Ninety Days

By GeovanaJackson

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Ela tem noventa dias para render-se... **ADAPTAÇÃO** More

Sinopse
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Are you ready for the part two?
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Do you have frameworks for part three?
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Epílogo

Capítulo 55

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By GeovanaJackson

Anastasia

Passo as mãos pelo meu vestido enquanto a ansiedade cresce dentro de mim.

Taylor avisou que estão trazendo Marcelo para cá finalmente e eu não estou conseguindo controlar as minhas expectativas em relação a isso.

Quero dar uma pequena demostração para os nossos convidados só para mostrar como as coisas são resolvidas pela família Grey e então poderei aproveitar a minha noite e planejar pacientemente os meus métodos de tortura.

Taylor dá um passo a frente e fala alguma coisa no microfone preso na manga do paletó. Não demora muito e três soldados entram no meu campo de visão, Marcelo sendo puxado logo atrás por uma corrente presa no pescoço graças a uma coleira.

A minha satisfação cresce, meu sorriso se tornando cada vez maior.

A música para e um coro de suspiros surpresos e cochichos preenche o ambiente. Olho rapidamente ao redor e noto que vários dos chefes convidados observam a cena com notável interesse enquanto bebem whisky.

Christian aperta a minha cintura num movimento claro de apoio e toma frente, puxando uma cadeira.

Os soldados jogam um Marcelo quase desacordado sobre ela e se afastam com uma expressão de nojo. Olho rapidamente para Taylor e ele assente sutilmente, puxando os cabelos do desgraçado para trás até que eu consiga ver o rosto dele.

Meus homens fizeram um bom trabalho.

O rosto dele está destruído.

Sangue brotando de várias escoriações, um corte profundo na sobrancelha direita, hematomas roxos nas bochechas e olhos e o nariz um pouco torto.

— Me solta, filho da puta. Eu vou te matar assim que sair daqui. — ele murmura com a voz arrastada e eu rio, afastando a fenda do meu vestido somente o suficiente para puxar um canivete preso à cinta liga.

— Calado. — Christian rosna e da um tapa na cara dele, fazendo-o gemer.

Me aproximo e abaixo na frente dele, ainda mantendo o meu sorriso. Marcelo pisca repetidas vezes e não sei se é uma ação involuntária ou se está tentando me reconhecer, mas isso não importa.

Libero a ponta do canivete e me inclino sobre ele, enfiando a lâmina afiada no dorso da mão esquerda que está sobre o braço da cadeira.

Marcelo berra como um bastardo covarde e implora por misericórdia, seu corpo tremendo quando ele começa a chorar.

— Seja bem vindo, Marcelo. — murmuro com diversão e ele pisca, olhando para mim enquanto lágrimas de merda rolam pelo rosto.

— A cadela do Grey. — ele sussurra com a voz embargada e eu reviro os olhos, puxando o canivete da mão dele.

A lâmina vem manchada de vermelho, sangue escorrendo da ferida e o meu sorriso se alarga.

A vingança é realmente deliciosa.

— Isso é forma de cumprimentar uma velha amiga, Nacho? — faço uma expressão ofendida e enfio a lâmina na coxa esquerda dele, o grito saindo mais alto que o anterior. — Cuidado como fala comigo.

Sorrio para ele e reassumo a minha postura elegante, colocando as mãos na cintura.

— Vocês sabem o que fazer com ele. — murmuro para os soldados e eles assentem, puxando e arrastando Marcelo por entre as mesas até o jardim.

Observo de longe eles fazerem o caminho em direção ao porão e me viro sorridente para os nossos convidados. Christian beija a minha testa e pisca, um brilho divertido surgindo nos olhos.

— Vamos celebrar, senhoras e senhores. Hoje é um dia mais que especial.

◕ ◕ ◕

Foi cansativo para um caralho ficar acordada até às cinco da manhã respondendo perguntas, agradecendo elogios e dançando com velhos cheios de observações indiscretas mas nem toda a movimentação foi suficiente para me fazer relaxar e dormir.

