INDOMÁVEL ✧ HOUSE OF THE DRAG...

By jhopiest

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INDOMÁVEL; a única palavra digna para definir os filhos da fênix ╾ Daenerys Velaryon era certamente a pior de... More

≭ INDOMÁVEL
⸻ graphics : almas indomáveis
ATO UM ⸻ PRIMAVERA DE NARCISO
❦ 01 : ❛Sombras do Passado❜
❦ 02 : ❛Casa do Dragão❜
❦ 03 : ❛Veneno da Safira❜
❦ 04 : ❛Belas Criaturas❜
❦ 06 : ❛Canto da Sereia❜
❦ 07 : ❛Rainha do Amor e Beleza❜
❦ 08 : ❛Vicissitudes❜
❦ 09 : ❛Câmara dos Sussurros❜
❦ 10 : ❛Conquista Digna❜
❦ 11 : ❛Pequenos Sinais❜
❦ 12 : ❛Eterno Deleite❜
❦ 13 : ❛Marés Ardentes❜
❦ 14 : ❛Inundação Valiriana❜
❦ 15 : ❛Legitimidade❜
❦ 16 : ❛Estilhaçados❜
⚘ EXTRA ▏ ❛Laços de Sangue❜
❦ 17 : ❛Arte do Caos❜
❦ 18 : ❛Língua do Diabo❜
❦ 19 : ❛Pacto da Ruína❜
❦ 20 : ❛Baile das Donzelas❜
❦ 21 : ❛Alma Profanada❜
❦ 22 : ❛Verdades Secretas❜
❦ 23 : ❛Sangue do Dragão❜
❦ 24: ❛Noite Estrelada❜
❦ 25 : ❛Doce Dissabor❜
❦ 26: ❛A Guarnição dos Dragões❜
❦ 27: ❛Inseguranças❜
❦ 28: ❛Valsa dos Corações❜
❦ 29: ❛Suplício Maternal❜
❦ 30: ❛Vingança Esmeralda❜
❦ 31: ❛Promessas Desfeitas❜
❦ 32: ❛A Bela e a Fera❜
ATO DOIS ⸻ SEMENTES DE ÉRIS

❦ 05 : ❛Romeu e Julieta❜

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By jhopiest

↳ ❝INDOMÁVEL ¡! ❞

softcore — the neighourbood

or 

r u mine — arctic monkeys

. . . . . ╰──╮╭──╯ . . . . .

dezoito anos atrás, a grandiosa Fortaleza Vermelha estava imersa em sentimentos de euforia, desordem, felicidade e temor devido o iminente nascimento do bebê de Rainha Alicent, havia dado à luz à Helaena Targaryen, a Princesa que viria a tornar-se amada e conhecida por sua doçura. Enquanto isso, em paredes vizinhas, Deianyra Velaryon — o Fogo do Reino —, a quem o povo recorria por auxílio, estava concebendo seus primeiros filhos, os trigêmeos: dois belos príncipes e uma princesinha que viriam a ser conhecidos amplamente como os filhos da fênix.

Devido à coincidência do nascimento das crianças, a qual muitos sussurravam ser um ato dos deuses, as comemorações em que estavam presente desde os seis dias de nome — quando a família finalmente se estabeleceu na corte — aos treze dias de nome, quando a deixaram, usufruiam do dia em conjunto. Diversos eventos ocorreram nos últimos anos mas, os dezoito dias de nome de todos os jovens seria um triunfo ao ser comemorado em união.

Para Rei Viserys, uma forma falha de exibir ao povo, a corte e — principalmente — à si mesmo, que a família real estava mais unida do que nunca, impecável, forte e digna para um próspero reinado.

Para os príncipes que deixaram às Terras Médias, era uma verdadeira tortura pois o tal anúncio constado nas cartas, não havia sido mencionado nem por um segundo e suspeitavam que poderia ser anunciado na ocasião — deve ser dito que o homem agiu desconversando sobre o assunto com a própria filha Rhaenyra e por vezes, parecia mais atento à Príncipe Aegon, seu primeiro filho.

Como de costume, Príncipe Baelon — o mais privilegiado jovem de sua posição — suspeitava que nenhum dos Hightower tinham noção do que seria dito, pelo menos acreditavam que não pois Viserys parecia desconversar e buscar em seu campo de visão seu filho mais velho diversas vezes antes que pudessem viajar para a caçada à corça branca, em nome dos príncipes e princesas do dia.

Diversas barracas foram forjadas ao chão, erguendo os panos grandes. Os brasões de suas respectivas casas exibidas em meio ao esverdeado vivaz, o clima radiante, poderia ser comparado à uma majestosa pintura. As grandes mesas jaziam após uma breve viagem à cavalo, recheadas com fartura, o cheiro de porco assado emanava inebriando e as diversas bebidas eram postas por dedicados servos.

Os espaços foram curiosamente separados por conta de Rei Viserys — mais um detalhe enervante —, esse que fez questão de seus filhos estivessem na mesma mesa, menos é claro, Rhaenyra Targaryen, os murmúrios diziam ser devido o favoritismo ou pela mais Princesa ser Herdeira do Trono. Contudo, tornou-se óbvio que o motivo era a idade dos que ali estavam: Viserys queria ver seus filhos, netos e inclusive sobrinhos entre si.

Daemon Targaryen riu de lado ao ver a expressão de Baela, sua querida filha — certamente com um temperamento mais similar ao seu — retorquir a expressão em frustração, não ocultando sua frustração ao separar-se de Rhaenys e precisar passar pela dificuldade de sentar-se junto aos primos, controlava-se para não ceder a vontade de socar algum deles.

— Eles querem que nossos filhos se matem de uma vez? — perguntou Daemon Targaryen, detinha um sorriso ladino no rosto, ao lado de suas duas esposas.

— Ao menos, nossos pequenos estarão à salvo — Rhaenyra comentou, em seus braços estava Viserys enquanto sua esposa carregava o outro belo filho, pequeno e jovem Aegon.

Deianyra Velaryon sorriu com a fala. Passeando seus olhares por entre os filhos, poderia ver que o mais novo entre eles, Príncipe Aragorn, com seus arrojados dezesseis anos, detinha uma expressão detestável encarando os arredores — uma festa matinal não era o que esperava após um baile em que bebeu tanto vinho que mal recordava seu nome — mas, era visível que apenas seus dois irmãozinhos poderiam lhe alegrar.

— Aragorn queria estar com os irmãos, consigo ver nos olhos dele — a Velaryon sorriu, recebendo o assentir de Rhaenyra. Aproveitavam que, Rainha Alicent parecia entretida demais em uma fala venenosa destilada à seu irmão, Gwayne Hightower para os notar. — Certo, querido?

A falta de resposta de Daemon Targaryen que detinha seus olhos ao lado oposto de onde suas duas esposas estavam atraiu atenção de Rhaenyra que semicerrou isso olhar — ele não gostava nada quando o tio deixava Deianyra esperando — mas, sabia que o próprio parecia cada vez mais atento aos seus arredores ao pisar em Porto Real.

Um verdadeiro campo de batalha.

Ele detestava diplomacia.

Deve ser dito que, existia um motivo pelo qual poderia admirar seus enteados, especificamente sua única enteada.

