Acidentalmente Ela ⚤ Jikook

By sasoossi

3.2M 330K 1.1M

[EM ANDAMENTO] Park Jimin deveria estar soltando fogos de artifício por finalmente estar levando a vida que s... More

⚤ Personagens e avisos ⚤
⚤ PRÓLOGO ⚤
01 ⚤ ELA é novata.
02 ⚤ ELA é estranha.
03 ⚤ ELA é surtada.
04 ⚤ ELA é viciada em doces.
05 ⚤ ELA tem a melhor mãe do mundo.
06 ⚤ ELA dorme de... cueca?
07 ⚤ ELA é motivo de ciúmes.
08 ⚤ ELA entende de bolas com maestria.
09 ⚤ ELA foi descoberta.
10 ⚤ ELA tem novos membros em sua familia.
11 ⚤ POR ELA um capitão constrói barquinhos de papel.
12 ⚤ ELA é o sol dele.
13 ⚤ ELA é o encaixe perfeito dele.
14 ⚤ ELA é a conchinha de dentro.
15 ⚤ ELA entende como é ser mulher agora.
16 ⚤ ELA vai cuidar dele agora.
17 ⚤ ELA disse que é santa, por acaso?
18 ⚤ ELA é a namorada dele.
19 ⚤ ELA não gosta de hospitais.
20 ⚤ ELA nunca mais vai brincar de "eu nunca".
21/1 ⚤ POR ELA, a tempestade se transforma em chuva fina.
21/2 ⚤ POR ELA, a tempestade se transforma em chuva fina.
AVISOS DE EXTREMA IMPORTÂNCIA
22 ⚤ Ela o ama.
23 ⚤ ELE tomou a melhor decisão.
24 ⚤ ELE vai recomeçar do zero.
25 ⚤ ELE tem garra, força e determinação.
26 ⚤ ELE não perde por esperar.
27 ⚤ ELE não sabe mais o que fazer.
28 ⚤ ELE é um cão muito bem articulado.
29 ⚤ POR ELE, a montanha pode curvar-se diante do vento. Parte I
30 ⚤ POR ELE, a montanha pode curvar-se diante do vento. Parte II
AVISOS DE EXTREMA IMPORTÂNCIA 2
31 ⚤ ELE cria planos como ninguém.
32 ⚤ ELE é de casa.
33 ⚤ ELE não precisa mais se esconder.
34 ⚤ ELE não estava nos planos.
35 ⚤ ELE nunca deixou de brilhar.
⚤ Livro

36 ⚤ POR ELE o futuro brilha em amarelo.

108K 5.7K 17.9K
By sasoossi

#PIMENTINHADECABINHO☀️

CHEGUEEEEEEI

Vou deixar pra falar mais lá no final, porque a ansiedade é tanta que quero que vocês leiam logo.

Lembrando que, esse é "o último" capítulo, e o fechamento real oficial será na próxima atualização.

Boa leitura!

Seu corpo. Suas formas. A maneira como sua bunda se encaixa perfeitamente nas minhas mãos e as suas coxas abraçam meus quadris...

Meu Jimin; meu garoto; meu Sol.

E no meu colo: o lugar de onde ele nunca deveria ter saído; o lugar onde eu vou mantê-lo para sempre a partir de agora. Cuidado. Protegido. Comigo. Meu. Para sempre.

É inacreditável como tudo nesse garoto dramático e de cabelos ruivos puxa para fora cada instinto protetor existente dentro de mim. Eu só quero vê-lo bem. Quero vê-lo feliz. Quero vê-lo sorrir, e para o inferno todo o resto. Eu faria de tudo, qualquer coisa, só para nunca mais ter que ver Jimin me dar o mesmo olhar quebrado que me deu ontem à noite. Aquilo foi a minha ruína e me fez travar no lugar. Eu não tinha o nome que ele estava esperando que eu desse a ele. Eu não tinha o nome que ele me pediu quando questionou a veracidade do que nós tínhamos, e eu me senti de mãos atadas. Eu sei que devia tê-lo seguido, o agarrado pelos braços e dito que nós temos amor; puro, sólido e verdadeiro; mas eu também sabia que Jimin precisava de mais naquele momento. Algo que eu não tinha oferecido a ele ainda. Algo concreto, além de um combinado de passar alguns dias juntos, próximo de um relacionamento, e que me deixou acordado a noite inteira pensando em como fazê-lo.

E eu soube, no momento em que eu fiquei sozinho naquele lago, que eu só o procuraria outra vez quando eu tivesse a resposta exata para a sua pergunta.

Nunca senti minhas mãos tremerem tanto quanto quando eu dei três batidas naquela porta...

— Você é tudo pra mim, Sol — eu confesso quando consigo parar de beijá-lo.

Eu coloco meu olhar sobre seus lábios cor de rosa, ofegantes, úmidos e inchados, e é como se eu fosse enlouquecer com a angústia desse sentimento desvairado crescendo dentro de mim pela carência de mais beijos. E foram só algumas horas longe da sua boca. Horas que me fizeram sentir como se eu estivesse pagando uma penitência no inferno. Não sei como cheguei a acreditar que eu poderia viver longe de Jimin algum dia. A mera ideia disso já me deixa doente.

— Jungkook... — Jimin puxa a minha cabeça para baixo, buscando a minha boca de volta para ele e oferecendo-me a sua boca em um desejo cego — eu preciso de você, preciso que volte a me beijar...

Entenda, eu te dou a porra que você quiser!

O olhar carente nos olhos cor de avelã é a minha perdição, caramba. Eu me inclino para baixo, para mergulhar de volta na doçura do seu gosto, do gosto alucinante de Jimin, e fico aflito querendo satisfazê-lo. Eu abraço seu corpo e envolvo os braços em torno da sua cintura, querendo tornar essa experiência inesquecível para ele, e desacelero o beijo, indo o mais devagar que posso, mantendo o ritmo perfeito. É maravilhoso quando ele começa a se desmanchar para mim.

Eu quero deixar Jimin estragado de tão mimado.

"Me dá o universo?"

"Quer ele embrulhado em um papel de presente rosa ou vermelho, meu amor?"

Dar a Jimin tudo o que ele quer virou a minha compulsão, e isso diz respeito a todos os aspectos, sejam eles sexuais, materiais ou emocionais. Eu quero dar a ele os melhores orgasmos pela manhã e depois ajudá-lo a cumprir as suas metas do dia. Quando chegar à noite, eu vou deitá-lo na nossa cama, dizer o quanto eu ainda sou loucamente apaixonado por ele, e então, fazer amor mais uma vez para que ele possa dormir relaxado. Eu quero lutar todos os dias pela sua felicidade. Quero ser a única coisa para quem ele vai correr quando se sentir desamparado. Quero ser o motivo dos seus sorrisos. Quero viver para ajudá-lo a realizar cada um dos seus sonhos. Eu quero ser o seu mundo, assim como ele é o meu sol.

Meu, e somente meu.

Perco completamente o juízo quando sinto-o abraçar meu pescoço e embrulhar as pernas mais ardentes em torno da minha cintura – pernas essas que eu imaginei se abrindo para mim incontáveis vezes durante a noite. Seus quadris são inquietos, e eu preciso muito me segurar para não mandar o meu autocontrole para a puta que o pariu, com todo o meu sangue correndo direto para o meu pau e tornando-o mais grosso pela necessidade, mais duro, enquanto meu coração bate rápido dentro no peito.

O principal deve ser os sentimentos de Jimin agora.

Com isso em mente, eu puxo seus lábios para longe e descanso a minha testa contra a sua, respirando com dificuldade. Maldito seja. — Eu não vou conseguir dançar com você se você continuar assim — digo com a voz entrecortada.

Jimin me olha turvo, parecendo não saber diferenciar o branco do preto, a esquerda da direita, piscando como clara confusão e forçando seus olhos retomarem um mínimo de foco. De repente, ele se contorce e escorrega para fora do meu colo, me fazendo estalar a língua e fechar os olhos, odiando, com todas as minhas forças, não poder fazer nada diante da fricção.

Ao abrir os olhos novamente, vejo o que parece a visão de um anjo, com as maçãs do rosto completamente coradas e o cabelo desgrenhado caído na testa.

Park Jimin é a coisa mais linda que eu já vi na minha vida.

— Me desculpe... — sussurra constrangido, com a voz fraca e um leve sorriso, tentando afugentar seus olhos dos meus.

Isso faz uma onda de amor e afeto explodir no meu peito e me aquecer por dentro. Eu o puxo em meus braços e dou um beijo suave no topo da sua cabeça. — Shh... — murmuro, imerso nele — você não tem que se desculpar por nada.

— Mas está cheio de gente aqui — ele aponta como se eu não fosse capaz de ver as centenas de pessoas rondando a gente. — Eu não devia ter pulado em você assim.

