Às vezes você se perguntava se ter Hanma na sua vida era uma benção ou uma maldição.
Para começar, vocês não tinham uma relação muito bem definida. Hanma ia na sua casa frequentemente, te levava doces e presentes, vocês transavam, mas isso é tudo.
Você sempre deixou claro dos seus sentimentos pelo garoto, embora honestamente não sabia se acreditava quando ele dizia que também te amava.
Hanma sempre foi conhecido por ser um tremendo cafajeste, diariamente frequentando festas em bares e boates, todo mundo, inclusive você, sabia que ele ficava com várias garotas em uma só noite.
Mas quando o sol nascia e o efeito do álcool acabava, quando todos os seus contatos estavam ocupados e ele não tinha ninguém para satisfazer seus desejos perversos, era você quem ele procurava.
É claro que isso foi motivo para inúmeras discussões, as quais você praticamente brigava sozinha. Hanma não se importava, pois sabia que no fim você sempre o aceitaria de novo.
Os próprios amigos dele a aconselharam diversas vezes que se valorizasse e cortasse laços com Shuji de uma vez por todas, pois via como você sofria por um amor não correspondido.
Não foram poucas as vezes que você prometeu a si mesma que nunca mais olharia na cara do garoto, mas é difícil manter essa promessa quando aquelas orbes te encaravam com um olhar penetrante e seus dedos se moviam rapidamente dentro de você.
- Você está mesmo com ciúmes? - Hanma cantarolou enquanto te masturbava em um ritmo perfeito. Ele sabia exatamente como você gostava. - Elas são todas tão vulgares e irritantes... Não valem o ar que respiram.
Você não era capaz de responder. Apenas gemia enquanto agarrava os cabelos do garoto que lhe caiam sobre o rosto. Ele observava com divertimento sua mão encharcada enquanto você estava uma bagunça mista de lágrimas, suor e seu próprio gozo, que já estava ficando exausta mas ele não estava disposto a parar tão cedo.
- Você sabe... Eu fico com elas, mas é você quem eu amo. Elas não significam nada para mim.
Quando um sorriso surgiu naqueles lábios finos e avermelhados, você não pode mais segurar e se desmanchou sob Hanma, que riu da sua situação deplorável.
Ele internamente se divertia vendo como você era idiota. Sempre fazia a maior cena, chorando e dizendo que o odiava, mas no fim acabava do mesmo jeito: com as pernas abertas e exposta para ele fazer tudo o que quiser.
Shuji riu do próprio pensamento e então se afastou tirando a última peça de roupa que cobria seu corpo, uma cueca boxer preta.
Você estava deitada de barriga para baixo com a cabeça no pé da cama, quando Hanma se levantou e deu a volta na mesma parando na sua frente. A primeira visão que você teve dele foi seu pau a centímetros do seu rosto, já estava duro há muito tempo.
Você sentiu os dedos do mais velho se enroscarem em seus cabelos puxando sua cabeça para cima, a fazendo encará-lo.
— Vamos gracinha, abra a boca. ♡ — Sorriu.
- Vai se foder, Hanma!
- Acho que prefiro foder você.
Shuji riu do próprio comentário antes de forçar seu próprio membro em tua boca a fazendo engolir por inteiro.
Você apertou o lençol da cama fechando os olhos com força, tentando não ceder à ânsia de vômito que lhe inundou ao sentir o maior bater contra a sua garganta agressivamente.
Você lutava para fazer pequenas sucções enquanto Hanma fodia sua boca brutalmente, sons molhados ecoavam pelo quarto revelando seu reflexo de engasgo, junto aos pequenos gemidos dele que encarava o fundo da sua alma.
E pensar que tantas outras bocas já lhe deram esse mesmo prazer...
Com um último gemido e mais algumas estocadas, Hanma finalmente gozou. Você sentiu o líquido quente descer pela sua garganta, enquanto ele se afastava deixando um fio de saliva entre a tua boca e seu membro. Ele suspirou alto e acariciou seu rosto soltando seus cabelos, fazendo sua cabeça cair.
