HOTEL CARO ━ gabigol

بواسطة ellimaac

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━━━━━ ❝'Cê vai ligar fingindo que não aconteceu nada.❞ 𝐋𝐔𝐀𝐍𝐍𝐀 𝐒𝐂𝐀𝐑𝐏𝐀... المزيد

[🖤❤] 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐂𝐀𝐒𝐓
𝟎𝟏 | 𝐂𝐎𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐀𝐑 𝐎 𝐐𝐔𝐄̂?
𝟎𝟐 | 𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐉𝐀𝐍𝐄𝐈𝐑𝐎
𝟎𝟑 | 𝐄𝐒𝐒𝐀 𝐌𝐄𝐍𝐈𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐃𝐄
𝟎𝟒 | 𝐌𝐀𝐒 𝐐𝐔𝐄 𝐏𝐎𝐑𝐑𝐀
𝟎𝟓 | 𝐀𝐑𝐑𝐔𝐌𝐀 𝐔𝐌𝐀 𝐃𝐄𝐒𝐂𝐔𝐋𝐏𝐀
𝟎𝟔 | 𝐃𝐄 𝐕𝐎𝐋𝐓𝐀
𝟎𝟕 | 𝐃𝐎𝐌𝐈𝐍𝐆𝐎
𝐛𝐨̂𝐧𝐮𝐬 (𝐭𝐭 𝐞 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚)
𝟎𝟖 | 𝐄𝐒𝐐𝐔𝐄𝐂𝐄 𝐄𝐒𝐒𝐀 𝐌𝐈𝐍𝐀
𝟎𝟗 | 𝐀 𝐎𝐅𝐄𝐑𝐓𝐀
𝟏𝟎 | 𝐃𝐈𝐒𝐅𝐀𝐑𝐂̧𝐀𝐑
𝟏𝟏 | 𝐄́ 𝐒𝐎́ 𝐒𝐄𝐗𝐎
𝟏𝟐 | 𝐋𝐈𝐁𝐄𝐑𝐓𝐀𝐃𝐎𝐑𝐄𝐒
𝟏𝟑 | 𝐄𝐒𝐐𝐔𝐄𝐂𝐄 𝐄 𝐌𝐄 𝐁𝐄𝐈𝐉𝐀
𝟏𝟒 | 𝐒𝐄𝐌 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄, 𝐒𝐄𝐈
𝟏𝟓 | 𝐒𝐄 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐍𝐃𝐀
𝟏𝟔 | 𝐍𝐀̃𝐎 𝐒𝐄 𝐌𝐄𝐓𝐄 𝐍𝐀 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐕𝐈𝐃𝐀
𝟏𝟕 | 𝐄𝐔 𝐏𝐑𝐄𝐅𝐈𝐑𝐎 𝐀 𝐏𝐀𝐙
𝐛𝐨̂𝐧𝐮𝐬 (𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚 𝐞 𝐭𝐭)
𝟏𝟖 | 𝐃𝐄𝐒𝐆𝐑𝐀𝐂̧𝐀𝐃𝐀
𝐛𝐨̂𝐧𝐮𝐬 (𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚 𝐞 𝐭𝐭)
𝟏𝟗 | 𝐃𝐄𝐒𝐆𝐑𝐀𝐂̧𝐀𝐃𝐎
𝟐𝟎 | 𝐃𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄𝐍𝐃𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎
𝟐𝟏 | 𝐋𝐈𝐒𝐓𝐀 𝐃𝐎 𝐓𝐈𝐓𝐄
𝟐𝟐 | 𝐁𝐑𝐀𝐒𝐈𝐋𝐄𝐈𝐑𝐀̃𝐎
𝟐𝟑 | 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐎 𝐓𝐄 𝐕𝐄𝐑
𝟐𝟒 | 𝐀𝐈 𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐍𝐆𝐎
𝟐𝟓 | 𝐒𝐄 𝐃𝐈𝐕𝐄𝐑𝐓𝐈𝐔 𝐃𝐄𝐌𝐀𝐈𝐒
𝟐𝟔 | 𝐂𝐀𝐅𝐄́
𝟐𝟕 | 𝐓𝐎𝐐𝐔𝐄
𝟐𝟖 | 𝐄́ 𝐒𝐎́ 𝐔𝐌𝐀 𝐃𝐄𝐒𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐀
𝟐𝟗 | 𝐂𝐀𝐒𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎
𝟑𝟏 | 𝐂𝐑𝐎𝐀́𝐂𝐈𝐀
𝟑𝟐 | 𝐎̂ 𝐒𝐀𝐔𝐃𝐀𝐃𝐄
𝟑𝟑 | 𝐐𝐀𝐓𝐀𝐑
