𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐬 | 𝙱...

aPandora02 द्वारा

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Conseguir um emprego como faxineira no maior centro executivo de direção da S.H.I.E.L.D. foi a luz no fim do... अधिक

❗Importante❗
~ Personagens ~
1 - Alpine
2 - Socializar
3 - Traidor Entre Nós
4 - Invasão
5 - Socorro
6 - Confia Em Mim?
7 - Rodovia (Parte 1)
8 - Rodovia (Parte 2)
9 - Companheiro Caído
10 - Lado Errado
11 - Eu Sou Daiana...
(Parte 2) 1 - O Pacto
2 - Passado E Futuro
3 - Suspeitos
4 - O que aconteceu?
5 - Sujeito Mascarado
6 - Sacrifícios
7 - Dallas
8 - Visita Ao Pesadelo
9 - Ruínas De Um Homem
10 - Viva Por Mim
(Parte 3) 1 - O Que Acontece Depois
3 - Em Frente
4 - O Que Você Omite?
5 - O Passado Sempre Volta
6 - Bons Amigos
7 - Um Novo Capitão América
8 - Digno
9 - Um Símbolo Ou Um Objeto?
10 - Um Quase
11 - Super-Soldados
12 - Convite
13 - Jantar
14 - Ameaça
15 - Ordens
16 - Zemo
17 - Madripoor
18 - Princess Bar
19 - Respira, Expira
20 - Brownie
21 - Certo ou Errado?
22 - Abra Os Olhos
23 - Dog Tag
24 - Crianças
25 - Pessoas Confusas
26 - Ponto Fraco
27 - Não
28 - Sem Fôlego
29 - Medo
30 - Silêncio
31 - Dor
32 - Liberdade
33 - Planos

2 - Seguir Ou Não Seguir?

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aPandora02 द्वारा

"Tô com saudade da nossa amizade

a gente se perdeu e não se encontrou mais

talvez agora, se não fosse tão tarde

não fosse tão tarde"

(Lou Garcia - Não Fosse Tão Tarde)

Todas as pessoas que passam pelas nossas vidas, sejam elas por um longo ou curto tempo presentes, todas, sem exceção, goste você ou não, deixam uma parte delas. Fossem suas lembranças e presenças agradáveis ou não, sempre aprendemos algo com elas. Sempre aprendemos algo, por mínimo que seja, com cada pessoa que passa por nosso vidas. Seja de uma forma dolorosa, traumatizante ou alegre.

Olhando para trás, 3 meses, 7 meses, 1 ano... fora uma tragédia universal tão recente, mas a memória que ainda doía parecia tão longínqua quando, ao olhar ao redor, as pessoas pareciam terem apenas aceitado que metade da humanidade, suas famílias, virou pó num mero... estalar de dedos. 1 ano... como poderiam estar tão bem quando literalmente viraram pó pessoas que estiveram ao lado delas até tão pouco tempo? Eram filhos, eram esposas, maridos, irmãos, pais, vizinhos, amigos...

Mas então um ano virou dois. Três. Quatro. Cinco... e não havia sido se tornado mais fácil como a mídia tentava fazer parecer mostrando a todo momento o quanto a taxa de desemprego havia diminuído desde aquela tragédia, tentando enfiar goela a baixo das pessoas que a dor foi necessária para que pudessem prosperar. Não podia ignorar que a qualidade de vida aumentou significativamente, da mesma forma que ainda não conseguia ignorar a razão pela qual todas as noites, por cinco anos seguidos, ia dormir aos prantos. A companhia que agora aquecia o outro lado da cama, apesar de agradável, não trazia a mesma sensação de conforto de como era com Alpine.

Alguém bate a porta, fazendo-a sobressaltar e rapidamente enxugar as lágrimas que escorriam por suas bochechas levemente coradas.

— Já vai — a mulher gritou em aviso, alto o suficiente para ser ouvida da distância que havia entre seu quarto e a porta principal.

Calçou suas pantufas e arrastando os pés se apressou até a porta de seu apartamento, passando no caminho por todas as fotos de Alpine penduradas nas paredes do corredor e emolduradas sobre outros móveis da sala, para lembrá-la que um dia tivera a mais pura e inocente felicidade morando debaixo do mesmo teto. Felicidade esta que ela tentou preencher como pôde.

