2# A LEGIÃO IRÁ REAGIR ᵐⁱʳᵃᶜᵘ...

By Fanfixionada

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💞› AUTORA: Gleysla Meireles 💞› GÊNERO: fanfic, romance, ficção, ficção adolescente, drama, ação, aventura. ... More

♛ SINOPSE ♛
♕ NOVO ELENCO + AVISOS ♕
♕ KWAMIS + PERSONAGENS ♕
♕ RETROSPECTIVA ♕
➾ CAPÍTULO 0.0: Onde Tudo Começa
➾ CAPÍTULO 0.1: Onde Tudo Começa
➾ CAPÍTULO 0.2: Onde Tudo Começa
➾ CAPÍTULO 1: Tudo Mudou, Ou Talvez Não
➾ CAPÍTULO 2: Um Ano ou Dois
➾ CAPÍTULO 3: Choldraboldra¹
➾ CAPÍTULO 4: Enfim, Descobriram
➾ CAPÍTULO 5.0: Companheirismo
➾ CAPÍTULO 6: Circunstâncias
➾ CAPÍTULO 7: Escolhas
➾ CAPÍTULO 8.0: Lados da Guerra
➾ CAPÍTULO 8.1: Lados da Guerra
➾ CAPÍTULO 9: Tormentos
➾ CAPÍTULO 10: Aliados
➾ CAPÍTULO 11.1: (Des)Conhecidos
➾ CAPÍTULO 11.2: (Des)Conhecidos
➾CAPÍTULO 11.3: (Des)Conhecidos
➾ CAPÍTULO 11.4: (Des)Conhecidos
➾ CAPÍTULO 12: Dark Grimalkin e Joana D'arc
➾ CAPÍTULO 13: Rena Rouge
➾ CAPÍTULO 14: Carapace
➾ CAPÍTULO 15: Amor Nostálgico
➾ CAPÍTULO 16: Novos Inquilinos
➾ CAPÍTULO 17: Memórias ao Vento
➾ CAPÍTULO 18: Novos Colegas

➾ CAPÍTULO 5.1: Companheirismo

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By Fanfixionada

Agora mais um vai ao chão
E, pra deixar claro, não confiarei em ninguém
Você não me destruiu
Ainda estou lutando por paz
Eu tenho uma pele grossa e um coração elástico
Mas sua lâmina pode ser muito afiada❞.
♕ Elastic Heart (Sia)

{Contém 2.106}

   QUANDO CHAT NOIR desmaiou, eu congelei. Os paramédicos apareceram no mesmo instante que o Tenente Raincomprix o segurou nos braços, eles o colocaram na maca e notaram várias fraturas pelo corpo. Imediatamente me senti responsável por cada uma delas, mesmo que digam o contrário.

Mestre Fu avisou que essa vida seria difícil, ainda mais depois que ele passou a caixa dos miraculous para mim como a nova guardiã, e ele, como consequência, teve suas memórias apagadas.

Está sendo realmente bem mais difícil conciliar os dois mundos, mas tive êxito quando comecei a namorar o Luka, embora algumas vezes fique também difícil mentir o tempo inteiro para ele.

Chat Noir foi levado para o hospital, ele estava correndo risco de vida, mas minha mente estava um turbilhão de ideias e a mais previsível veio de repente: e sua identidade? Ele tem apenas cinco minutos antes de seu traje sumir. Eu tinha que vê-lo, tinha que me certificar que ninguém o veja na forma civil – nem mesmo eu – então corro entre os telhados com meu ioiô em mãos.

Eu acompanhava o ritmo do veículo branco, corria e escalava até que adentro o hospital junto da ambulância e verifico se não há perigo.

— Aurora! — encontro uma das estudantes da escola. — Quer dizer, você se chama Aurora Bóreal, certo?

Ela assenta animadamente. Não posso esquecer sou a Ladybug aqui, não a Marinette. Não posso abaixar a guarda.

— Por favor, seja bem sincera. Ele vai ficar bem? — indaguei angustiada.

A loira de maria-chiquinha me encara confusa, afinal eu cheguei no mesmo momento em que o novo paciente vinha, mas ela parecia saber do que eu falava.