𝟑𝟒 | 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐀𝐍𝐈𝐕𝐄𝐑𝐒𝐀́𝐑𝐈𝐎
𝟑𝟓 | 𝐅𝐄𝐋𝐈𝐙 𝐀𝐍𝐈𝐕𝐄𝐑𝐒𝐀́𝐑𝐈𝐎
𝟑𝟔 | 𝐒𝐔𝐑𝐏𝐑𝐄𝐒𝐀?
𝐛𝐨̂𝐧𝐮𝐬 (𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚 𝐞 𝐭𝐭)
𝟑𝟕 | 𝐍𝐀𝐓𝐀𝐋
𝟑𝟖 | 𝐑𝐄́𝐕𝐄𝐈𝐋𝐋𝐎𝐍 𝐃𝐎 𝐋𝐈𝐋
𝟑𝟗 | 𝐂𝐑𝐈𝐀𝐑 𝐋𝐄𝐌𝐁𝐑𝐀𝐍𝐂̧𝐀𝐒
𝟒𝟎 | 𝐅𝐎𝐈 𝐔𝐌𝐀 𝐌𝐄𝐍𝐓𝐈𝐑𝐀
𝟒𝟏 | 𝐄𝐍𝐂𝐀𝐑𝐀𝐑 𝐀 𝐑𝐄𝐀𝐋𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄
𝟒𝟐 | 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐇𝐀 𝐌𝐄𝐋𝐇𝐎𝐑
𝟒𝟑 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐂𝐎𝐏𝐀 𝐏𝐓.𝟏
𝟒𝟒 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐂𝐎𝐏𝐀 𝐏𝐓.𝟐
𝟒𝟓 | 𝐃𝐄𝐑𝐑𝐎𝐓𝐀 𝐄𝐌 𝐃𝐎𝐁𝐑𝐎
𝟒𝟔 | 𝐕𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐂𝐎𝐍𝐕𝐄𝐑𝐒𝐀𝐑
𝟒𝟕 | 𝐍𝐎 𝐇𝐎𝐒𝐏𝐈𝐓𝐀𝐋
𝟒𝟖 | 𝐕𝐀𝐌𝐎 '𝐁𝐎𝐑𝐀
𝟒𝟗 | 𝐕𝐎𝐂𝐄̂ 𝐕𝐀𝐈, 𝐒𝐈𝐌
𝟓𝟎 | 𝐌𝐀𝐑𝐑𝐎𝐂𝐎𝐒
𝟓𝟏 | 𝐂𝐇𝐄𝐆𝐀 𝐃𝐄 𝐃𝐄𝐑𝐑𝐎𝐓𝐀
𝟓𝟐 | 𝐎𝐅𝐄𝐍𝐃𝐀-𝐒𝐄
𝟓𝟑 | 𝐂𝐇𝐀́ 𝐑𝐄𝐕𝐄𝐋𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎 𝐏𝐓.𝟏
𝟓𝟒 | 𝐂𝐇𝐀́ 𝐑𝐄𝐕𝐄𝐋𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎 𝐏𝐓.𝟐
𝐛𝐨̂𝐧𝐮𝐬 (𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚 𝐞 𝐭𝐭)
𝟓𝟓 | 𝐎 𝐏𝐋𝐀𝐘𝐁𝐎𝐘
𝟓𝟔 | '𝐓𝐀́ 𝐑𝐄𝐏𝐑𝐄𝐄𝐍𝐃𝐈𝐃𝐎
𝟓𝟕 | 𝐃𝐄 𝐕𝐎𝐋𝐓𝐀 𝐏𝐑𝐀 𝐂𝐀𝐒𝐀
𝟓𝟖 | 𝐂𝐀𝐒𝐀
𝟓𝟗 | 𝐋𝐎𝐈𝐑𝐎 𝐏𝐈𝐕𝐄𝐓𝐄
𝟔𝟎 | 𝐏𝐎𝐃𝐏𝐀𝐇
𝟔𝟏 | 𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐍𝐆𝐔𝐈𝐒𝐓𝐀𝐒?
𝟔𝟐 | 𝐂𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐎 𝐁𝐑𝐀𝐒𝐈𝐋
𝟔𝟑 | 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 𝐃𝐀 𝐇𝐎𝐑𝐀
𝟔𝟒 | 𝐋𝐔𝐙 𝐁𝐑𝐈𝐋𝐇𝐀𝐑
𝟔𝟓 | 𝐓𝐈𝐑𝐎 𝐍𝐀 𝐂𝐄𝐑𝐓𝐀
𝟔𝟔 | 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐇𝐀𝐒
𝟔𝟕 | 𝐄𝐌 𝐂𝐀𝐒𝐀
𝟔𝟖 | 𝐅𝐀𝐌𝐈́𝐋𝐈𝐀
𝟔𝟗 | 𝐑𝐄𝐒𝐎𝐋𝐕𝐈𝐃𝐎
𝟕𝟎 | 𝐌𝐎𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒
𝟕𝟏 | 𝐍𝐎 𝐀𝐋𝐋𝐈𝐀𝐍𝐙
𝟕𝟐 | 𝐂𝐋𝐀𝐒𝐒𝐈𝐅𝐈𝐂𝐀𝐃𝐎𝐒, 𝐄𝐋𝐄𝐒
𝐛𝐨̂𝐧𝐮𝐬 (𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚 𝐞 𝐭𝐭)
𝟕𝟑 | 𝐂𝐀𝐒𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎

𝟑𝟎 | 𝐒𝐄 𝐎𝐑𝐆𝐀𝐍𝐈𝐙𝐄

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بواسطة ellimaac

QUE VONTADE DE esganar o Lucas! Puta que pariu!

Cheguei do hospital agora e deve ser o que? Sete horas da manhã? Aí que ódio. Eu estou muito cansada. Quero deitar na minha cama e dormir como se não houvesse amanhã. Mas não posso fazer isso. Não quando sou adulta e tenho uma vida pra organizar.

Veiga deita meu irmão no meu sofá onde ele precisa se acomodar para parar de gemer de dor. Está todo enfaixado e vai ter que tomar uns medicamentos fortes até se recuperar 100% o que eu acho que vai demorar longas semanas cansativas.

— Vê se dorme — bufa Veiga, esticando as costas e se virando pra mim. Seu olhar está fundo e vermelho, ele deve estar exausto, ficou a noite toda do meu lado. — Como que a gente vai fazer agora, Lu?

— Vou... — passo a mão pela testa e pisco algumas vezes para afastar a dor. Estou com dor de cabeça, dor nas costas, sono e vontade de cometer um crime de ódio. — Vou deixar o Lucas com a chave do meu apartamento. Mas não vou poder ficar com ele hoje. Preciso voltar pro Rio.

— Descansa primeiro — Veiga toca em meu braço, notando meu cansaço.

— Não posso — pressiono os lábios. — Tenho que voltar pro Rio pra pelo menos avisar minha chefe que vou ter que ficar afastada por um tempo até resolver esse problema do Lucas.

— Não pode mandar uma mensagem?

— Até posso — faço uma careta de dor e caminho até a cozinha, Veiga me seguindo, só para pegar um dorflex na minha caixinha de remédios. — Mas vou ficar afastada, né? Não posso mandar uma simples mensagem e pronto.

— É — ele assente, concordando com o que eu digo. 

— Quer um? — Estendo a cartela de comprimidos na direção de Veiga.

— 'Tô de boa. Que horas é seu voo?

— Agora — respiro fundo, verificando as horas no meu celular e vendo que já perdi o voo. — Vou ter que comprar outra passagem e torcer pra que eu chegue no Rio antes das 10hs.

— Eu te levo lá.

— Valeu.

Saio da cozinha só para pegar as minhas coisas e me preparar para partir, queria ter tomado um banho primeiro, mas não vou ter tempo pra isso.

— Quando você volta?

— Provavelmente amanhã — pego minha bolsa e viro na direção de Veiga só para lhe dar um recado. — Então vou precisar que você olhe o Lucas pra mim. Vai saber se o desgraçado morre, né?

Veiga abafa uma risada e concorda sem reclamar.

— Lucas? — o chamo e o garoto arregala os olhos em choque. — Vou ter que voltar pro Rio. Mas eu volto amanhã. Tente ficar vivo.

— E a mamãe? Ela vai me procurar mais cedo ou mais tarde.

— Inventa uma desculpa, porra — dou de ombros, impaciente. Já fiz demais por esse garoto. Não posso resolver todos os problemas. — Você vive dando perdido. Fala que 'tá na casa de alguma namorada.

— A mamãe vai me matar!

— Ah, Deus que o guarde — bufo, dando as costas pra ele, mas me lembro de mais uma coisa e rapidamente o olho outra vez. — Se você sair dessa casa, o bicho vai pegar pro seu lado. Trate de cuidar da minha casa enquanto eu 'tô fora. Toma os remédios e não fale pra ninguém onde 'cê 'tá.