Era quase hipócrita de sua parte. Criticava os que seguiram em frente, enquanto ela tentou fazer o mesmo e ser feliz com isso. Vinha funcionando um pouco, se não fosse pela ausência de Alpine, ela lidaria um pouco melhor com tudo isso. Mas não era apenas a ausência da felina que a perturbava, por mais que aos outros, principalmente a uma pessoa em especial, ela dissesse que era apenas a perda da gata que mais a machucava.

Girou a chave sem se dar ao trabalho de verificar pelo olho mágico, pois o porteiro não deixaria um estranho subir sem lhe comunicar. Abriu e fechou a boca em surpresa ao encontrar parado no corredor, Steve com as mãos nos bolsos da calça.

— Ãm... Oi? — Riu nasalado, meio sem jeito. — Desde quando sabe aonde eu moro?

— Não foi muito difícil — ofereceu-lhe um pequeno sorriso.

Daiana ainda sentia-se estranha com a presença de Steve depois de tudo o que aconteceu, e tê-lo pela primeira vez em sua nova casa após ter se mudado há pouco mais de um ano ainda era... mais estranho do que ela tinha imaginado que seria. Por mais de uma vez nos últimos cinco anos Steve havia expressado seu desejo de que o faria muito feliz vê-la com Bucky, e por isso, quando casou-se há pouco mais de um ano, Daiana optou por manter Steve o mais distante possível de seu marido para que o Capitão não se sentisse desconfortável ou melancólico, pois consequentemente ela se tornaria também.

Lembrava-se de Steve contando sobre o que Bucky lhe dissera no dia do ataque de Thanos. Bucky ficou por dois anos em Wakanda e mesmo quando fora descongelado, Daiana não o visitou, da mesma forma que ninguém nunca viera buscá-la a pedido dele. Ela teria ido se ele tivesse pedido. E mesmo que não tivesse, ela teria ido, mas apenas quando Thanos atacou e todos viraram pó, ela soube que ele havia sido descongelado e estivera naquela guerra.

Guerra esta que ela não fora convocada. Não lutou ao lado de ninguém, sequer sabia o que estava acontecendo. Estava em casa com Alpine quando...

— Entra — lhe deu espaço e, agradecendo com um leve aceno, Steve o fez.

— Quer um café? Um suco? — Ofereceu receptiva e educada.

A ausência do marido não tornava o clima mais leve. Imediatamente a tensão se instalou no local no momento em que Steve, um pouco entristecido, fixou os olhos lamentosos em uma das várias fotos dela e de seu marido espalhados pela casa. No dia do casamento e em passeios e viagens, a maioria bancada pelo seu trabalho, fruto de sua constante evolução e destaque entre os outros colegas.

O casal vivia o que muitos diriam ser a melhor fase. Tinham uma vida estável, confortável, se apoiavam, empregos fixos e sem filhos, aproveitando ao máximo o que a vida tinha para lhes dar. Porque era tudo o que restava a se fazer quando se tornou ainda mais real a possibilidade de perder absolutamente tudo o que lhes restou em um simples estalar de dedos.

Sabia o que se passava na mente de Steve, mas ele precisaria em algum momento aceitar que mesmo se Bucky aparecesse em sua porta hoje, ela não abriria mão de tudo o que era certo em sua vida, para arriscar com o duvidoso.

— Não, obrigado. Vim apenas de passagem porque precisamos conversar sobre algo importante.

A tensão em sua voz e postura a fizera endireitar a própria, prestando mais atenção em suas palavras, ignorando completamente o fato de que estava apenas de pijama e cabelos desgrenhados. Teria ficado envergonhada, mas Steve era seu melhor amigo, portanto não havia razão para tal.

— Certo... — havia hesitação em sua voz que sem palavras pedia para prosseguir.

Steve respirou fundo e precisou de alguns segundos para conseguir contar aquilo sem parecer loucura diante do ceticismo da amiga.

— Vamos voltar no tempo — disse de uma vez só, a maneira que julgou ser a melhor se comparada a alternativa de ficar apenas enrolando.

Daiana piscou algumas vezes sem expressar reação alguma, seu cérebro ainda tentando processar sua fala. Pensou que aquele era o início de uma longa frase, da qual ele estaria lhe pedindo para "voltar no tempo" no sentido de lembrar-se de algo. Mas o silencio prevaleceu com ambos em uma troca de olhares confusa de uma e ansiosa do outro. Entendeu, segundos depois de esperar que prosseguisse, que não havia mais o que acrescentar. Era aquilo: vamos voltar no tempo. A frase inesperada ficou rondando sua cabeça e ela simplesmente não conseguia entendê-la sem que parecesse ridícula.

