Lobo De Floresta

By Renatin2

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Lobisomens existem! Homens que se transformam em lobos e vice-versa. Seres misteriosos e ao mesmo tempo perig... More

Palavras do autor
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By Renatin2

- Droga! – Disse Léo desesperado. Os problemas só aumentavam para o jovem lobo. - A noite de lua cheia é semana que vem!

- Isso mesmo meu jovem hoje é sábado, suas amigas e os bebes só tem mais sete dias de vida!

- Como assim só sete dias de vida? – Perguntou Elisangela chocada.

- Eli... – Disse Rebeka atraindo a atenção da amiga. – Léo ainda não tem controle sobre a lua cheia, quando é noite de lua cheia nós vamos para uma caverna perto das montanhas. Jonathan construiu o lugar para pará-lo durante as noites de lua. La existe uma cela com barras e correntes de prata que são capazes de segurar um lobo.

- Estas celas também são capazes de segurar o jovem nas noites de lua cheia. – Disse Rita e todos as olharam.

- Como eu dizia Eli – A jovem voltou a olhar para amiga. – Aquela cela segura o Léo nas noites de lua por que ele se torna violento, irracional e literalmente ele se torna um monstro! Mas o problema maior é que estamos aqui dentro junto com ele, e quando isso acontecer...

- O Léo irá matar a todos nós!

- Isso mesmo, e quando o jovem despertar e ver o que fez ele irá tirar a sua vida, a loucura o fará a fazer isso!

As palavras ditas por Rita calaram a todos. O medo era visível na face de todos inclusive na de Léo.

- Droga! – Pensou o lobo.

A vida de Léo desde que foi levado até a alcateia dos lobos de floresta só piorava.


Dias antes, após Léo ser levado de sua cela.


O corpo de Léo era arrastado pelos rapazes, o lobo estava desorientado e não via as coisas com clareza. De repente do sol havia sumido. Léo não sabia onde estava com exatidão, só sabia que o lugar era frio e cheirava a mofo. Seu corpo queimava de dor. De repente Léo sentiu algo gelado em seus pulso e segundos depois o seu corpo foi violentamente puxado para cima.

- Argh! – Gemeu o lobo de dor.

- Está com dor menino? – Disse uma voz grave e autoritária. – Essa dor que sente não é nada comparada com a farei com que sinta!

- Que....quem é você? – Disse Léo tentando em vão focalizar quem estava a sua frente.

- Não vai me ver garoto não ainda, primeiro vou deixar o mata lobo fazer o seu trabalho com você!

- Ma...ma...mata...lobo?

- Sim isso mesmo, o cheio em volta não está sentindo?

- I...isso não é mofo?

- Mofo? A não meu jovem nem chega perto disso. Esse cheiro é da wolfsbane entrando em seu corpo devagar.

- Vo...você não é um lobo?

- Sim eu sou.

- Então...o mata...lobo vai te prejudicar também...

- Interessante a sua pergunta e agradeço pela sua preocupação, mas fique tranquilo o mata lobo não faz mal nenhum a mim!

- O...o que? – Léo ficou chocado com o que ouviu. Como uma planta que possui propriedades especificas para ferir um lobo não fariam mal aquele lobo que o estava interrogando? – Está...mentindo!

- Não eu não estou meu jovem, sim eu sou um lobo como você...alias quase...o mata lobo não faz mal a mim. Não percebeu que só estamos aqui eu e você?

- Só... eu e...e... – Léo não se sentia bem. Ele não sentia nada. Cheiro, nem a dor que antes estava sentindo em seu corpo todo.

- Os efeitos já começaram! – Disse o lobo e Léo mal pode ouvir direito o que ele havia dito.

                                                                            ***

Léo acordou com um balde de água sendo jogando em seu rosto. Seu corpo voltou a doer, ao abrir os olhos o lobo os fechou ao ver a luminosidade.

Ele estava amarrado sobre o tronco de uma árvore, olhando em volta Léo percebeu que estava sendo observados por inúmeras pessoas, homens, mulheres, crianças, idosos, bebes e até animais. Cães, gatos, aves e até lobos.

As pessoas estavam sentadas no chão em uma posição perfeita de lua crescente. Os animais estavam entre elas, mas eles ajudavam a tornar a formação completa e perfeita.

- Acordou garoto? – Disse a voz grave que Léo havia escutado antes de apagar.