— Querido? — Rhaenyra chamou, vendo-o com a sobrancelha arqueada.

— Minha garotinha dirá alguma coisa ferina — como se estivesse prevendo uma catástrofe natural, Daemon Targaryen comentou, um sorriso ladino no rosto, como se estivesse diante de um circo.

A Velaryon uniu as sobrancelhas com a forma que Daemon referiu-se à sua filha, Daenerys.

— Minha garotinha? — riu Deianyra. A mulher recordava-se de quando a jovenzinha o encarava com desconfiança no rosto, mesmo que, tivesse crescido parte de sua infância na presença do mais velho, não se comparava após o falecimento de seu pai. — Parece que vocês realmente se aproximaram.

Um risinho esvaiu do Targaryen. A Velaryon havia sido apadrinhada pelo mais velho — que veio futuramente a tornar-se seu padrasto — mas, deve ser dito o verdadeiro escândalo que ressoou na corte quando souberam a escolha duvidosa ao declarar Alicent Hightower, a Rainha como madrinha de Daenerys e — em uma ação de mal gosto — Daemon Targaryen como seu padrinho em nome das tradições antigas da Fé dos Sete.

Deve ser dito que, o temperamento e atitudes sorrateiras da mocinha não passaram despercebidas. De uma forma interessante, Daenerys possuía o conhecido jogo de cintura mais cedo que deveria, agindo de forma astuta e desconfiada, dividia segredos com seu padrasto mesmo que, fosse completamente desconfiada de sua índole e caráter — deve ser mencionado que ela não estava nem um pouco errada.

Daemon tinha orgulho.

Ela não era sua filha, isso era óbvio.

Embora, houvesse uma ligeira controvérsias internas sobre a paternidade dos trigêmeos, se tornava mais explícito a ausência de ligação de sangue mas, Daemon Targaryen deveria admitir que dois dos filhos de sua esposa, Deianyra Velaryon lhe atraíam atenção, certamente não pelos mesmos motivos.

Por mais que, convivesse anos e anos com Príncipe Maegor, o exemplar, exímio guerreiro esforçado que mesmo sem um dragão — o que certamente Daemon achava ser apenas um apelo moral do rapaz — sabia que ele nasceu à ser um rei, uma cópia de seu pai, Príncipe Caspian em sua conduta, convicções mesmo que, não cedesse de formas tão diplomáticas e pudesse usar um punho de ferro, Daemon presumia que ele havia herdado o traço da mãe mas, ele não parecia ter nada incomum ao seu ver.

O mais novo dos filhos da fênix, Príncipe Aragorn detinha o inferno em seus olhos após os acontecimentos de Harrenhal — ele havia sido corroído e sua alma devorada —, Daemon poderia captar que mesmo com apenas dezesseis dias de nome, ele parecia desejar mais sangue que deveria, mesmo sem portar uma espada em suas mãos, ele poderia atear fogo no mundo na companhia de seus três dragões e, se os deuses fossem bondosos, o impediriam de envenenar a mente de outros.

Quanto mais, Daemon Targaryen olhava aos seus enteados, mais poderia analisar a perigosa combinação digna de combustão, crianças que tornariam-se armas. Diferente de seus pais, não desejavam a famosa liberdade, eles queriam poder, o direito, a tradição — era pavorosamente delicioso aos seus olhos — e, quando o momento viesse, a catástrofe seria iminente.

Os filhos de Rhaenyra eram fortes, isso era inegável, eram nobres, arrojados e poderiam conquistar o que desejassem, tal como suas filhas com corações de guerreiras herdados de sua mãe mas, Daemon Targaryen enxergava um véu incomum: eles eram indomáveis de forma astuta, em uma combinação enervante e Baelon e Daenerys eram uma prova essencial da imprevisibilidade.

Baelon deixava-lhe com uma pulga atrás da orelha, uma coceira em sua nuca, lhe fazendo acordar que assim como Daenerys forjava sua própria imagem, o Príncipe poderia fazer o mesmo. Reparava nos olhares atravessados de Príncipe Aragorn em sua direção, o afastamento dele em relação à Príncipe Maegor, a forma suspeita que parecia um rapaz perfeito de boa índole — esse que pisava em ovos a cada posição — e, ele sentia que poderiam ser esperadas grandes feitos vindouros de seu futuro genro.

E Daenerys....

Ah, ela.

Se a mãe da princesa, Deianyra Velaryon havia sido comparada fervorosamente devido ao seu vigor e força em guerras, em seus anos de juventude à conquistadora, Visenya Targaryen, deve ser dito que, não havia ninguém que pudesse espelhar Daenerys Velaryon, ela não queria ser como alguém, nem mesmo gostaria de que lhe comparasse mas, Daemon suspeitava saber o motivo: ela seria a pior, a melhor, a mais cruel e piedosa deles, o a doença e a cura.

Contradição; era isso que ela era.

Parecia divertido aos olhos de Daemon Targaryen, ele poderia ver o caos surgir aos seus pés e, certamente não seria o único a se divertir. Isso é claro, porque identificava a perversidade disfarçada em piedade e o rosto tão belo da jovem ser uma maldição.

Nem mesmo estamos no começo. Foi o que pensou ali, naquele momento ao ver a princesa fitar-lhe discretamente antes de, dar atenção à Baela, impedindo que a filha do Targaryen não arrancasse a masculinidade dos homens que lhe cediam discretamente cortejos, tremendo com o rabo entre as pernas de serem vistos, escutados ou descobertos por Príncipe Daemon.

— Ela sabe o que faz — revelou Daemon por fim, semicerrando o olhar ao retornar as duas esposas. — Pisando os pés em ovos para que possamos os queimar vivos.

Um desconforto pairou Rhaenyra em menção às palavras, tanto quanto Deianyra — a quem lutava junto da esposa para ignorar a possibilidade — que mesmo em riscos de uma eminente guerra em nome da sucessão do trono, acreditavam que devido suas forças e alianças, os verdes não teriam a audácia de agir de forma audaciosa a usurpar o trono. Além de dragões, tinham duas grandiosas fênixes que poderiam mastigar e destruir os dragões de dentro para fora — com os filhos da fênix a força dos verdes era execrável — parecia mais do que o suficiente para o encher de expectativas.

Entre o local reservados aos jovens príncipes e princesas, deve destacar-se que o anúncio sobre a caçada exigir a presença de membros reais animou Baela Targaryen da cabeça aos pés, sendo a primeira a erguer-se em direção aos guardas. Poderia ser mal visto que uma dama, especialmente princesa se unisse à homens em uma caçada — mas não era como se ela desse a mínima e tampouco seu pai —, dotada de animação, arrastou sua irmã Rhaena para que a acompanhasse, mesmo que a segunda só fosse bisbilhotar as façanhas da platinada.

Daenerys Velaryon passeou seu olhar pela mesa, reparando ser a única dama ali presente. E, como se não fosse o bastante, a ausência de seu irmão mais novo, Príncipe Aragorn, esse entretido na companhia Lucerys e o pequeno Joffrey junto as princesas gêmeas distante da maldita mesa, lhe deixava cada vez mais desconfortável quando percebia a inquietação ao seu redor: Baelon não falava com Jacaerys, esse que por sua vez, estava frente a frente com Aemond Targaryen.

