Tentação Profana

By Thaliaaaaaaa_

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Quando era pequena, Emily Osíris gostava de brincar com as palavras que encontrava nos livros que sua mãe col... More

Avisos :)
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13

Capítulo 10

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By Thaliaaaaaaa_

Thomas.

A noite do incêndio...

Os olhos azuis de Elijah se chocaram sobre mim primeiro, a animação em seu rosto dando lugar a decepção ao perceber que, ao contrário do que seus desejos profanos ecoavam em sua mente pertubada, eu estava sozinho naquela clareira escura.

Me mantive parado enquanto ele fazia seu escrutínio ao redor, atento a qualquer movimentação nas árvores. Seus olhos azuis pareciam me cercar, tão apavorantes quanto as lembranças apagadas da minha infância. Seu maxilar travou quando sua atenção voltou a pousar em mim. Eu quase podia sentir a raiva que irradiava do seu corpo, ao perceber que ela não estava aqui.

-- Onde a putinha está? -- Indagou, dando um passo a frente e passando a mão no cabelo e colocando os fios negros que batiam em seus ombros para trás de sua orelha.

Enfiei minhas mãos nos bolsos de trás da minha calça e desviei meu olhar para o bico sujo das minhas botas.
A raiva queimava em minha veias, e eu podia sentir as chamas querendo deslizar pela minha pele com sede de violência. Essa sensação me fazia lembrar das formigas de fogo que Max colecionava quando éramos crianças. Minhas mãos ainda tremiam da mesma forma, como se eu ainda estivesse no quarto do meu primo encarando a porra do formigueiro e pensando em como poderia matar o meu pai com aquelas formigas.

Ele sentiria dor?
Sua dor curaria a minha?

Sim, eu ainda acreditava que sim.
Era por isso que minhas mãos ainda tremiam.
E por ser um covarde, eu as escondia.

Engoli em seco quando um galho próximo de mim estalou e a sombra do meu pai pousou sobre mim.

Nesses últimos anos eu tinha me tornado mais alto do que ele e também mais forte, sabia que não teria problemas físicos em matá-lo, se quisesse.

A merda estava na minha cabeça fodida.

-- Eu te fiz uma pergunta, garoto. -- Rosnou, revelando sua irá crua.

Eu levantei o rosto, encarando o topo de sua cabeça para evitar os seus olhos. Os malditos olhos azuis de Emily eram os únicos que eu conseguia manter minha atenção, todos os outros faziam a porra das chamas voltarem a rastejar sob minha pele, me fazendo queimar.
Ela era a única dessa família fodida que me tinha.

-- Não sei do que está falando. -- Respondi, fechando minhas mãos em punho dentro dos meus bolsos.

Meu sangue estava correndo direto para os meus punhos, minha cabeça doía a cada lufada de ar que adentrava os meus pulmões e eu já sentia aquela adrenalina que antecedia cada serviço escuro que eu fazia pelos negócios Osíris. Eu respirei fundo, ainda sentindo o cheiro doce do perfume de Emily preso em minhas roupas, me lembrando de tudo.
Eu não queria pensar em quão perto tínhamos chegado de transar nessa porra de floresta.
Mas a porra da minha ereção não me deixava esquecer.

-- Eu sei que ela estava aqui com você. -- A voz de Elijah soou baixa, seu rosto se inclinando para a direita enquanto ele parecia me analisar. -- Se acham espertos, não é? Saindo de fininho da mesa de jantar para foder no escuro, enquanto o pai dela me diz o quão orgulhoso está das medalhas que a filha está ganhando nadando.

Eu engoli um rosnado e continuei ali, tentando me manter tão imóvel quanto eu podia. Eu não sabia se Emily já tinha conseguido dar o fora daqui, mas eu sentia que ela ainda estava perto, nos observando como uma diabinha.

Meu pai se aproximou de mim, seu odor intenso de cigarro invadindo minhas narinas e espantando o cheiro de Emily da minha corrente sanguínea. Meu pau ainda estava duro pra caralho, meu corpo inteiro ainda consciente dos rastros da maciez de Emily, mas aquele cheiro podre e sua presença estava sendo suficiente para me fazer querer vomitar e afastar de uma vez todo e qualquer desejo que eu sentia pela minha prima.

Eu mantive minha cabeça erguida quando Elijah parou tão próximo de mim que pude sentir o fedor de sua respiração contra o meu rosto. Sua cabeça estava abaixada e seus olhos queimavam sobre a frente das minhas calças, notando a porra da ereção esticando o tecido.

