Entre presas e garras [Jikook]

By SebaJmy

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[FINALIZADA] A família Park era uma alcatéia muito bem falada, principalmente por sua linhagens de visconde... More

O início
I O baile
I O casamento
I O general
I O duque
I O lobo
I O capitão
I O vampiro
I O rei
I O dragão
I O traidor
I O Loki
I O encontro
I Os sete reinos
I A invasão
I O acordo
I A rainha
I A armadilha
I A velha, A mãe, A jovem
I O banquete
I O sacrifício
II O alce branco
II O Kirã
II O arrependimento
II A mordida
II Os exilados
II O conde e O rei
II O labirinto de Dédalo
III O ômega
III O julgamento
III O Ragnarok
jikook feitos por IA 😭😭

I A cidade esquecida

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By SebaJmy

#ODuqueVampiro

- Hey.

Disse Adri, correndo até o Visconde, Jimin abaixou e agarrou a garota num abraço apertado.

Ele se distancia.

- Vai ficar bem sem mim?

- Vou, o que me preocupa é se você ficará bem sem mim. - Jimin dá uma risada pelo nível de confiança da garota. - Tenta não morrer.

- Não irei morrer, e tente se comportar. - Ela sorriu travessa. Jimin acariciou a bochecha dela. - Você é da minha alcatéia agora, sangue do meu sangue Adri.

- Eu sei, conheço os juramentos dos lobos, sou meio que seu filhote agora né? Mas ainda te chamarei de metidinho ao invés de pai.

- Você nunca me chamou de metidinho.

- Chamarei a partir de agora.

Jimin soltou um arzinho pelas narinas.

- Quando voltar, irei trazer algo para ti, desejas algo?

- Uma espada bem afiada.

- Estava pensando em bonecas ou algo do gênero - Adri fez uma careta - está bem, uma espada bem afiada.

Adri sorriu, fez um gesto e disse:

- Main Saath Tum, meditinho.

Jimin franziu o cenho, ele não entendia aquele significado mas respondeu:

- Até logo pirralhinha.

A couraça apertava o tórax de Jimin, ele odiava usar armaduras ao lado estava Fênix, Fênix era um pegasus branco com fogo nas pontas das asas. Jimin ficou preocupado de que suas roupas fossem pegar fogo, mas Ari se certificou de dizer que Fênix não machucava aqueles que o domavam. O animal não pareceu ter relutância, enquanto todos os outros lutavam para domar seus Pegasus, cada um dos animais tinha sua própria habilidade. Hoseok ganhou um garanhão negro com crinas verdes, o animal soltava cristais sempre que estava nervoso ou desconfortável, isso acarretou em Hoseok fugindo enquanto o Pegasus corria atrás dele por causa da maçã em sua mão.

Namjoon ganhou um Pegasus com patas azuis e olhos brilhantes como um iceberg. Era um dos mais calmos, e não foi arisco para ser domado, este animal em especial, possuía o poder de congelar qualquer coisa. Já Yoongi, ficou com um cavalo alado com patas de relâmpagos.

- Esses pegasus são seus - disse Ari - eles não poderam ser domados por ninguém além de vocês, a menos que vocês morram. - Ela se virou - vocês tem uma conexão com eles agora, eles são seus e vocês são deles, eles sentiram o que vocês sentem e vice-versa, como uma aliança de sangue.

Jimin encarou Fênix.

- Cada um deles tem suas habilidades, como podem ver, alguns são bem explícitos - Ari olha para Cristal, o cavalo de Hoseok e dá uma risadinha - outros nem tanto - Ari encara Darko e Fênix - mas seus cavalos irão revelar suas habilidades na hora certa.

Ari fez um gesto, ela levou os quatros dedos da mão direita à testa como se estivesse medindo a temperatura e afastou.

- Main Saath Tum. - Ela diz. - Significa, eu estou com você.

Jimin olhou para Adri antes de partir, ele sentiu triste e aflito em deixá-la.

۝

- Iremos para lá - Diz Jungkook, Jimin olhou para o horizonte, estavam num pico de um penhasco, abaixo, as ondas quebram nas pedras.

- Lá não é a rota para Midriri.

- Não, Kiprísta.

- Precisamos ir para Midriri, só temos três dias.

- Se formos naquela direção, chegaremos em um dia e meio.

- O que quer em Kiprísta?

Jungkook lhe encara, enquanto afivelou Darko.

- Encontrar um conhecido.