Se sentia sufocada. Quis respirar fundo, em um ligeiro incômodo. No exterior demonstrava conforto mas, sorrir — como todos mencionavam ser o melhor remédio especialmente para mulheres — não lhe pouparia o estresse.

Se ao menos Daeron tivesse comparecido. Ela pensou sobre o único dos filhos homens da Rainha que aparentava ter um neurônio funcional — ou era o que achava desde a última vez que o viu.

— Hela...— uma alívio percorreu seu corpo quando seus olhos encontraram com o da Princesa Targaryen.

Helaena caminhava em direção à mesa, com um sorriso singelo sobre os lábios para falar com a Velaryon quando suas expectativas foram massacradas quando Aegon apareceu.

Ele, que certamente beberia veneno se pudesse dar um beijo em seus lábios, surgiu com alguns arranhões em seu braço, um pequeno no rosto. Segurava um gato de coloração branca, o felino era de Daenerys, um presente dado pelo próprio em seu aniversário de treze dias de nome. Mas, parecia explícito como Drogon — uma sugestão dada por Helaena — detinha aversão pelo príncipe, não perdendo uma sequer oportunidade de o arranhar.

Ter mencionado baixinho sem segundas intenções que seu felino havia sumido de sua vista e o tamanho de sua preocupação fez com que o Príncipe Bêbado largasse seu copo de vinho e a carranca em sua face devido os olhares atravessados de sua mãe por ter ignorado sua advertência sobre aproximar-se dos filhos de Deianyra Velaryon e cessar o que estivesse fazendo para buscar o gatinho.

Helaena deu um risinho de lado ao ver o irmão machucado.

— Drogon! — Daenerys exclamou, tomando o felino dos braços de Aegon que acabou por sorrir ao vê-la tão entusiasmada pelo animal.

Aemond fitava a cena junto de Jacaerys. A diferença explícita era que, o Velaryon controlava-se para não sorrir abertamente com a cena, pensando no quão idiota e energumeno poderia ser seu tio.

Pelos bons deuses, você é incrível, Aegy! — Daenerys fingia ser espontânea com o elogio e os olhos cor de safira transbordando um brilho digno de festejo. — Por acaso irá se juntar na caçada?

O Targaryen encarou a esguelha Aemond. O Príncipe sabia muito bem que em questões físicas, havia sido superado por seu irmão mais novo devido ao esforço inigualável do caolho e, passar vergonha na frente da Velaryon não era uma opção. Embora soubesse que poderia ser um tanto dissimulado.

— Irá assistir? — ele apoiou-se na mesa, mania perigosa se inclinar-se totalmente em sua direção, tornando explícito para todos ao redor seu interesse.

Deve ser dito que cada membro da Casa Hightower detestava o detalhe: a devoção que transbordava no rosto de Aegon ao fitar sua face, o comportamento ao seu redor, parecia tão cegamente apaixonado e se não fosse assim desde a infância murmúrios seriam suscitados na Velaryon ser uma bruxa.

— Presumo que a caçada não seja de tamanha importância — ela sabia que era, um dos motivos pelo qual todos os outros príncipes da mesa se entreolharam. Daenerys gostava de fingir ser tola, especialmente ao redor de homens para os ludibriar. — Prefiro permanecer na companhia de rosto que a muito não contemplo mas, assistir a caçada me parece agradável.

Príncipe Aegon agradou-se com o comentário.

— É o dia de seu nome também. Se quiser beber um pouco de vinho, ou muito...— um sorriso sugestivo preenchia o rosto do Targaryen. — Estou à sua disposição, minha princesa.

Asqueroso. Pensou ela mas, assentiu com um belo sorriso.

Helaena Targaryen que estava do outro lado da mesa, encarou o irmão mais novo, Aemond de forma breve vendo-o ser indiscreto ao encarar os dois mas, o sorriso ladino de Jacaerys a deixou ligeiramente confusa sobre o que seria tão cômico.

Deve ser dito que, quando Príncipe Aegon levantou-se, provavelmente foi em busca de outra bebida e o silêncio retornou. Isso é claro, porque Jacaerys conhecia muito bem Daenerys, ele sabia que a jovenzinha queria estudar os arredores e — por mais enervante que fosse — Baelon não era exatamente a pessoa mais sociável ou pelo menos, não falava mais do que a educação lhe permitia, não fazia questão de trocar nem meia palavra com sua irmã por estar mais concentrado em quando poderia deixar a mesa e ir à famosa caça da corça.

— Pensei que gostaria de participar da caçada — Helaena uniu as sobrancelhas, um tantinho confusa, lembrava-se de quando eram crianças e Daenerys fez um escândalo para Criston Cole para que a Princesa Targaryen pudesse lhes acompanhar em uma caça aos coelhos. — Costumava gostar.

Daenerys iria responder mas, escutou uma risada soprada vindoura de Aemond Targaryen.

Ela arqueou a sobrancelha.

— Algum problema, Príncipe Aemond? — perguntou ela, arqueando a sobrancelha na direção do próprio.

Oh, nenhum, Princesa Daenerys — eles utilizavam a formalidade mais do que deveriam. Houveram segundos em que seus olhares estavam vidrados, até ele desviar para Helaena. — Minha irmã, devo aconselhar que saiba separar o passado do presente, algumas pessoas são tão mutáveis a ponto de firmar-se em uma ideia e as abandonar ao perceberem serem insuficientes para manter a constância em suas ações e objetivos.

Sua língua ardeu, em desgosto e ódio.

Jacaerys não gostou da forma que Daenerys inquietou-se. Sua vontade de se meter agiu, de forma que, soube que se o fizesse, acabaria arrumando algum tipo de problema — poderia ser muito controlado mas quando o assunto era a Velaryon o perdia com mais facilidade do que deveria.

Baelon saiu de seu mundo, pela primeira vez, virando-se para o Targaryen.

— É interessante que tenha mencionado uma categoria de pessoas, Aemond — Baelon deveria ser surpreendente de muitas formas mas, quando Daenerys era posta em uma linha de fogo, mesmo por palavras, o Westerling acabava por falar, querendo ou não, ele agia.

— Se é assim que classifica as pessoas de seu mundo, presumo que, se considere como alguém que se enquadra em alguém que desconhece a arte da expansão, da mutabilidade, da evolução e apenas detém a ideia pretensiosa em crer na ideia que constrói em sua mente em relação aos outros, com o vislumbre do passado e frustrações do presente, devo adicionar — Baelon disse, sem nem mesmo tremer ou gaguejar em suas palavras, direto como seus dois irmãos e com uma eloquência melhor que qualquer um deles.

Aemond franziu o cenho, a irritação transbordou de seus olhos. A pedido de sua mãe, estava mantendo-se distante de problemas — pelo menos com os malditos Strong estava conseguindo — mas, lhe feria como os filhos de sua madrinha poderiam ler as pessoas e não ter pudor nenhum em falar o que queriam em voz alta.

— Ah! Agora me lembrei de nossa comemoração de treze dias de nome — Helaena exclamou, quebrando a atenção com sua voz feminina branda como se recordasse de um evento extraordinário. — Estávamos todos unidos dessa forma, não era isso?