Puta garotinho fofo do caralho. Um dia Jimin ainda vai fazer meu coração se arrebentar.

— Foi uma reação linda e genuína, bebê — eu o beijo de novo, sentindo o perfume e a suavidade dos fios do seu cabelo contra os meus lábios. — Sabe, eu fico feliz que tenha pulado em mim. Pode pular mais sempre que sentir vontade, quantas vezes você quiser... O meu colo é a serventia da casa.

Um soco fraco é direcionado no lado direito do meu peito.

— Ai.

— Eu estou falando sério — ele fala com um resmungo.

Dou um sorriso meio tenso e sinto vontade de responder que também não estou brincando. Ah, mas eu não estou brincando, mesmo. Jimin poderia estar pulando no meu colo nesse exato momento, do jeito que eu sempre quis tê-lo; do jeito que eu sonho cobiçosamente desde que ele ainda era ela. Meu anseio por ela era grande. Meu anseio por ele é gigante. Prová-lo com a ponta dos dedos ao longo de todos esses dias e nunca realmente chegar a comer um pedaço só fez com que a minha fome se tornasse maior. Mas para alguém que esperou quase dois anos, eu posso aguentar algumas horas mais. Jimin precisa da minha sinceridade agora. E eu preciso abrir meu coração para ele.

Embora saber que não existe mais nada prendendo para que isso aconteça, faz a minha ansiedade disparar mais rápido do que eu gostaria.

— Eu também estou falando sério — falo com voz concentrada, focando para ignorar o meu desejo acentuado por ele. — É só olhar para a cara de mal que eu estou fazendo agora. Ninguém vai ousar olhar para você e te julgar enquanto eu estiver te abraçando. Devo estar assustador pra caralho. Tudo para proteger você.

Jimin me olha.

Nunca foi tão difícil manter o rosto fechado e as sobrancelhas sérias, mas eu consigo segurar por um tempo, até os cantos dos meus lábios começarem a vacilar e eu não conseguir mais conter a vontade de rir. Não queria ter que admitir, mas a verdade é que, essa pose, eu já perdi há muito tempo... na festa do campus de uma universidade há mais de um ano atrás.

Pequenos dedos atrapalhados se trancam com força em torno da lapela do meu paletó, e Jimin fecha os olhos quando pressiona a bochecha no meu peito, com a respiração profunda e a voz sussurrada: — Sabe o que eu não consigo entender? Eu gosto de me orgulhar por ser autossuficiente. Desde criança, eu sempre fui capaz de me defender e de cuidar das minhas próprias coisas. Mas quando se trata de você, eu só quero que abra os braços para mim, que me deixe subir no seu colo e que me proteja e cuide de tudo enquanto eu não tenho que fazer absolutamente nada. Isso é muito estranho...? — Pergunta ele, soando como uma criança carente.

Meus dedos começam a correr através do seu cabelo.

Nós nunca falamos sobre isso diretamente, mas eu sempre soube que Jimin gosta de ser tratado como um filhote indefeso quando está perto de mim. E isso apertou todos os botões certos para que eu começasse a agir como um lobo territorialista sempre que estou em torno dele, também. Mas apesar da sua inclinação e gosto óbvio, eu nunca desrespeitei isso; nunca pisei um passo fora dos limites desse acordo silencioso estabelecido entre nós.

— Não — eu digo finalmente, incapaz de manter a borda de satisfação para fora da minha voz. — Seria, se eu não me sentisse da mesma forma, só que ao contrário. Eu vou sempre cuidar de você, bebê...

Somos como duas metades de um mesmo círculo que se completam, e isso é fascinante.

— Obrigado... — Jimin cochicha com uma voz carregada de significado, e isso me pega desprevenido — por não desistir de mim, por estar lutando por nós.

Com a garganta um pouco apertada, eu ergo seu queixo com carinho e procuro seus olhos. Quase desmonto quando vejo os cílios úmidos e a pontinha do nariz brilhando vermelha.

— Obrigado por me mostrar como ser mais forte — eu digo a ele. — Pela proposta da despedida. Por ter aberto os meus olhos. A você. Obrigado. Por tudo — trago-o para perto e beijo seus lábios.

Fico imerso na sua maciez, na sua doçura, na sua alegria, e sinto o gosto salgado das suas lágrimas. Lágrimas que dizem tudo. Eu não poderia estar mais satisfeito.

Solto suas bochechas para colocar as mãos no seu quadril e puxo seu corpo para investi-lo contra o meu, fazendo Jimin abrir olhos alvoroçados. É extremamente satisfatório.

— O que você acha de ir dançar comigo agora? — Pergunto, passando a língua pelo contorno aberto do meu sorriso e olhando-o como se não tivesse uma só gota de escrúpulos.

Jimin cora e acena, finalmente aceitando a minha mão quando eu a ofereço outra vez para levá-lo de volta para a festa.

Taehyung fica para trás – e todos os impedimentos, e receios e inseguranças – e pelo modo como está sorrindo, ouso dizer que há grandes chances de que ele não esteja mais querendo me assassinar.

Quando ele apareceu e se enfiou no meio entre Jimin e eu, querendo levar o meu sol para longe de mim, eu achei que Taehyung fosse fechar de volta a fissura que eu levei a tarde e a noite inteira trabalhando para conseguir abrir. Jimin estava finalmente baixando a sua guarda e permitindo que eu me aproximasse sem que ele mostrasse os dentes ou batesse com uma porta na minha cara, mas eu não tiro seus motivos para ter se mostrado tão irredutível no começo. Ele tinha motivos. Bons motivos. Ele não sabia o que eu tinha planejado para nós. Ele não sabia que foi por causa disso que eu levei tanto tempo para ir atrás dele. Só que não foi culpa minha, também, ele só ter se mostrado suscetível para qualquer conversa quando eu o tocava – não de uma forma muito civilizada – e dizia coisas sujas aos pés dos seus ouvidos. Jimin tem um fraco por perversões, e eu tenho um fraco por fazê-lo corar em todos os tons da cartela de vermelhos. E, naquele momento, eu só usei as armas que eu tinha.

— Eu nunca dancei valsa antes — Jimin fala quando alcançamos o meio da pista de dança.

Uma música toca lenta ao som de clássicos instrumentos de corda, e eu envolvo a sua cintura com uma pegada forte, trazendo-o para mim.

Ele suspira cortado.

— Não é a primeira vez que dançamos juntos um estilo que você nunca experimentou antes — falo, erguendo nossas mãos unidas na altura dos nossos rostos e me inclinando para sussurrar provocativo contra o seu pescoço, com a voz rouca de paixão: — Então não se preocupe, eu ensino você. Eu sou muito bom nisso...

Tenho certeza que estou segurando Jimin na posição certa, mas, porra, ele está reagindo como se eu estivesse fazendo algo totalmente indecente.

Eu fecho os olhos e respiro fundo para a sua arqueada e a esfregada que seu corpo macio e quente dá contra o meu. Puta, merda, inferno.

— Okay, só... — limpo a garganta de mansinho, tentando mentalizar os passos da coreografia para não acabar em um uma situação complicada. — Nossos corpos já se conhecem, Sol. É só me seguir e me deixar guiar você. Confie seus movimentos em mim, como sempre faz quando a gente dança... entre outras coisas mais.

Jimin se vira com a respiração alta e coloca seu olhar acentuado sobre mim. Aí está: minhas tão famigeradas bochechas coradas e suas variações de escarlate. Espalhado pelo rosto, centro da testa e nariz, está um tom rosa claro extremamente meigo e delicado. Abaixo dos olhos e mais acima das bochechas, o tom já é realmente vermelho. Preciso dizer que falei "minhas" porque tudo nele me pertence? Como eu amo pra caralho despertar essas reações nele.

— Eu vou começar, tudo bem? — Aviso, endireitando a minha postura e dando a chance para que Jimin se ajuste também.

Algumas pessoas valsam descontraídas no meio da pista, mas é claro que a atenção se volta toda para ele e eu quando começamos a dançar. São os passos mais simples que já executamos juntos até hoje, mas nem por isso deixa de ser menos fascinante. Vê-lo dançar é fascinante. Não importa se é uma valsa do meio de um salão ou uma brincadeira de ciranda numa roda de crianças. Seu brilho consegue atrair toda a relevância do ambiente, e se ele sorrir, então, a perspectiva só se torna ainda mais magnífica.

E ele está sorrindo agora. Para mim. Por mim. Comigo. De nós. Nossos passos começam a ficar mais rápidos e ele consegue me acompanhar. É claro que ele consegue. Dois passos para a direita, dois para a esquerda, um passo para trás, outro para frente, gira e começa outra vez. Rodamos a pista de dança nesse ritmo, e em determinado momento eu não sei mais se estou anestesiado pelo som das suas gargalhadas ou pela visão que faz meu coração bater mais rápido do que o meu corpo está acostumado a executar.