— Eu vou ficar de olho em você — acrescenta Veiga, apontando um dedo pra ele.

Finalmente saio de casa para ir até o aeroporto.

O foda é que o próximo voo só seria a tarde e eu perdi muito tempo aqui tentando organizar minha vida inútil e tentando ao máximo não perder meu emprego. Ainda bem que Veiga ficou comigo, porque sozinha eu claramente enlouqueceria.

Quando enfim cheguei no Rio de Janeiro, eu estava mais cansada do que antes e olha que eu dormi a viagem inteira.

Estou pescando quando peço o uber e nem me lembro de ter entrado no carro, só sei que agora estou na frente do barzinho. Saio do carro, esfrego os olhos e preciso forçar muito meu corpo a ficar acordado antes de abrir aquelas portas e adentrar meu espaço de trabalho.

A conversa com Letícia foi... como posso descrever sem xingar aquela vadia de todos os nomes possíveis?

Foi esclarecedora. Porque agora eu não tenho mais emprego e ainda fui taxada como a mulher das desculpas para não trabalhar. Eu fui demitida.

Minha vontade é de socar a cara daquela loira oxigenada até meu pulso quebrar. Ridicula do caralho. Eu estou atolada de problemas e ela me mete mais um, que ódio. Nem sei o que eu vou fazer da minha vida sem emprego. Vou ter que dar um jeito de conseguir dinheiro.

Ai que ódio. Porque eu não arrebentei a cara daquela puta? Leticia merecia uma surra. Eu devia ter socado sem medo das consequências.

Mas não fiz nada.

Apenas agradeci pelo serviço, dei meia volta e fui embora.

Vou pra casa. Porque é o único lugar que eu tenho aqui pra ficar, já que não tenho mais emprego e nem mais sentido de morar no Rio. Talvez eu entregue a casa de vez a Yasmin. Não vou conseguir pagar mesmo. Estou na merda, literalmente.

Mas... posso pensar nisso depois.

Quando eu conseguir tomar um banho e dormir até amanhã.

O uber me deixa na frente de casa.

Vejo meu carro estacionado na garagem e suspiro antes de enfim abrir a porta da minha casa e entrar.

Eu devia ter ficado lá fora. Porque o que eu vejo aqui dentro embrulha tanto meu estômago que eu sou obrigada a engolir o bile pra não vomitar.

Yasmin está bruços na bancada, o peito sendo pressionado contra o granito. Ela está de camiseta, mas sem qualquer roupa da cintura pra baixo. Seu namorado está atrás dela, a empurrando pelas costas e se impulsionando pra frente e pra trás sem parar como se nem tivesse me visto.

Dou as costas e antes que eu tenha chance de sair, Marcos me nota.

— Não vai embora, Luanna — ele pede. Me viro na direção dos dois, o vendo se afastar de Yasmin que está estranha pra caralho, nem nota minha presença. — Se junta com a gente.

— Vai se foder, Marcos — volto minha concentração a Yasmin. Ela está na mesma posição. Não se mexe. Está resmungando. E a conclusão que eu tiro disso não é nada boa. — O que você fez com ela, seu filho da puta?

Me aproximo dos dois, mas Marcos não deixa que eu encoste na Yasmin.

— Não fiz nada com ela. Yasmin só bebeu demais.

— Você drogou ela, seu desgraçado! — dou um passo pra frente, tentando passar por ele, mas Marcos me empurra pra longe.

Como esse porra é muito mais forte do que eu, acabo batendo minhas costas na bancada. Solto um grunhido de dor e meus olhos se fecham. Porra.

— Se você não vai se juntar, é melhor que vá embora — ele diz, agarrando o próprio pênis e apontando pra mim. — Não quer que eu te obrigue a ficar, né?

Pisco diversas vezes e por medo dou as costas, entro no meu carro e vou embora.

Embora não sei pra onde pois não tenho pra onde ir.

Dirijo pelas redondezas e paro o carro num posto de gasolina.

Fico parada dentro daquele carro por longos minutos, tentando processar o que acabou de acontecer.

A noite já caiu quando pego meu celular e mando uma mensagem pra Yasmin. Eu sei que ela não vai me responder agora, mas ela precisa saber o que aconteceu e o que eu vi. Ela estava drogada, claramente. Ela nunca em sã consciência permitiria que algo daquele nível acontecesse.

Quanto tempo aquele filho da puta faz isso com ela?

