Entre presas e garras [Jikook]

By SebaJmy

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[FINALIZADA] A família Park era uma alcatéia muito bem falada, principalmente por sua linhagens de visconde... More

O início
I O casamento
I O general
I O duque
I O lobo
I O capitão
I O vampiro
I O rei
I O dragão
I O traidor
I O Loki
I O encontro
I Os sete reinos
I A invasão
I A cidade esquecida
I O acordo
I A rainha
I A armadilha
I A velha, A mãe, A jovem
I O banquete
I O sacrifício
II O alce branco
II O Kirã
II O arrependimento
II A mordida
II Os exilados
II O conde e O rei
II O labirinto de Dédalo
III O ômega
III O julgamento
III O Ragnarok
jikook feitos por IA 😭😭
LIVRO FÍSICO!!

I O baile

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By SebaJmy

#ODuqueVampiro

Jimin odiava tudo.

Odiava as roupas, os bailes, odiava a realeza, e principalmente a cara debochada da Lady Merry sempre que passavam por perto de sua casa. Jimin odiava cada centímetro hierárquico daquele lugar. E principalmente, odiava as lady's e os lordes, odiava o fato de terem que fazer suas irmãs se casarem pois o patriarcado exigia que elas possuíssem um marido.

Nesse momento, sua irmã Dhara, experimentava um vestido pomposo de renda europeia, bordados vermelhos nas mangas bufantes e o tecido todo preto. Sua mãe tentava convencer a garota a não vestir preto no baile Spring pois nenhum pretendente lhe olharia, bem, talvez que essa fosse a intenção.

- Está perfeito.

- Estamos indo a um baile e não a um funeral..

- Você disse para eu escolher um vestido a qual eu me sinta bem, me sinto bem nesse.

- Eu respeito sua opinião.. só não quero que seja julgada, os olhares dos lordes presentes naquele lugar podem ser

- Não ligo, mamãe - ela virou-se radiante, como uma rosa negra.

Dhara era assim, perfurante, sombria como um dia de inverno, como a flor negra e a aranha mais venenosa. Sua personalidade era áspera e rabugenta, para muitos, mal educada. Mas para Jimin, era sinônimo de inveja, desejava ter tanto atitudes como Dhara, que não abalava-se.

- Vou assim.

- Deus - murmurou a mãe cansada - certo, vejamos, Hazel, já escolheu sua roupa?

- Essa.

- Radiante, como a primavera. - Disse Mariah.

Hazel realmente estava radiante, como um girassol, o tecido amarelo com pétalas mostrava bem sua personalidade florida e ensolarada. Totalmente oposto da irmã que nascera poucos minutos antes, mas apesar de terem nascimentos próximos, Hazel e Dhara estavam longes de serem gêmeas, na realidade, ambas possuíam suas feições diferentes. Enquanto Dhara nascerá com cabelos negros como as de seu pai, Hazel nascera com os cabelos ruivos de sua mãe.

Ruivos como os de Jimin.

- E você Jimin, qual traje irá?

- Estava pensando no terno branco.

- Nada disso, precisa de uma roupa melhor.

Lobisomens e vampiros eram inimigos mortais, mas uma trégua iniciaria se um casamento entre espécie acontecesse. Logo, o vampiro estará na cidade, abrigando-se na residência Fog, onde passariam as temporadas até casar-se com alguma pretendente.

Sua mãe desejava que fosse sua irmã, Hazel, a escolhida, ela era o diamante da temporada, o diamante em meio as pepitas de ouro. Ter toda essa atenção para Hazel era estranho já que a garota parecia não demonstrar nenhuma felicidade em receber a atenção da coroa vampírica para si, a coroa licantrópica pareciam não importar-se, eles não possuíam mais herdeiros, herdeiros solteiros para casar-se com o Duque, portanto, qualquer um independente da classe, poderia ter sua vida mudada.

Jimin, por ser o primogênito, e o alfa da família, Tinha que fazer o papel que seu pai faria se estivesse vivo. Odiava isso, esse fardo de ser o alfa de sua família. Apesar disso, o deixava mais próximo de controlar as coisas, não desejaria que minha irmã se casasse com um meio esquerda, nem se entregasse a um promíscuo que deseja somente tirar sua inocência. Precisava protegê-la.

- Já tem alguém em mente? - Briar pergunta-lhe, o irmão do meio, dos filhos homens.

- Sinceramente, ninguém é digno de Hazel.

- E o Jungkook? - Indaga Damen, o irmão mais novo dos homens.

- Não o conheço, e não sei se confio a mão de minha irmã a um vampiro, sabe o que eles fizeram com a nossa espécie, são traiçoeiros e sujos.

- Talvez tenha razão, nossa irmã merece mais, mas mamãe está firme que é uma boa oportunidade.