A experiência acaba saindo muito mais divertida que sensata, a ponto de me fazer esquecer do seu propósito inicial, e quando a música acaba, terminamos reduzidos a uma crise de gargalhadas, com as testas apoiadas um no outro, enquanto um coro de aplausos trovejantes chove sobre nós. Viramos o centro das atenções esta noite, e não pelo motivo que eu previ.

Todos os nossos amigos estavam nos assistindo, assim como nossos conhecidos e familiares. É a primeira vez que outras pessoas têm a chance de ver como a sintonia entre os nossos corpos não se limita somente à superfície de uma cama e ao entoar de gemidos. Pela primeira vez, puderam ver a origem da minha conexão com Jimin e como nossas almas se acendem quando dançamos juntos.

— Nunca pensei que valsa poderia ser tão intensa — Jimin diz agitado, como se o ar que estivesse entrando em seus pulmões fosse rarefeito.

Eu não me encontro muito diferente, no fim das contas.

— Normalmente não é — falo baseado no meu melhor julgamento, ofegando — mas acho que a gente mais saltou e correu do que realmente dançou. — Pego seu rosto com delicadeza em minhas mãos e beijo o canto da sua boca, sua bochecha, sua testa, a ponta do nariz, e quase não consigo fôlego para dizer: — Droga, eu deveria estar abrindo o meu coração pra você agora.

Jimin coloca as mãos sobre os meus pulsos, e há uma pausa de efeito antes que ele diga: — Você está — termina sorrindo para mim.

Um sorriso aberto, caloroso e que ilumina o seu rosto inteiro. Só para mim, não importa a multidão sobre nós. Estranhamente, nesse momento, eu sinto esse sorriso como sendo mais íntimo que qualquer contato sexual que já tivemos. Algo intenso nele, que consegue ser mais puro e iluminado que o sol, me atinge e me aquece de uma forma como nunca antes. Talvez porque agora ele se sinta livre. Talvez porque agora ele tenha finalmente encontrado a paz.

Isso me faz querer ter mais dessa intimidade que é só nossa.

— Você confia em mim? — Eu pergunto a ele, repentinamente.

Jimin me olha acentuado e não hesita ao responder: — Com a minha vida.

— Me deixa te tirar daqui então — falo, determinado.

— O quê?

— Quero te levar em um lugar — termino lambendo os lábios nervosamente.

— Que lugar?

Meu coração bate acelerado quando eu movo o polegar para acariciar sua bochecha e termino dizendo:

— Eu não deixei de pensar nas coisas que me disse ontem nem mesmo por um segundo, Jimin — dou-lhe um olhar fervoroso. — Eu fiquei remoendo cada. uma. delas. Uma após a outra. E eu sinto muito, muito, por ter deixado as coisas chegarem naquele ponto.

Noto como a borda de ansiedade em torno dele começa a aumentar, e faço o possível para transmitir paz no ponto onde nossos olhos se encontram, com meu dedo ainda afagando o seu rosto, apesar de eu estar nervoso também. A diferença, é que sou melhor em disfarçar.

— Olha, eu sei que te prometi que abriria o meu coração pra você, e eu vou — engulo, dando continuidade — mas tem coisas que eu preciso te dizer, que preciso que seja a sós. Não aqui. Não na frente de toda essa gente.

Jimin acena devagar; um tanto descoordenado, mas não desvia seus olhos dos meus nem por um momento.

— Tudo bem — ele diz, e é claro como está tentando se tranquilizar. — Pra onde vamos?

— Tem uma suíte esperando por nós em Sockho.

Jimin mal respira. Os dedos no meu pulso ficam mais apertados.

— Quando você preparou isso? — Ele pergunta instável.

— Hoje de manhã.

— É isso o que me disse que estava resolvendo na cidade quando foi no meu quarto mais cedo? — Seu raciocínio parece trabalhar por um instante.

— Uma delas.

Uma delas — ele repete.

— Sim — movo uma das minhas mãos para ajeitar a mecha de cabelo ruivo caída na maçã do seu rosto e a coloco atrás da orelha, terminando com um carinho sendo deixado ali. — Você vem?

Seus cílios tremulam, e ele desprende os dedos dos meus braços para tocar o meu maxilar e me puxar para um beijo, dizendo: — Eu iria a qualquer lugar do mundo com você, Jungkook.

Fecho os olhos quando sinto seus lábios nos meus. Eles se abrem de bom grado para mim, e o beijo vem acompanhado de uma leva de gritos e assovios de pessoas comemorando em algum canto à nossa esquerda que eu desconfio ser dos nossos amigos, mas não me permito disfrutar disso por mais do que dois segundos. Jimin dá um gemido insatisfeito quando eu desço as mãos do seu rosto para os ombros e coloco alguma distância segura entre nós.

É uma das merdas mais difíceis que já tive que fazer, mas ele precisa entender. Não aqui. Não, quando eu já me sinto desgastado e não arrisco mais a minha mão no fogo pelo meu autocontrole.

— Se eu começar a te beijar agora — confesso, apesar da tentação — eu não vou mais conseguir parar.

De repente, Hoseok e Yoongi estão parados ao nosso lado com quatro taças de champanhe.

— Eu sei que ninguém aqui está surpreso, porque era óbvio que vocês não conseguiriam manter as mãos longe um do outro por mais muito tempo, mas precisamos comemorar esse momento — diz Hoseok, sorrindo para nós.

Ele estende uma taça de champanhe para mim.

Taehyung e os outros vêm logo atrás, e me pega um pouco ver Jisoo e Jin com lágrimas nos olhos. Eu me endireito com um sorriso e aceito a bebida, ansioso demais para sair logo daqui com Jimin, mas não querendo transparecer para não fazer uma desfeita.

— Foi? Sem mais enrolação agora? — Yoongi pergunta, estendendo a outra taça para Jimin. — Finalmente. Eu não aguentava mais esperar. Bem-vindo a família Jeon, ruivinho.

Jimin pega o champanhe com confusão. — O quê? Mas eu já...

— Um brinde a nossa felicidade! — Eu falo rápido, erguendo meu braço para um brinde.

Outras sete taças acompanham a minha no ar.

— Um brinde ao amor! — Jisoo fala.

— Um brinde à perseverança! — Taehyung fala.

— Um brinde aos amigos que compartilham tudo um com outro sem predileção e que não deixam ninguém perdido e sem entender nada! — Jin fala, e todos caem na risada.

— Eu ia te contar! — Responde Jimin, emanando uma felicidade que contagia a sua volta.

— Sei. Claro que ia — e o puxa para um abraço.

— Um brinde a nunca deixar de lutar pelo que realmente importa! — Hoseok fala, e todos baixamos as nossas taças para que possamos beber.

Yoongi troca um olhar plano comigo enquanto tomamos o primeiro gole.

— E então — Hoseok diz, empolgando-se — o que vamos fazer agora para continuar com a comemoração?

Entrego a minha taça para ele.

— Vocês, eu não sei, mas Jimin e eu estamos saindo — dou um passo à frente e seguro a mão de Jimin contra a minha.

E quando penso que ele vai entregar seu champanhe intacto para Yoongi, ele bebe, tudo, e ainda toma a minha taça pela metade das mãos de Hoseok e repete o ciclo, virando. De novo. Em. Um. Só. Gole. Porra.

Todo mundo olha para ele, perplexo.

— Você não disse que não ia beber? — Pergunto, metade surpreso, metade deslumbrado.

Só então Jimin entrega os dois cristais para Yoongi, que agora estão vazios.

— Mudei de ideia — responde sem fôlego e aperta seus dedos com força contra os meus, me olhando com uma determinação que não estava ali até meio minuto atrás. — Vamos?

Eu já disse hoje o quanto eu sou louco por esse garoto?

— Por favor — digo com um sorriso.

— Devo esperar você acordado? — Taehyung arremessa a pergunta a distância quando começamos a caminhar para além dos limites da festa, e por mais que eu tenha consciência de que não tenha sido direcionada para mim, me sinto na obrigação de responder:

— Eu não esperaria por ele para o café da manhã.

Os dedos de Jimin dão um aperto involuntário em torno dos meus. Procuro seus olhos, mas eles não estão olhando para mim.

Continuamos andando até alcançarmos o lado de fora, onde a decoração limita-se somente na boa e natural vegetação do jardim, e o ar fresco da noite atinge nossas faces.

O som de música e de pessoas festejando vai diminuindo gradativamente, e a cada passo mais distante, as batidas do meu coração reverberam mais altas em contrapartida. É quase como se eu pudesse ouvi-las.