Jimin ficou em silêncio, ele colocou as fivelas em Fênix e se certificou de que estavam bem firmes, caso não estivesse, poderia cair quando o Pegasus voasse.

Jimin estava receoso, ele não disse nada, mas estava. Enquanto se aproximava a hora de voar em seu grande cavalo com asas esqueceu por alguns instantes que possuía um medo incontrolável de altura, e com altura também incluía um penhasco maravilhosamente lindo, sim de fato, mas com uma queda mortífera abaixo com pedras pontudas e ásperas. Jimin já viu homens despencar em pedras assim, suas peles ficavam esfoladas como retirar pele das lebres selvagens. Não era uma imagem agradável.

- Não me diz que tem medo de altura. - Diz Jungkook já em cima de Darko.

Jimin não queria dar essa satisfação para o Duque, mostrar que temia algo ou ter mais um motivo para ele lhe zombar. Ele queria rebater e responder, mas não podia, suas pernas não funcionavam, sua respiração estava ao ápice de seu controle.

Jungkook percebeu, e desceu de Darko se aproximando do Visconde.

- Você não irá cair - disse ele - você precisa confiar no seu cavalo, e como galopar no chão, a única diferença é que você não estará no chão.

- Ajudou muito.

Jungkook deu um mini sorriso, ele sentiu uma vontade estranha de abraçar o Visconde e beijá-lo, de segurar suas mãos e fazerem elas pararem de tremer. Ele queria, muito, mas não o fez. Jimin internamente pensou que o Duque o faria, que ele iria lhe aconchegar em seus braços, mas estava enganado.

- Você consegue.

Jimin suspirou e subiu em Fênix, Jungkook já estava pronto. Assim que os pássaros voaram nas árvores, Jungkook galopou para a queda livre. Jimin fez o mesmo, sem olhar para o chão, ele fechou os olhos e sentiu a brisa em seus cabelos. Quando abriu, não estava mais no penhasco, Fênix estava galopando nas águas. Ambos os cavalos lado a lado galopavam para o raiar no sol do horizonte, Jimin sorriu, Jungkook não demonstrou mas estava orgulhoso.

Jimin bateu as rédeas e Fênix sobrevoou alto, alcançando as nuvens. As mãos do Visconde podiam tocar as camadas brancas e gasosas dissolvendo em alguns toques, elas mudavam conforme Fênix se movimentava.

- Me sinto um pássaro - Jimin grita - isso aqui é incrível!

- Eu sei. - Responde o Duque - mas tente deixar suas mãos nas rédeas

- Ah, okay. - Jimin diz envergonhado, voltando as mãos nas rédeas como uma criança aprendendo a cavalgar.

Jimin era fofo, não podia negar, seus olhos quando sorriem, seus lábios erguendo num gargalhar, o som da sua risada. Era a coisa mais bela que o Duque já ouvira em todos os sete reinos, e não importasse para onde fosse, nunca acharia alguém como ele.

De fato, o que mais poderia aproveitar daquela viagem era como o sol se mantinha naquele horizonte, as nuvens pareciam cobertas com caldas coloridas, o sol parecia emergir do mar e todas as cores eram refletidas na imensidão escura de água. O mundo era lindo, Jimin quis chorar. Seu pai amaria estar ali, diante daquela paisagem, cavalgando sobre os mares. O que ele diria se pudesse lhe ver? Ficaria orgulhoso? Ou desapontado por ter se aliado a um vampiro? O Visconde não saberia dizer, mas gostaria que tivesse a escolha de saber.

Com a chegada da noite, fora tomado pelo estrépito da pândega. As luzes quentes reluziam as relva amparadas, que dançavam aos sopros da borrasca pela recém chegada da primavera. A fogueira fora acessa, crepitava ao longe com os murmúrios dos grilos que dançavam com os ventos. Eles pararam, estava escuro demais para continuar e os cavalos estavam cansados. Encontraram um pequeno moinho em ruínas onde fizeram suas coisas e a fogueira.

Naquela noite Jungkook sonhou.

