Entre presas e garras [Jikook]

By SebaJmy

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[FINALIZADA] A família Park era uma alcatéia muito bem falada, principalmente por sua linhagens de visconde... More

O início
I O baile
I O casamento
I O general
I O duque
I O lobo
I O capitão
I O vampiro
I O rei
I O traidor
I O Loki
I O encontro
I Os sete reinos
I A invasão
I A cidade esquecida
I O acordo
I A rainha
I A armadilha
I A velha, A mãe, A jovem
I O banquete
I O sacrifício
II O alce branco
II O Kirã
II O arrependimento
II A mordida
II Os exilados
II O conde e O rei
II O labirinto de Dédalo
III O ômega
III O julgamento
III O Ragnarok
jikook feitos por IA 😭😭

I O dragão

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By SebaJmy

#ODuqueVampiro

Nos primeiros raios de sol da manhã, a numerosa frota despontou no horizonte das terras esquecidas. Sobre as águas turbulentas, singravam três navios de guerra, liderados pelo príncipe das marés. Desembarcaram nas praias francesas, Lorde Vaveric fora o primeiro a colocar os pés nas areias ferventes do reino. Os Lordes dos reinos seguintes foram apossando-se de seus acentos. Lorde Ravin, das montanhas de areias de Ámmos, Lorde Araw, das ruínas de Telos, Ramon, das escórias das montanhas, Tulia, governante Polemistés, da grande cidade de guerreiros e com a maior frota de soldados dos sete reinos, Logan, o governador dos ares, seu reino também possuía dragões, seu líder era primo do rei da França, e por fim, Vaveric, líder de Thalas, a cidade dos oceanos.

Jungkook perscruta um por um, invadindo seus pensamentos, lendo suas emoções.

- Tem um motivo para termos reunidos-os aqui, tão apressadamente - disse o rei - Ethan, o rei vampiro, conspira contra nós. Perdemos contato com uma das frotas de Thalas - Vaveric lhe encarou fixamente - ele quer reunir os países em um império.

- Isso é verdade? - indaga Ramon.

- Por isso esse vampiro está aqui? - Tulian indaga.

- Queremos reunir todos os reinos - disse o Duque vampiro - atacar Ethan, numa guerra estratégica, enviei um de meus soldados para falar com o rei élfico.

Ravin rezingou, Jungkook sabia que os reinados não se bicavam a séculos, e alia-se com o reino élfico era de fato, algo que iria ferir o ego de Ravin.

- Sei que tem suas diferenças - Jungkook diz, e todos lhe encaram - mas isso é algo maior, maior do que todos nós.

- E como Ethan faria isso? - indaga Logan - ele não teria frotas nem pra derrotar o reinado de Araw. - Todos riem.

- Katastrofi.

Todos se calaram.

- Ele não conseguiria - Disse Tulian. - Nem se quisesse.

- De fato, não quero apostar se ele consegue ou não, lorde Tulian, mas lhe aconselho nunca menosprezar a capacidade de seu oponente, lembra o que aconteceu da última vez.

Tulian calou-se, o príncipe de Polemistés havia sido enviado para uma batalha com os povos rebeldes da ilha Pasc, tal feito, fez o líder Tribu dos rebeldes acerta-lhe uma adaga em seu olho, Tulian estaria humilhado e condenado à morte se não fosse por seu soldado acerta-lhe uma flecha na cabeça de Tribu. A marca da tal Guerra estava marcada debaixo de seu tapa olho. Tal observação do Duque vampiro pareceu deixar o líder de Polemistés inquieto.

- Então - Vaveric se levanta - Qual é o plano?

Jungkook sorri.