Eu tenho um milhão de coisas para dizer para Jimin, é óbvio. Mas também não deixa de ser óbvio o que vem logo depois. Eu não consigo parar os meus pensamentos de continuarem rondando em torno disso. Cacete, eu estou tentando muito não parecer um puta de um insensível que fica arquitetando mil formas de como destroçar as pequenas pérolas delicadas da sua camisa e arrancar ela para fora do seu corpo, mas só fica mais difícil a cada minuto.

Estamos cada vez mais longe, mais isolados, e não na direção do estacionamento, para a inquietação de Jimin.

— Sua mão está gelada — eu comento, tentando me distrair do rumo dos meus pensamentos.

Jimin ofega. — Estou nervoso — ele admite.

Pego seus dedos e os envolvo em uma bolinha dentro da minha mão, tentando tranquilizá-lo.

O último poste de luz fica para trás, e assim que meus olhos se acostumam com a escuridão, vejo Diana estacionada no limite entre o gramado baixo e árvores densas, de onde começa a mata.

— Por que Diana está aqui?

Sinto seu pulso se acelerando.

— O estacionamento estava cheio quando eu voltei da cidade à tarde — falo, e então me viro para ele quando paramos ao lado da porta do carro. — Ei... Sou eu, lembra?

Aperto a sua mão com confiança antes de puxá-lo para mim e envolvê-lo em um abraço, afundando-me em seu pescoço e sentindo o cheiro de perfume.

Fecho os olhos, com o sangue voltando para o meio das minhas pernas, e preciso de um instante para livrar a minha mente de pensamentos sujos quando Jimin enlaça seus braços em volta do meu pescoço e se pressiona contra mim, se colocando na ponta dos pés para alcançar meu ombro.

— Eu sei — ele diz, e o peso de ansiedade em torno dele parece ficar mais leve.

Seu rosto procura o meu através da pouca luz.

— Essa é a única coisa que ainda me tranquiliza — seus olhos são brilhantes mesmo no escuro — ser você.

Meu peito congela com o turbilhão de sensações.

Eu abro um sorriso lento e sereno, olhando através desses olhos, e com a minha voz cheia de calor e afeto, eu sussurro:

— Eu te amo.

Os segundos se escoam.

Jimin me encara. Ele pisca uma vez, depois outra, e dá quase para ouvir as vibrações da noite e das estrelas atroando acima de nós por entre o silêncio. O brilho dos seus olhos começa a tornar-se molhado, e eu me sinto sendo atingido por um raio de autoconfiança que me faz querer confessar todas as coisas que aprisionei dentro de mim dentro da última semana.

— Eu sei que palavras não são o bastante e que eu preciso de muito mais para me redimir com você — eu continuo, mantendo os meus olhos grudados nele — mas a coisa mais importante que você precisa saber agora, é que eu te amo. Porra, muito. Te amo demais. E eu fui um idiota por ter feito você esperar tanto tempo, por ter deixado o medo falar mais alto, mas que se foda agora. Eu quero você. Quero ficar com você, e eu prometo te fazer feliz enquanto meus pulmões forem capazes de carregar ar. Eu sabia disso desde o primeiro dia e eu vinha me preparando para te dizer isso já faz algum tempo, mas eu não sabia como enfrentar, como lidar com a insegurança, porque eu estava com medo. Eu estava com medo e fiz você sofrer, Sol. Por favor, me perdoa. Você não sabe como—

Jimin cala a minha boca com um beijo. Jesus, Maria e José. E que beijo.

É tão bom que eu me esqueço por um momento de que tenho um corpo, mãos, e movimentos perfeitamente funcionais. Deixo apenas que minha boca se encha de saliva e trabalhe em torno dos lábios úmidos, língua quente e gosto açucarado que se vendem para mim, com meus próprios músculos entorpecidos e a mente nublada. Mas aí eu me lembro. Eu me lembro e não meço mais esforços em agarrar Jimin pela bunda e puxá-lo com um só braço para o meu colo, enquanto uso a outra mão para saquear todas as curvas do seu corpo e empurrá-lo em cima de onde eu já me encontro mais duro.

— Jimin — eu o chamo enquanto eu ainda posso, enquanto ainda não deixei o tesão me consumir por completo e eu ainda quero fazer a coisa certa, com ajuda, porque sozinho eu não consigo mais. — Se isso continuar assim, eu vou te arrastar para o banco de trás desse carro e vou te fazer gozar tão forte com o meu pau enterrado dentro de você, que pelos próximos dias, tudo o que você vai conseguir fazer vai ser chamar o meu nome e se perguntar como sobreviveu tanto tempo sem mim. Só que eu não quero parecer bruto e incivilizado quando temos uma cama linda, enorme e confortável esperando por nós em Sockho, então me pare agora.

Jimin arqueia seu peito e se move, aninhando a fenda da sua bunda macia e redonda contra a protuberância no meu colo, com seus olhos se delineando mais abertos, mais magnetizados – enérgicos.

— E se eu não quiser? — Pergunta ele, com a respiração profunda e irregular.

Eu encaro de volta seus olhos fissurados, certo de que eu estou prestes a perder a minha boa conduta e cavalheirismo em prol da insensatez. Porra. Eu esperei muito tempo por isso. Eu me preparei, e cuidei para que fosse perfeito para ele, com direito a velas e pétalas de flores; tudo o que um bom homem faria. Um bom homem esperaria civilizadamente os quarenta minutos da viagem para proporcionar a Jimin uma primeira vez inesquecível dentro de um quarto de hotel aconchegante ao invés de um carro apertado há poucos quilômetros de distância de uma festa movimentada.

Bom, eu não sou um bom homem.

— Você não devia ter dito isso, bebê...

Eu agarro seu queixo e ergo a sua cabeça mais para cima, impulsivo, mas ainda gentil, na altura perfeita para que ele possa ser beijado. Jimin fecha os olhos e espera...

No entanto, arrasto meus lábios sobre os seus, escorregando para o maxilar... pescoço... até estar sugando o lóbulo da sua orelha para poder sussurrar: — Porque eu vou foder bem gostoso essa sua bunda aqui e agora, meu amor...

Jimin solta um suspiro tão intenso que é mais como um choro de frustração que um simples som desesperado.

— Sim... — não só a voz, mas seu corpo inteiro parece derretido quando ele fala: — Eu quero que me mostre de uma vez por todas como é que você fode, Jungkook...

Porra. Porraaaa. Jimin quer me dilacerar.

Só Deus sabe o quanto eu esperei por isso. Anos. Meses. Hoje, o dia todo. Quando o encontrei todo vestido em seu quarto, com exceção da abertura tentadora em suas costas e o ombro nu debaixo da cortina escura e sensual de cabelos ruivos, eu senti que eu pudesse adoecer se eu não o tocasse. Deus. Minhas mãos tremiam. Jimin estava tão lindo, tão sexy com aquele maldito corpo perfeito moldado dentro de uma calça azul apertada, que fez não só o meu pau, como o meu coração se contrair por ele. "Até o fim da noite você será meu". Nunca uma promessa que fiz para mim mesmo foi tão vivida quanto aquela, e agora ele está aqui, no meu colo, nos meus braços, implorando por mim, dentro dele, porque a sorte resolveu me estapear o rosto e agora eu mal posso conter a vontade de sorrir por ser o filho da puta mais sortudo do mundo.

Podemos terminar o que começamos no hotel, mas eu não posso mais esperar. Não quero mais ter que esperar para tomar o que me foi privado durante tanto tempo. Cacete. Eu preciso dele. Meu pau precisa dele; quente, macio, apertado, molhado e abrigando-o. Ou é isso, ou eu acabarei tendo um infarto pela necessidade inibida.

E Jimin está tão duro contra o meu estômago que eu já posso imaginar como ele está se melando inteiro por mim. E se contraindo para mim.

Deus do céu. Quero tanto meter o meu pau lá dentro que posso até sentir as contrações.

Mal respiro quando destravo a porta do carro com o controle automático que estava no bolso do meu paletó e arrasto Jimin para dentro, praguejando todos os piores nomes possíveis, amaldiçoando toda essa geração e as próximas também, porque boas palavras nunca seriam o suficiente para expressar a intensidade do desejo que sinto por ele. Inferno, porra, eu te quero tanto, tanto, tanto.

Todos os movimentos vindos a seguir são de puro descontrole e desespero; o desejo nos pavimentando pelo contato aflito de pele contra pele.

De alguma forma, Jimin acaba completamente nu no meu colo, enquanto tudo o que tenho são os botões da camisa escancarados, uma gravata afrouxada e um zíper aberto enquanto a ponta do meu pau brilha para fora com uma pré-ejaculação escorrendo sobre ela.

— Um pau tão lindo... — Jimin murmura vidrado, subindo seus dedos pela minha coxa em direção a virilha, até estar o alcançando e o envolvendo dentro de um aperto firme.