Antes que Daenerys pudesse formular uma resposta, foram interrompidos por passos apressados, indicando a presença de ninguém menos que o outro Príncipe ali. Um que detinha a postura muito conhecida pelos presentes: Maegor Westerling, caminhando na direção de uma princesa de cabelos brancos como a neve e pele cor de leite.

Para Helaena Targaryen, tudo ao redor torna-se insignificante quando se pode vê-lo.

— Princesa.. — ele aproximou-se, a ação que fez com que a própria se ergue-se de seu lugar.

Então, ele deu-lhe algo imensuravelmente adorável que fez com que seu coração farfalhar como as flores em um sopro de primavera.

Uma coroa de flores.

— Uma vez, seu irmão, Daeron ensinou-me a fazer, deveria ser para seu aniversário mas, parece que mesmo tarde, consegui entregar um mais apropriado — Príncipe Maegor estendeu-lhe com um sorriso reconfortante.

Seu interior fervilhou com o quão significativo era para ela, sentindo a textura dos galhos que sustentavam as flores colhidas manualmente, tendo os olhos do príncipe sobre sua face distraída para o trabalho manual. — Uma princesa deve usar uma coroa, especialmente em seu dia de nome.

Escutou seu nome ser chamado por Jacaerys para que pudessem unir-se à caçada. Decerto, Aemond e Baelon haviam levantado-se segundos antes para que pudessem ser o espetáculo para os nobres que veriam o grupo de príncipes caçar a corça branca.

— Agradeço, mesmo que, tenha lhe dito da última vez que não precisava me presentear — Helaena detinha um sorriso gentil sobre sua face, as bochechas corando com o olhar do Príncipe. Sua garganta secando mas, em um misto de ansiedade e euforia em ter sua atenção: — Boa sorte com vossa caçada. Embora, devo admitir que não acho que precise disso.

Príncipe Maegor direcionou-lhe outro sorriso, ele apreciava o suporte de Helaena. Por ser, muitas vezes, olhado com desconfiança ou excesso dela, poderia identificar que a princesa detinha convicção em sua 'suposta' vitória, se uma caçada teria uma, claro. Em seguida, uma ventania suave pairou, bagunçando os cabelos platinados que estavam livres das tranças delicadas, o aroma adocicado vindouro da pele da Princesa dançou sobre o ar.

— Com licença...— educado, recebeu um assentir mesmo que Helena tivesse olhos confusos ao vê-lo aproximar-se.

Maegor arrumou os fios de seus cabelos, cuidadoso. Arrumando a coroa de flores em seus cabelos esbranquiçados, uma atitude que fez com que se sentisse cuidada devido o quão espontâneo havia sido. E, feito um verdadeiro cavalheiro, cedeu uma reverência sutil em sua direção antes de dar meia volta em direção à Jacaerys Velaryon — esse o esperava para a caçada —, uma ação que não passou despercebida para nenhum dos ali presentes.

Ao contrário do que muitos da corte imaginavam, a Rainha Alicent Hightower não pareceu nada contente com o gesto discreto. Rei Viserys parecia atento demais em seus pequenos netinhos Aegon e Viserys para que pudesse dar-se conta ou importância para um detalhe daqueles.

Ele deveria ter prestado. Pois, todos menos o próprio perceberam.

Poucas palavras foram ditas de Príncipe Maegor à seu guarda juramentado, Sor Abraxas antes de unir-se à caçada. Aemond notou como Baelon e Maegor não pareciam próximos, mesmo após anos, tornou-se mais explícito quando o mais velho, em uma tentativa falha de se aproximar, resolveu unir sua convicção de que poderia construir uma relação — um pedido de sua irmã Daenerys —, indo atrás de Baelon mas, o próprio deu as costas, na direção oposta.

Que se foda então. Reprimiu o pensamento. Fechando seu semblante.

Baelon havia feito de propósito. Deixando o irmão mais velho na companhia de Jacaerys — isso porque Lucerys e Aragorn preferiam permanecer com seus irmãos mais novos. Aemond notou a ação quando viu-o aproximar-se de si, de forma cínica questionando sobre como eles traçariam uma estratégia atrás da corça.

— Tudo bem? — Jacaerys, mesmo sendo apenas um ano mais novo que Maegor, detinha o devido respeito pelo Príncipe e, sua voz receou ao indagar. O Velaryon também percebeu a atitude e o quanto aquilo havia mexido com o humor do moreno.

— Quer trazer a corça branca? — indagou ele, seu comportamento de irmão mais velho era tão notório a Jacaerys que quis rir, ele costumava agir daquela forma quando estava estressado, questionando o óbvio. — Só nós dois, como irmãos.

Ali estava a pitada de ressentimento. Jacaerys enxergou em seu tom de voz a enervação mas, particularmente não entendia o motivo pelo qual Príncipe Baelon costumava ser tão enigmático e confuso quanto a relação que possuía com sua família e ao mesmo tempo, tão transparente porque era óbvio que ignorava todos eles menos Daenerys e — sem dúvidas — desaprovava o casamento de sua mãe com Rhaenyra e Daemon.

— Se não caçarem antes..— foi o bastante dito por Jacaerys, mesmo que, ele estivesse hesitante.

O Príncipe Maegor havia conquistado a corça branca. Ter abatido o animal em seu dia de nome, gerou diversos comentários em torno de seu futuro brilhante como um governante, pareceu a frustração perfeita à Baelon Westerling que via-se ofuscado mais uma vez sobre a grandeza do primeiro filho que era seu irmão mais velho.

Ou, era isso que deveria ter sido mas, ele agiu de forma que irritaria ainda mais Baelon.

Cedeu créditos ao irmão por ter o ajudado, incluindo o irmão e o deixando ainda mais incrédulo. Tanta atenção gerava cobiça, especialmente por Príncipe Maegor ser solteiro. Viu-se encurralado por um homem de cabelos loiro-dourado, um copo de vinho de mãos e uma postura arrogante mas que, de alguma forma, transbordavam simpatia ao seu redor, parecia animado com sua presença.

As vestes de tecido caro dourado e vermelho, a insígnia de leão não mentiam, eram Lannister.

— Ah sim! Como pude deixar de apresentar minha querida sobrinha..— Tyland Lannister fingiu surpresa ao apresentar uma bela jovem de cabelos dourados. Seu rosto não mentia, ela era uma pura Lannister, provavelmente filha de Jason Lannister. — Cerenna ficou tão impressionada com a caçada quanto todos nós, dividem a mesma idade e presumo que também devem ter interesses.

Sua garganta coçou. Ele estava jogando a sobrinha em sua direção?

Isso lhe deixou ligeiramente desconfortável mas, não mentiria, Cerenna Lannister possuía grandes olhos verdes chamativos e bochechas rosadas, certamente uma bela dama mas, não havia atraído nem um pouco Príncipe Maegor.

Ele sabia muito bem o motivo.

— É uma satisfação conhecê-la — político, foi como teve de agir, em um gesto cuidadoso mas, não deu-se ao trabalho de beijar as costas de suas mãos. — Agradeço pela presença, presumo que a motivação deva ser Princesa Helaena mas, sou grato por ter a oportunidade de conhecê-los.

Tyland demonstrou satisfação. Pareceu muito mais solícito do que quando ele e seu irmão mais velho, Jason tentaram — notoriamente sem sucesso — ao menos se apresentarem a Princesa Rhaenyra como uma opção válida de matrimônio.