۝

A lufada dos ventos se tornavam mais frias à medida que se aproximava mais do território Kiremiti. Os reinos gelados dos elfos eram quase tão congelantes quanto as rajadas do Alasca, tudo era definitivamente congelante demais. Fazia duas horas que Jimin não conseguia sentir os dedos das mãos, o frio estonteante estava lhe desorientado fazia algum tempo. Ali, onde era gelo dia e gelo a noite, já não possuía noção de tempo. O sol não raia nas terras de Kiremiti a não ser no final do ano a qual passava poucos períodos no céu esquentando um pouco a população élfica. Para chegar a Midriri precisaria passar pelas terras congeladas de Kiremiti e o fogo de Isati. O grande manto de algodão negro que cobria o Visconde dos pés a cabeça fez seu papel a algumas horas atrás, mas nem o manto seria capaz de lutar tanto tempo contra as terras mais geladas do mundo.

Jimin se aproximara de uma das aldeias, Sindri, as casas congeladas exibiam uma construção diferente do comum. Algumas crianças elfas corriam pelas estradas cobertas, outros vendiam coisas. A taberna estava acesa. Jimin entrou, atraindo os olhares de todos a suas costas. O único jeito que os cidadãos encontravam de esquentar-se era com a bebida, normalmente como os russos faziam, e Jimin adoraria um pouco de calor agora.

- Um shot de vodka, por favor.

O bartender assentiu, barbudo e cheio de cicatrizes, um de seus olhos estava cedo, leitoso como a pedra da lua falsa. Jimin sentou-se no balcão próximo das bebidas, afastados dos homens reunidos na ala direita e das prostitutas que se agrupavam ao redor dos bêbados como moscas. Um dos homens, fardado com roupas de couro, uma cicatriz no rosto e um emblema de corvo no peito, lhe encarava à distância.

- Aqui, sua bebida.

Jimin podia prever o perigo, e seus instintos de alfa estavam lhe dizendo para sair dali o mais rápido possível.

- Quero o mesmo que ele. - Disse o homem, que sentou ao seu lado, Jimin não lhe encarou - de onde vem?

Jimin nada disse, ele virou o shot e deixou duas moedas de ouro no balcão de madeira puída antes de levantar.

- Lhe fiz uma pergunta.

- E eu não irei responder.

O homem ergueu-se também, e sacou uma adaga.

Jimin virou-se rapidamente, sua mão impediu a do elfo de lhe acertar, o som do osso quebrando do homem fez todos se assustarem. Ele caiu de joelhos, e mais homens vieram.

Jimin desviou dos socos, socou alguns rostos, quebrou mesas e desperdiçou algumas bebidas que adoraria derramar em sua boca. Depois de uma briga de bar, o alfa saiu vitorioso.

- Venha comigo. - Disse uma menininha, ela entregava as bebidas nas mesas. Jimin se perguntava por que uma menina tão jovem estava no meio daqueles perversos.

- Meu nome é Adri - ela disse, seus olhos eram grandes e azuis. Quase todos os elfos do inverno possuíam olhos azuis celestes, Jimin achava encantador. Adri o levou para dentro do bar, saíram pelas portas dos fundos no beco das casas amontoadas, possuía muitos cavalos e pessoas a beira estrada pedindo esmolas.

- O que aconteceu com Kiremiti? - indaga Jimin - já fora uma das cidades mais ricas, agora tudo que vejo é ruinas.

- Muitos anos se passaram - Disse Adri - os corvos negros ocuparam as cidades, estão destruindo tudo aos poucos.

- Quem são eles?

- São da rainha, ela usurpou o trono de gelo, suas tropas rondam a cidade.

- O que aconteceu com o antigo rei?

- Morto.

Jimin parou de andar, Adri lhe encarou.

- Você tem olhos vermelhos - observou ela - não parece ser um Isatiano, de onde é?

- Inglaterra.

- Um lobo, faz tempo que não vejo um.. na verdade.. nunca vi um antes.

- Preciso chegar a Midriri, como faço pra ir até lá?

- Midriri? Por que deseja ir para lá?