1...2...3...4...5...6...7...

Não estava adiantando.

Meu coração batia rápido demais e o fogo que por anos me consumiu, continuava a queimar dentro de mim, me lembrando da minha impureza. Entreabri meus lábios, buscando mais oxigênio para apaziguar o turbilhão que se espalhava por minha mente, mas nada adiantou.

Ele estava olhando para mim.

Podia sentir como se lesmas deslizassem por minhas pernas, me lembrando do momento na minha infância onde meu pai me transformou em sua puta, na frente dela.

Na frente de Emily.

-- Então, ainda quer que eu acredite que você estava aqui se divertindo sozinho? -- Ele riu, o som podre entrando como navalhas em meus ouvidos. Elijah deu mais um passo a frente, se mantendo muito perto de mim. Eu congelei quando senti seus dedos tocarem a frente da minha calça, onde há poucos minutos, Emily estava tentando tocar. -- Você deve ter puxado a genética da sua mãe, garoto. É tão bonito quanto Luna.

Meu estômago chacoalhou ao pensar na puta abandonada e traída que cresci observando de longe. Todos no clube Apodyopsis sabiam de quem eu era filho. Eu ainda me lembro de correr até o prédio antigo e sujo onde abriga as garotas e os garotos Apodyopsis, apenas para poder vê-la por alguns segundos. Meus pés descalços doiam ao encontrar ao asfalto duro e meu corpo estava todo marcado das agressões do meu pai, mas eu era uma criança tola que sempre quis uma mãe.

Era ridículo, mas enquanto o relógio continuava a fazer seu tique-taque constante em meu cérebro, como uma programação de explosão em uma bomba, eu só conseguia correr.

Eu corria para longe dele.
Eu corria em direção a liberdade.

Naquele tempo, eu não procurava Emily Osíris.
Naquele tempo, eu ainda me permitia chorar e soluçar quando meu pai me forçava contra a mesa de centro da sala de estar, enquanto meu desenho favorito passava na televisão e o pudor do álcool fazia meus olhos lacrimejar.
Naquele tempo, eu corria na chuva até passar pelas portas nos fundos do clube Apodyopsis.
Naquele tempo, eu ainda conseguia me arrastar pela pequena janela da prisão da minha mãe.

E mesmo que fosse uma puta e a porra da mulher mais cobiçada de Crowford, quando ela me via em sua janela, tudo que refletia em seu rosto era amor e preocupação.

Seus braços magros me envolviam e eu passava meus dedos pequenos por seu cabelo negro e brilhante como a noite, enquanto ela me apertava contra seu peito magro, jurando em meu ouvido que nada disso era minha culpa.

Isso não importava mais, de qualquer forma.
Um dia, eu me deparei com grades na sua janela e seu rosto tomado de pânico enquanto ela me via chorar do lado de fora, esfolando minhas mãos ao tentar afastar as barras de ferro para que eu ainda pudesse passar.

Foi naquele dia que eu fui para casa de Max e parei do lado de fora da janela de Emily pela primeira vez.

E foi observando a menina sorridente vestida de princesa, que eu encontrei um novo motivo para fazer o relógio parar dentro da porra da minha cabeça.
Tudo desaparecia enquanto eu a via.

Me afastei de Elijah, lhe lançando um olhar mortal. Se ele colocasse as mãos em mim novamente, eu as arrancaria e daria para Emily brincar.

-- Acredite na porra que quiser. -- Dei um passo para longe de seu alcance, sacando minhas chaves do bolso. -- Eu tenho minhas próprias putas pra foder, não preciso da porra de uma pirralha mimada.

Elijah sorriu, provavelmente achando graça de toda essa merda doentia. Eu sabia que ele queria Emily tanto quanto eu, nós dois passamos anos obcecados por ela.
Mas eu nunca sairia do caminho dele, e isso o irritava.

-- Emily gosta de você. -- Ele continuou sorrindo. -- E eu me pergunto o motivo. Afinal, ela tem a porra da buceta mais desejada daquele clube. A princesa Osíris, é questão de tempo até meu irmão encontrar um homem adequado para ela. Por que gostar de um fodido como você? O que você tem a oferecer, além de uma bunda arrombada pelo próprio pai?