...E sempre com essa cara safada que deturpa todos os meus neurônios.

Ele começa a bombear.

Eu fecho os olhos. Minha respiração sibila. O contraste entre ele estar totalmente nu e eu quase que inteiramente vestido, só me deixa ainda mais excitado.

Deus. Isso nunca vai deixar de parecer como se fosse a primeira vez. Sempre muito perto. Sempre com Jimin. Gozamos como dois adolescentes do colegial a semana inteira, e eu ainda preciso continuar pensando em todas as piores porras possíveis se não quiser vir logo depois do primeiro toque. "É que você é muito gostosa" soa simplesmente como a desculpa mais ridícula já inventada por homens para justificar uma ejaculação precoce. A menos que você esteja transando com Park Jimin.

Abro os olhos, e eles bebem lentamente seus lábios fartos, ainda mais inchados pelos beijos, presos debaixo dos seus dentes, como a droga de uma tentação, e torna-se simplesmente impossível não enfiar os dedos na sua nuca para puxá-lo para um beijo. Nenhum homem com sangue consegue olhar para esses lábios e resistir ao pensamento de colocar o pau ou a língua entre eles, mas saber que eu sou o único quem pode fazê-lo me excita ainda mais, e eu o beijo mais profundo, mais faminto e mais possessivo, com os dedos apertando e explorando a nudez das coxas e da bunda de Jimin com força. Jimin geme baixinho, começando a se contorcer contra mim enquanto me masturba, lento, com seus lábios cheios agarrados aos meus.

— Então você gosta do meu pau, Sol? — Pergunto, levando toda a minha força para não o virar sobre esse banco e fodê-lo de uma vez.

— Sim, Jungkook... gosto muito... — ele me segura apertado entre os dedos e morde os lábios, desviando seu olhar para apreciar a ereção grossa em sua mão.

E é maravilhoso vê-lo torcer o rosto em uma linda expressão de prazer quando eu direciono um tapa forte na sua bunda, agarrando a carne macia com os meus dedos e espalhando as bandas para direcioná-lo em cima da minha ereção.

Minha boca então alcança um dos seus ouvidos e eu sussurro: — Eu aposto que você vai gostar muito mais quando ele estiver enfiado até o talo dentro desse seu rabo gostoso.

Ele geme e se empina para mim, empurrando a bunda na minha mão como que pedindo por mais um tapa e libera a minha ereção para poder se esfregar direito em cima dela, espalmando uma mão aberta no meu peito e enrolando a outra em torno da minha gravata com duas voltas apertadas.

Toda vez que se move, seu pau duro e completamente molhado se esfrega no meu abdômen, e isso é gostoso de um jeito absurdo.

— Que delícia... — eu rujo com a voz grossa e a mão rude e pesada carimbando a marca dos meus dedos na sua pele outra vez. — Porra, eu fico louco com essa sua bunda. É tão macia e gostosa...

Assim que sente o prazer da ardência, Jimin solta todo o seu ar com força e crava suas unhas com força no meu peito, tentando de alguma forma descontar a dor e buscar algum alívio. Machuca um pouco, mas eu não me importo.

Eu enrosco os dedos nos fios do seu cabelo e puxo a sua cabeça para trás. Jimin me olha febril, com os lábios entreabertos, e seus olhos se abrem ainda mais quando eu empurro dois dedos dentro da sua boca e ordeno: — Chupa.

Leva dois segundos para que a névoa se limpe da sua mente e ele esteja chupando. Exatamente como eu mandei. De olhos fechados e gemendo sem pudor algum, com todo o seu prazer explicitamente se concentrando na sua boca, nos movimentos de língua e na sucção molhada, mostrando-me como eu não estava errado em dizer que nada combina mais com os seus lábios do que um pau – ou um dedo – inserido no meio entre eles; mostrando-me como ele nasceu para ter a sua linda boca preenchida.

— Isso... assim... — eu falo rouco, acariciando o seu rosto o tempo todo como se ele fosse a coisa mais preciosa do mundo, e de fato ele é — baba ele inteirinho...

É ridiculamente satisfatório como Jimin obedece outra vez e baba. Baba pra caralho. Baba com vontade. A visão me deixa hipnotizado. A saliva escorre, brilhante, devagar, e faz a minha respiração deixar os pulmões como duas brasas quentes, subindo pela minha faringe e queimando o meu corpo de dentro para fora enquanto o meu pau lateja quente debaixo de um corpo acolhedor e um par nádegas macias.

Nádegas que pertencem a mim. Um corpo que pertence a mim. Assim como tudo nele e todo ele. Meu. Só meu e de mais ninguém.

Extasiado e com dois dedos encharcados o suficiente, eu esvazio sua boca. Jimin ainda se inclina com um gemido, não querendo deixar ir; não querendo parar de chupar, como se precisasse de alguma coisa o tempo todo preenchendo essa parte dele.

Mas eu estou prestes a dar-lhe uma nova nesse exato momento.

Eu olho para o seu rosto na sombra, para a angelical curva das suas bochechas, para os cachos ruivos e desalinhados caídos sobre as têmporas, para a boca tão vermelha quanto duas cerejas maduras e para o pequeno queixo triangular brilhando com saliva fresca e quente. Deus. Eu estou fodido.

— Me beija — eu sibilo.

Meu coração entra num estado rítmico de euforia quando sinto seus lábios nos meus. Eu me pego envolvendo a cintura estreita com a palma das mãos, completamente apaixonado, e mergulho a minha língua molhada de volta dentro dele, preenchendo-o outra vez, exatamente como ele queria, com partes do meu corpo dentro do seu corpo. E é tão roubado a naturalidade disto que a onda de desejo que varre os meus sentidos é quase violenta em sua intensidade.

Minhas mãos agarram a sua bunda com força, e antes que Jimin tenha tempo de responder ao aperto fervoroso, eu empurro um dedo molhado comprimido para dentro.

Jimin libera um gemido engasgado. A porra de um gemido delicioso.

Ele se arqueia para trás, arfando, e em seguida geme outra vez quando a ponta do meu dedo se curva para cima e acaricia. Sua entrada se comprime com tanta força que é quase doloroso.

Um segundo dedo escorrega para dentro, e o aumento da pressão em torno deles faz a minha cabeça despencar. Inferno, que delícia...

— Eu sempre fiquei me perguntando como é que o meu pau ia caber aqui dentro — eu murmuro, penetrando-o mais fundo — é tão apertado...

Jimin se contorce por inteiro no meu colo. Ele afunda o nariz no meu pomo de adão e choraminga, arrancando arrepios na minha pele com sua respiração pesada e pequenos ganidos baixinhos, e então começa a empurrar o corpo na direção da penetração, mal se impedindo de manter os quadris quietos. Meus dedos empurram de volta nele, entrando e saindo, se abrindo dentro dele, tentando ganhar espaço em um lugar que parece impossível apesar do esforço.

— Jungkook, isso... — ele geme arrastado, moendo-se no meu colo — por favor... assim eu vou...

— Shhh... — eu murmuro no seu ouvido.

Eu corro o risco de fazê-lo gozar antes que eu meta nele, eu sei, mas eu não posso parar agora. Não quando ele está contraindo deliciosamente como uma puta no cio, gemendo erraticamente, resvalando-se nos meus dedos e dilatando-se para mim enquanto começa a implorar para ser fodido com um longo e contínuo gemido: — Por favor, por favor, preciso de você...

Quando um terceiro dedo é enfiado sem muita dificuldade, eu deixo ir.

Jimin resmunga e afunda os dentes na pele do meu pescoço, choroso, insatisfeito, com seu buraco agora vazio e piscando ao redor de nada.

Eu acaricio seus cabelos molhados de suor e beijo seu ombro. Digo a mim mesmo para soltá-lo e colocá-lo sobre o banco para conseguir me esticar e pegar algo dentro do porta-luvas, mas meus braços simplesmente se recusam a obedecer.

Sendo assim, eu apenas me inclino e aciono uma trava lateral que faz com que o banco do motorista caia para frente, facilitando para que eu alcance o compartimento no painel do carro, mantendo Jimin preso no meu colo.

— O que é isso? — Ele engole, olhando para a sacola de papel.

Então eu tiro um lubrificante e uma caixa de camisinhas de dentro dela.

— Mais uma das coisas que preparou na cidade hoje cedo?

— Uma delas.

Uma delas — ele repete outra vez. — E tem mais?

Ao invés de responder sua pergunta, eu sorrio sacana e seguro em seu queixo, puxando-o para um beijo. É incrível como Jimin volta a se derreter em segundos e toda sua recente tensão se dissolve como água. Uma carícia, e ele fica ainda mais alto. Mais beijos, e entre um toque e outro, eu o acaricio com a língua e faço a sua pele se arrepiar.