— Chat Noir, meu companheiro. Ele veio para cá com ajuda dos policiais. Lembra? — reforço a questão ainda mais aflita.

— Ah, sim! — ela responde surpresa, arregalando os olhos azuis claros. — Ele esteve aqui.

Esteve? Como assim? — arregalo os olhos apavorada, Aurora deve ter percebido minha desorientação e imediatamente me respondeu de forma mansa.

— Eu sinto muito… Ele fugiu enquanto vinha pela ambulância. Parece que durante o caminho ele aproveitou a oportunidade de alguma distração e abriu as portas. Não se sabe onde Chat Noir está. — diz abraçando sua prancheta de informações.

Isso não é o Chat Noir.

Mais parece um animal enjaulado.

Não... Ele não é assim!

— O quê?! Não, não! Isso é... Impossível. Alguém deve ter visto ele, não é possível que ele tenha sumido! — minha voz se altera e vejo que ela se encolhe. — Desculpe, me desculpe! Você não tem culpa disso, me desculpe mesmo. 

— Tudo bem. Eu queria poder ajudar mais, só que… É somente isso que sei. — disse frustrada.

— Ok, muito obrigada Aurora. — despeço-me saindo daquele edifício.

Se tem um lugar que ele poderia estar agora seria a torre, é lá que fazemos nossa vigilância. Na maioria das vezes é lá que nos encontramos antes de qualquer missão, é nosso ponto de encontro.

Voei rapidamente entre as varandas até me aproximar da grande torre, mas lá também não achei.

— Onde é que você está, gatinho?

Sento-me devagar, desolada, abraçando os joelhos e com os olhos lacrimejando. Minha mente borbulha, os pensamentos fazem piruetas. Pulando, correndo e voltando a pular para qualquer canto.

Onde você está? Por que sumiu? Será que está me escondendo algo? Eu deveria ter adivinhado, nada disso teria acontecido se tivéssemos conversado. Eu queria poder saber o que nos aconteceu durante a akumatização de Lila.

Se é que fomos pegos...

Eu sinto que estou perdendo alguma lembrança importante, talvez uma pessoa que fez parte da minha vida. Eu não sei.

Não faço a mínima ideia e isso me angustia.

— Não se preocupa gatinho, eu vou te achar. — suspiro, apreensiva, mas firme na minha busca.

Continuar aqui em cima não vai resolver nada, então decidi voltar para casa. Mais tarde voltarei a procurar.

Eu não vou desistir do meu melhor amigo!

Na escola Françoise Dupont, meses antes de nos formarmos, eu soube que o senhor Damocles pediu demissão pelas injustiças que se submeteu enquanto funcionário do prefeito André. Principalmente as chantagens feitas pela Chloé.

Agora, quem está encarregado da Direção é a antiga professora de física e química, Olga Mendeleiev, que desde muito tempo sempre deixou claro suas intenções de ser escolhida a um cargo maior. A professora Caline Bustier foi afastada do trabalho por causa de sua gestação e ontem conheci sua esposa, Gisele, que parecia ser alguém muito gentil e divertida. Elas nos visitaram em um dos ensaios da Kitty Section.

Eu nunca fui boa na matéria da senhora Mendeleiev, na última vez acabei criando uma fusão errada que arruinou a sala toda, mas não é como se eu fizesse de propósito. Naquela época, já chegou um momento em que poucas pessoas assistiam sua aula por minha causa, elas não queriam sair sujas de cinzas ou de cabelos arrepiados.


Minha maré de azar engolia todos.

Quando iniciei o ensino médio, meu medo disso se repetir aumentou, mas Alya e as meninas me ajudaram bastante. Não é que esse medo tenha sumido, só... Diminuiu. Mas, agora nesse novo ano, novos alunos vão fazer parte de nossa classe e essa sensação novamente me assusta. Não quero ter uma péssima primeira impressão. 

— Estou impressionada, mademoiselle (senhorita) Dupain-Cheng. — diz minha nova professora de biologia ao se aproximar de mim da bancada de experimentos.

Seus dedos magros e pálidos corrigem o deslizamento de seu óculos de armação grossa e funda no nariz achatado, e seus olhos esverdeados são críticos diante da minha recente experiência bem sucedida.