- Uma guerra se aproxima, pode acabar com tudo e todos, preciso conversar com o rei, unir os reinos.

- Os reinos élficos não estão unidos a muito tempo.

- Mas e o tratado? Pensei que tivessem cessado a guerra!

- A rainha gelada tinha outros planos. - Adri teve um olhar sombrio. - Posso lhe dar um cavalo, a pé não conseguirá chegar ao porto a tempo, para chegar a Midriri precisaria passar pela fronteira de Isati, você tem olhos vermelhos, passará despercebido.

- Por que está me ajudando? - Adri sorriu.

- Você parece aqueles heróis dos livros de fantasia.. acho que você pode melhorar isso, fazer Kiremiti ser o reino que era antes, não é?

Jimin ficou em silêncio, ele não era um salvador. Estava longe de ser um.

- Onde está o cavalo?

Um relincho ecoou, Jimin se aproximou do curral.

- Esse é nevasca, um dos cavalos mais rápidos que já conheci.

Jimin tocou sua cabeça, nevasca relinchou.

- Você ainda não me disse seu nome.

- Jimin, Park Jimin.

- Jimin.. - Sorriu Adri - foi um prazer conhecer você.

- Preciso ir.

- Espera! - disse Adri - leve isso.

- O que é isso?

- São roupas com tecidos mágoi, lhe deixará quente no frio e o calor não será tão rigoroso.

- Ah.. muito obrigado. - Jimin retirou um saco de moedas da cintura - fique com isso.

- Isso é.. muita coisa.. não posso aceitar..

Jimin abaixou-se.

- Você ajudou um general da Inglaterra, os Deuses não esquecerão disso. - Mesmo que Jimin não acreditasse em Deuses, Adri pareceu reconfortada. Toda a tristeza e desesperança havia sumido, o povo de Kiremiti estava desesperançoso, sem os brilhos nos olhos, mas ali, por alguns segundos viu os olhos da garota brilharem.

Jimin se afastou das terras congeladas e nunca agradeceu tanto por estar usando roupas que finalmente esquentasse seu corpo, normalmente não teria problemas com o frio já que se tratava de um lobo, mas até isso era desgastante para sua outra metade. Nevasca era realmente um dos cavalos mais rápidos que já montou, e também, o mais arisco. Mas a dificuldade de controlar o garanhão não diminuía as qualidades dele. Sindri se afasta aos poucos, o estado congelado estava sendo deixado de lado e aos poucos, se encontrava nas fronteiras mornas entre Isati e Kiremiti. Jimin já viu a fronteira das chuvas, onde uma parte se encontrava numa chuvarada e a outra metade completamente limpa e sem um pingo de água. Ver esses eventos eram raros, e Jimin viu com dez anos de idade. Sentiu como se fosse um sinal, não sabia exatamente do que, mas sabia que era algo. E era exatamente assim que sentiu-se na fronteira, uma metade congelada e a outra quente.

Quando passou pela fronteira, o Visconde viu os Isatianos. A fronteira foi fácil de passar, ninguém questionava seus olhos vermelhos e cabelos ruivos como fogo. Uma perfeita farsa de elfo do fogo. Isati não era tão quente como imaginava, na verdade, possuía um clima tropical. Mas totalmente diferente de Kiremiti, possuía riquezas. Jimin estava nas partes mais ricas da cidade quente, havia vendedores de tecidos caros, carne de porco, jóias de ouro e prata. Havia alguns animais inusitados que Jimin nunca havia visto, parecia um gato, mas com patas de dinossauro, presas grandes, espinhos por suas costas, um rabo de crocodilo, e escamas vermelhas e rosa nas patas. Possuía grandes olhos dourados, como os de um felino, e esse, implorava por migalhas de comida. Jimin sentiu-se tentado, então, desceu de Nevasca e comprou um peixe grande. O Visconde se aproximou do beco onde o felino dragão havia se afastado.

Ele olhou ao redor.