É pouco depois das seis da manhã, os raios de sol vão surgindo aos poucos enquanto eu rolo pelo colchão.

Christian dorme tranquilamente ao meu lado, alheio a minha ansiedade. Me levanto da cama e caminho até o berço do Teddy, me abaixando para acariciar a bochecha gorducha dele.

Meu bebê suspira e chupa a chupeta com determinação, os bracinhos sutilmente envolvendo a pelúcia de coelho que Adriano trouxe para ele de Roma.

Eu queria deitar a cabeça no travesseiro e descansar finalmente — coisa que não tenho feito muito nos últimos meses — mas me sinto agitada demais para isso.

Marcelo está aqui finalmente e isso já é motivo suficiente para que eu fique um pouco mais tranquila, mas ainda não é suficiente.

Eu quero mais.

Eu preciso de mais.

Preciso descontar nele toda a raiva que senti quando ele me sequestrou.

Fazer ele sentir o medo que eu senti, provocar as mesmas dores e medos que ele me causou.

E então acabar de uma vez com a existência de merda dele.

— Sem sono, dea? — me assusto com a voz do Christian e olho sobre o ombro.

Ele me fita da cama, os cabelos bagunçados enquanto coça os olhos.

— Não consigo dormir, estou ansiosa demais. — Christian ri e dá um tapinha no colchão.

Olho uma última vez para o nosso bebê e volto para a cama, me deitando no peito quente dele. Ele me envolve num abraço apertado e beija a minha cabeça, os dedos desenhado círculos nas minhas costas.

— Ele já está aqui, Ana. Você vai poder fazer o que quiser mas para isso é essencial que você esteja relaxada e descansada.

— Não podemos ignorar isso e ir direto para a parte da tortura? Quando eu tiver a certeza de que ele está morto vou ficar mais tranquila.

— Não, dea. Primeiro algumas horas de sono, depois um café da manhã reforçado e então você pode brincar Não quero que desmaie de cansaço antes de mostrar todas as suas habilidades assassinas. Preciso saber com que tipo de mulher eu me casei.

Rio da eloquência dele e assinto, esfregando meu nariz na pele quente do meu marido.

— Tudo bem, senhor Grey. Vou tentar dormir um pouco mas não ouse começar a diversão sem mim. — ele assente com um sorriso e beija a ponta do meu nariz.

— Eu não faria isso nem em sonho, baby.

◕ ◕ ◕

Vejo Christian no que parece ser uma discussão acalorada com os irmãos quando chego ao terraço.

Com muita insistência por parte dele eu consegui dormir algumas horas e comi uma salada de frutas com chia e mel no brunch. Ele saiu enquanto eu estava amamentando Teddy e sumiu por boa parte do dia.

Pensei em tomar frente e acabar de vez com essa situação com o Marcelo, mas Taylor ficou no meu pé durante a ausência dele e desconfio que o Christian preveu os meus planos.

Ele me conhece bem, admito.

A discussão entre eles aparentemente chega ao fim e Christian passeia até mim com um sorriso. Ele envolve os braços ao redor da minha cintura e me dá um beijo profundo, me fazendo suspirar.

— Conseguiu relaxar um pouco? — ele sussurra e esfrega o nariz no meu.

— Mais ou menos. Onde esteve? — Christian me dá um selinho e se afasta um pouco mas ainda mantém os braços ao meu redor.

— Convocaram uma reunião de emergência. Os chefes queriam saber se existem riscos de represálias por parte da família Mattos.

— Amelia é a única que sobrou e não acho que ele queira comprar essa briga. — dou de ombros e Christina assente.

— Eu também acho mas eles ainda não estão totalmente convencidos. Só o tempo vai ser capaz de fazê-los entender. — ele suspira e aperta a minha bunda. — Vim te buscar, baby. O porão está pronto.

Sorrio animada e me solto do abraço dele, liderando o caminho pelo jardim.

Ouço Christian chamando o meu nome mas o ignoro.