Antes que Cerenna pudesse abrir seus lábios, uma figura masculina meteu-se ao meio, com uma risada grandiosa — para o desgosto de Tyland —, revelando a figura do Lorde Baratheon.

Todos pareciam em busca da mesma coisa e realmente estavam: o matrimônio para suas filhas com o Príncipe do Novo Mundo.

Sufocante. Ele sentia-se cada vez mais a ponto de querer gritar ali sufocado. Poderia lidar perfeitamente bem com pessoas desde que seu interior estivesse no mínimo equilibrado mas, sua vontade de sair dali e em busca de sua princesa era grotesca.

Cacete! Ele não queria uma Lady do Rochedo. Ou, uma das inúmeras filhas de Lorde Baratheon ele já amava alguém, com todas as suas forças.

— Com licença, meus senhores.. — a voz aveludada, recheada de feminilidade atraiu os olhares de todos à si. Uma onda de alívio percorreu o corpo de Maegor, reconhecendo sua irmã, Daenerys imediatamente.

Ele sentiu o peso sair de seus ombros, era um costume que quando a Velaryon aparecesse, os olhares caíssem de imediato sobre ela — o que nem sempre era adequado tendo em vista o notório desgosto inicial das filhas de Lorde Baratheon e Cerenna Lannister — e, soube que Daenerys notou os sinais pequenos e sutis de seu comportamento.

Tyland Lannister basicamente teve seus olhos brilhando. Príncipe Maegor não sabia se ele estava interessado em sua irmã ou, se tentaria empurrar seu sobrinho para ela mas, quando Daenerys conseguiu o retirar do mar de nobres famintos, só pode agradecer.

— Tamanha atenção me fará arrancar minha própria cabeça uma hora ou outra — Príncipe Maegor falou, com um sorriso brando nos lábios, não demonstraria seu descontentamento de forma alguma. — Não pude nem mesmo respirar, nem por um mísero segundo.

A Velaryon deixou uma risadinha escapar, a atitude fez com que o Príncipe franzisse o cenho.

— O que foi isso? Pensei que agiria como uma boa irmã mais nova e diria que poderia me salvar dessas situações como faz com Aragorn — a fala arrancou outro sorriso mas, dessa vez, Daenerys quis respirar fundo.

— Acha que o mesmo não ocorre comigo, irmão? Acha que não me enerva? — unindo as sobrancelhas, fitou o mais velho. Passeando em seguida o olhar para os nobres, deveria ter cautela para não causar a impressão errada. — Há uma razão à qual permaneço quase sempre ao lado de nosso padrasto, Príncipe Daemon em ocasiões como essas.

— Quando eles olham para você, enxergam um líder, um rei que governará um Reino próspero e cobiçado, não é à toa que queiram um pedaço disso — recordou Daenerys, com um pingo de ressentimento, continuou: — Quando olham à mim, eles enxergam uma vagina, um par de peitos e um rosto bonitinho que geraria os melhores herdeiros.

— Mas, tudo bem, não é? É isso que eu decidi que deveria ser quando recusei um treinamento de armas porque se eu não ajo como uma selvagem de guerra ou uma santa submissa, não tenho merda de honra ou merecimento algum porque... — a Velaryon percebeu as próprias palavras, forçando um sorriso em desgosto.

— Peço desculpas em dizer-lhe isso, especialmente dessa forma, eu..— Daenerys sentiu uma culpa em sua fala, em ter despejado aquilo tudo, sabia que seu irmão nada era culpado e entendia sua insatisfação mas, não soube controlar-se ali.

Príncipe Maegor quis tocar a mão de sua irmã ou seu ombro mas, detestava a mania maldita dos nobres maliciarem até mesmo afetos que fossem dentro da família. Assim, limitou-se a ceder um olhar compassivo à sua irmãzinha — porque era isso que ela era.

E, sinceramente, lhe doeu escutar a forma que Daenerys falou sobre si mesma. Ele a amava e poucas foram as vezes que diziam um ao outro sobre seus sentimentos e saber que a Velaryon vía a si mesma daquela forma ou, achava que era assim que todos a viam era particularmente inquietante aos seus olhos.

É claro, não deveria ser idiota, os homens — com breves excessões — realmente ao verem-na a primeiro momento, pensavam que deveriam propor um casamento mas, o poder que ela detinha por ser uma montadora de fênix e suas conexões lhe tornavam uma coisa especial, uma raridade particular porque ela não era apenas uma mulher troféu, para ser admirada.

Ela era uma mulher que tornaria um homem em um rei, se quisesse.

— Fará com que enxerguem quem realmente é no futuro, minha irmã — Maegor recordou. Pausando em suas palavras, ele sabia que sim, não eram meras defesas em seu nome. — Se lembre de seu disfarce, isso é temporário, como muito diz sobre a tolice dos homens, se deleite nela e os queime.

Houveram pequenos segundos entre os dois irmãos.

Você é solteiro, eles não irão parar tão cedo. Se não quiser que continue dessa forma, deve pedir à mão de Helaena formalmente — Daenerys decidiu comunicar-se em élfico, para que não fossem escutados por qualquer um.

A fala gerou uma ligeira ansiedade, o desejo de tornar tudo realidade. De forma instintiva, seu olhar encaminhou-se até Princesa Helaena que parecia — contra a vontade de sua mãe — conversar com Jacaerys sobre algum livro que carregava em mãos.

— Não deveria falar com nossa mãe primeiro? — indagou ele, seu olhar era cauteloso. Príncipe Maegor entendia a extensão dos problemas em que sua família era assolada.

— É uma decisão apenas sua, tem uma coroa e um reino à sua espera. O que você acha disso? — ele quis rir de leve com a forma carinhosa que Daenerys referia-se ao rei mas, suas palavras lhe motivaram, encheram de razão as suas expectativas.

O Príncipe cedeu uma expressão confiante ao assentir. — Sendo assim, creio que saiba o que fará hoje à noite quando retornarmos ao castelo.

Ele concordou, convicto, ao dizê-la: — Falarei com Viserys.

Daenerys não conteve sua expressão orgulhosa ao ver o irmão mais velho sutilmente se desvencilhar, caminhava em direção à Helaena. Um convite para dançar vindouro de Príncipe Maegor era como de costume aceito de bom agrado, em um toque sutil, as mãos roçaram-se, a pele que causava arrepios eletrizantes em sua derme, a princesa sentia-se flutuando nos braços do belo príncipe.

Eu nasci para a acompanhar pelo mundo, para ver sua face, escutar sua risada, sentir sua respiração, estar a cada segundo próximo e dar meu coração porque a alma, ela já estava atada.

Príncipe Maegor quis dizer-lhe, em meio à uma sutil dança, em que poderiam sentir vagamente suas respirações, vendo-a com a coroa de flores, não sentiu-se só. Era como estar em um livro, dos quais os dois costumavam compartilhar, ler em meio aos jardins na infância enquanto fugiam dos guardas bisbilhoteiros, em uma época em que poderiam sonhar com um futuro pacífico.