Bom, ficar aqui sem fazer porra nenhuma não vai resolver minha vida e nem salvar a vida da Yasmin.

Por isso, saio daquele posto e me vejo na fila do drive-thru do Mc'Donalds. Estou faminta, está de noite, estou sem casa pra ficar. Vou me alimentar pelo menos, é o que me resta.

Acabei de finalizar meu pedido quando meu celular começa a tocar.

— Yasmin! — exclamo ao atender. — Você 'tá bem?

— Claro que eu 'tô bem, sua idiota. Por que você não me avisou que estava vindo pra casa?

— Ele te drogou? Você não parecia bem.

— Eu bebi demais e usei umas coisinhas aí, mas 'tô bem.

— Tem certeza?

— Claro. Transar chapada é uma maravilha. O Marcos também 'tava alterado, desculpa por ele ser inconveniente. Volta pra casa logo.

Mas nem fodendo.

— Eu vou dormir fora hoje.

— Ah que pena. Sai, Marcos — escuto barulho de beijos do outro lado da linha. — Ai, seu idiota. Depois a gente se fala, Lu. Tchau.

E a chamada desliga.

Como meu lanche em completo silêncio dentro do carro. Ainda estou pensando no que vi e no que conversei a pouco com a Yasmin. E no fim decidi esquecer isso. Bom, não esquecer. Apenas ignorar. Yasmin faz cada merda com o namorado que isso não devia me assustar. Mas me assustou. Não é atoa que não vou voltar para aquela casa.

Preciso de um teto pra dormir.

E a primeira pessoa que vem a minha mente não recusa meu pedido.

Ryan está me esperando na calçada da sua casa quando estaciono o carro e desço pra encontrá-lo.

— Mulher, você ainda vai me matar do coração — ele diz. — O que 'tá pegando?

— Ai, amigo — meus olhos se enchem de lágrimas — minha vida 'tá uma merda. Leticia me demitiu.

É a única coisa que consigo dizer

— Puta que pariu! — Ryan abre os braços e me abraça. — Como assim a vadia da Leticia te demitiu?

— Eu pedi um tempo de folga, mas ela não aceitou e me mandou embora dizendo que eu sempre dava uma desculpa para não trabalhar e que 'tava cansada de mim.

— Que filha da puta! — Ryan está balançando a cabeça em indignação. — Você que prende os clientes daquela vagabundo com sua voz. Espero que ela vá à falência. Dou um jeito de arrumar outro emprego.

— Ah — respiro fundo e contenho a dor em meu peito que está passando pra minha cabeça e o restante do meu corpo. — Vamos mudar de assunto. Eu... estou muito cansada e preciso de um teto até eu... sei lá, dar um jeito de voltar pra São Paulo.

— Tem uma cama sobrando no meu quarto que era do meu irmão — ele informa, olhando pra sua casa atrás de nós. — Ele casou e deixou o quarto livre. Pode ficar aqui.

— Não vai te incomodar? Não quero dar problemas.

— Relaxa — ele me envolve com um braço e começa a me arrastar pra dentro de sua casa. — Minha mãe vai te adorar.

Acabo passando a noite na casa dele mesmo onde eu realmente fui bem acolhida.

Me desperto não por vontade própria, mas pela música alta que começa a ecoar pelo ambiente como se a caixa de som estivesse bem ao lado do meu ouvido.

Abro os olhos devagar e vejo alguém resmungar na cama ao lado, pegando o travesseiro e colocando em cima da cabeça.

Enquanto isso a música continua. Um "com muito louvor" se repetindo dezenas de vezes.

Me sento na cama e automaticamente me olho no espelho ao lado, por impulso ergo minha camisa para mostrar a região que ainda está dolorida em minhas costas. Há um hematoma roxo marcado ali. Merda.

Evito pensar sobre isso, afinal a energia dessa casa é boa demais para carregar sentimentos ruins. Principalmente com o som estrondando pelo lugar.

Estou sorrindo quando abaixo a camisa e tento processar o que pode estar causando esse barulho na casa. Ou melhor, quem é a pessoa que colocou essa música e num volume tão alto. Ryan, que tirou o travesseiro da cabeça a pouco, responde esse questionamento por mim:

— Mamãe! — ele berra mais alto que a música. — Dá pra abaixar o volume, eu quero dormir.

— Já são dez horas da manhã, Ryan Nelson! — ela abre a porta do quarto e seu olhar cai em mim automaticamente. — Ah, querida. Me perdoe. Tinha me esquecido que você estava aqui. Eu coloco louvor todo dia pela manhã, pra acalmar meus nervos.

