𝔼𝕞 𝕄𝕖𝕦 𝕄𝕦𝕟𝕕𝕠 - ℙ𝕥...

By SamiraDantas08

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De volta a Tróia depois de um ano, Safira se vê diante do mesmo mundo que lhe marcou profundamente, entretant... More

𝔾𝕒𝕝𝕝𝕖𝕣𝕪
𝔸𝕧𝕚𝕤𝕠𝕤 & 𝕊𝕚𝕟𝕠𝕡𝕤𝕖
ℂ𝕒𝕤𝕥
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙: Por Safira.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚: Por Safira.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟛: Por Safira.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟜: Por Safira.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟞: Por Briseis.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟟: Por Astíanax.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟠: Por Safira.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟡: Por Helena.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟘: Por Astíanax.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟙: Por Pátroclo.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟚: Por Briseis.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟛: Por Safira.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟜: Por Pátroclo.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟝: Por Briseis.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟞: Por Safira.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟟: Por Safira.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟠: Por Pátroclo.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟡: Por Briseis.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟘: Por Briseis.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟙: Por Safira.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟚: Por Pátroclo.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟛: Por Pátroclo.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟜: Por Pátroclo.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟝: Por Briseis.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟞: Por Safira.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟟: Por Safira.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟠: Por Ifigênia.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟡: Por Telêmaco.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟛𝟘: Por Ifigênia.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟛𝟙: Por Pátroclo.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟛𝟚: Por Pátroclo.
ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟛𝟛: Por Safira.

ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟝: Por Astíanax.

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By SamiraDantas08

 ๑_._๑_._๑_._๑

"Nós dois nunca fomos apenas amigos. Desde o primeiro momento em que o vi, eu o amei."

 ๑_._๑_._๑_._๑

 Após ouvir quase duas horas completas de sermões dos meus pais sobre ser prudente e fazer uso da boa educação que recebi, fui para minhas aulas diárias, mas não prestei atenção nelas. Só pensava na moça de cachinhos que mal vira desde que esta chegou.

 Um ano não é muita coisa se você preencher bem o tempo com atividades prazerosas ou até mesmo com ocupações, trabalho e deveres. E até que funcionou, mas essa tarde pareceu passar miseravelmente lenta, como nenhuma antes. Me torturando até a hora desse baile.

 Não vou mentir que me atentei mais às minhas vestimentas, tomando cuidado com cada detalhe. Sabia que ela ficaria incrível e gostaria, ao menos, de chegar quase a sua altura.

 Cheguei cedo para receber os convidados apropriadamente, como me ensinaram a fazer. Sorri e acenei para todos, troquei algumas reverências com outros nobres que sempre vejo de passagem, mas nunca falo.

 Porém, a hora se mostrou mesmo enraivecida comigo hoje, parecia até que a moça nunca iria chegar e eu fiquei me torturando silenciosamente ao lembrar de seu rosto, imaginar como ficaria no vestido que Briseis escolhera e como seria quando sorrisse para mim.

 Tentei ao máximo conter meu desapontamento quando Lisandro veio chamar Pátroclo para ir buscá-la e entrar com ela. Por que não eu? Por que não seu melhor amigo? Talvez seja mesmo mais prudente ela entrar com o primo do que com um "amigo", isso pode despertar comentários, e jamais quero que essas maldades a atinjam.

 As portas do grande salão são escancaradas delicadamente fazendo todos olharem nessa direção, e a música silencia por um segundo, apenas para um dos guardas anunciarem:

 - Senhoras e senhores, a princesa Safira.

 Antes de tudo, noto seu sorriso de dentes brilhantes e lábios levemente rosados, depois seus olhos castanhos reluzentes e profundos, seus cachos delicados e organizados e então, suas curvas num belo vestido.

 Sinto uma mão forte apertar meu ombro, e já sei que é meu pai. Isso se confirma ao sua voz autoritária sussurrar baixo ao meu ouvido:

 - Encare-a nos olhos, meu filho. Esqueceu do que te falei esta manhã?

 Levanto rapidamente a cabeça, na altura altiva de príncipe, como aprendera. Meu pai deixa três tapinhas de aprovação em meu ombro e caminha até a moça.

 Como poderia eu me esquecer? Minha mãe me ensinou a sempre olhar uma mulher nos olhos, mas só quando a mesma olhasse para mim, por puro respeito. Meu pai reforçou isso comigo hoje pela manhã, e ainda acrescentou o detalhe de que me conhecia muito bem e que, se preciso, me puniria por algo. Ah, e ainda falaram sobre seus primos, o que deveria me causar medo ou receio.

 Mas eu jamais trataria Safira como as outras, ela é diferente, é ela, e isso muda tudo.

 A música começa novamente, dessa vez mais animada e posso ver a multidão de gente indo cumprimentar a moça, que aperta mãos diplomaticamente e recebe algumas reverências, tais quais recusa educadamente, ela nunca gostou de recebê-las.

 Permaneço quieto, imóvel, esperando todas aquelas pessoas se afastarem e a deixarem livre por pelo menos alguns minutos, para então eu poder me aproximar, dizer o quanto está linda e quanto senti saudades, e a tirar para dançar. Exatamente como da última vez.