A cena unida aos grandes músicos e poetas que testemunharam o momento souberam que estavam diante um momento único, eles recordaram uma forma mais pura ainda o amor de Baelon Targaryen por Alyssa Targaryen — eles eram totalmente diferentes mas seus olhos brilhavam com devoção que tornava tudo ao redor insignificante.

Alicent Hightower pode vê-los, seu coração doeu, por sua filha. Havia outros planos em seu caminho. E ao lado de seu pai, Otto Hightower acabou por ser surpreendida por uma presença incomum, sendo essa do Príncipe Aragorn que carregava o pequenino Príncipe Aegon, o Jovem — carregando esse título devido seu tio — em seu colo, havia se afastado de Lucerys de forma proposital para unir-se à mesa em que apenas os partidários dos verdes e os Hightower encontravam-se.

Ele fez de forma proposital.

— Vossa Majestade — Príncipe Aragorn cumprimentou de forma educada, deixando Aegon, esse que era um bebê muito meigo e alegre balbuciando em seu colo que encarasse o arredor. Seus mimos atraíram atenção da Rainha.

— Parece ser muito apegado a ele, Vossa Alteza — comentou a Mão do Rei, fazendo com que Aragorn sorrisse ao escutar o detalhe.

— Da mesma forma que sou com meu irmão Viserys — retrucou ele, uma fala que arrancou um riso soprado de Otto que concordou mesmo que, o motivo de riso não fosse admiração pela afeição entre o Príncipe e sim, que ninguém considerava Aegon e Viserys como irmãos e sim meio-irmãos.

Devido ao casamento imoral, dotado de pecado de acordo com os seguidores da fé dos sete, todas as crianças não poderiam ser consideradas bastardas mas, aos olhos dos sete notoriamente eram memórias vivas do quão pecaminosos eram os Herdeiros da Antiga Valíria.

— Se me permite perguntar, onde está o Senhor Lorde Strong? — a pergunta vindoura de Aragorn causou um frio na espinha de Alicent ao ver os olhos verdes intensos a encarar.

Otto Hightower avaliou o comportamento de sua filha, intrigado. Reparando existir mais do que realmente havia sido dito para si mas, a naturalidade da pergunta do Príncipe era interessante.

— Larys está atualmente ocupado, não pode presenciar a comemoração de dias de seus irmãos mas, desconhecia seu interesse, mesmo após anos, muito ainda é feito em Harrenhal — Alicent havia despertado uma fera ao mencionar o local e não soube, é claro, porque Aragorn brincando com Aegon de forma sutil, teve de engolir seu ódio.

Lembrou de sua irmã, recordou de sua promessa. Deveria ser forte, mesmo que isso lhe custasse tudo, deveria serpentear sua presa, teria uma vingança, ele sabia disso mas, cautela era essencial — ele ainda era um Príncipe.

Ele forçou um sorriso, concordando.

— Devo assumir ser intimamente grato à Casa Strong, não é à toa, eu sobrevivi ao grande incêndio por Harwin Strong e o falecido Lorde Strong, esse que anteriormente foi uma figura muito importante à mim, mesmo que não seja próximo de Larys Strong, o atual Lorde, não deixou de me preocupar — suas falas eram concisas, como se realmente fosse um garoto interessado, confuso e com receio do mundo.

Os filhos da fênix possuíam muitas faces. Pensava Otto, seria mais árduo do que imaginou.

— Não deveria, ele detém um espaço vasto, contribuindo com a Coroa — Alicent fez seu papel de forma artificial para o consolar.

— É o que espero, minha Rainha — a fala fez Otto franzir o cenho, vendo-o continuar com convicção: — Penso que seja deveras solitário estar em seu papel e inclusive devo mencionar minha satisfação que Lorde Larys, um nobre tão inteligente e adequado esteja na corte, ao seu lado, de Vossa Graça, será de muitos frutos.

Ele foi direto, tão direto que fez Alicent gelar por segundos com a menção de estar ao seu lado.

A Mão do Rei, Otto não sabia daquele infame detalhe, do envolvimento pecaminoso, asqueroso e humilhante vindouro de sua filha por meras informações mas, um olhar bisbilhoteiro e bons informantes deram o que Aragorn queria.

Antes que alguma fala pudesse ser incluída, junto à um desdém ou descaso vindouro de Príncipe Aragorn, esse que certamente não tinha medo algum de tornar explícito das coisas que sabia mas apreciava mais do que deveria as ameaças, a tensão em ver o terror nos olhos, ele não queria de forma alguma que fosse rápido, não queria as torturas físicas que pareciam tanto ressoar cruéis, as achava falhas ao seu verdadeiro objetivo.

Uma guerra psicológica precisava ser vencida antes que as espadas começassem a jorrar sangue. Ele soube que os verdes lançaram largada quando quase o mataram quando criança.

Entretanto, antes que pudesse dizer algo comprometedor, Príncipe Baelon surgiu, com sua expressão, como de costume, compassiva e tranquila.

— Majestade, meu Senhor..— Baelon detinha o âmago pacífico, atraiu os olhos de todos na mesa para si. Isso incluía o próprio Rei Viserys que sorriu em agrado ao ver seu sobrinho predileto aproximar-se da grande mesa. — Nossa mãe o chama, meu irmão, deixe que fique um pouco com Aegon.

Príncipe Aragorn quis semicerrar os olhos, não querendo ceder o pequeno garotinho de cabelos prateados como a lua para Baelon mas o fez, a contragosto. Levantando-se, dando o bebê para o irmão. E, deve se tornar claro que, Otto Hightower passeou os olhos sobre Baelon, o analisando de cima a baixo, reparando que, de fato, o filho de Aemma e Viserys tivesse sobrevivido, ele seria similar ao que estava à sua frente.

O próprio cedeu um cumprimento polido antes que pudesse deixar o local mas, Baelon reparou no longo olhar que Rainha Alicent lhe cedeu — o que particularmente o intrigou e não saiu de sua cabeça.

Existiam mil razões para que ele fosse observado mas, em todos os anos, Alicent nunca lhe atribuiu nada, nem mesmo o desprezo porque era obviamente mais apreciado do que o próprio filho de Viserys mas ali, aos dezoito dias de nome, ele soube que de alguma forma, a Hightower o enxergou, como uma ameaça ou não, ele não sabia.

Em breve, entenderia muito bem o que se passava na mente da mulher.

Na sequência, após o término de diversas danças típicas, todos se reuniram, parecia que o Rei Viserys exigia fazer um anúncio em meio à comemoração.

Embora todos acreditassem ser os bons votos aos presentes, um discurso como feito em todos os anos em homenagem à seu sobrinho Baelon, sua filha Helaena ou os outros dois filhos da Fênix, não era nada disso, existia outra razão, uma que fizera Otto Hightower encarar o arredor, em busca de olhos que conhecia muito bem, Deianyra Velaryon e seu grandioso completo de valentia como diria o próprio.

— Agradeço à todos os presentes pela oportunidade de compartilhar momentos que suscitam memórias gloriosas em torno da juventude dos herdeiro de nosso reino, de meus queridos e preciosos protegidos, de minha família que se dispôs à cruzar mares para que estármos todos unidos no dia de hoje, de grande celebração — Rei Viserys iniciou, parecia mais saudável que os dias anteriores, quem sabe, fosse a comoção de ter todos seus filhos, netos e sobrinhos unidos e, com um sorriso sutil, continuou: — Assim, vos digo que em meio à ocasião, detenho um anúncio a ser feito, que serão os primeiros a saberem.