Por fim, ergueu as sobrancelhas e cruzou os braços.

— Como é? — Talvez tenha ouvido errado, cogitou.

— Uma viagem no tempo — repetiu confiante desta vez, e ela cogitou a possibilidade de Steve estar com uma forte febre, apesar de nunca tê-lo visto doente.

— Tipo aquele filme que a gente assistiu? De Volta Para O Futuro? — Não poderia ser isso...

— É... não exatamente — coçou a nuca um tanto nervoso diante do olhar estranho que ela lhe lançava.

Um silencio constrangedor pairou entre eles.

— Steve — fechou os olhos e umedeceu os lábios — do que você está falando?

Talvez ele tivesse enlouquecido.

— Olha, nós encontramos uma maneira de voltar no passado. Precisamos apenas recuperar as joias do infinito para colocá-las na manopla que Stark irá construir, e então basta estalar os dedos e... — Gesticulou sem conseguir concluir a frase, tomado pela emoção da possibilidade de mudar tudo o que aconteceu há 5 anos.

— E traríamos de volta todos os que perdemos — deduziu nem um pouco empolgada.

— Sim... — desanimou notando-a desta forma.

Não era a reação que ele esperava. Nos primeiros meses após Thanos, em conversas entre os dois deitados no gramado da praça do centro da cidade, em pleno céu aberto e estrelado, desabafavam e Daiana expressava sua vontade de querer de alguma forma mudar o que foi feito. Ela queria voltar no passado, lembrava-se de tê-la ouvido dizer isso. Mas foi antes que percebesse que não havia esperança, que não havia forma alguma de reverter o que foi feito. Que não lhe restava nada além de seguir viva, e isso foi antes de outro homem colocar uma aliança em seu dedo... Ela havia dado um grande passo em sua vida, e lentamente Steve começava a perceber que o brilho de esperança e determinação de fazer algo a respeito para trazê-los de volta, havia sumido de seus olhos.

Apesar de nunca os ter esquecido, como diziam as fotos espalhadas pelo aparamento, Daiana havia desistido da esperança.

Daiana travou o maxilar, sentindo sua garganta fechar com o nó que se formava. Pela primeira vez em muito tempo fitou Steve com raiva.

Viagens no tempo... aquilo era loucura. Certamente Steve assistira filmes demais.

Ele era seu melhor amigo e esteve ao seu lado durante todo aquele tempo. Ele esteve lá quando por semanas ela chorou fortemente sem parar. Quando tinha crises de pânico e na pior fase de sua depressão onde a única coisa que a impediu de cometer suicídio foi Steve a abraçando fortemente no chão do banheiro, seus pulsos sangrando não o suficiente para concluir seu objetivo, sussurrando em seu ouvido o lembrete da promessa que ela fizera a Bucky: Vou viver.

Ela olhou nos olhos de Bucky e prometeu que viveria por ele.

Que grande porcaria.

Ela não queria viver há muito tempo, estava apenas seguindo em frente porque olhar para trás nada lhe traria além de dor e saudade do que ela teve e do que poderia ter tido.

Seu marido, sabendo sobre Alpine, ofereceu que, apesar de não gostar de gatos, poderiam arranjar um cantinho em casa e adotar um novo. Mas ela não aceitou. A recusa foi imediata, pois Alpine era única e ela não podia mais pensar que substitui-la dessa forma preencheria algum espaço. Ao menos não por agora, optando por esperar mais um pouco. Talvez adotassem um cachorro.

Chega disso.

— Sai da minha casa — mandou tentando manter a voz tranquila, não querendo realmente brigar com ele.

— Dai...

— Sai — aumentou um pouco sua voz para calá-lo. — Agora, Steve!

Caminhou até a porta e a abriu, esperando que o homem se retirasse.

— Eu sei o que está passando... — com as mãos erguidas para ela, tentava de alguma forma fazê-la ouvir o que tinha para falar.

— Se realmente soubesse não viria até aqui me dar a porcaria de falsas esperanças. Isso é impossível, 'tá bom? Não dá para voltar no tempo. É coisa de filme. Agora saí! — Suplicante tentando manter-se firme, apontou para o corredor que lhe dava as boas vindas da saída..