Seus passos trôpegos seguiam uma linha contínua, como se estivesse desbravando uma floresta intrínseco. Trovões atravessavam os céus e rompiam o silêncio perpétuo da inerente noite sombria. Voejou dos galhos, grandes pássaros negros, com ruídos cáusticos. Era mais um de seus devaneios vividos. A sensação de terra molhada era mais presente do que tudo que já vira, a textura da grama úmida sobre seus pés era frequente, com a sensação de desespero repentino por não conseguir acordar do tão consciente sonho. Vultos oscilavam em sua volta, a pálida lua no céu soturno, estava quase completamente coberta pela sombra luminosa do planeta. A repentina escuridão emergiu, o astro luminoso sumiu junto com a sua visão que nada viu naquela repleta escuridão. E então, grandes passos de cavalos colidiram a terra, o céu banhou-se em vermelho, sons de espadas se chocavam, gritos de agonia surgiam, fogo consumia corpos e alastrava para árvores que cercavam em um círculo infernal a intermitente dor. E quando tudo silenciou e pensou estar só, encolhido sobre seus joelhos num arredor desconhecido, sentiu a mão gélida. Se olhar levantou-se e encarou o dono das mãos, era Azazel. Seus brilhantes e úmidos olhos vermelhos, ele lhe abraçou forte, sua roupa molhada, seu corpo tremendo. Sua respiração estava tão desregulada que podia sentir os batimentos cardíacos se acalmando aos poucos. Jungkook sentiu vontade de chorar. Novamente havia dito uma de suas crises, e sonhado com seu irmão morto.

Jungkook acordou num susto. Naquele lugar desconfortável que lhe dava dor nas costas, aquele moinho se tornava vazio e sombrio de noite. Jungkook voltou a encarar o teto, a janela quebrada do moinho estava meio clara indicando o início do dia, ele fechou os olhos para tentar dormir.

Jungkook só abriu os olhos de novo quando sentiu o aroma do café pairando sobre o ar, o chiar da chaleira o trazia à realidade. A sensação era de casa vazia, o silêncio reconfortante, o basculante aberto e a roupa no varal do prédio vizinho, mas a diferença e que era só a sensação mesmo, pois ainda estava num moinho velho e mofado, Jimin não estava ali. Ele levantou-se e foi de encontro às escadas para sair. Ele se virou, e viu Jimin com uma garrafa térmica, esquentando o café numa fogueira improvisada com alguns biscoitos doces em cima de panos.

Jimin lhe encara.

- Acordou bem a tempo.

- O que é tudo isso?

- Umas coisinhas, não consigo viver sem café, quer um pouco?

Jungkook hesitou, ele tirou a mão do cabo da espada que havia feito sem perceber, e se juntou a Jimin.

- Não fiz lá em cima pra não sufocar com a fumaça, nem queria te acordar, desculpa se isso te assustou.

- Não assustou.

Jimin observou o vampiro, ele olhava as chamas.

- Você dormiu bem?

- Sim. - Jungkook lhe encara.

- Não vai perguntar se eu dormi bem?

- Você dormiu bem?

- Sim, uma parte mas fui atormentado com pesadelos. - Jungkook ficou em silêncio e voltou a observar as chamas, Jimin coloca alguns galhos para aumentar o calor - teve pesadelos? Pensei ter ouvido você murmurar algo enquanto dormia.

- Não me lembro.

Jungkook pegou um biscoito, e comeu em silêncio, Jimin não queria provocar o Duque, decidiu então fazer o mesmo, vendo que o vampiro não estava com muito humor.

Eles partiram logo depois.

O Duque e o Visconde chegaram na pequena cidade de Kiprísta a duas da tarde.

- Tem tantas coisas aqui.. essa é a cidade esquecida?

- Sim - responde Jungkook - os bruxos, exilados e outros seres vieram pra cá quando o mundo foi dividido em espécies.

Jimin olhou em volta.

- Parece pacífica.

- Não se engane, tem bandidos por todos os lados.

- A maioria das pessoas são crianças.

- Que roubam para sobreviver.

Jimin olhou para as crianças e se entristeceu, ele lembrou de Adri, ela passava pela mesma coisa?

- A onde vamos?

Jungkook ficou em silêncio, Jimin odiava quando o Duque agia assim.

- Precisamos de aliados.

Jimin se virou.

- Temos os sete reinos.

- E ele tem vampiros. - Jungkook lhe encara - não é a mesma coisa.

Jimin não tinha parado pra pensar nisso, os vampiros possuíam poderes, claro, eles tinham os dragões, mas o que os soldados humanos poderiam fazer contra isso?

- Qual seu plano?

- Conseguir informações sobre os vampiros que saíram da Romênia, os que não concordaram com Ethan, e depois, falarei com o rei do regime e com os mercenários de Skorpios.

- Os mercenários só seguem ao dinheiro, são leais ao ouro.

- E na sobrevivência - responde Jungkook - Ethan mais que ninguém não suporta eles.