As respirações tornaram-se mais fracas, algumas inexistentes e outras ansiosas, nervosas com o que poderia ser dito. Rhaenyra trocou um breve olhar com seu marido e mulher, Daemon e Deianyra em busca de alguma reação, eles questionaram-se aquele seria o grande anúncio ou não mas, certamente, seria uma notícia um tanto avassaladora.

— É com grande felicidade que anuncio o noivado de meus dois queridos filhos, em nome da tradição da Casa Targaryen, meu filho mais velho, Aegon Targaryen e minha doce filha, Helaena Targaryen se casarão sobre o sétimo sol a partir do próximo, em que o reino se encherá de torneios, bailes e competições de boa fé em nome desta união — Rei Viserys anunciou, causando um verdadeiro choque em muitos presentes, com um sorriso exibido no rosto, como se fosse uma verdadeira conquista.

Príncipe Maegor sentiu-se fora do eixo, como se tivesse sido caído dos ares, sido ateado ao fogo, queimado vivo naquele instante, em que viu o que mais desejava, o que mais almejava em sua existência ser cruelmente arrancado de seu redor, antes que pudesse ter a chance de reagir ou conquistar, de pedir, de lutar, havia sido esmagado de uma vez.

Por favor, tudo menos isso. Pensou Helaena. Havia sido como ser acordada com água congelante do calor confortável, de seus sonhos mais amorosos com uma realidade que lhe causou pânico. A ideia de casar com seu próprio irmão, pior ainda, Aegon lhe deu arrepios, desespero.

Eles se olharam, de forma quase imediata, seus olhos se chocaram.

Sonhos de Dragões eram apenas sonhos?

Maegor negou-se à falar com todos que se aproximaram de si, cientes do óbvio. Pareceu um jogo sujo, cada presente poderia dizer que Princesa Helaena da Casa Targaryen estava perdidamente apaixonada por Príncipe Maegor da Casa Westerling e os sussurros sobre os lados de apoio aos verdes ou pretos foram erguidos no mesmo dia.

Ele não queria saber, não queria ouvir nada daquilo.

Ele não era um preto. Ela não era uma verde. Não eram cores, não eram suas casas, eles eram pessoas, eram almas, almas que amavam e corações que batiam em meio à sentimentos de tempos de caos e ódio, isso o enfureceu à medida que reprimiu seu controle, fazendo-o ter certeza de que deveria estar distante de todos ao seu redor.

Príncipe Maegor não era controlado como nenhum de seus irmãos, ele possuía uma necessidade ultraviolenta em transbordar seus sentimentos e paixões. Decidiu ir, de forma sorrateira e escondida até os aposentos da Princesa Helaena, após a viagem de retorno, quando a lua cheia e brilhante encontrava-se no ponto mais alto do céu.

No caminho, uma cena incomum e esquisita atraiu sua atenção. Escutou um choramingo, similar à um choro aumentar unido à passos e quando virou um dos corredores, arregalou os olhos ao ver uma serva mais velha, carregando uma mais nova que detinha parte de suas vestes rasgadas e esforçava-se para conter o choro, tremendo de medo.

Elas passaram por si, sem dizer nenhuma palavra mas, a cena o perturbou. Se questionando o que poderia ter acontecido mas, então, pode ver Diana — a serva que ele conheceu dias atrás — correndo com pressa na direção oposta, temerosa e com parte de suas vestes manchadas de uma coloração vinho, molhada.

— Vossa Alteza...— ela cumprimentou, por educação mas, ao vê-lo arquear a sobrancelha, como se a reprovasse, ela se corrigiu de imediato. — Príncipe Maegor.

Maegor sorriu, satisfeito. Embora não pudesse deixar despercebido como suas mãos tremulavam, carregava o que seria uma jarra de vinho. Sabia que a jovem deveria seguir seu caminho mas, ele não deixou com que seu bom senso vencesse, estava curioso e muito mais, por qual motivo ela parecia tão agitada, ele se questionou se Diana sabia o que poderia ter acontecido com as duas servas que passaram de forma incomum nos corredores.

— Você está suja e está frio, não pode andar dessa forma — o Príncipe soltou o ar, retirando a capa que utilizava, não queria chamar atenção dentro do castelo e optou por usar uma de suas capas marrom mas, não poderia deixar a pobrezinha tão exposta.

— Agradeço — Diana não admitiria mas, achava um tanto extraordinário como os príncipes criados distantes de Porto Real poderiam ser diferentes. Não que conhecesse muitos, é claro, ela era apenas uma serva. Mas, com base em seus 'acidentes' encontros com príncipes no castelo, poderia afirmar que pareciam contrastantes.

Ou, acreditava que Príncipe Maegor deveria ser o único decente por ser um futuro rei.

Ela sentiu medo quando olhou para o caminho que deveria seguir, não estava tão exposta e agradeceu mentalmente por isso. O silêncio acabou por alertar o Príncipe, era quase como se, Diana estivesse estendendo-se ali, porque tinha medo de onde estava prestes à ir.

— Se não for ousadia de minha parte, onde a senhorita irá servir algum senhor? — questionou o Príncipe. Diana sentiu o coração acelerar ao concordar. — É para onde está indo?

— É, estou indo no quarto do...— Diana reprovou-se ao falar, os servos foram proibidos pela rainha de falarem com os príncipes estrangeiros.

Antes que pudesse falar, passos se aproximaram e, foi a vez de Príncipe Maegor arregalar os olhos, ciente de que era seu guarda juramentado, Abraxas Vortigen atrás de si, em busca do Príncipe.

— Em breve, nos falamos propriamente, Senhorita — Maegor seguiu seu caminho, para que não pudesse ser visto até que, de forma um tanto ridícula, deve ser dita, notou que o único caminho para o quarto de Helaena era uma sutil sacada, a qual deveria escalar e, quase caindo, foi até a mesma, esforçando-se para não ser visto por nenhum guarda.

Ele precisava ir atrás dela, saber o que se passava em seu coração, como poderia agir, se poderia fazer o mundo se dobrar ao seu amor, ele queria, apenas deveria saber o que Helaena Targaryen queria.

Maegor...— ela assustou-se ao vê-lo pular a janela.

— Vim aqui para fazê-la uma pergunta — Príncipe Maegor não demonstrou nem uma hesitação, por mais que Helaena sentisse seu coração agitado, não era adequado que um cavalheiro estivesse no quarto de uma dama, especialmente agora que estava noiva mas, ao fitar o rosto do príncipe seu coração havia sido balançado por completo.

Embora quisesse dizer que ele não deveria ficar ali, de forma alguma e o expulsar, ela não soube como, porque sabia que também iria trair seu coração e apenas assentiu, receosa.

— Você o ama? — Helaena pensou não ter ouvido direito mas, o único homem do mundo que tinha seu coração lhe questionou, com calma, cuidado e paciência. — Você ama seu irmão, Aegon? O ama na forma que...o ama de verdade?

— No que isso mudaria? Eu estou noiva dele, isso não é relevante ou importante — ela não quis fitar seus olhos, tentando desviar da pergunta.