- Pspsps.. eu trouxe peixe. - Chama o Visconde. Se agachando e deixando o alimento no chão.

Alguns segundos depois um animal se aproxima, olhos brilhantes surgem das caixas de papelão e correm em sua direção. O animal pega o peixe e corre de novo para sua caixa improvisada. Jimin dá uma risadinha, o animal lhe encara de longe.

- Bom apetite.

- Isso é um Louroeidís - disse a voz atrás de si - não é daqui, não é?

Jimin virou-se para encarar o homem, ele possuía uma pele rosada, rosa mais escuro tingia seus chifres que curvavam em sua cabeça como um S, olhos violetas marcavam sua expressão rígida, óculos dourados, e uma pintura facial como um naipe de ouros na testa, com um outro naipe de ouros maior e três pontos em cada lado da pirâmide em sua testa. Sua roupa era nobre, dourada com detalhes vermelhos.

- São pragas, se reproduzem como ratos.

- São fofos.

- Meu nome é Stefan.

- Jimin.

- Inglaterra?

- Toché. - Stefan sorriu.

O elfo se aproxima.

- O que faz em Isati? Jimin de Hiden.

Jimin arregalou os olhos, Stefan sorriu.

- Seu sotaque é indistinguível.

- Quero chegar a Midriri.

- O que pretende fazer lá?

Jimin se aproxima.

- Falar com o rei.

- Sua rainha lhe mandou? Precisará da autorização dela para passar.

Droga, pensou Jimin.

- Não tenho uma autorização.

- Então ela não sabe que está aqui, sabe que isso é dado como uma traição, não é? Se a rainha souber.

- Ela não saberá, e acredito que ninguém ousaria contar. - Stefan calou-se. - Preciso ir.

Jimin passa por seu corpo.

- Espere.

Jimin virou-se.

- Tem um jeito de passar por Isati sem ser pela fronteira, mas é arriscado.

۝

- Eles atacando minhas frotas de barco foi o cúmulo. - Disse Vaveric. - Irei enviar dez barcos com cem homens para os portos.

- Não é o suficiente - Diz Jungkook, caminhando ao lado do príncipe Vaveric, que andava apressadamente pelos corredores indo para os barcos. - Serão massacrados, morreram à toa, eles são vampiros, não morreram tão facilmente.

- Qual seu plano então?

Jungkook para de andar, Vaveric se vira.

- Fogo grego pode matá-los.

Vaveric ergue a cabeça confiante. Ele se aproxima.

- Se enviarmos o dragão ancestral, iremos anunciar uma guerra iminente.

- E de enviarmos soldados, iremos iniciar uma guerra e seríamos esmagados como baratas. Irei falar com o rei.

Vaveric confirmou devagar, Jungkook lhe encarou por um tempo e virou-se e caminhou até a sala do conselho.

O Duque vampiro fechou a porta, Hyunjin estava inclinando na mesa como se procurasse as respostas nas manchas da mesa.

- Precisamos do ancestral, o fogo grego é um das únicas que podem matar um vampiro, está bem, Hyunjin?

- Estou - encara o Duque. - Falarei com meu filho.

Jungkook se aproximou.

- Sei que algo lhe aflige.

- Sei disso, consegue ler minhas emoções, não é? Certamente minha mente, não me surpreenderia que todos tenham aceitado de bom grado.

- Está supondo que controlei eles para aceitar? - Jungkook tranca a mandíbula - não usei meus poderes para controlá-los, apenas li suas emoções, e sobre ler sua mente, não preciso disso para saber que está preocupado com essa guerra.

Hyunjin suspira.

- Me impedir de começar guerras por muitos anos em meu reinado, e agora, a primeira coisa que propõe é impedir um império de se formar. Sei que deve está achando ridículo.

- Não - Jungkook se aproxima - não gosto de guerras, apesar de parecer.. mas as vezes ela é necessária para proteger alguém ou algo, isso não irá afetar só nos, irá afetar o mundo, todos os reinos, seja do mais forte ao mais fraco.