O lobo pode observar a quem pertencia aquela voz e ficou chocado com a revelação.

- Vo...você! – O dono da voz tinha corpo musculoso e pele morena, olhos verdes e cabelos negros com alguns fios grisalhos. Ele estava usando calça jeans marrom e em seu peito um colar de ouro com um lobo de cristal se destacava em seu pescoço. Era o índio que havia nocauteado Léo em sua forma de lobo estando na forma humana. – Você é o cara que é imune ao mata lobo!

- Sim isso mesmo garoto sou eu! Meu nome é Augusto Leonardo Roy, sou o Alfa dessa alcateia, alias não apenas dessa alcateia, mas de toda as alcateias desse país!

- Então...você é o Marrok?

- Isso mesmo garoto eu sou o Marrok e vou te dar a sua punição por invadir nossas terras!

- Eu não sabia que esse território era seu!

- Isso não importa, você vai pagar de qualquer maneira. Meus filhos não voltaram mais por sua causa!

- Seus filhos iriam atacar as minhas amigas, eu disse a eles para se afastar, mas mesmo assim eles atacaram! Assim como você defende eles eu as defe... – O Marrok esbofeteou o rosto de Léo com as costas da mão.

- Meus filhos. Eles não iram mais voltar! Sara!

Léo olhou para o lado e viu uma mulher se aproximando, ela era linda, deveria ter em torno de vinte a vinte cinco anos de idade, pele morena e cabelos longos negros e lisos, olhos cor de mel e possuía um corpo atraente, seios fartos e curvas que surpreenderam a Léo. Ela estava descalça e usava shorts jeans com uma camisa xadrez. Em sua mão esquerda uma aliança de ouro brilhava mostrando que era casada.

Junto com a mulher estava uma menina, ela estava de mãos dadas e com a mulher e uma das mãos estava em seu rosto. A menina era idêntica a mulher, uma versão em miniatura da bela jovem. Seus cabelos eram pretos como os da mãe e caiam na altura de seus ombros, a menina estava usando um vestido branco e assim como a mulher estava descalça. A criança chorava, ela limpava o rosto constantemente tentando limpar as lágrimas, mas as elas pareciam que teimavam em cair de seus olhos.

A mulher e a criança pararam ao lado do Marrok. A tristeza era visível no rosto da mulher.

- Porque? – Disse ela a Léo por que? – Porque? – Repetiu ela. – Por queeeeeeee?

Fechando a mão que estava livre a mulher socou com força a face de Léo. Sua cabeça foi para traz e voltou, ao voltar outro soco foi desferido contra a face de Léo. A mulher soltou a mão da criança que continuava socando Léo. O Marrok segurou a menina no colo de maneira protetora e virou-se na direção de Léo o vendo ser espancado.

A cada soco a mulher dizia frases como "porque?" ou "eu amava desde que éramos crianças!", "você fez a minha filha chorar!","você tirou o pai dela seu assassino!"

A plateia continuava sentada imóvel observando a cena, a jovem agora abriu suas mãos e suas unhas cresceram e ela começou a arranhar o corpo de Léo. Suas roupas ficaram rasgadas, e seu sangue escorria sobre elas e pelas mãos da mulher. Um fato chamou a atenção de todos. Enquanto Léo era massacrado ele não emitiu ruído algum de dor.

Depois de um tempo a mulher olhava ofegante para Léo, suas mãos estavam sangrando, ela o olhava com ódio e tristeza para o corpo de Léo.

- Seu...assassino...só me diz o porquê? Porque tirou ele de mim? – Com esforço Léo olhou nos olhos da mulher.

- Me...desculpe...

O Marrok se aproximou e tocou no ombro da mulher que desabou em Lágrimas, Rita se aproximou e segurando a mão da jovem a guiou para longe de Léo, mas antes de partir olhou chocada para o jovem e pela sua cara Léo percebeu que a coisa estava feia.

- Essa era Sara, esposa de Gabriel o meu filho mais velho que você matou, e aquela pequena é a Selina filha dos dois, agora ela não tem mais um pai graças a você! – O Marrok respirou fundo, Léo percebeu que ele estava se contendo para não espancá-lo como Sara fez ou então mata-lo. Ele respirou fundo mais uma vez e tornou a falar. – Helena!