- Quer fazer acordo com mercenários? Endoidou?

- E nossa melhor chance, temos mais chances com o exército daqui do que com os humanos dos sete reinos.

Jimin calou-se, eles se aproximaram de uma loja. Dizia "कالآकृቅርሶች"

- Significa artefatos.

- Nunca vi esses símbolos antes, o que são?

- Runas bruxas, eles tem o nosso idioma, mas sua escrita só será entendida por quem nasce e cresce aqui.

- Como aprendeu essas runas então?

Jungkook desceu do cavalo em silêncio e Jimin fez o mesmo.

A loja era grande, cheirava a poeira e coisas velhas, e de fato algumas coisas pareciam bem velhas ali. Havia uma armadura brilhante, sua couraça parecia ser revestida de um bom material, Jimin não sabia dizer o que, mas imaginou como seria andar para lá e pra cá com um peso daquele no corpo, mal aguentava a couraça que vestia.

Jimin se aproximou do balcão, estava tão empoeirado que podia sentir seu nariz começar a coçar.

Jungkook tocou o sino do balcão.

Por alguns instantes nada aconteceu, mas então um homem surgiu, seus olhos eram como répteis. Amarelos com uma ranhura no meio.

- Em que posso ajudar?

- Isaac, sou eu.

- Sei bem quem você é, garoto, o que faz aqui?

Jungkook deu um suspiro, devia ter acontecido algo no passado. Isaac era um vampiro híbrido, vampiros híbridos podem mudar a forma de seu corpo ou mudar algo com base no sangue do animal que se alimenta.

- Conhece esse punhal?

Issac analisou, ele pegou uma lupa e olhou os detalhes no cabo da lâmina.

- Hm - murmurou Isaac - tem o símbolo dos excluídos, deveria ir a Skorpios, são de lá.

- Lâmina valeriana em Skorpios? Esse material deveria valer dúzias de ouro.

- E valem, saberia se estivesse aqui que recentemente estão circulando armamentos pesados, boatos dizem sobre uma fonte do ferro valeriano, ou talvez eles tenham derretido os que já tinham e transformando num novo. Tanto faz. - Resmunga Issac.

- Obrigado.

Jungkook pega o punhal.

Jimin estava distante, observando de longe. Observava uma adaga, era diferente de todas as outras, os acabamentos eram simples. Uma curta lâmina, não devia ter mais do que oito centímetros, com um símbolo nórdico.

- Gostou? - Jimin levou um susto, ele virou rapidamente para Isaac que estava ao seu lado, Jungkook observava atrás do vampiro. - Dizem que é a adaga de Odin, está aqui a mais tempo do que me lembro, por três moedas de ouro pode levar.

- Três?

- Não é tão caro quanto os outros.

Jimin olhou novamente para a adaga, sentiu algo o puxar.

- Irei levar, aliás, quanto está aquela espada ali?




- Isso é para Adri? - Indaga Jungkook.

- A espada sim. - Sorriu - onde iremos agora?

- Falar com o rei.

- Hmm.. não devíamos ter marcado presença?

- Certamente, mas ele terá que me ouvir, sou o Duque da Romênia. - Jimin dá uma risadinha discreta, Jungkook lhe encara. - O que foi?

- Nada, acho engraçado o jeito que você usa seu título para conseguir o que quer.

- Não deveria ser assim?

- Eu não disse isso, vampiro resmungão, você não ri muito não é? - Jungkook ficou em silêncio - me conte uma piada.

- Não.

- Sei que consegue, vai.

- Não sei nenhuma.

- Então eu conto. O que é o que é

- Vampiros.

- Eu nem contei-

Jungkook empurrou Fênix com Darko para o beco.

- Os vampiros de Ethan estão aqui.

Jimin de relance, os vampiros foram para longe, longe sumindo entre a multidão.

- Precisamos ter mais cuidado aqui.

- O que eles fazem aqui? - indaga Jimin.

- Não sei, mas iremos descobrir em breve.

Jimin estava nervoso.

Estava prestes a entrar num palácio de bruxos. Antes de todos os países serem uma monarquia de uma só raça, já foram um império governado por um rei bruxo, Pátrio, que todos dizem que fora o motivo das criaturas existirem atrás de um livro dado por uma entidade desconhecida. Os bruxos caçaram os diferentes, matavam e abusavam, conde Drácula organizou uma rebelião e tomou o mundo num império, depois, separou as terras. As primeiras famílias foram os Lassulus, fora a primeira alcatéia a se instaurar na Inglaterra no século X, depois de muitas guerras na política, traição e incesto, tornou-se a alcatéia atualmente. O rei lobo pegou o sobrenome de sua esposa, Haemal, e assim, o sobrenome Lassulus foi dizimado de toda a Inglaterra.