- Por causa do cargo de Duquesa - Diz - eu verei isso com mais calma depois, talvez ele seja um bom partido.

۝

Os lábios do vampiro exploravam o pescoço diáfano do garoto. Os lábios róseos emitem arfares promíscuos na carruagem, estalos do ósculos podiam ser ouvidos pelo ambiente encalmadiço. As roupas do jovem rapaz eram desarrumadas, enquanto as presas famintas do vampiro perfuravam seu pescoço à procura de seu sangue quente. Quando perfurado a pele alvida, o líquido escorreu pela boca vermelha do Duque, um gemido sôfrego soou dos lábios trêmulos do jovem, que agarrou as vestes do vampiro conforme sentia suas mãos exploravam seu corpo de forma libidinosa. Podia-a senti-lo apertar, arranhar e empurrá-lo contra seu pau, mal aguentava sentando em suas pernas, pois o vampiro não se saciava facilmente, e não era a primeira vez que era tomado pelo ardiloso e sedutor Duque.

- E-estamos chegando, Vossa graça.

Jungkook não se importou em retalhar mais a pele de seu querido serviçal. Quando Taehyung aceitou a proposta de estar ao dispor do Duque vampiro, não imaginou que precisaria satisfazê-lo todas as noites. Principalmente, pois ainda se tratava de um belo e jovem humano. Era fraco, e a primeira vez, sentiu como se fosse despedaçar nas mãos do vampiro, e certamente seria, se o Duque não soubesse controlar sua força.

Assim que se pôs a fora, podia ver a colina dos montes ao longe, as carruagens apostas nas terras e as belas damas com vestidos longos e compridos, algumas, muitas vezes exageradas, possuíam marcas vermelhas em seu rosto como se um tapa fosse desferido. Outras estavam tão brancas que sentia como se sua alma fosse arrebatada. O vampiro, portanto, não importou-se com nenhuma pretendente que ali estava. O sol se escondia no horizonte esbelto, as lâmpadas amarelas apreendidas nos galhos das árvores brilhavam sobre sua cabeça, como milhares de vagalumes enormes pairando sobre seus fios negros. Nada naquela festa lhe atraía, e o vampiro, não possuía nenhuma intenção de casar-se, principalmente com uma das damas por mais bonitas que fosse.

Visconde Park Jimin, assim como sua família entrara na festa com a mais radiante presença. Havia certas fofocas que pairavam pela Inglaterra ao decorrer dos Park's, independente do que fosse, sabia-se que eles possuíam uma ótima amizade com a coroa licantrópica, isso os deixava numa hierarquia e exposição exemplar, apesar de não possuírem grandes títulos, eram respeitados, e principalmente, invejados. A presença dos Park's não passou despercebida para o Duque, que logo lançou-lhe um olhar falcatrueiro. A roupa de Hazel parquearam todos os convidados, que viraram-se para encarar a Viscondessa Park que brilhava com as luzes radiantes e seu vislumbre vestido amarelo que desabrochava em sua pele. A Lady Mery, da família Werneck, encarava com inveja a atenção direcionada aos Park's.

O Duque aproximou-se.

- Vossa graça. - Diz Mariah curvando-se, suas filhas e filhos fizeram o mesmo, todos menos Park.

Os olhos do vampiro, dourados como ouro, foram na direção do Visconde alfa. Que mantinha seus olhos fitando-lhe como navalhas.

- Me concede uma dança?

- Hazel é uma ótima

- Estava me referindo ao Visconde Park.

Todos olharam para Park boquiabertos. Jimin deixou escapar um sorriso incrédulo. O Duque ergueu a mão, Jimin a segurou. Não havia nada a perder, e se tinha uma coisa que adorava, era ter atenção sobre si. Pelo menos quando se tratava das alcatéias.

O Duque guiou o Visconde para a dança lenta, ambos juntaram seus corpos e a mão do vampiro foi posta em sua cintura, enquanto a mão do Visconde apoiava em seu ombro.

- Você é muito bonito, Senhor Park.

- Me chame de Jimin.

- Jimin.

- Por que decidiu dançar comigo? Sabe que as notícias voam rápido, logo, todos saberão que o Duque vampiro está a dançar com um Visconde Park.

Jungkook deu um sorriso sarcástico e estreitou os olhos brincalhão.

- Acho que vamos dar no que falar, mas gosto de uma maledicência, sinto que gosta do mesmo, estou errado?

- Talvez.

- Talvez não seja uma resposta, quer me acompanhar em Crow's Den?

- Não sou muito fã em me reunir com homens bêbados e jogos de azar.

- Prometo que será mais divertido do que a reunião casual dos homens da Inglaterra.