Dona Vilma pega o celular do bolso de seu avental e pausa a música.

— Sem problemas, Dona Vilma — ofereço um sorriso. — A casa é sua, eu que sou a intrusa.

— Que isso, minha flor — a mulher se aproxima de mim, me puxando até que eu fique em pé, logo ela me leva pra fora do quarto e me guia pela sua humilde casa. — Eu fiz café fresquinho e bolo de fubá. Sente-se.

— Obrigada.

Dona Vilma é muito prestativa e atenciosa. Ela colocou café na xícara para mim e me serviu um pedaço caprichado de bolo.

— Você é muito linda, minha flor — ela me elogia, enchendo o próprio copo de café e dando um gole. Nesse momento, Ryan finalmente saiu do quarto e se juntou a nós na cozinha. — Mas Deus só me presenteou com filhos homens.

— Eu sou a filha mulher que você nunca teve, mãe — diz Ryan pegando um pedaço de bolo. — Desejou tanto que eu nasci gay.

— Pela misericórdia Dele! — A mulher suspira dando um longo gole em sua bebida. — Mas você não acha sua amiga bonita, meu filho? Ela é uma morenona. O cabelo grande e ondulado.

— Luanna é linda mesmo — ele diz, sorrindo para mim. — Os jogadores de futebol morrem por ela, sabia, mamãe?

— Claro que não — nego de imediato.

— Claro que sim. Luanna já namorou um jogador do Palmeiras, bem conhecido por sinal. E agora está namorando o Gabigol.

— O Gabigol!? — A mulher arregala os olhos. — Aquele homem não vale um real, minha filha.

— Mas é um gostoso, mãe. Isso que importa.

— Ryan, quanta perversidade, menino.

— Ai meu Deus — quero me afundar na cadeira e desaparecer.

— Vai falar pra mim que a senhora não faria de tudo pra lascar um beijo na boca daquele homem maravilhoso? — Ryan olha com expectativa pra sua mãe que falta esganá-lo pelas coisas que fala. — Vai, mãe. A senhora é flamenguista e mulher.

— Eu conheço esses jogadores de futebol, estão todos contaminados pelo diabo. Só pensam em sexo, drogas e coisas ruins.

— Isso é verdade, Dona Vilma — concordo com o que ela diz, contendo a vontade de dar risada. — Meu irmão é jogador e é tudo de ruim.

— Que mentira! — Ryan me desmente na maior cara de pau. — Todo mundo sabe que seu irmão é estranho. Todo certinho, família. Se pá a única coisa que faz errado é fumar umas verdinhas e tomar cachaça.

— E isso não é errado, Ryan? — a mulher olha para seu filho com aquele olhar julgador.

— Errado é matar, roubar, enganar as pessoas pra conseguir poder. Agora o cara que se mata de trabalhar, não pode tirar um tempinho pra fumar um baseado? Porra, não 'tá fazendo mal pra ninguém.

— Olha a língua.

— Não é verdade, mãe? A senhora vai ter que concordar.

— Fumar prejudica a si mesmo.

— Aí é uma escolha dele.

— Come mais um pedaço de bolo — ela coloca outro pedaço no prato do filho.

Estou sorrindo quando meu celular começa a tocar. Pego o aparelho e meu coração acelera com o nome na tela.

— Vou ter que atender — aviso a eles, me levantando.

Ryan me lança aquele olhar malicioso.

— Ela vai falar com o homem dela.

Rindo, vou pro quintal e atendo.

— Oi, preta! — um sorriso surge em meus lábios quando escuto a voz do Gabriel do outro lado da linha.

— Ah, oi. Pensei que não iria me ligar nunca mais.

— Me desculpa. Os treinos aqui andam bem pesados, não tive tempo de nada.

— Tudo bem. Você vai ficar muito tempo aí na Itália? Quando que você vai pro Qatar?

— Bom — ele leva uns segundos pensando —, acho que amanhã a gente já embarca. Os caras vão se encontrar com as famílias lá e pá. 'Tá todo mundo ansioso.

— Deve ser muito ruim mesmo ficar longe de quem ama.

— Pois é, me sinto péssimo longe de você.

Dou risada do que diz.

— Pensei que você já teria me trocado uma hora dessas, Gabriel. Sozinho em outro país.

— Um chá que nem o seu, nem pagando.

— Continua falando assim e eu vou pensar que você está apaixonado.

Ele ri e ouço uma voz masculina de fundo. Várias vozes na verdade. Ele não deve estar sozinho.