- Você tem razão - Hyunjin se aproxima e coloca a mão em seu ombro - você é um líder incrível Jungkook, é uma honra tê-lo comigo.

Jungkook sorri.

- Quero que me envie junto com seu filho, irei protegê-lo.

- Não duvido disso.

Hyunjin tirou a mão do ombro do Duque.

- Vá para a arena, por acaso sabe montar num pegassos??

Jungkook nunca montou num pegassos.

Mas ele não admitiria isso.

- Esse é Darko. - Disse Ari.

Darko era um pegassos negro, possuía chifres que davam volta em sua cabeça, uma crina enorme que cobria suas orelhas e quase acobertava um chifre negro como de rinoceronte - só que menor - em sua testa. Seus olhos eram complementamentes negros. O animal possuía uma armadura dourada.

- Ele é dócil?

- Está com medo Duque? - disse provocativa.

- Não sinto medo. - Disse ele, sentindo medo.

Ari riu, como se não acreditasse muito no vampiro.

- Por que ele tem um chifre? Pensei que fosse um pegasus e não um unicórnio, sinto lhe informar que não sou virgem.

Ari gargalhou.

- Ele não é um unicórnio, Darko foi cruzado com um admito - Ari acariciou Darko - o chifre tem poderes, ele poderá cavalgar em qualquer superfície, desde o mais quente ao mais frio. Você irá descobrir os poderes dele quando for a hora.

Jungkook a encarou.

- Me dê sua mão. - Ela pede, esticando as mãos. Jungkook franziu o cenho.

Ele encarou a mão da garota e colocou a mão sobre a dela.

Ari ergueu a mão do Duque, fazendo o esticar na direção de Darko. Darko cheirou a mão do vampiro, relinchou, e se afastou. Ari fez Jungkook se aproximar de novo, a mesma reação se repetiu, depois, na terceira tentativa Darko parecia menos temeroso e mais curioso. Ari deu uma maçã para Jungkook alimenta-lo.

Jungkook esticou a mão na boca do animal, colocando a maçã ali, parada, Darko se aproximou devagar, era difícil saber para onde o cavalo estava olhando já que seus olhos eram tão negros que nem as íris eram visíveis.

Darko comeu a maçã.

- Ele está gostando de você. - Diz Ari.

Jungkook não demonstrou, mas estava feliz. Minimamente feliz, ele colocou a mão reta, como fizera anteriormente, dessa vez, Darko e encostou a testa na palma do Duque.

- Darko - Murmurou Jungkook - bom garoto.

Acariciou o animal.

- Os animais nunca gostaram muito de mim - admitiu o vampiro, Ari lhe encarou, ele fez o mesmo - fico feliz que eles sintam outra coisa do que medo.

- Eles precisam de tempo, assim como as pessoas, confiança leva tempo.

- Seu irmão parece nos detestar.

- Acho que ele detesta mais o Jimin do que você, mas ele não é ruim.. só desconfiando, depois que a mamãe morreu - Ari parou, parecendo distante.

- Entendo.

Ela voltou a encará-lo.

- Boa sorte, Jungkook, e boa viagem.

۝

A passagem que Stefan havia lhe indicado era realmente assustadora.

