninguém tinha interesse em bisbilhotar ou invadir o terreno de ninguém.

Mas há hoje um inseto na janela, observando tudo de mais perverso, doentio e nojento que a minha mãe faz comigo.

Foi a primeira vez que alguém viu isso.

Foi a primeira vez que me viram nesse estado - além da minha própria mãe - e eu estou com tanta raiva e vergonha que quero explodir e desaparecer.

Pego o pedaço de caco de vidro no automático e saio pela janela da lateral da casa, tentando não fazer barulho.

Avisto a fofoqueira se levantando novamente para olhar pela janela e a vejo suspirar quando percebe que não estou mais lá.

Que burra... É uma completa idiota se pensa que eu poderia não tê-la visto.

Ela na verdade é a maldita de uma rata sortuda por não ter sido a minha mãe quem a viu..

Uma sorte que Sofia não teve...

Sem fazer barulho - e estar descalço me ajuda com isso - me aproximo dela, lentamente, até parar atrás dela.

Seu cabelo  bate na altura dos ombros e ela é baixa - tanto que está na ponta do pé para ver pela janela que deve ser 1,60 do chão - , porém está acima do peso.

Quando ela se vira para correr e seguir seu caminho, tromba em mim e depois se afasta assustada.

É ela... É a garota que os moleques da escola estava fazendo Bullying aquele dia e também reparei quando ela entrou na minha sala no primeiro dia de aula.

A asiática.

A observo da cabeça aos pés e ela me encara assustada de volta, analisando cada um dos meus ferimentos.

- O-Oi... - Diz trêmula.

Sua voz não é fina e doce como a de Sofia, muito menos enjoada e confiante como a de minha mãe.

Sua voz é... grave, porém agradável.

Lembra a voz da dubladora da protagonista do filme jogos Vorazes, a Katniss Everdeen. Que se não me engano também dubla a Ravena de Jovens titãs.

Estranhamente fico com vontade de que fale mais para que possa ouvir melhor sua voz.

Até porque eu gosto da Ravena. Era minha personagem favorita dos jovens titãs... Talvez porque era a mais Sombria.

Querer ouvir sua voz é bem surpreendente, eu odeio que falem perto de mim e odeio mais ainda quando falam comigo. Claro que isso tudo por que tenho medo das consequências.

A analiso novamente de cima a baixo, inclinando levemente a cabeça para o lado.

Ela tem uma beleza diferenciada.

Não é como a Sofia que parecia uma barbie, bem padrão. Não... Essa garota tem uma beleza diferente. Algo quase como sombrio.

E que sensação é essa de como se algo nela gritasse para mim que somos iguais, mesmo sem ela dizer isso?

Talvez seja a marca de uma mão em seu rosto translúcido e liso. Ela apanhou, bateram em seu rosto e a julgar pela marca, foi recente o que indica que foi alguém que mora com ela.

Sua mãe talvez...? Mães...

Mas tem também seus olhos... Vazios e solitários como os meus. Sua franjinha acaba dando um ar angelical para seu rosto pálido e redondo, e seus olhos serem grandes acaba aumentando essa ideia.

- V-você precisa de ajuda. - Não sei se ela queria fazer uma pergunta, mas saiu como uma afirmação. - T-tem algo que possa fazer para ajudá-lo?

Ah... Infelizmente não tem nada que possa fazer e a última pessoa que tentou me ajudar, acabou morta. Hoje mesmo, inclusive. O corpo deve estar enterrado entrando em decomposição no meu quintal.

Sim... Ela me obrigou a enterrar o corpo no nosso quintal. Eu tive que enterrar. E enquanto cavava, não pude deixar de levar meus pensamentos para "todo mundo que tenta me ajudar, acaba me deixando no final, querendo ou não".

A única pessoa que me quer é jamais me deixa...

A garota a minha frente está nervosa, está visivelmente com medo, como se sentisse que sou perigoso.

Estreito os olhos.

E se eu... For realmente perigoso? E se eu a matasse?

Eu poderia praticar como é matar alguém com ela. Parece a vítima perfeita, claramente não quer viver essa vida miserável. Posso sentir que não.