 Mas isso não acontece. Mesmo após uns minutos, quando a maioria voltou a curtir, um ou outro nobre vai até ela, sem falar dos primos e das meninas, que não desgrudam.

 Um dos servos passa com uma bandeja com bebidas, pego uma taça de vinho e a viro lentamente encarando a moça, como se o pessoal ao redor fosse sumir intimidado por esse olhar, mas nenhum deles me nota. Nem a cacheada, aliás.

 - Eu aposto o meu novo navio como você está pensando na mocinha ali.

 Ulisses surge ao meu lado, também se servindo de vinho e seguindo o meu olhar até ela.

 - Nem precisa apostar, você está completamente cheio de razão - ele dá uma gargalhada e completo: - Como sempre.

 O mais velho pousa a mão em meu ombro e vamos andando pelo lugar, rodeando alguns convidados até, finalmente, conseguirmos achar um lugar mais reservado, longe de ouvidos curiosos.

 Às vezes, Ulisses parece adivinhar o que quero e penso, acho que por isso é o único grego com quem me simpatizei desde o armistício.

 - Vai, garoto, me conta o que está acontecendo - ele bebe um gole de sua taça.

 Repito o gesto. Me viro rapidamente para a cacheada, que agora desliza pelo local ainda pegada ao braço do loiro, logo volto a encará-lo.

 - A gente mal conversou - desabafo. - Além do fato de ninguém deixar ela em paz. E eu tenho certeza - estreito os olhos - que ela vai ter que dançar com o perfeitinho ali - faço careta.

 Ao reparar o tom colérico de minha voz e o deboche em meus atos, noto como estou sendo infantil, esquecendo-me de tudo o que meu pai dissera: aquela outra história de que ciúmes não é realmente necessário quando se ama, pois há a confiança, e esta tem de ser plena.

 O mais velho sorri por trás da barba castanha bem aparada, ele parece ver algum tom de graça no assunto. Porém, assim que vê a seriedade e desespero estampados em meu rosto, conforta-me:

 - Você sabe como o dia de hoje foi corrido, tudo foi preparado cuidadosamente do jeito que ela gosta para a recebermos bem - ele faz uma pausa para prosseguir. - O povo sempre teve grande afinidade com ela, e a saudade só aumenta esse sentimento. E, por favor, Asti, - o tom de advertência em sua voz - ele é o primo dela, eles não se viam a anos.

 Reviro os olhos mas acabo concordando. Realmente ele é a melhor pessoa para conversar quando se está para baixo ou precisa de conselho.

 Voltamos a encarar a moça que anda graciosamente por aí, o sorriso maravilhoso parece refletir por todo o grande salão.

 Finalmente, após um tempo, ela aparece onde estamos. Seu perfume adentra meu nariz ao tempo que sua beleza encanta meus olhos, deixando um brilho bobo nos mesmos.

 Não faço reverência, sei que me repreenderá por isso, apenas tomo sua mão e a beijo delicadamente, desviando de anéis e pulseiras. O mais velho repete o gesto cochichando algo em seu ouvido que a faz rir.

 Pátroclo logo para ao lado dele, admiro isso pois, pela primeira vez, teve o bom senso de ceder um pouco de espaço e atenção para mim.

 - Você está magnífica, como sempre - a elogio.

 Diferentemente de antes, ela já não cora com isso, ou remexe as mãos em sinal de nervosismo, apenas sorri agradecida.

 - Obrigada, Asti, mas eu nem preciso falar de você - me analisa. - O príncipe que sempre foi.

 Agora sou eu quem coro. Pode parecer algo bobo e pequeno, mas não foram as palavras que fizeram isso, mas sim a firmeza de seu olhar, a convicção em sua voz e a segurança em seus atos. Ela mudou, e para melhor. Cresceu, amadureceu, como eu ainda não fizera.

 A música troca para um ritmo mais lento, o que, por um milagre, já previne do possível silêncio constrangedor que iria se iniciar. Agora é minha chance.

 Antes que meu pai, minha mãe, um soldado ou algum residente do castelo possa vir me impedir de convidá-la para dançar, me aproximo com olhar firme e faço o convite.

 Pátroclo pareceu muito interessado na conversa com Ulisses e nem ligou para isso. Confesso que não me sentiria mal se ele visse que ainda estou no jogo.

 Ela aceita, como sempre sorrindo, e vou a conduzindo em silêncio até o meio dos casais que dançam.

 Isso poderia ser até considerado imprudente, e tenho certeza de que vou receber uma advertência, mas, mesmo assim, não hesito em colar um pouco mais nossos corpos. Ela não protesta, sempre dançamos assim.

 - Senti tanto a sua falta - comento baixo.

 Ela assente e noto que algo relança seus olhos, uma coisa que ainda não sei o que é, mas parece bem interessante.

 - Ficaria surpreso se eu dissesse que te vi quase todos os dias? - Indaga.

 Paro os pés por um breve momento, buscando entender suas palavras, e logo volto a balançar sem ter concluído algum pensamento. Ela ri com minha expressão confusa.