Outra jovem apareceu, era morena e linda como Sara, mas com algumas diferenças. Essa mulher era mais jovem aparentava ser uma adolescente da idade de Léo ou no máximo dezoito anos. Olhos castanhos escuros, cabelos pretos que caiam em seus ombros e estavam presos em um rabo de cavalo. Corpo magro e seios fartos que pareciam maiores do que sua camiseta branca que deixava seu umbigo a mostra. Estava usando uma saia também branca que batia em seus tornozelos, com algumas pulseiras no braço esquerdo, em sua mão direita um anel com uma pequena pedra branca era visível e na mesma mão Léo percebeu que ela segurava um pedaço de madeira.

- Maravilha agora vou ser espancado a pauladas.

A mulher parou na frente de Léo e o encarava, assim como Sara seu olhar era triste e as lágrimas começaram a escorrer por seus olhos no momento em que o seu olhar se encontrou com o do lobo.

- Essa é Helena, noiva de Giuliano meu filho mais novo, eles iriam se casar no final da semana!

- Iramos nos casar no final da semana! – A jovem atingiu com a madeira o rosto de Léo abrindo um corte em seu supercílio. – Eu esperei dezesseis anos para ter ele! – Agora a jovem atingiu Léo em sua cabeça e seu sangue escorria por seu rosto. – Dezesseis para tê-lo para mim, para beija-lo, para dizer que o amava e ouvi-lo dizer que me amava também, me casar com ele e futuramente ter filhos você tirou tudo isso de mim!

Cada palavra dita pela jovem era um golpe que Léo recebia, diferente dos socos e dos arranhões que recebeu de Sara, golpes recebidos pelo porrete de Helena derrubaram o lobo mais rápido. A Plateia agora olhava horrorizada vendo Léo sendo castigado e assim como na vez de Sara Léo não emitiu ruído algum de dor.

Helena ofegava e seu porrete e tudo em volta estavam marcados com o sangue de Léo.

- Eu o amava sabia? Sempre o amei sempre, ele era o meu primeiro amor...meu primeiro amor sabe o que é isso?

Como na vez de Sara Léo ergueu o seu rosto, o olho esquerdo ele não conseguia abrir de tão inchado que estava, mas o direito conseguia manter aberto.

- Me...me... desculpe...

Helena levou a mão no rosto e continuou chorando, o Marrok a afastou e Rita a amparou e afastou assim como fez com Sara.

- E agora é a minha vez!

O Marrok estava com uma espécie de cipó que continua algumas plantas roxas em volta dele. Mesmo com o corpo todo dolorido e quase não sentindo direito, Léo sentia um cheiro horrível que queimava suas narinas.

- Ma...mata lobo...

- Sim esse chicote é feito de mata lobo, é banhado pela essência extraída e as plantas em volta são para amplificar o seu efeito garoto, você não gritou até agora, mas agora irá gritar! – Assim que o primeiro golpe atingiu o corpo de Léo o lobo sentiu sua pele queimar e soltou um grito de dor. O Marrok continuou castigando Léo com suas chibatadas até que ele parou de gritar e o seu corpo não respondia mais aos golpes.

Ele se aproximou e avaliou o corpo de Léo e chocado percebeu que ele ainda estava vivo só estava inconsciente, ele soltou o jovem lobo e ordenou que o levasse de volta, mas que fosse deixado na mesma cela junto com as jovens.

                                                           ***

Léo não esquecia de sua punição, mas sua preocupação maior era com o que iria acontecer daqui a sete a dias, a noite de lua cheia iria aparecer, ele iria perder o controle e seu lobo o dominaria e mataria Rebeka, Elisangela, Mirela e os bebes.

Só de imaginar essa possibilidade Léo perdia toda vontade de viver. Os lobos estavam certos, se Léo acordasse e visse os corpos de Rebeka e as demais ele não iria resistir ao choque e realmente iria tirar a sua vida.

- AHHH MALDITOS! – Léo bateu com força a mão sobre as paredes da cela e uma grande explosão pode ser ouvida assustando a todos inclusive Rita.

- Estamos sendo atacados! É um ataque! – Essas palavras de alertas eram ouvidas do lado de fora.

De repente outra explosão pode ser ouvida e junto com ela gritos e uivos. Outra explosão pode ser ouvida bem próximo da cela e uma quarta explosão atingiu o local. As meninas se uniram e encolheram seus corpos e Léo se jogou sobre o corpo delas as protegendo e assim mais explosões continuavam sendo ouvidas.

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