Sua mandíbula doía um pouco pelo tempo que esteve ali. Você estava cansada, tanto física quanto mentalmente. Não sabia se terminava o que começou ou se mandava Shuji embora da sua vida de uma vez por todas.
É verdade, ele te proporcionava muito mais do que prazer e presentes caros, quando mostrava seu falso arrependimento e te dava algumas migalhas de atenção pelas quais você passava dias suspirando e relembrando com ternura.
Enquanto você se distraia com seus próprios pensamentos e aproveitava alguns segundos de pausa para descansar, o garoto subiu na cama novamente e a puxou pelas pernas, a trazendo de volta à realidade. Pincelou a sua entrada espalhando a sua lubrificação e entrou lentamente, observando conforme você se contorcia com um gemido baixo.
Mas nunca se deixe enganar pela bondade dele. Ele estava apenas pegando leve enquanto você se movia buscando a posição mais confortável. Com um pequeno suspiro de consentimento, Hanma teve sua permissão para começar de fato, martelando o seu interior com todo o seu fôlego e força.
As mãos de Shuji seguravam firmemente a sua cintura, certamente deixaria suas perfeitas marcas ali. Você gemia alto sentindo o falo bater repetidas vezes no colo do teu útero com tanta força que o seu interior parecia tremer com os golpes.
Suas mãos agarravam e puxavam o lençol tentando aliviar aquela pressão crescente entre as pernas, seus cabelos espalhados pela cama te dando um ar muito mais atraente do que antes. Hanma observava atentamente alternando entre seus olhos marejados e seus seios que balançavam conforme seu corpo ia e vinha.
Você podia ouvir os pequenos xingamentos que o garoto proferia com a voz ofegante e gemendo baixo. Sabia como estava dando prazer a ele, e mesmo que ainda estivesse magoada por ele ter te usado de novo, vê-lo assim por sua causa era uma boa massagem no seu ego. Mesmo que não quisesse você ainda gostava muito de Hanma, e saber que ele se sentia bem graças a você te fazia muito feliz.
O rapaz rapidamente agarrou suas coxas colocando suas pernas sobre os ombros dele, agora alcançando mais fundo te fazendo gritar loucamente seu nome. Ele se abaixou e continuou a estocá-la com toda a força que possuia nos quadris. Você sentiu sua barriga esquentar enquanto seu corpo alertava a chegada do orgasmo.
Já havia perdido a conta de quantas vezes gozou naquela noite, e tudo porque Hanma queria te fazer esquecer dessa briga idiota a todo custo. Você revirou os olhos se entregando à sensação enquanto seu corpo se rendia aos espasmos violentos, pelos quais o garoto teve que te segurar para que não caísse da cama. Ele finalizou logo em seguida, saindo de dentro de você e jorrando aquele líquido espeço e esbranquiçado em seus seios e barriga.
Os dois se deitaram lado a lado exaustos, o silêncio reinou enquanto tudo que podiam fazer era tentar regular a própria respiração.
Hanma te puxou para o peito dele acariciando seus cabelos suavemente, como se silenciosamente esperasse pelo seu perdão.
— Você me perdoa? — Perguntou, ao ver que você não disse nada.
— Sim... Eu acho.
Vocês permaneceram mais algum tempo ali em silêncio, apenas desfrutando da companhia um do outro. Não demorou para que o celular do garoto tocasse, e ele se levantou rapidamente buscando por suas roupas.
— Onde você vai? — Você questionou curiosa.
— Ahn... O Kazutora me chamou pra resolver uns assuntos.
— Ele não pode esperar um pouco? Fica só mais um pouquinho...
— Foi mal, gatinha, é um pouco urgente. Prometo que vou te recompensar depois.
Hanma se abaixou e te deu um selinho, e então saiu rapidamente de sua casa. Enquanto caminhava pela rua, seu celular tocou com uma ligação.
— Shuji, você vem? Eu preciso de você...— Uma voz feminina chamou manhosa do outro lado da linha.
— Desculpe, eu estava resolvendo uns assuntos importantes. Já estou a caminho, gatinha.
O garoto encerrou a ligação subindo em sua moto, ligando o gps para a casa da garota.
Assim como ela e todas as outras, você era só um pedaço de bolo para ele.