Suspirando e rendido, o homem caminhou em passos lentos na sua direção, mas parou ao seu lado antes de atravessar a porta, olhou para ela e disse antes de se retirar:

— Também sinto a falta deles.

A porta foi fechada.

Por semanas após isso, Steve não retornou. De alguma forma, apesar de sentir falta de ter contato com ele, agradeceu por isso.

Daiana estava cansada de guerras, conflitos, lutas, agressões, violência e qualquer coisa que a lembrasse da HYDRA, de Bucky, de Thanos... Até mesmo seu cabo de vassoura estava escondido no fundo empoeirado da parte de cima de seu roupeiro. Fazia muito tempo que sequer olhava para ele, talvez não soubesse mais como manusear com maestria como costumava fazer. Afastou-se completamente daquelas práticas, mantendo contato com Steve apenas por insistência do homem, caso contrário teria se distanciado como fizera com os demais que permaneceram vivos.

Mas um dia específico... Seu marido havia entrado no banheiro para tomar banho e do sofá onde ela estava encolhida num cobertor e assistindo a um filme qualquer que sequer prestava atenção de verdade, ouviu o barulho de algo se quebrando, como se o vidro de espatifasse no chão. Acordou de seu devaneio e percebeu que o chuveiro ainda estava ligado, mas o som parecia ter sido mais distante, ainda que dentro do apartamento. Não a teria alarmado se não estivessem apenas os dois em casa, e se ela não soubesse que ele permanecia no banheiro, cômodo este que tinha certeza não ser o local da fonte do estranho barulho.

Daiana franziu o cenho na direção do corredor e esticou um pouco o pescoço tentando ver algo de onde estava.

— Amor? — Chamou alto, mas não obteve respostas.

Sabia que o som não viera do banheiro. Mas a única pessoa além dela que estava na casa, não poderia ter feito aquilo quando pareceu vir de outro cômodo onde nenhum dos dois estavam. E onde não deveria haver ninguém.

— Amor? — Chamou novamente quando estava na frente da porta do banheiro.

— O que? — Ouviu sua voz abafada sob o som da água.

— Quebrou alguma coisa?

— O que? Não.

Ela paralisou.

— Tudo bem, deixa — tentou tranquilizá-lo.

Seu rosto se virou na direção de outra porta. Uma que ela evitava abrir. Teriam invadido seu apartamento? Impossível... Ela teria visto entrarem pela porta e só teria acesso as janelas se escalassem 12 andares pelo lado externo.

Tocou a maçaneta com relutância e a girou, empurrando a porta e esticando a mão para o interruptor, encontrando imediatamente, espatifado no chão em milhares de pedaços, o que era um belo pote de porcelana decorado. Ao redor não havia nada, mas seu coração martelava a mil em seu peito, não sabendo se deveria sentir medo ou raiva, pois aquele pote era onde ela guardava as cinzas de Alpine.

Mas no chão não haviam cinzas alguma, apenas diferentes tamanhos de pedaços de uma cara porcelana grotescamente quebrada.

Dois passos relutantes e tensos para dentro do cômodo bagunçado foram o suficiente para que ela paralisasse na porta assim que seus ouvidos capitaram um som que fez seu mundo desmoronar como da última vez que o ouviu, mas, diferente da última vez, não era um tom doloroso. Era... alegre... alegre por vê-la..? E então o som se repetiu, um pouco mais arrastado e alto da pequena figura que surgia em sua frente:

— Miau.


•  Oiê :)

ALPINE VOLTOOOOU

Eita, eita. Bucky vai voltar pra encontrar a Daiana casada com outro 😰

Eu tentei explicar neste capítulo que a Daiana está CANSADA. Desde láááá do início eu mostro que ela não gosta de violência, guerra e etc. Por isso não participou de nenhuma guerra contra o Thanos (a primeira porque ela não sabia o que estava acontecendo e mais pra frente vamos entender porque ela não soube. E a segunda, que seria Ultimato, porque ela achou a ideia do Steve uma loucura).

Houve um salto no tempo desde a visita de Steve para a última guerra contra Thanos.

Obrigada a todos que estão interagindo, isso me motiva demais.

• ❤️Espero que estejam gostando❤️

• ✨ Me desculpem qualquer erro

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