Tenho coisas mais importantes para fazer além de ouvir as recomendações dele.

— Senhora Grey. — Taylor me cumprimenta com um aceno de cabeça e abre as portas pesadas do porão.

Alguns homens estão espalhados pelo espaço, todos em posição e atentos com suas armas em punhos.

Passo por eles ignorando os cochichos e sorrio ao ver Marcelo acorrentado a uma cadeira, um carrinho de utensílios estrategicamente posicionado num ângulo que ele consiga ver todos os objetos sem muito esforço.

Os hematomas da noite anterior estão mais escuros e tenho a impressão que surgiram alguns novos e dado aos cortes, vergões e queimaduras no peito e braços dele com certeza os rapazes se divertiram durante a madrugada.

Os olhos dele estão inchados e mal se abrem, mas acho que ele ainda consegue me ver e um sorriso doente surge nos seus lábios.

— Além de ser a puta oficial você também faz o trabalho sujo, Anastasia? Christian está explorando você, querida.

Rio da tentativa falha dele de me desestabilizar e cruzo os braços, tombando a cabeça para o lado.

— Não adianta tentar me ofender, Marcelo. Isso não vai me fazer perder o controle e atirar na sua cabeça para acabar com o seu sofrimento. — chego mais perto dele e me abaixo, sorrindo docemente. — Eu vou sim te matar, mas não tão rápido. Vamos brincar um pouco antes.

Marcelo range os dentes e puxa contras as restrições. As correntes grossas apertam e beliscam os pulsos dele e eu sorrio satisfeita.

— Você vai me matar e aí? Vai ganhar o que com isso? Eu não sou o único inimigo do seu marido. Além do mais a minha irmã ainda está viva e ela vai se vingar de vocês. — finjo um bocejo.

— A sua irmã está pouco se fodendo para você, Marcelo. E caso ela comece a causar problemas nós podemos resolver rapidamente. — ele rosna e puxa contra as restrições novamente, a cadeira balançando pelos movimentos bruscos.

— Se você encostar na minha irmã...

— Você vai fazer o que? Vir me assombrar na madrugada? — gargalho. — Eu não tenho medo nem de assassinos, Marcelo. Acha mesmo que vou ter de fantasmas?

— Você não conhece a fúria se um Mattos, Anastasia. — reviro os olhos e pego um cutelo do carrinho, a lâmina afiada brilhando na meia luz do porão.

Ando ao redor do Marcelo e paro à sua direita, me inclinando o suficiente para sussurrar no ouvido dele.

— E você definitivamente não conhece a crueldade de um Grey.

A lâmina do cutelo corta o ar com um assovio tenebroso e acerta em cheio o pulso direito dele, a mão e o sangue voando longe enquanto Marcelo grita e se debate.

— Sua puta maldita.

— Acho que você já falou demais também. — chamo Christian com um aceno da mão e ele vem até mim com um sorriso perverso. — Abra a boca dele, baby.

Christian dá um soco no maxilar já machucado e abre a boca do Marcelo a força. Sinto um toque no meu cotovelo e olho por cima do ombro, sorrindo para um Elliot claramente orgulhoso.

Ele pisca para mim e pega um alicate enferrujado do carrinho, puxando a língua para fora. Beijo a bochecha do meu cunhado e uso o cutelo para executar mais esse corte.

O pedaço da língua sai no alicate e Elliot ri como um doente. Mordo o lábio inferior para tentar me manter séria, mas fracasso miseravelmente e rio junto com ele.

Nós três nos afastamos para apreciar o nosso trabalho e trocamos sorrisos satisfeitos.

Marcelo chora e geme, a boca entreaberta jorrando sangue assim como o lugar da mão decepada.

O corpo dele vai entrando aos poucos num estágio de languidez, os tremores cessando e o fim está definitivamente próximo. O chão de concreto está todo ensanguentado mas eu ainda não atingi o meu pico de satisfação.