Não... Calma! Eu estou ferido, talvez em uma briga contra ela, eu não sairia ganhando. Até por que ela pesa bem mais do que eu e isso pode ser vantagem pra ela. E não digo isso porque ela está acima do peso, mas porque eu estou muito, muito abaixo do peso... Quase pareço uma caveira ambulante.

- O que faz aqui? - Questiono irritado e vejo como isso a assusta ainda mais.

Ao contrário de Sofia, ela parece ter senso de perigo. Me lembra muito um rato assustado, enquanto a Sofia pareci uma mosca irritante.

- E-eu... Vim jogar o lixo fora e...

- Aqui parece ser um lixeiro por acaso? - Digo ríspido e aperto com força o caco de vidro em minha mão.

O lixo fica longe da janela da minha casa. Como essa rata veio parar aqui!?  Temos uma mentirosa?

Seus olhos redondos e grandes miram em minha mão, mais precisamente no caco de vidro que seguro e sua expressão vai de assustada para em pânico.

Ela reveza olhares entre meus olhos e depois minha mão e eu não consigo controlar meu sorriso.

Burra como um rato... Um rato encurralado prestes a ser morto.

- Tinha um gato também e daí ele correu e eu corri atrás dele mas aí ele subiu na sua janela e depois... - Começou a tagarelar nervosa.

- Não tem gato nenhum aqui! Você é uma mentirosa. Não deveria meter o nariz onde não é chamada, pode acabar mal pra você. - Digo a palavra "mal" com ênfase, a fazendo tremer.

Vejo ela ponderar correr e eu tenho certeza absoluta que corro mais que ela. Pelo visto ela não é tão burra assim porque parece chegar na mesma conclusão.

Mas depois de alguns segundos, suas feições se suavizam.

- Está tudo bem. Me diga o que posso fazer para ajudá-lo... - Diz.

Ela só pode ser louca...

É como se ela ignorasse todos os seus sentidos de alerta de perigo - que estão certíssimo por sinal - e também é como se ela agisse diferente de antes.

Estranho mas...

Retiro o que disse... Ela não tem mais senso que a Sofia, as duas são burras como uma porta.

E porque porra agora todo mundo quer me ajudar?!

A olho de cima a baixo novamente e faço uma careta.

Não gosto dessa expressão de pena em seu rosto. Prefiro ver o medo, quero ver o sofrimento e o desespero.

Recentemente com Sofia, descobri que essas expressões sim são interessantes pra mim.

- Você não devia ter vindo aqui. - Dou um passo em sua direção, segurando o vidro com tanta força que sinto minhas mãos rasgarem ao redor do vidro e sangrarem.

Ela parece relutar com algo mas então finalmente dá um passo em minha direção ao invés de recuar.

Só pode ser piada! Quem essa rata pensa que é?!

Eu levanto a mão apontando o vidro em sua direção em uma clara ameaça de cortá-la.

Vejo o medo retornar ao seu rosto mas mesmo assim...

- E-está tudo bem! Eu só quero ajudar... Você está se machucando mais assim, deixe eu te ajudar, por favor! - Pede.

Mesmo eu apontando a porra de um vidro pra ela, é comigo que ela está preocupada?

Foda.

A última pessoa que demonstrou preocupação comigo e se ofereceu pra me ajudar...  Acabou morta.

E a primeira... É a minha mãe maldita.

Uma explosão de raiva inunda cada artéria do meu corpo me deixando tonto de raiva.

Estou cansado dessas ajudas falsas!

- Não! Eu não quero sua ajuda! Ela disse a mesma coisa, disse que ia me ajudar, que só queria me ajudar e no final... - Eu não grito, sei que se eu gritar minha mãe vai ouvir e será o fim para nós dois.

E no final eu sempre acabo machucado quando tentam me ajudar.

Ela me olha com aquele caralho de olhar de pena novamente! Mas que porra!

Porque ela parece saber exatamente do que estou falando? Ao contrário de Sofia que não sabia de nada...

Então ela faz o que eu menos esperaria de um ser humano em uma situação dessas.

Ela levanta sua mão e a coloca sobre a minha. Tão delicada e suave... Seu toque é a coisa mais acolhedora que senti na vida.

Tremo sobre seu toque.

É desconcertante e confuso.

- Nem todos são como ela. - Diz. - Me de isso para que não se machuque mais do que já está machucado. - Pede com doçura.