 - Esquece isso, não era você - finaliza.

 Ela desvia os olhos castanhos dos meus, buscando um ponto qualquer e posso perceber que algo a atormenta, algo bem complexo para ela própria poder resolver. Por isso, prefiro ficar quieto e não perguntar nada, por mais que a minha curiosidade seja maior.

 Ela acaricia de leve minha nuca, onde sua mão está posicionada, e noto a delicadeza da mesma. A puxo mais para mim e deixo uma carícia em seu rosto delicado, a fazendo me olhar.

 Não era para eu ter feito isso. Com esses olhos encantadores, o seu corpo quente parcialmente colado ao meu, seu aroma doce e a boca bem desenhada a centímetros da minha, não sei se consigo segurar.

 Sei que tenho que fazer isso, mas eu não quero, não posso. Cada hora que se passou longe dessa moça desde que ela partiu foi uma longa e torturante eternidade. Uma eternidade que não posso mais suportar.

 Preciso me lembrar do sabor de seus lábios, a maciez dos mesmos em contato com os meus. O toque leve de seus dedos e suas carícias suaves.

 Seguro seu rosto com as mãos, o mais sutilmente que consigo, a fazendo olhar para mim. O que me entristece, pois está confusa, não reconhece isso, ou simplesmente esqueceu. Ignoro esse olhar e respiro fundo, avanço um pouco mais em direção ao seus lábios fechando os olhos.

 Ela poderia se afastar, ou me segurar no lugar, mas não, fica intacta. Parada, esperando. Talvez isso possa ser um "choque", ou qualquer coisa do tipo inesperado, e não aguento mais esperar.

 Avanço mais, diminuindo aos poucos a distância inconveniente, e já sinto sua respiração perto da minha pele, bem como a corrente elétrica que trocamos e os batimentos acelerados em perfeita harmonia. Uma harmonia só nossa.

 - Asti!

 Ao ouvir meu nome, rapidamente minha mãe aparece ao meu lado e enlaça o braço no meu sorrindo, Helena também aparece e passa um dos braços pelos ombros da moça, nos separando.

 A moça dá uma risada alegre ao vê-las, para disfarçar, e eu, mais uma vez, coro um pouco constrangido, e é inútil tentar disfarçar.

 Mas que merda!

 - Meus amores, eu preciso de uma coisa de vocês - a loira fala ainda sorridente.

 Helena e minha mãe, pela primeira vez, não discutiram durante um dia inteiro. O que me deixou bastante orgulhoso das mesmas. Ultimamente, elas estão discutindo muito, e raramente entendo o motivo, nem meu pai ou meu tio, aliás. E eles preferem não perguntar, pode acabar sobrando pra eles.

 Qualquer oportunidade de vê-las juntas, sorrindo ou se divertindo em qualquer lugar, por mais simples que seja, já é um privilégio e uma tranquilidade para nós.

 - Fala aí, meninas - a cacheada incentiva.

 - A pedido de todos, gostaríamos que vocês cantassem um dueto para nós - minha mãe sugere.

 Safira olha diretamente para mim, ainda com o sorriso no rosto acompanhado de dúvida. Faz muito tempo que não cantamos juntos, na verdade, eu só canto quando insistem muito, e na maioria dessas vezes, ou com a minha mãe, ou sozinho.

 Enquanto a ela, bom, aí não sei se cantou em dueto com outras pessoas no outro mundo, ou se cantou somente sozinha. O que tenho certeza é de que ela cantou, como ela mesma disse.

 Olho para as três e noto que estão aguardando somente a minha resposta pois, pela cacheada, tenho certeza de que ela nunca dispensaria uma oportunidade de soltar a voz.

 Dou de ombros para falar:

 - Se a Safira não se importar.

 A moça sorri alegre, escapa do braço da loira delicadamente e toma minha mão.

 - É claro que não! - Diz enquanto me puxa para onde os músicos estão.

 O breve toque de sua mão na minha, os dedos finos enlaçando os meus, a alegria que ela irradia por todo lugar, tudo simplesmente me faz tomar coragem.

 Subimos no pequeno tablado onde os diversos instrumentos de ouro estão sendo dedilhados, assoprados ou apertados, e ficamos ao lado esperando eles terminarem essa música.

 - O que vamos cantar? - Sussurro ao ouvido da moça.

 Ela nem me olha, está aprisionada a música de meu tempo que toca. Ela sempre admirou isso, o ritmo, os instrumentos, a língua diferenciada. E tudo parece ter algum tipo de poder sobre si.

 - Você comanda - sussurra de volta.

 Sorrio, imaginando uma canção que combine com a gente e que mostre para todos o quanto nossa sintonia é contagiante. 





OI MEUS XEROSOS!

Mais um ep pra vocês!

Me digam aí: que música vocês acham que mais combina com a Safira e o Asti?

Obrigada por lerem! Espero que estejam gostando!

Deixem a estrelinha ⭐, compartilhem e comentem!

XEROOOO E ATÉ MAIS!❤️💋

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PS.: VEM NOVIDADE POR AÍ!

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