Jimin joga os braços em volta do meu pescoço e começa a se esfregar em mim novamente, rebolando no meu colo, gemendo manhoso e me fazendo grunhir com a sensação de atrito contra o meu pau.

Eu forço meus lábios a baixarem para o seu pescoço e procuro pelo lubrificante, espalhando uma porção sobre os meus dedos enquanto sugo deliciosos hematomas na sua pele, e retorno a introduzi-los em estocadas de volta dentro do seu corpo; os três de uma vez. Em seguida, dou um beijo na parte inferior de um mamilo.

— Jungkook...

O som do meu nome saindo dos lábios dele é tão inesperado quanto excitante. Jimin fecha seus dedos, cravando as unhas nos meus ombros, e enquanto geme coisas delirantes com a respiração acelerada, ele se contorce e empina a bunda para trás, pedindo mais por puro reflexo.

Eu cuidadosamente puxo meus dedos para fora, e enfiando a outra mão nos seus cabelos para agarrar sua nuca, eu direciono a minha boca para o lóbulo da sua orelha e sussurro:

— Senta no meu pau, bebê...

Jimin ofega. Ele se afasta para me olhar nos olhos, muito intenso, e ele começa a se apoiar sobre os joelhos, deslizando seus dedos pela extensão do meu abdômen até a virilha, e sem deixar de me encarar como a criatura mais devassa que já existiu, ele agarra minha ereção com a mão e a envolve dentro de um aperto ardente.

A fisgada de prazer na minha virilha é tão violenta que o meu pau baba ainda mais intensamente. — Porra...

Eu pego a caixa de camisinhas sobre o assento, ansioso, mas paraliso quanto toda a minha atenção é desviada repentinamente para o amontoado de lubrificante sendo despejado diretamente sobre o meu pau. Dedos se fecham em torno dele. Para cima e para baixo. E espalham.

Recosto-me para trás e fecho os olhos, com meu corpo inteiro se tensionando de prazer, sem conseguir pensar em mais nada, preso na ideia de tê-lo sentando assim em mim.

Nunca me incomodei em fazer sexo seguro. E não ter tido uma parceira fixa ou uma em que eu confiasse durante toda a minha vida nunca me possibilitou experimentar o oposto, também. Mas só de me imaginar descarregando todo o meu prazer dentro dele escorrendo por entre as suas pernas, já me faz ver estrelas.

— Jimin, o que... — minha voz sai áspera, quase como um grunhido.

Jimin se ergue, apoiando uma mão sobre o meu peito, e então começa a se posicionar sobre o meu pênis.

— Eu quero sentir você... — ele diz, soando como uma tentação — quero sentir o quanto você é quente... — lentamente, ele vai se afundando em mim, surrando-me com um aperto tão incrível que me faz atingir uma chama de calor e suar debaixo das minhas roupas — quero sentir sua textura, a maciez, pele com pele, você, puro, livre, sem nada... — insiste — por favor...

Eu não me movo.

Quando sua bunda toca a minha virilha, Jimin para, com olhos arregalados e um rosto corado. Olhamos um para o outro, a meia luz, e ofegamos juntos com o peito se movendo rápido e nossas respirações desreguladas.

Porra.

Merda.

Caralho.

Inferno.

Desgraça.

Está acontecendo. Eu estou dentro de Jimin. Eu estou dentro da pessoa que eu amo. No modo mais profundo possível. E tão fodidamente apertado que mal me sobra espaço para pensar.

Eu posso senti-lo onde cada curva interna sua me comprime. Posso sentir o calor. Posso sentir a umidade. A contração macia da sua pele pulsando diretamente contra a minha. Jesus.

Jimin começa a se mover, e puta que pariu. Eu não consigo fazer nada além de observá-lo. Vidrado. Em transe. Tomado pelas sensações de prazer que ele continua construindo em mim enquanto se movimenta. Ele desliza para cima e para baixo, com essa expressão chorosa, porra me esmagando, e se já era blasfêmia o aperto molhado da sua boca em volta do meu pau, não há nada então que se compare a sensação disto.

Vê-lo mordendo os lábios enquanto se empala e me toma mais fundo, acelerando, com seus gemidos cada vez mais altos, o olhar perdendo o foco, ofegando e contraindo-se em torno do meu pênis dolorido, começa a me fazer perder o controle, rápido. Uma gota de suor escorre na minha testa, e eu tento desviar o meu foco para outra coisa que não seja essa sensação infernal de gostosa da sua bunda batendo nas minhas bolas, mas é impossível no ritmo em que Jimin está. Eu simplesmente não consigo parar de olhá-lo.

Totalmente fora de si, ele aperta as duas mãos no meu peito e começa a murmurar alguma coisa como Oh Deus, Oh Deus, Oh Deus, jogando a cabeça para trás e fodendo-se mais duro no meu pau, mais desesperado, mais inconsequente, fazendo um calor descomunal crescer dentro de mim e se espalhar... se intensificando... mais arrebatado... maior... crescendo...

Cacete.

Rangendo os dentes, eu agarro a bunda de Jimin com as duas mãos e travo ele no meu colo.

Meu primeiro movimento conexo em minutos.

Não se mova. Nem respire, se possível...

— Puta merda, ruivinho... — eu o agarro pela nuca e colo a sua testa na minha, respirando com dificuldade. Foi por muito, muito pouco.

— Está tudo bem? — Jimin pergunta, e só pelo tom da sua voz posso sentir que está tão instável quanto eu.

Mas eu não respondo. Bom, pelo menos não com palavras.

Sem aviso prévio, eu o levanto e o deslizo para fora do meu pau, ouvindo um choramingo inconformado antes que eu esteja rolando seu corpo sobre o banco e o colocando em uma posição deitada, com os joelhos dobrados e abertos para mim. Jimin suspira, mal se esquecendo de suspirar de novo mais uma vez quando eu puxo a minha camisa e a gravata para fora do meu torço e assisto o seu corpo nu, cobiçando-o com um olhar predatório. Seus joelhos se fecham por reflexo, e eu coloco minhas mãos sobre eles e os mantenho abertos para mim, observando o seu pau vermelho e brilhante acima do seu buraco pulsante e tão malditamente vazio, com água na boca. Eu abro a porta do carro atrás de mim para ganhar mais espaço e me estico entre suas pernas abertas, sentindo Jimin estremecer quando a minha respiração resvala contra a sua ereção dura tão próxima do meu rosto.

Eu sorrio.

— Ouça — digo, acariciando e beijando o interior das suas coxas, dando pequenas mordidas e lambidas provocantes antes de empurrar dois dedos dentro da sua entrada molhada — eu quero fazer uma coisa, mas eu não garanto ser o melhor nisso, até porque, como você deve saber, eu não tenho nenhuma experiência — meus dedos torcem-se para cima, e Jimin soluça com uma contorção e as costas arqueadas sobre o estofado do banco — mas você pode me deixar ficar praticando. Eu prometo ficar bom com o tempo.

A intensidade no olhar surpreso que ele me direciona é emocionante.

Só não é mais emocionante que o seu grito de prazer quando eu espalho suas pernas e tomo o seu pau na minha boca.

O gosto explode na minha língua, o mel da sua excitação vazando pela glande e se dissolvendo na minha saliva, e eu me recuso a desviar o olhar do rosto dele, querendo capturar cada reação enquanto eu movo a cabeça, sugando, descendo um pouco mais para testá-lo e me surpreendendo com o quão viciante isto pode ser. É diferente de tudo o que eu já provei. É bom. E gostoso. Eu quase posso entender porque Jimin geme tanto quando está me chupando, mesmo quando não há um único dedo tocando o seu corpo. Não há nada mais prazeroso que a luxúria escaldante de sentir a excitação de outra pessoa pulsando crua e vívida bem na ponta da sua língua.

Eu o saboreio com a minha língua, e tiro por um momento para fora da minha boca, dando algumas lambidas e testando novas sensações antes de envolvê-lo com meus lábios outra vez e tentar tomar tudo até o fundo, engolindo tudo o que posso. Droga. Esta parte não é tão fácil quanto Jimin faz parecer.

Jimin se contorce e geme tanto que começa a tornar-se difícil manter os movimentos em um ritmo constante. Eu tento prendê-lo no lugar com uma mão enquanto a outra fode incessantemente a sua entrada apertada, mas a tentativa de mantê-lo quieto é quase inútil. Jimin retém uma mão presa no meu cabelo. A outra, apoiada na janela do carro, com a marca dos seus dedos tatuando o vidro embaçado. Uma puta visão do paraíso. Quando a ponta da minha língua se prensa contra a linha na parte de trás da sua glande, sinto a minha boca ficando mais molhada com o mel da sua pré-ejaculação.

— Que delícia, amor...

