Invencível | ʳʰʸˢᵃⁿᵈ

By RaissaA_M

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Alya é uma jovem que vive no acampamento illiryano, como toda fêmea que lá vive, seu sangramento era esperado... More

Notas
Personagens
Parte um: O começo da luta.
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Personagens
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16

Capítulo 17

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By RaissaA_M

Seu sono era leve, tão tranquilo e pacífico que toda vez que acordava, abria seus olhos e olhava ao redor, se perguntava o porque de não poder dormir para sempre, esse pensamento se intensificou quando se tornou cansativo até mesmo se sentar na cama após acordar.

Porém, quando Alya percebeu ela já estava sentada, os olhos ainda fechados enquanto deixava suas costas na cabeceira da cama.

Ela bem reconhecia o cheiro ao redor, tudo ali lembrava o Encantador de Sombras, então Alya percebeu que estava no quarto de Azriel.

- Você quase me mata de susto dormindo por tanto tempo desse jeito - a baixa voz murmurou.

- Eu gosto de dormir. - Ela abriu os olhos.

O quarto está escuro, iluminado apenas com a luz de magia, estava de noite e Alya havia passado o dia todo perdida em seu sono após desmaiar.

- Alya, você está bem?

A illiryana encolheria seus ombros se tivesse força, mas, apenas se limitou a compartilhar seu olhar com o seu melhor amigo.

- Estou cansada.

Ele estende o braço, tirando algumas mechas de cabelo da frente do rosto de Alya, Azriel sorriu levemente quando sentiu o beijo em sua mão; como sempre, para provar todos os dias e em todas as oportunidades que Azriel era precioso e suas cicatrizes não o transformavam em alguém asqueroso, como ele pensava sempre.

- Madja nos deu algumas orientações.

- Agora todos sabem da minha condição. - Ela respira fundo e com força.

- Foi o melhor. - Azriel se levantou, ele passou os braços por baixo de Alya e continuou: - Não me arrependo de ter contado, acho até que deveria ter feito antes.

Quando percebeu, ele a ajudava para tirar as roupas, um costume, uma rotina. Tão bem acostumados com isso, Alya pelo menos ainda conseguia corar.

- Madja disse que você deveria descansar, relaxar muito e voltar a treinar aos poucos. - Ela fechou os olhos quando sentiu a calcinha ser puxada para baixo. - Por enquanto, vamos descansar e relaxar.

- Você está com o rosto na frente da minha vagina. - Alya estava com os olhos fechados e apertados - Como eu poderia relaxar.

O Encantador de Sombras riu, mas seus olhos não estava em Alya quando respondeu:

- Tem muitos jeitos de relaxar com meu rosto aqui.

Ela assentiu, com uma risada fraca.

- Sei bem quantos jeitos de relaxar você sabe proporcionar.

Alya deitou na banheira e Azriel como sempre, se sentou ao lado dela do lado de fora.

Ela respirou fundo apreciando o cheiro perfumado da água esbranquiçada por sais de banho, as pétalas vermelhas que tocavam seu corpo fraco, e o breve momento de descanso, mas, Alya sabia o que tinha acontecido mais cedo, todos agora sabiam ou confirmaram realmente que ela era a parceira de Rhysand, o Grão-Senhor e amigo de todos eles.

- É para relaxar, Alya - murmura Azriel como advertência.

- Onde ele está? - essas palavras não tinham som, apenas o vazio de um sussurro que só Azriel poderia entender tão perfeitamente.

O Encantador de Sombras abaixou o olhar enquanto ajudava Alya a limpar o corpo, entre eles isso era comum, normal. Alya era linda e na opinião de Azriel tinha um corpo mais lindo ainda, ela era apaixonante e sua força era o ápice de sua sensualidade; ele não negaria, que se um dia fosse do desejo de ambos, ele se deitaria com ela por dias.

- Não sei, fiquei o dia todo no quarto.

Azriel desviou o olhar para porta por um breve momento, ele não queria se sentir ressentido ou ter raiva de Rhysand, não queria mesmo, eles eram amigos e irmãos de coração, mas sempre que ajudava Alya no banho e via a magreza excessiva, os ossos saltados e marcados na pele, a falta de cor em seu corpo, e os olhos vazios de sentimento, ele não conseguia impedir de sentir uma fagulha de raiva queimando no peito.

Se Alya fosse sua parceira, Azriel nunca desejaria ter outra mulher.

- Madja falou que em poucos meses você já teria morrido de fraqueza, ela disse que... É um milagre você ter suportado mais de um mês. Muitos outros enlouquecem logo no começo.

- Eu tinha mais do que apenas um parceiro - a voz de Alya é tão baixa quanto encantadora. - Tinha você, nossos amigos, irmãos. Eu não teria aguentado uma semana sem sua ajuda, Azriel.