— Ah, obrigada. O projeto deu um trabalho enorme e...

— Não, eu não me refiro a isso. Hoje não houve nenhuma explosão ou algo se estilhaçando. — diz surpresa, mas logo seu rosto retorna a ser impassível. — Já ouvi muito sobre você na sala dos professores, não estou dizendo que acredito, mas confesso que estava bem curiosa. Isso me deixou muito impressionada, meus parabéns. — felicitou esboçando um leve sorriso.

— Ah... E-então, um novo ano não é? É hora das pessoas mudarem. — digo me erguendo da cadeira, mas um dos meus pés se enroscam no outro e me fazem cair de joelhos nos degraus da sala.

Chloé, ao sair de sua bancada, se aproxima da saída rindo.

— Há coisas que não devem mudar. — ela sacaneia. — Isso me lembra dos bons tempos, não é Dupain-Cheng? — insinua sorrindo debochada.

Sinto meu corpo estremecer apenas pela menção. Não eram boas lembranças. Ainda consigo sentir as aranhas e baratas em meu corpo, subindo e deslizando pela minha pele… Ou a água fria de piscina engolindo pouco a pouco meu pescoço... Não, não eram boas lembranças!

— Ignore ela. — Alya se aproxima. — Então? Planos pra hoje?

— Nenhum.

— Ótimo, vamos nos encontrar com os outros pra discutirmos sobre esse assunto delicado. — diz brincalhona.

Na entrada da escola, muitos estudantes conversavam bobeiras. Alguns grupinhos se reuniram na escadaria, mas a minoria da nossa sala ficava em um dos bancos alojados nas laterais do pátio. Alya avistou Nino lá, ele digitava preocupado no celular, mas não encontro seu melhor amigo ou os outros meninos.

Onde está o Adrien? Eles sempre estão juntos.

— Problemas no paraíso? — a morena indaga olhando-o por cima dos óculos.

— Jamais, até porque você está aqui. — falou abraçando-a de lado.

— O que houve? — pergunto notando sua aflição camuflada.

— É o Adrien, ele não me atende e nem responde minhas mensagens. Soube que trouxeram um atestado médico na diretoria, mas não disseram mais nada desde então.

Meu peito se aperta de preocupação. Alya percebe isso e vem logo ao meu lado, seus braços me rodeiam confortavelmente.

Nino, ao seu lado, crispa os lábios com os olhos vidrados na tela. Todos estávamos preocupados, o que quer que tenha acontecido foi tão repentino que pareceu que tinham nos jogado em água fria.

Minha mente dá cambalhotas, mas todas convergem em um único ponto: Adrien. Eu preciso vê-lo! Preciso saber se está bem.

Voltamos à sala silenciosamente. Ao que parece, somente nós três sabíamos da situação, então resolvemos não alarmar os outros. Alya sabia do meu plano, embora não concordasse com ele, iria me ajudar a executá-lo. Menti que estava passando mal, fui correndo para a enfermaria e de lá saí direto para o banheiro mais próximo, onde me transformei em Ladybug.

Obviamente não iria entrar na casa dele desse jeito, eu mesma sei o que aconteceu na última vez que isso ocorreu... E ainda tenho pesadelos com ele.

Apenas encurto o caminho voando pelas telhas, dali eu retorno ao meu estado civil e vou para sua casa entregar algum trabalho pendente, o que nunca aconteceu já que ele é um aluno exemplar.

— Mansão da família Agreste, o que deseja? — ouço a voz de Nathalie no interfone do portão.

— Vim trazer um trabalho, sou colega de classe do Adrien.

— As aulas não iriam começar hoje?

— Sim… É que os professores já enviaram seus trabalhos e são bem rígidos, sabe como é? Ensino médio. — digo nervosamente.

— No momento, ele está ocupado. Entregue o conteúdo e volte outro dia.  — sugeriu, acionando uma dobradiça abaixo do interfone onde podia colocar o caderno.

Suspiro encarando a minha própria mochila. Tikki, escondida numa outra bolsa, me olhava em silêncio. Ela também compartilhava da mesma preocupação, mas comigo.