Minhas sobrancelhas se franzem, e eu não consigo parar de prová-lo, sentindo-o ir do céu ao inferno com os movimentos da minha boca.

— Você é tão doce... — eu lambo um círculo lento em torno da sua ponta, e em seguida, beijo o caminho ao longo do seu comprimento — tão sensível... — sugo com uma leve pressão antes de lamber outra vez, saboreando mais, recolhendo toda a umidade que flui para fora dele — e você está vazando tanto... de tão devasso que você é.

— Jungkook — Jimin grita arrastado, e seu buraco aperta desesperadamente em torno dos meus dedos — Deus, eu vou...

Eu me ergo em um pulo, abro suas pernas e empurro o meu pau de volta dentro dele.

Não ainda, ruivinho.

Eu tomo a sua boca como um animal faminto, grunhindo, com meus ombros tensos e os bíceps flexionados enquanto eu começo a bater dentro dele, em um ritmo rápido e profundo, sentindo a rigidez incrível do seu corpo me comprimir e sugar gulosamente o meu pênis para dentro a cada nova contração. E assim eu vou beijando a sua boca, mais áspero, mais insaciável, puxando-me para fora e empurrando novamente, trepando com ele da forma como eu sempre quis, enquanto Jimin se retorce debaixo de mim e me proporciona a porra do prazer mais gostoso que já senti em toda a minha vida.

É satisfatório em um nível completamente diferente de tudo o que já fizemos antes. Apreciá-lo tão louco e fora de si enquanto eu me enterro nele e ouço seus gemidos cada vez mais altos, mais contínuos, literalmente gritando em torno do meu pau enquanto se agarra à porta com os dedos retesados é a coisa mais sexy que meus olhos já viram, caramba. Todos os meus outros sentidos também são inundados de percepções novas que se alastram pelos meus nervos e se dissolvem em forma de prazer. Eu pensei que não poderia me sentir mais louco e apaixonado por Jimin, mas aqui está ele, me estapeando a cara novamente e provando que não há limites quando se trata de me ter enrolado em seu dedo mindinho.

— Você é meu — sussurro na sua bochecha, escorregando a boca em direção à sua orelha com a respiração ofegante e o peito chacoalhando com euforia. — Você vai ser meu pra sempre. Eu não vivo mais sem você. Eu fico doente se isso acontecer — sugo o lóbulo da sua orelha e mordisco o canto do seu maxilar.

Jimin abraça as pernas ao redor da minha cintura e afunda os calcanhares nos músculos da minha bunda, soluçando e gemendo a cada nova estocada, com espasmos involuntários me apertando em sua circunferência e me fazendo grunhir como um animal feroz. Ele começa empurrar de volta para cima, se empalando no meu pau, mais, mais e mais, e eu aperto seu quadril com uma mão possessiva, me sentindo tão extasiado que não consigo enxergar um palmo à frente do meu rosto com a minha visão completamente embaçada. Porra, porra, porra.

Eu estalo os quadris para frente e atinjo um ponto preciso que faz Jimin engasgar um choro de prazer.

— Oh, mais rápido — ele soluça, deslizando suas pálpebras fechadas e afundando as unhas com arranhões nas minhas costas enquanto lágrimas deslizam pelas suas bochechas coradas. — Mais rápido, eu preciso de você dentro de mim mais rápido...

Minhas narinas queimam, e eu defino um ritmo ainda mais veloz, torcendo meus quadris a cada impulso e esfregando o meu abdômen contra seu pênis preso entre nossos corpos.

— Deus, você é uma puta na cama — eu digo, olhando para ele. — Você tem essa carinha de anjo recatado, mas na verdade você é uma vagabunda para o meu pau, Jimin.

Eu agarro a sua coxa com um aperto violento, e logo eu estou sendo puxado para um beijo, com suas mãos procurando a minha nuca sem ver e seus dedos se afundando no meu cabelo solto e úmido de suor. Meus quadris continuam empurrando sobre os seus em um ritmo brutal, investindo contra a sua abertura escorregadia, duro e bruto, querendo dobrar Jimin ao meio, movido por uma força tão primitiva que quase beira o agressivo, com o meu pênis se movendo dentro e fora do seu buraco.

Os sons úmidos e molhados ficam mais fortes.

O ar dentro do carro tão quente, que queima os pulmões.

Jimin suga uma última vez em torno da minha língua e para de me beijar, ofegante, se perdendo numa mistura de gemidos e palavras desconexas, sentindo meu pau ir fundo dentro dele.

Seus dentes se afundam no meu pescoço. Suas costas se arqueiam, e o encalço de um líquido quente e viscoso molha o meu estômago. Eu solto um grunhido baixo, sentindo as contrações se intensificarem em torno do meu pau, e todo o seu corpo vibrar contra o meu enquanto ele goza – enquanto nós gozamos. É o bastante para mim. Nossos olhares se encontram, desorientados, e eu não paro de me mover nem quando a onda de prazer escaldante alcança todas as extremidades do meu corpo e deixa a minha visão branca, turva, nula, arfando com um gemido silencioso enquanto eu me derramo dentro dele e balbucio incansavelmente "Porra, eu te amo tanto, euteamo, euteamo, euteamo".

Eu continuo entrando e saindo devagarzinho até parar de vez, e deixo a minha testa cair sobre a sua, cuidando para manter o meu corpo suspenso para não esmagar Jimin com o meu peso.

Meus olhos se fecham.

Então, há apenas o som das nossas respirações.

— Jungkook... — meu nome é chamado quase sem forças, sua voz cansada e a felicidade pairando em sua borda. — Por favor, me diz que eu não estou sonhando...

Minhas pálpebras se abrem. Eu encaro o seu rosto.

— Casa comigo.

Seu corpo fica tenso debaixo do meu.

Há um grande período de silêncio antes que Jimin diga:

— O quê?

— Casa comigo — eu repito, e então tento mostrar através do meu olhar o quanto eu estou sério, embora seja difícil me concentrar quando eu ainda tenho uma parte de mim embalada fantasticamente dentro dele. — Eu ficaria de joelhos, se houvesse espaço para isso, então vamos só fingir que eu estou ajoelhado agora, e eu prometo me redimir sobre isso mais tarde.

Jimin cobre a boca com as duas mãos, negando. Uma lágrima solitária desce pela lateral do seu rosto, e ele continua fazendo um sinal de não com a cabeça, com as sobrancelhas franzidas. O que era uma lágrima torna-se duas, e logo três e quatro, até que uma porção delas esteja rolando para o lado e molhando os cantos do seu cabelo.

Eu mantenho meus olhos presos nele, transmitindo tudo o que não vem à boca. Odeio vê-lo chorar, ainda que por emoção, ceticismo ou o que for. Era para ele estar feliz, droga. Eu prometi que só traria felicidade a ele de agora em diante, e eu não vou quebrar essa promessa.

— Sol, você é meu melhor amigo há quase dois anos. Começou como minha melhor amiga, terminou como melhor amigo, e eu te garanto que já te conheço bem e a tempo suficiente para dizer que eu quero passar o resto dos meus dias com você — sorrio para ele e beijo a sua testa. — Você é tudo o que eu sempre quis. Amigo, parceiro, cúmplice, família, e ainda tem uma sentada que faz qualquer um esquecer até como se soletra o próprio nome. E se ainda assim você achar que é muito cedo, eu espero, não tem problema. Podemos nos casar depois que você se formar, e você ainda vai ter quatro anos para fazer perguntas e se acostumar com a ideia até lá. Teremos um noivado longo, mas quem liga? Você é perfeito, eu te amo, e eu sei que o meu coração já te escolheu. Basta saber se o seu me escolheu também.

As lágrimas agora rolam incessantemente, fazendo seus olhos brilharem e uma pigmentação avermelhada tomar a pele sob as suas sobrancelhas, ponta do nariz e pálpebras.

— Você ainda está dentro de mim — ele contesta, tirando a mão da boca.

— E?

— Você só está dizendo essas coisas por causa do calor do momento — nega outra vez, recusando-se a acreditar.

Por Deus. Eu me inclino e beijo seus lábios, macios, doces, um beijo de lábios fechados, tentando traduzir toda a minha honestidade a ele com só um toque.

— Não. Não estou — eu me afasto e o olho com uma expressão séria. — Quero dizer, em partes, porque não era bem desse jeito que eu tinha planejado as coisas, mas eu definitivamente posso te provar que não é nada inesperado.

Eu apoio a minha força sobre os joelhos e sobre uma das minhas mãos, e dou um jeito de nos erguer juntos, recusando-me a sair de dentro dele e pegando, também, o paletó embolado que ele arremessou no fundo do carpete quando começou a me despir às pressas.