Ele levou a mão até o pau, o apertando por sobre o tecido da calça, vendo algum prazer nessa porra toda. Meu estômago se revirou e eu senti a risada sádica querer borbulhar por meu peito.

É...
Emily me escolheu no lugar desse merda, assim como a minha mãe. Devia ser demais para o ego fodido de Elijah aceitar que as mulheres que ele mais desejou em toda sua vida, prefiriram o garoto retardado que já foi usado de putinha pelo próprio pai.

Naquele momento, eu quis olhá-lo de verdade, para que ele pudesse ver a raiva e a vitória que crescia dentro de mim. Emily era minha prima, mas eu sempre a teria tatuada na minha alma. Podíamos ter o mesmo sangue, mas eu duvidava que o medo da condenação pudesse nos impedir de ter um ao outro.
Era uma questão de tempo, até que o coração, a alma e a buceta de Emily Osíris pertencessem a mim, e não ao meu pai.

E ele odiava isso.

Odiava que todo o seu esforço para que Emily sentisse nojo de mim, não tivesse surgido efeito.
Ele me estuprou repetidas vezes enquanto ela estava amarrada abaixo do meu corpo. Sei que em sua mente profana ele também podia se lembrar muito bem dos gritos de Emily, a medida que ele arrancava cada gota de sanidade da minha cabeça.

-- Ela dizia que iria te matar. -- Murmurei, reflexivo.

-- De que porra está falando?

A confusão em seu rosto chegava a ser cômica e interessante. Eu queria que Emily estivesse do meu lado para assistir.
Endireitei meus ombros e recoloquei 2minhas mãos em meus bolsos.

-- Enquanto você me fodia na porra daquela cabana. -- Eu olhei dentro do gelo que eram suas íris azuis. -- Ela gritava. Emily gritou até sua garganta estar em carne viva.

Eu apertei meus dedos ao redor dos meus punhos, quando vi a veia em seu pescoço dilatar e o ódio tomar sua expressão.

-- Ela não só gritava para que alguém me ajudasse, Emily também prometeu te matar. -- Ele deu um passo a frente, todo o seu corpo irradiava o calor fervente de sua raiva. Eu me mantive imóvel. -- E um dia, ela vai. Mas antes que ela faça, eu a terei. Repetidas vezes. Onde e quando ela quiser.

Elijah estava em seu limite, eu podia perceber pelo tremor que balançava o seu corpo e pelo modo que seus pés não paravam de aproximar. Ele estava perto. Muito perto.

Suas mãos se fecharam em algo atrás de seu corpo, e eu respirei fundo, me deleitando com aquela sensação de vitória que ainda ecoava pelo meu sangue.

-- Seu... -- Grunhiu.

Meu punho se chocou contra o seu rosto, fazendo com que um som delicioso ecoasse pela clareira.
Elijah caiu atordoado pelo impacto do meu soco, a faca que tinha sacado caindo a alguns metros na grama alta.

Ele cuspiu o sangue e veio novamente para cima de mim, tentar um novo ataque enquanto grunhia.

E quando eu o peguei, pela primeira
vez, não consegui parar de sorrir enquanto meus punhos encontravam o seu rosto.
Eu o puxei pelo colarinho da sua jaqueta, fazendo com que seus olhos inchados se voltassem para mim enquanto eu assistia o sangue se acumular por todos os seus cortes e hematomas.

-- Vou foder com Emily quando terminar com você, pai. -- Sussurrei, perto de seu ouvido enquanto o ouvia tentar respirar por baixo de todo sangue que entrava por seus pulmões. -- Vou enfiar meu pau na buceta mais desejada do clube, enquanto conto como te matei. Ela vai adorar, pai. Vou fazê-la gozar, apenas contando de como arranquei osso por osso do seu corpo... e ela vai me premiar, como a minha boa garota tem que fazer. Porque ela é minha. E eu sou o mais perto que você vai chegar de Emily Osíris. Você vai ser só mais um outro fodido obcecado por ela, enquanto eu serei o homem responsável pela sua morte.

-- Você vai morrer... -- Disse, através do sangue.

Peguei a faca que estava em sua mão há poucos momentos, e encarei seu rosto pela uma última vez.

Eu já matei muitas pessoas, mas dessa vez seria diferente.

-- Eu acho que não. -- Sussurrei, deslizando a lâmina pelo lado direito de seu rosto e o ouvindo gritar.

Dessa vez seria bom pra caralho.

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