— Olha, eu sei que algo aconteceu com ele. Por favor, Nathalie, me deixe ajudá-lo! — peço desistindo de mentir. — Eu… Eu sou amiga dele, e nós duas sabemos que o que Adrien mais precisa é dos...

— Certo, pode entrar. — ela me interrompe permitindo o acesso.

Fico boquiaberta com a facilidade que consegui entrar, teve uma época que só podia disfarçada de garoto, mas acho que tanto Gabriel quanto Nathalie mudaram bastante nesses últimos dois anos.

— Obrigada. — digo correndo para a porta, onde o segurança abria para mim.

O que quer que seja, vou te ajudar Adrien. Afinal, é para isso que servem os amigos. Em silêncio, sigo rumo ao seu dormitório e ao entrar, constato o pior.

Quebrado.

Adrien Agreste parecia um brinquedo quebrado. O loiro de olhos esverdeados vibrantes mais parecia ofuscado pelos curativos. Seu olhar esperançoso estava vazio, olhando para o teto do enorme quarto que continha várias estantes de livros na área superior, uma área de jogos e uma televisão gigantesca.

Mas o que adianta tudo se você é tão solitário? Adrien é a personificação da solidão.

— Adrien... — balbucio fracamente. Nathalie, que vinha por trás de mim, nos encarou tristemente.

— Vou deixá-los a sós.

Ela faz menção de sair, mas a impeço segurando sua mão. A mulher me encara séria, porém surpresa pela minha ação inusitada.

— Espere! Desde quando ele está assim? E por que ele está assim?

— Desde ontem, ele surgiu machucado e depois o encontrei desacordado no banheiro.

— Entendo… Obrigada mais uma vez.

Ela assente, partindo.

— Meu Deus, o que aconteceu com você...? — aproximo-me dele gradativamente.

Seus olhos piscavam devagar, como se não reconhecessem o local onde estava. Como se não reconhecesse sua própria casa.

Ele parecia aéreo.

— Marinette…? — sussurra entre tosses doloridas. Depressa, eu me sento ao seu lado.

— Sim, sou eu! Eu estou aqui!

— Você se lembra... Do que aconteceu há dois anos? — pergunta baixinho.

Meu rosto se franze pela indagação tão descabida e sem nexo, mas tento me manter na conversa até que os remédios façam efeito. Parece que minutos antes tinham lhe dado morfina, mas até agora não surtiu efeito nenhum. Ele ainda parecia sentir tanta dor...

— Do que exatamente?

— Antes do baile... Antes da dança... Você se lembra de algo?

Aquilo me pega desprevenida, pois era o que vinha pensando desde aquele dia. Mesmo namorando, mesmo que eu tenha mudado minha vida completamente, tinha coisas que não se podia esquecer. E aquele baile... Era uma delas.

— Não, nada. E você?

Ele desvia o olhar para suas próprias mãos. Seus dedos estão enrolados em faixas brancas um pouco avermelhadas de sangue seco.

— Eu... Lembro-me de tudo. — disse com pesar.

Se não fosse por aquele tom de voz eu iria alegra-lo, fazer alguma piada ou qualquer maluquice digna de Marinette Dupain-Cheng.

Só que aquele olhar...

Aquela voz…

Ele estava diferente.

De repente, ele se senta grunhindo pelo ato abrupto. Tento fazê-lo voltar para a cama, mas sua mão me impede segurando-a firme. Empurro, mas ele é teimoso e continua sentado. Seus olhos esmeraldinos me encaram profundamente como se pudessem ver através de mim.

Seus olhos me assustam.

Seu toque me assusta.

Tudo nele me assusta.

— Adrien, o que você...

— Eu me lembro de tudo, Ladybug.

Continua…

Bonjour! Comment ça va? 🥰
Mds, o que acabou de acontecer aqui?!
Como será que ele conseguiu descobrir isso? (⁠・⁠o⁠・⁠)
Me contem aí embaixo quais são suas teorias, quero ver se estão pertos da verdade! 🤭

Usei como inspiração essa fanart, se não fosse um desenho infantil com crtz ele estaria assim.

Não esqueçam de votar e comentar! Bisous, à plus tard mes amours! ✨❤️

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PRÓXIMO CAPÍTULO: CIRCUNSTÂNCIAS

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