— 'Tô só esperando você se declarar — ele abaixa o tom de voz.

— Eu? — pergunto, surpresa. — Você que devia fazer isso primeiro.

— Por que? Eu hein, tempos modernos, Luanna. Você que vai se declarar primeiro, me pedir em namoro, noivado e toda essa boiolagem.

— Haha — dou uma risada debochado. — Espera sentado.

— Você é tóxica, sabia?

— Oxi, Gabriel.

— É, sim. Não quer namorar comigo e só me usa como brinquedinho.

— Quem disse que eu não quero namorar com você?

Eita porra, falei demais.

— Ah, então você quer?

— Você precisa pedir, me decido até lá.

— Ê, porra. Quer ou não quer?

— Isso vai mudar o que? — pergunto de volta. Não vou responder pelo telefone desse jeito.

Quero namorar com ele. Acho que estou pronta para aceitar essa loucura. Mas, sei lá, ainda é muito confuso, precipitado e eu tenho muito medo de dar errado. Então... essas coisas precisam ser conversadas e pensadas melhor.

— Dependendo do que você me disser, eu nem faço o próximo convite.

— Que convite?

— Hum — ele pensa por um momento, talvez se decidindo em contar ou não. — 'Tô querendo, só querendo mesmo, te chamar pro Qatar pra ficar comigo. Mas não se acha, não.

— Por que eu me acharia? — Dou risada.

— Porque é um privilégio receber esse convite vindo direto do próprio Gabigol em pessoa, assim como é um sonho de consumo de todas as mulheres namorar comigo.

Reviro os olhos com força.

— Puta que pariu, o seu ego é de matar.

— E você se amarra.

— Ah, claro que sim — digo com desdém.

— Mas então? — Ele volta ao assunto. — Vai vir ou não? Pago sua passagem e sua hospedagem.

— Caralho! Assim fica difícil recusar. Principalmente agora que 'tô falida.

— Ué, como assim?

— Ah, então — passo a mão pelo cabelo, meio inconformada com esse assunto ainda. — Fui demitida.

— 'Tá de tiração!?

— Bem que eu queria.

— Vou falar com aquela desgraçada agora...

— Não, nem precisa — digo, o impedindo antes que ele faça alguma loucura. — Não vou conseguir trabalhar mesmo.

— Luanna — a voz dele ganha um tom de preocupação. — O que 'tá acontecendo? 'Cê 'tá bem? Mulher, não me preocupa desse jeito. Não quando estou a muitos quilômetros de distância.

— Fica de boa — garanto. — Não aconteceu nada comigo. — Tirando o fato de eu estar com um hematoma gigante nas costas, mas deixo em oculto. — Meu irmão que se meteu com gente errada e agora eu tenho que ajudar.

— Que tipo de gente errada?

— Traficante.

— Puta merda. O Scarpa tem demência?

— Não — balanço a cabeça em negação. — Não foi o Gustavo, foi meu outro irmão.

— Nem sabia que você tinha outro irmão.

— Bom, você não sabe muita coisa da minha vida.

— A gente tem que mudar isso, preta — assinto, mesmo que ele não possa ver. — Qual é o nome do imbecil e quantos anos ele tem?

— Lucas, 16 anos.

— Meu Deus, é um moleque.

— Pois é — suspiro. — Por isso que tenho que ajudar. Meus pais não podem descobrir. E acredito que não vou poder ir pro Qatar. Não até conseguir ajudar o meu irmão.

— Mas nenhum dia mesmo? Tem bastante tempo ainda. Não precisa ser agora.

— Não sei quanto tempo vai demorar, só que... — me lembro de uma coisa muito importante, algo que foi planejado com minha família no final do ano passado no meu aniversário e que talvez possa se concretizar. — Eu vou na final.

— Na final?

— Bom, só vou se o Brasil se classificar, é óbvio. Mas... eu combinei com minha família ano passado que iríamos assistir a copa na final lá no Qatar porque é bem no dia do meu aniversário.

— Você faz aniversário dia 18 de dezembro?

— Porra, depois quer namorar comigo sem nem saber meu aniversário.

— Ah, Luanna — ele bufa e posso imaginar que está revirando os olhos. — Você também não sabe o meu.

— É. Verdade.

— 30 de agosto, obrigado por perguntar. Mas e se o Brasil não se classificar?

— Ai eu não vou.

Ele bufa mais uma vez.

— Quero você aqui comigo, preta.

— Eu preciso ajudar meu irmão, não sei quanto tempo isso vai levar.