Olho para sua mão sobre a minha... Ninguém nunca me encostou assim. Por um segundo eu quase acreditei que ficaria tudo bem e pior... Eu quase quis que tudo ficasse bem de verdade.

Até vê-la sorrir.

Porra não!

O que eu estou pensando da minha vida!? Nada vai ficar bem, não enquanto aquela porra de mulher estiver viva, não enquanto ela viver para me torturar e transformar minha vida em um inferno.

Eu não quero ser bom, porque se eu for bom, não terei coragem de matá-la. Enquanto eu for bom, eu serei fraco! Eu não quero mais ser fraco!

Eu preciso ser mau. Eu preciso ser pior que ela, pior que um demônio. Só assim eu conseguirei parar meu sofrimento.

Hoje eu faço minha escolha, a escolha onde eu preciso decidir entre ser o mocinho e me sacrificar, morrer levando comigo meus valores, o que meus verdadeiros pais me ensinaram, ou me tornar um vilão, o pior e mais temido ser humano, sem sentimentos, sem esperança, sem salvação, sem alma. Me tornar como ela...

Eu escolho a segunda opção, por que ser bom não me trouxe nada além de sofrimento e dor.

E ainda dizem que o bem compensa... Que mentira fodida. Tenho sido bom e o que tenho recebido em troca?

E essa garota... Essa ratinha desprezível, burra e ingênua, será a primeira vítima, será o selo da minha escolha.

Motivado por todo o meu ódio e frustração, avanço com o vidro para cortar seu rosto.

Ela por reflexo levanta os braços e ao invés de cravar o vidro em seu rosto, o enfio em seu antebraço.

Não importa, desde que eu a machuque de alguma forma, está bom.

Retiro e enfio três vezes enquanto digo entre dentes.

- Não toca em mim! Fica longe de mim! Eu não quero sua ajuda!!

Ela me empurra com força e soltando um grito.

Eu caio no chão com força e um medo congela até minha alma quando penso que minha mãe pode ter ouvido esse grito.

Merda!

Pondero se termino de machucar a garota que está no chão em choque agora.

Não... Se minha mãe não me vir lá dentro virá aqui e vai matar nós dois... Preciso ir.

Volto correndo pra dentro de casa, deixando a menina sangrando no quintal.

A ouço correr.

Hoje você teve sorte, ratinha.

Arrumo toda a bagunça que minha mãe fez e depois tomo um banho para lavar meus ferimentos.

Meu ombro vai precisar de pontos, como toda ferida quando ela me esfaqueia.

Agora que a adrenalina baixou, estou sentindo uma dor latejante e queimação.

Vou até meu quarto e resisto à vontade de trancar a porta porque ela não permite isso, apesar de que eu queria muito fazer isso.

Mais cedo ela me torturou usando uma máquina de masturbação masculina e meu pau está esfolado pela quantidade de tempo que ela me deixou naquilo.  Depois mesmo com o pau em carne viva, ela me fez comer ela.

Essa era sempre a pior parte...

Após fechar a porta, mas sem trancar, me dirijo até a cômoda onde guardo o kit intensivo para pós tortura.

Pego a agulha, faço todo o procedimento de esterilização e começo a costurar meu ferimento e depois desinfecto.

Mordo um pano para não fazer barulho enquanto faço o trabalho.

Já deveria ter me acostumado, mas sempre dói para o inferno...

Quando termino, estou sem sono e completamente pilhado. Então ao invés de deitar na cama, vou até a escrivaninha e pego meu caderno de desenho.

Desenho com a mão esquerda, já que mal consigo mover qualquer parte do meu braço direito devido ao ferimento do ombro.

Eu tive que aprender a ser ambidestro para que a minha mãe pudesse machucar sem preocupação com a escola, um lado por vez do meu braço.

Quando concluo o desenho, acabo percebendo que novamente eu fiz isso.

Não... Não... Não!

Sem querer, acabei desenhando a minha mãe novamente, como se meu cérebro estivesse condicionado a sempre terminar desenhando ela mesmo que eu não quisesse.

Arranco a página, amasso em formato de bola e jogo no lixo com raiva, junto com várias outra que eu fiz. Há uma pilha que já não cabe mais na lixeira e se espalha pelo chão.

Serei capaz de matar a única pessoa que me quer nessa vida? Serei capaz de suportar a solidão pra sempre?

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