Azriel se aproxima, e Alya fecha os olhos para receber o toque do Encantador de Sombras, quando ele toca a testa na sua, ela sente a calmaria e uma das coisas que a manteve viva por todos os 4 anos que se passaram.

Rhysand era o laço, mas Azriel, era sua corda, a corda que se agarrava em seu pulso e a mantinha no lado vivo do mundo, a corda que a prendia e fazia seu coração lutar para viver.

Azriel foi seu amigo, e o melhor amigo de todos.

Como uma boa guerreira sentimental, Alya sentiu lágrimas encherem seus olhos, existia uma verdade entre eles que nunca poderia ser negada.

- As vezes eu desejo que você seja meu parceiro, Az. Eu seria tão feliz.

Ele assentiu, essa era a verdade que ele também compartilhava.

- Eu também, Alya.

Azriel não se forçou a murmurar suas palavras, pois ele queria que alguém escutasse, ele queria que alguém soubesse dessa verdade, sentisse e invejasse isso que eles tinham, a cumplicidade e amizade, a paixão.

Rhysand estava sentado no corredor esse tempo todo, o dia todo, e Azriel sabia.

****

As vezes eu desejo que você seja meu parceiro, Az. Eu seria tão feliz.

Ele fechou os olhos quando ouviu todas aquelas palavras, apertando as mãos em punhos fortes enquanto sentia o poder do que foi dito dentro do seu peito.

Era doloroso e cruel.

Do outro lado da parede outro homem ajudava sua parceira no banho, outro homem olhava seu corpu, e outro homem a contemplava como ele deveria fazer, esse era o lugar de Rhysand e não de Azriel, mas, ele sabia que tinha perdido esse lugar quando ignorou com todas as suas forças o que estava tão óbvio.

Ela era sua e ele era dela.

- Vou pegar algo para você comer - a voz era abafada por trás da parede.

Rhysand não se moveu quando a porta abriu e Azriel saiu, ele sabia que o illiryano o olhava, e sentia que seu irmão podia encarar todas as verdades incumbidas dentro de sua alma não merecedora.

Ele se sentia tão inútil agora, tão patético e esse sentimento, o deixava tão sufocado, como se estivesse se afogando, no fundo de um mar violento, com ondas batendo em seu rosto. Rhysand sabia qual era a sensação se se sentir assim, mas agora, a sensação era maior, mais desesperadora, e ele sentia, que só acabaria quando ele se resolvesse com Alya, quando ela o aceitasse.

- Entre no quarto, Rhys - disse Azriel antes de descer as escadas: ‐ não fuja mais.

****

Alya estava sentada na cama quando Rhysand entrou, ela tinha os olhos fechados enquanto passava a toalha em seus cabelos molhados, distraída em seus próprios sentimentos e em seu próprio sofrimento, envolvida dentro de sua alma, procurando o calor do conforto que antes não precisava.

Ela sentiu o cheiro dele, aquele cheiro tão presente quanto todos os outros, podia sentir sua presença como se ela fosse ele e ele fosse ela, conectados por um único laço, fino e em farrapos, ligado por um único fiapo de fio, e mesmo assim, mesmo na decadência dessa parceria, tudo era tão forte.

Rhysand não disse nada, e antes que pudesse perceber ele estava de joelhos.

Ele se ajoelhou diante dela. Se ajoelhou sobre aquelas estrelas e montanhas pintadas nos joelhos. Rhysand não se curvaria a ninguém e a nada...

- Eu sei que precisamos conversar sobre tudo.

Alya o olhava, tão intensamente com seus olhos apagados de qualquer força. Ela estava destruída, acabada e cansada.

- Mas for favor, não me afaste, Alya, não agora.

A illiryana piscou, virando o rosto para a parede, ela fechou os olhos com força pensando no que queria fazer, primeiro de tudo ela desejava ficar sozinha, mas desejava com mais força a presença de Rhysand. Alya ainda queria se isolar em sua luz apagada, abraçar a si mesma na solidão e esquecer o quão patético foi ela cair mesmo depois de toda sua gloriosa existência como uma guerreira.

Ela assentiu, mas, continuou em silêncio, com suas mãos agora largadas no próprio colo, perto do rosto de Rhysand, ainda ajoelhado sobre as estrelas e montanhas em seus joelhos, não existia orgulho ou qualquer resistência, ele se ajoelharia, degradaria e se destruiria por ela.

Ele permaneceu de joelhos e Alya permaneceu em silêncio.

Rhysand nunca tinha percebido, como esse silêncio era gritante.

Notas da autora:

Alya e Rhys são os meus protegidos 🥺

Capítulo não revisado!!!

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