— Que merda, mano. E você vai ajudar como? 'Cê nem 'tá trabalhando. Tenho quase certeza que seu irmão arrumou uma dívida fodida.

— Eu... — hesito sem saber como dizer. Merda, se o Gabriel souber que é o Veiga que está me ajudando, ele vai surtar. — Eu não vou pagar.

— E quem vai? O Scarpa?

— Não. O Scarpa não pode saber.

— Oxi, Luanna. 'Tá arrumando grana com agiota agora, porra? 'Cê para de graça.

— Não, Gabriel — estou rindo do que esse idiota pensa. Até parece que vou inventar de fazer dívida com agiota para eu ser a próxima a ficar marcada. — Um amigo 'tá me ajudando.

— Que amigo?

— Ah, ninguém...

— Vish, Luanna. 'Tá me escondendo o que?

— Nada.

— Nada? — Ele ri em deboche do outro lado da linha. — Te conheço pouco, mas sei quando 'cê 'tá devendo. Vai, solta logo a bomba.

— Não tem bomba...

— Vai mentir pra mim mesmo?

Ai que porra.

— 'Tá — respiro fundo, criando coragem. Deus seja comigo, amém. — Você que quis saber, hein. O Veiga que 'tá me ajudando.

— Ah, mas nem fodendo! Puta que pariu. Quanto que é a porra desse valor?

— O que?

— O valor, Luanna, porra! — A voz dele se eleva, está nervoso.

— Se acalma — peço. — Pelo amor de Deus.

— 'Tô tentando ignorar o fato de você esconder de mim que anda de papinho com o playboyzinho e ainda aceitando a ajuda dele.

— Não 'tô de papinho com ele, Gabriel. Ele só 'tá sendo um amigo.

— Puta merda — ele ri. Uma risada sofrida. — Isso era pra me tranquilizar, porra?

— 'Tô falando a verdade.

— Foda-se, me fala o valor logo. O Veiga que enfie o dinheiro no cu dele. Minha mulher não precisa de dinheiro dos outros, não.

— Daqui a pouco eu não vou aceitar a ajuda de ninguém.

— Ninguém mandou você bancar a ajudante de imbecil.

— Ele é meu irmão.

— E você está desempregada. Ainda bem que você me tem na sua vida, gata. Sozinha, você tomaria bem no olho do cu. Fala o valor.

— Não posso aceitar essa grana — digo, sem saber o que estou dizendo. Afinal, eu preciso mesmo dessa grana.

— 'Tá louca? Vai aceitar daquele filho da puta e de mim não?

— Veiga é quase da família.

— Ah, obrigado pela parte que me toca.

— Você me entendeu.

— Luanna, caralho! — Ele está quase berrando. — Só me fala a porra do valor. Se não quiser que eu mande inteiro, eu divido o valor com o playboyzinho. Gosto do fato dele estar perdendo dinheiro assim.

— Ah, que porra! — Agarro os cabelos e decido falar. — 20 mil. Metade seu e metade do Veiga.

— Maravilha, até semana que vem, o Fabinho te entrega a grana.

— Obrigada, Gabriel.

— Obrigado nada — ele bufa. — Quando eu chegar em casa, a gente vai conversar sobre essa sua intimidade com o Veiga. Até lá... porque eu estou com saudade dessa sua bunda, preciso ganhar os jogos e garantir que venha me ver no dia 18.

— Então trate de ganhar.

— Minha filha! 'Cê 'tá falando com o Gabigol, porra — já consigo até imaginar a cara de orgulho e de quem se acha horrores na cara dele agora. Ô ego inabalável. — Eu vou ganhar.

CAPITULO BEM GRANDE GRAÇAS A DEUS

tava com tanta ideia pra esse capitulo que nem pensei direito se ia fazer sentido, só coloquei e pum. tamo aí. um desastre atrás do outro pq vcs bem conhecem e sabem que eu não escrevo fanfic fofinha.

próximo capítulo terá um salto de umas duas ou três semanas, mas entraremos em dezembro já. o bag vai começar a esquentar, não sei se vcs estão prontos pra essa nova fase da fic kkkkk e quem não viu no tiktok, vão lá ver pra vcs pararem de se surpreenderem, pois eu disse desde o começo que a loucura talvez poderia acontecer. vcs sabem do que estou falando.

AH, e obrigada pra quem orou pela minha família. Tá todo mundo bem de novo!!

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Oiiee amores, uma fic pra vcs!! Irá conter: - masturbação - sexo - traição Se não gosta de nenhum dos assuntos a cima, já sabe não leia.