— Prendam as correntes dele nas argolas do teto. — falo acima dos soluços do Marcelo e dois soldados rapidamente se prontificam a cumprir a minha ordem.

Eles arrastam o corpo mole até o lugar indicado e o prendem ali, o braço esquerdo suspenso enquanto o direto pende, ainda sangrando.

Ele geme e murmura alguma coisa incompreensível, lágrimas de merda se misturando a todo sangue que sai do corpo dele.

É uma cena que eu aprecio.

O seu inimigo só aprende a te temer quando você se torna o algoz.

Pego o taco de madeira envolto em arame farpado do carrinho o arrasto pelo chão enquanto me aproximo dele.

O ruído parece sinistro, quase como um aviso do que está por vir.

— Sabia que o baseball é o esporte favorito dos americanos, Marcelo? — os olhos inchados dele acompanham cada um dos meus movimentos mas ele não emite nenhum som. — E hoje você vai ser o meu parceiro de jogo.

Pisco e agarro a haste, girando o braço para trás para pegar impulso e acerto o peito dele numa velocidade assassina.

As pontas do arame farpado perfuram e rasgam a pele e eu sorrio vitoriosa, repetindo o movimento e acertando as pernas, os braços e as costas.

Marcelo respira com dificuldade, as correntes sendo a sua única sustentação.

— Lembra que eu jurei te matar quando estávamos em Tenerife? Você me sequestrou, agrediu, quase matou o meu filho e atirou no meu marido. Por algum momento passou pela sua cabeça que teria perdão, Marcelo? — sorrio sem humor e jogo o taco de lado. — Quer saber uma última coisa sobre a família Grey, filho da puta? Nós não temos misericórdia por ninguém, Nacho. Muito menos por um Mattos.

Puxo o cantil de inox do meu bolso e abro a tampa, jogando sobre ele.

Um murmúrio baixo surge, provavelmente pela ardência do álcool com as feridas abertas mas eu não poderia me importar menos.

Só acendo o isqueiro e lanço na direção dele.

O fogo rapidamente toma conta e Marcelo se debate, puxando contra as correntes.

Braços me envolvem e reconheço o perfume do Christian. Ele me puxa para o seu peito e beija a minha testa enquanto assistimos o nosso maior inimigo queimar até a morte.

Agora sim eu posso dizer que estou em paz.

◕ ◕ ◕

— Tem certeza que quer fazer isso? — Christian pergunta pela décima vez e eu assinto, prendendo o meu cabelo num coque bagunçado no topo da cabeça.

Ele sorri orgulhoso e me dá um beijo, me puxando para o colo dele.

— Tudo bem, Ana. Isso vai doer um pouco mas será rápido. — Adriano murmura nas minhas costas e eu assinto, pressionando o queixo o ombro do meu marido.

O quarto fica em silêncio, o zumbido da caneta tatuadora sendo o único som entre nós.

Christian me abraça com força e segura a minha cabeça, me obrigado a ficar parada.

Sinto a primeira picada, depois as outras e gemo baixinho, afundando as minhas unhas na cintura dele.

As agulhas minúsculas perfuram a pele da minha nuca enquanto Adriano tatua o número de pessoas que eu matei antes de assumir definitivamente a máfia siciliana ao lado do meu marido.

4.

Quatro mortes.

Quatro inimigos.

Quatro vezes eu derramei sangue.

Quatro vezes que provei ser a esposa que Christian sempre sonhou.

Termina mais rápido do que eu imaginava e o silêncio surge novamente. Christian beija as minhas têmporas e sussurra no meu ouvido.

— Doeu muito, dea? — nego com a cabeça e passo as pontas dos dedos pela minha nova tatuagem.

Faço o desenho do número delicadamente e sorrio para o meu marido.

— Agora será até a eternidade, baby. E juntos nós vamos dominar essa porra de mundo.

Christian ri e me joga na cama, enchendo o meu rosto de beijos.

— Para sempre juntos, dea.

[•••]

Tô sentindo um cheirinho de despedida no ar,
não sei por que...
🤔

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