Pensando bem agora, talvez eu devesse ter sido mais cuidadoso sobre isto, mas era impossível manter a cautela sobre as minhas ações quando simplesmente o corpo mais sensual de toda a Seoul se montava sobre mim e implorava para ser fodido.

— Eu estou carregando isto comigo desde a hora em que fui no seu quarto mais cedo — eu desfaço o bolo em torno do paletó e começo a procurar por algo dentro de um dos bolsos internos.

Jimin observa quieto o movimento das minhas mãos, e ele perde o fôlego quando uma pequena caixinha de veludo circular surge para fora da abertura do tecido de seda.

— Ai, meu Deus — ele diz em completo choque, seu corpo começando a tremer.

— Você estava tão agitado, e com razão, e por isso eu percebi que aquele não era o melhor momento para seguir adiante — e então usar covardemente a aliança escancarada da sua mãe sobre o móvel como desculpa perfeita para ter ido te ver. — Então eu quis esperar você se acalmar, estar mais descontraído...

Ocasionalmente, eu acabei comentando com Yoongi dois dias atrás sobre a minha ideia de pedir Jimin em casamento, quando a realização de que eu não poderia mais viver sem ele me atingiu em cheio e eu me dei conta de que teria um grande problema daquele período em diante quanto a lidar com minhas inseguranças, e o idiota ainda quase estraga a minha surpresa ao dar a Jimin as boas-vindas à família. Não passava de um pensamento no qual eu não sabia como fazer, quando iria fazer, mas me fez perder o sono e sair antes do nascer do sol para dar uma caminhada em volta do lago para colocar os meus pensamentos em ordem. Eu estava fodido. E eu tive ainda mais certeza disso quando Jimin apareceu horas depois na academia com um smoothie proteico e um sorriso apaixonante. Deus, ele era tão perfeito, e eu o amava tanto. A raiva se injetou nas minhas veias só com a menção de tê-lo indo para os Estados Unidos sem que eu o reivindicasse e o marcasse como meu.

Raiva por ser tão covarde.

E o que Jimin me disse ontem na beira daquele lago foi só a dose de coragem que eu precisava para jogar tudo para o alto e agir como o homem decidido que ele precisava que eu fosse.

— Por isso você agiu daquele jeito a festa inteira... — Jimin diz, constatando por si só o que esteve escondido atrás de seus olhos todo esse tempo, sem conseguir acreditar.

— Como um filho da puta cínico? Sim, mas você tem que admitir que funcionou — então, sorrio para ele, um grande sorriso emocionado que faz as minhas mãos tremerem quando eu abro a caixinha e lhe apresento o anel, tão lindo e excepcional quanto ele:

Feito de platina, ornamentado com pequenos diamantes brancos em toda a sua extensão, e com um enorme diamante oval amarelo no centro.

As lágrimas de Jimin voltam com tudo.

— Park Jimin, você é alegria que enche o meu coração, a paz que me tranquiliza nos meus momentos difíceis e o sol que me aquece e ilumina meus dias quando tudo parece uma grande tempestade sem fim, e eu não vejo mais uma vida para mim se você também não estiver nela — faço uma pausa para me acalmar, e prossigo: — Você aceita fazer parte da minha vida para sempre e se casar comigo?

Jimin não reage. Ele olha para o anel, olha para mim, e chora. Muito. Incontrolavelmente. Tanto, que todo o meu nervosismo e ritmos cardíacos acelerados pela espera de uma resposta começam a se transformar em preocupação.

Eu lambo os lábios, com uma expressão preocupada e incerta. — Sol, eu disse alguma coisa errada?

— Sim! — Jimin grita e se lança sobre mim, sorrindo, chorando, me beijando, o meu rosto, a minha boca, os meus olhos, as bochechas, o maxilar, tudo, euforicamente. — Deus, sim, sim, sim!

Seu aperto é tão forte que mal consigo respirar. Ou pensar, com o agito dos seus quadris me fazendo endurecer dentro dele novamente.

É como se Jimin estivesse tendo um ataque de euforia sobre o meu colo, me beijando com força, inquieto, suas mãos apertando todos os músculos da minha nuca a ponto de quase quebrar o meu pescoço.

— Eu aceito me casar com você — ele repete outra vez, agora mais ofegante que antes. — Deus, eu nem posso acreditar. Isso é um sonho? Eu estou tão... Ah! — Seus olhos estão queimando em lágrimas, seus lábios, seu corpo, tão bom, tão perfeito, tão certo.

Eu finalmente consigo reagir. Eu enfio o anel no seu dedo, mesmo com toda a agitação, e esmago seu peito contra meu, tão feliz que nem sou capaz de processar.

— Obrigado — eu digo a ele com um mega sorriso. — Você acaba de me tornar o homem mais feliz desse mundo.

Sou eu quem o puxa para um beijo dessa vez, e Jimin solta um pequeno gemido ao que o aperto em torno da sua cintura acaba movimentando seu corpo em torno do meu eixo, agora completamente duro, inserido nele.

— Só não mais feliz que eu — contesta, e sua voz some quando eu travo minhas mãos uma de cada lado em seus quadris e começo a empurrar para cima.

Um pequeno ruído escapa pelos seus lábios e ele tomba a cabeça para frente, continuando a se mover e retribuir seus movimentos para baixo por vontade própria.

— Então essa rebolada gostosa que você está dando no meu pau é felicidade? — Um lampejo de diversão brilha em meus olhos.

Jimin apoia as duas mãos abertas no meu peito, arfando, rendido e acena; mãos essas cujo uma se destaca lindamente pelo brilho amarelo ilustre em seu anelar esquerdo.

Eu sorrio, deslumbrado, e logo eu estou fodendo com ele novamente, deslizando-o para cima e para baixo no meu pau enquanto o meu peito é tomado por um sentimento tórrido e enlouquecedor.

— Park Jimin, eu vou te fazer tão feliz essa noite que você mal vai conseguir andar amanhã de manhã — anuncio.

Jimin me olha, e sorrindo, ele apoia a sua testa na minha e começa a cavalgar mais rápido. — De agora para frente, você vai ter que me fazer feliz assim todos os dias.

Porra.

— Será um prazer, meu noivo.

Data da postagem do Epílogo: vamos deixar para o dia 20, mas lembrando que pode sempre mudar.

E aí? O que acharam? Como foi chegar até aqui? Pra quem acompanha AcidEla desde que isso daqui era tudo mato, vocês estão bem???

Nossa, eu mesma mal consigo acreditar que cheguei até aqui. Foram muitos momentos diferentes, um longo caminho percorrido, e quando eu olho para trás e vejo tudo o que passou, a vontade de chorar vem grande. 

Sei que ainda falta o epílogo e que ainda tem umas coisinhas para vir e  outras para descobrir, mas, nossa, a sensação de devercumprido é de tirar o fôlego. Tenho tanto a agradecer a vocês, tanto a dizer, mas por hora, espero que tenha conseguido alcançar seus corações com o início do fechamento da história dos nossos eternos Ji (Ariel) e Jungkook (Zach).

E para quem estava querendo enforcar meu filho no capítulo passado, espero que o Jungkook tenha conseguido surpreender vocês também. Ele é, sem dúvidas, a pessoa que mais se importa com o Jimin nessa história, e tudo o que ele faz, mesmo as atitudes inseguras e a demora para agir, é tentando pensar no melhor pro Ji.

Vocês não sabem como é finalmente colocar no "papel" um pedido de casamento que foi planejado a um ano atrás... Sim. Pro Jungkook foram três dias esperando. Para mim foi um ano. Chorei mais que o Jimin nesse capítulo.


Colocando agora as postagens de vocês pelas tags porque não pode faltar:

VIVA OS GAAAAAAAAAAAYS

Isso me pegou fundo, porque a coisa que eu mais desejei esse capítulo inteiro foi um abraço do Zach.

Pra vocês verem, tudo se desenvolveu depois que o Zach chamou o Ari de Sol. Era só disso que a história precisava para se resolver.

"O Jimin quando o Jungkook pede ele em casamento"

ISSO DAQUI FICOU MUITO NHONHO 😭🤏 obrigada, meu amor, eu adorei

Aqui eu me despeço, minhas pimentinhas. Vejo vocês dia 20. Aguenta o choro que ainda tem mais.

Pergunta: Quem aí já desconfiava que o Jk pediria o Ji em casamento?

Continue Reading

You'll Also Like

160K 10.7K 39
Após sair do Clube de Regatas do Flamengo, Maria Eduarda passa a exercer sua profissão de preparadora física na Sociedade Esportiva Palmeiras. Ela só...
830K 90.5K 51
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
77.6K 10.2K 27
Wednesday Addams, dona de uma empresa famosa, acaba perdendo sua melhor top model para empresa rival. Com Edward em sua cabeça, Wednesday decide ir e...
936K 46.5K 70
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...