As árvores sobreleva a visão, tornado-se quase impossível ver o caminho a frente. Jimin teve que estreitar os olhos e agucar seus sentidos para não andar em círculos. A floresta parecia ter vida, microorganismos parecia flutuar diante de seus olhos, à noite, a floresta brilhava. Árvores tornam-se fluorescentes, na cor azul, as gramas reluziam, as flores brilhavam, e os animais espreitavam nas copas das árvores. Jimin pensou duas vezes se deveria voltar, mas já estava perdido na floresta. No fundo, sabia que o elfo havia lhe enviado para a morte. O caminho mais difícil trataria de iluminar o incomodo, mas Jimin não planejava morrer, não ali, não naquela floresta. Havia um som, um som que havia lido em seus livros de história. O som era agudo, como de uma coruja, mas Jimin sabia que essa voz não era de corujas, tais animais não viviam naquela região, e a voz, lhe fez arrepiar as espinhas das costas. Jimin segurou mais as rédeas de Nevasca, e tentou apressar os passos, quanto mais galopava, mais sentia que estava longe, e mais o som se aproximava. Passaram-se horas, e Nevasca já estava cansado, o Visconde não poderia forçá-lo a continuar, ele teria que achar um abrigo.

Quando desceu de Nevasca, uma movimentação na moita lhe fez sacar a adaga, ele se aproximou, era arriscado, sim, mas era melhor do que sentar e esperar.

- Boo!

- Adri?

- Confesso que não pensei que fosse tão burro de vir por aqui.

Jimin guardou a adaga.

- O que está fazendo aqui?

Adri sorriu, cruzando os braços e se encostando na árvore.

- Ajudar você.

- Volte pra casa, sua família deve estar preocupada.

- Sobre isso - ela sorriu - sou órfã.

- Deve ter alguém que se importe consigo.

- Duvido muito.. e também, sempre quis ir a Midriri.

Jimin franziu o cenho.

- Você é uma ladra.

- Eu não diria isso.. parece um insulto, eu faço o que preciso pra sobreviver. Quando você me deu aquelas moedas, não pude deixar você vir aqui pra morrer.

Jimin olhou em volta.

- Já veio aqui antes?

- Não.

- Ótima ajuda.

- Mas certamente tenho mais chances de sobreviver do que você.

- Sei.

Jimin subestimou a capacidade daquela garota, que aparentava ter uns onze anos no máximo. Adri se aproximou de Nevasca, e tocou seu focinho.

- Olá garoto, é bom te ver.

Ele relincha.

- Sabe como sair daqui?

- Temos que seguir para leste.

- E onde fica o leste?

Adri aponta.

- Mas teremos que ir de dia.

- Deixa eu adivinhar, trouxe uma cabana?

- Não.

Adri sorriu.

Ela se virou, suas mãos encheram de gelo, as duas árvores começaram a congelar, uma plataforma de gelo surgiu entre elas.

- Já tenho onde dormir.

Jimin olhou espantado, a garota deu uma risadinha e subiu na plataforma que ficava a alguns metros do chão.

- E onde eu vou dormir?

- Pensei que os lobos dormissem enrolados na própria calda.

- Engraçadinha..

Ela sorriu. Colocou as mãos apoiando o queixo e balançou as pernas no ar.

- Me fala, você realmente vira um lobo grande?

Jimin usava sua adaga para cortar algumas folhas e fazer uma cama minimamente confortável.

- Sim.

- E dolorido?

- Não.

- Se você se transforma perde sua roupa?

- Sim.

- Vocês mordem o próprio rabo?

Jimin virou-se, quieto.

- Chega de perguntas.

Adri sorriu, seus olhos refletiram.

Jimin pegou uma pedra e bateu, o fogo se fez na fogueira improvisada. O Visconde sentou-se na cama de folhas.

- Uau - disse Adri - você é bom.

- Seu gelo derrete? - ele vira a cabeça.

- Não, só se eu quiser.

- Hm.

- Estou com fome.

- Problema seu.

- Devia ser gentil, eu sou uma criança.

- Se você é uma criança, eu sou Jesus.

- Você é Jesus?

- Não.

- Ah.. que pena.

Jimin deitou.

- O que tá fazendo?

- Dormindo.

- Hm.

- Vai dormir, Adri.

- Tá legal.

Ela deitou e fechou os olhos, mas estava inquieta. Ela virou, e observou o alfa dormindo.

- Boa noite.. - murmurou Adri.

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