Com cautela, ele segurou em uma de suas mãos, atraindo sua atenção.

Minha princesa..é claro que isso é importante, para mim, é o que mais importa — ele sussurrou, baixo o suficiente, em segredos, sendo os únicos no cômodo, de forma tão secreta.

— Para você...— ela sentiu um solavanco em seu peito, sentindo o toque, o acariciar em suas mãos.

— Você me ama? — o príncipe questionou, claramente.

Ela sentiu seu interior em chamas, com a língua dormente em dizer, por obrigação e contra seu coração.: — Isso também não importa.

— É claro que importa, Helaena! — sua exclamação a assustou mas, atraiu seus olhos como ninguém nunca o fez.: — É o que mais importa, mais do que tudo, porque eu a amo, eu a amo desesperadamente desde a primeira vez que eu a vi, soube que deveria ser minha rainha, à quem dividiria cada momento precioso.

— Que teria todas as flores, livros e sorrisos do mundo para que pudesse ser feliz, que eu fizesse o mesmo, que cumpriríamos nossas promessas, porque nós dois somos destinados e eu consigo ver em seus olhos, mesmo que eu seja cego, preciso que me diga, diga que não sou o único à sentir isso.

— É impossível! Não deveria insistir nisso, sabe muito bem sobre meu dever e obrigação, o motivo de nós..— Helaena sentiu seu coração cheio, seus olhos encheram-se de lágrimas, tudo que queria era estar consigo mas, nunca acreditaria que poderiam, jamais.

E fraca, como se não tivesse mais forças, fechou os olhos, continuando: — Não deveria estar me perguntando quando a resposta é tão óbvia.

— É difícil desvendar quando sua última carta mencionava seu afeto desesperado por seu noivo, seu querido irmão que precisa fervorosamente de seu consolo, de sua presença e afeição e o quão disposta estava à contribuir tanto quanto, é tortuoso desvendar os motivos pelo qual quis que permanecesse distante mas, a primeira coisa que fez quando me viu foi sorrir com seu rosto angelical e me deixar completamente sem rumo — existia ressentimento, dor ao mencionar as malditas cartas que recebeu. — É realmente impossível que eu consiga entender, Princesa.

Helaena o fitou com indignação.

— Nunca fiz isso! O único que parou de mandar-me cartas foi você, aos quinze anos — acusou ela.

— Isso é uma brincadeira? — Maegor franziu o cenho, ele havia enviado por anos mesmo sem resposta mas, notou que todas suas cartas também deveriam ter sido ocultadas.

— Seja o que tenha recebido, não foi meu, não amo Aegon da forma que supõe mas, Sonhos de Dragão são apenas sonhos, é o que deve entender, nós temos deveres, nós dois, em lugares diferentes, opostos — Helaena declarou, palavras dolorosas que cessaram ao sentir a mão quente de Maegor tocar seu rosto, a bochecha esquerda com zelo.

— Acredita nisso? — ele perguntou, os olhos azulados como os oceanos que sonhava lhe afogaram em amor, na emoção que tanto almejava, em desespero em agarrá-lo para si e não sair de seus braços e os olhos marejaram, em medo de estar distante, conformada de que não o teria.

— Por favor, não pergunte mais nada — Helaena sussurrou, queria chorar, segurando nas mãos que tocavam seu rosto com devoção. A Targaryen sentia seu coração pesado, tão cheio que poderia explodir, a pressão sufocava-a, a respiração falhava e lhe deixava cada vez mais frágil sobre o poder que o sentimento lhe dominava: — Eu o amo, Maegor.

Dessa vez, era ela que levava sua mão até o queixo do mesmo, as lágrimas caíram de seu rosto.

— Perdoe-me — Helaena ergueu-se, segurando nos ombros do príncipe para dar-lhe um beijo, com toda sua timidez, meramente dando-lhe um selar nos lábios, em toda sua inocência, continuando: — Por tudo.

Um barulho ressoou de fora dos corredores, indicando que alguém aproximava-se. Príncipe Maegor fitou-lhe mais uma vez, em silêncio, não iria a desrespeitar, nunca e, pode vê-la convicta daquilo e, quis a beijar ali mesmo, tocar sua cintura, aprofundar e, até mesmo a sequestrar para que pudesse reinar nas Terras Médias consigo — ele não se importava em começar uma guerra por amor. Mas, ele amava muito para isso, ela a amava a ponto de deixá-la ir.

Ele cedeu-lhe um olhar, não um sorriso, um beijo sobre a testa, nem mesmo uma fala, deu meia volta e saiu por onde entrou, levando seu coração consigo, levando parte de sua alma e a certeza de que, havia tomado uma decisão irreparável. 

Ali, em seus aposentos, sozinha esforçou-se para não desabar mas, quando os guardas anunciaram que alguém gostaria de vê-la e a figura de seu irmão mais novo, Aemond Targaryen surgiu, com olhos compreensivos em sua direção, ela desfez-se em lágrimas, sendo acolhida pelo maior que limpou suas lágrimas, escutando o choro desesperado, agonizante de uma renúncia ao amor em nome de sua família — de um futuro infeliz mas honrado. 

— Essa é a decisão correta, não é? — ela perguntou, com desespero, lágrimas rolando de seus olhos à seu irmão.

Príncipe Aemond queria ter concordado, dito que sim, ele deveria ter o feito mas, ele não disse nada, apenas beijou a testa de sua irmã mais velha. 

O próprio esforçava-se para digerir aquele pensamento, aquele detalhe, tudo aquilo. Deveria seguir o mesmo pensamento, o mesmo raciocínio mas, com sua irmã mais velha em seus braços, vendo seu futuro ser arruinado junto ao sacrifício que estava prestes à fazer, ele tremulou porque, mais do que ninguém, ele sabia que Helaena Targaryen nunca seria feliz ao lado de seu irmão, Aegon Targaryen. 

Existia um motivo pelo qual os dragões poderiam voar aos céus, a liberdade mas, acorrentados, eles limitavam-se.

Ele, o Príncipe sem um Dragão reconhecia que sua amada, era como um e, feito um mero mortal, poderia arriscar-se e perder a vida por um, para vê-la bater suas asas mas, o que poderia fazer se, ela optasse por permanecer sobre a superfície? 

✧˚ · ↳ ❝ [𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐀𝐔𝐓𝐎𝐑𝐀] ¡! ❞✧˚ ·

[01] — Espero que tenham gostado do capítulo. Demorei horrores pra atualizar porque minha família veio me visitar — eu de cabelo em pé — e, ainda to tendo uns acontecimentos pessoais for a faculdade. Vazou Mads insana e biruta que só quer uma única coisa: carinho de Jacaerys e colo do Aemond. 

[02] — O que acharam da situação da Helaena, Maegor e Aegon? Fiquem ligados porque vai rolar muito caos nos próximos capítulos. Vale ressaltar Aemond shipper encubado de Helegor/Helagor porque preciso manter postura. 

[03] — Alguma noção de como Maegor vai conquistar a princesa dele? Nos vemos no próximo capítulo meus amores, louquinha para vê-los de novo.

✧・゚: *✧・゚:*

Data de Postagem: 17/02/2023
Contagem de Palavras: 8.600 Palavras

Previsão de Atualização: 26/02/2023

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