Assim que Jimin pôs os pés na sala principal do rei bruxo, um incessante enjoou se fez presente, sua mente cogitou a ideia de ser proveniente da magia, mas odiava que essa fosse sua resposta mais plausível, então cogitou o nervosismo, que, até então era o mais coerente.

- Rei Merciles. - Disse Jungkook.

- Duque Jungkook - Respondeu num sorriso - o que devo a presença do Duque da Romênia ao meu palácio?

- Deve saber que se encontram em guerra.

- Se encontramos?

Jungkook ergueu a cabeça.

- Isso também afeta você, Merciles. - Merciles estreitou os olhos - a primeira coisa que Ethan fará assim que assumir o poder é acabar com os bruxos, mas sem antes descobrir um jeito de aproveitar de suas habilidades e materiais.

Merciles estava quieto demais, Jimin pressentiu algo ruim.

Depois de um longo silêncio ele se pronuncia.

- Soube de Ethan reunindo poder nos reinos élficos, soube até mesmo que a Inglaterra está inclusa nisso - Merciles olhou para Jimin - mas não iremos nos unir a nenhum dos reinos, principalmente aos sete, Kiprísta não tem uma fama boa com os franceses.

- Eles não irão conseguir sem vocês, todo seu povo irá morrer.

- Então morreremos lutando, nosso povo resistiu a séculos dos ataques da coroa vampírica e dos lobos, não é agora que iremos nos render.

- Não irá conseguir sozinho.

Merciles sorriu.

- Vocês se importam agora? Não se importaram quando os Romanos invadiram nossos barcos e destruíram nossa frota, não se importaram quando os selvagens dos irlandeses invadiram as cidades pequenas de Kiprísta e mataram nossas crianças. Por que se importariam agora? Por que precisam de nós? Que conveniência.

Jimin abaixou a cabeça, era verdade, nunca se importaram com o povo exilados a não ser quando precisavam deles.

Jungkook travou a mandíbula.

- Receio que já esteja na hora de vocês partirem.

- Você tem razão - todos olharam para Jimin, ele ergueu a cabeça - Meu pai adorava velejar, tanto que um dia fez uma expedição para as índias mas uma tempestade fez o barco ir em outra direção. O mar estava agitado e metade dos seus tripulantes morreram, não havia comida, não havia água, só havia o mar e um pedaço de madeira que chamavam de barco que não resistiria muito por causa das tempestades. - Jimin se aproximou - Viserys foi encontrado na costa de Gorugue, foi salvo por pescadores locais e cuidado em suas cabanas, ele passou seis dias aqui, explorando o mundo perdido dos bruxos que era só um mito para muitos. Ele viu desde as cidades mais ricas aos becos mais escuros e ele se apaixonou por cada cidadão que aqui andava, meu pai, recebeu um barco de volta para a Inglaterra, ele tinha 19 anos quando isso aconteceu. E quando questionado como todos da tripulação morreram e ele foi o único sobrevivente, ele alegou que o mar os levou para o Japão e que foi abrigado por lá, em nenhum momento passou pela cabeça dele de dizer sobre sua recém descoberta as ilhas das bermudas onde abrigavam os bruxos que, por séculos, mataram os nossos e vice versa. Então sim, Merciles, eles não se importam com vocês, nunca irão, mas eu não sou o rei da Inglaterra, nem da França, nem da Romênia, nem o presidente dos estados unidos, eu sou o filho de um homem que tinha o coração mais puro do mundo e morreu de uma forma injusta.

Jungkook encarou Jimin.

- Não quero que lute pelos lobos nem pelos vampiros, quero que lute pelas crianças e mulheres, homens e idosos que abrigaram meu pai mesmo sabendo que ele era um lobo e o que aconteceria se descobrissem que vocês estavam aqui. Lute para salvar o seu povo.

Merciles se silenciou, os dois conselheiros de Merciles que estavam ao lado direito e esquerdo de seu corpo lhe encararam num silêncio contundente.

- Você é bom com as palavras, Jimin - disse Merciles se aproximando - Dez mil.

Jimin franziu o cenho.

- Tenho dez mil homens que lutaram até seus últimos suspiros, eles contam com você, general.

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