- Vossa graça - proferiu Jimin quase como num sussurro galanteador - se continuar assim, pensarei que está a me cortejar.

Uma gargalhada rouca sai dos lábios do Duque vampiro, os parceiros mudam, e logo, Visconde Park se vê nos braços de outro homem.

- Visconde Park.

- Lorde Cardan, é um prazer.

- O prazer é meu, por me acompanhar, hm, nessa dança inusitada.

- Nunca dançou com um homem antes, Lorde?

- Temo que não, Park.

Park deu um sorrisinho.

- Sempre há uma primeira vez.

- Acredito que sim.

Os pares mudam, e Jimin se vê nos braços do Duque novamente.

- Olá de novo - Disse o vampiro brincalhão - vem sempre aqui?

- Em bailes cheios de olhos torcendo pela minha queda? Infelizmente sim.

- Não acha excitante ser observado? - Jungkook deita o Visconde em seus braços como a coreografia da dança.

Quando volta a ergueu-se Park diz:

- Em qual sentido quis dizer excitante? Suponho que tenha um duplo sentido.

- Certamente, mas deixarei ao seu imaginar.

A dança termina, todos aplaudem levemente. Os olhares ainda estavam no Duque Jeon e no Visconde Park.

- Vossa graça - Diz uma das filhas de Mery, Nacia. Ela curvou-se - me concede uma dança?

- Também gostaria de uma dança, vossa graça.

Quando o Duque se deu conta estava rodeado de damas, quando olho por entre as gatas que lhe assanhava, o Visconde já havia sumido.

۝

O ar fresco da noite era reconfortante. Quando sentia-se sobrecarregado de tantas festas e danças, Park via-se no jardim, e assim, conseguia relaxar a tensão de seus ombros. Era quase como se acariciar a velha árvore de limoeiro fizesse que toda sua energia tensa fosse sugada para as raízes, aquela árvore sem dúvida tinha muito a lhe ajudar.

- Jimin.

- Dhara.

A garota virou-se para a lua, encostou-se na árvore junto ao irmão e roubou o tabaco dos lábios do ruivo tragando logo a seguir.

- Como foi dançar com o Duque?

- Intrigante.

- Meu irmãozinho realmente atrai muitos olhares, e não é só das moças que estou me referindo.

Jimin gargalhou, encarando o olhar luxurioso da irmã, ele tomou o cigarro de seus lábios.

- Está falando que o Duque está me cortejando?

- Os vampiros fogem um pouco do padrão.

- Se com padrão você quis dizer

- Quis dizer que a maioria ficam com mulheres e homens - ela diz - mas Jungkook não parece nenhum pouco interessado em mulheres.

Jimin ergueu a sobrancelha e tragou o cigarro novamente.

- Acha que ele foi forçado a vir aqui para casar-se com uma mulher, para consertá-lo?

- Não sei o que os vampiros querem com esse acordo, mas acho que ele tem a liberdade de escolher quem quiser.

- E se não for bem visto pela coroa?

Dhara deu de ombros.

- Acredita mesmo no acordo da coroa vampírica? Na paz entre as espécies? Depois de séculos.

Jimin observou a lua em silêncio, então ele responde:

- Nunca é demais sonhar, nosso povo já sofreu muito com tudo isso.

- Espero que seja uma realidade e não uma fantasia. - Disse Dhara sombria.

Não havia nada mais sombrio que as ruas de Londres a noite. Os negrumes cavalos do Visconde Park arredaram quando o sinal do cocheiro, que, ao ser puxado repeliram um chiar que cortou os ares, os garanhões do Visconde ergueram suas patas dianteiras e relincharam mais uma vez um som mórbido antes das portas serem abertas e Park Jimin descer. O Visconde olhara ao redor, na desertica rua de Londres. Ele acariciou o garanhão agitado que acalmou-se com os toques singelos dos dedos de Park. O Visconde olhou para a porta, uma casa, em meio às inúmeras outras enfileiradas. A casa Crow's Den, do pintor e Conde, Kim Namjoon. Já viu algumas artes desse pintor, achou espetacular, cada pincelada em cheia, cada detalhe dava ênfase a beleza de tais paisagens. Jimin por outro lado, não possuía tantos dons no desenho, o que era um tanto desastroso. Mas não deixou-se levar pela inveja, apesar de possuir bastante.

O Visconde bateu na porta.

- Oh, você veio, pensei que não gostasse desses eventos. - Namjoon recepcionou com um sorriso - entre.

Jimin entrou.

O lugar estava cheio, O conde Kim guiou-lhe para seguir, levou-lhe a sala onde estavam algumas mulheres e homens nus.

De início Jimin assustou-se, mas viu os pincéis e quadros com as anatômicas, e claro, que nada disso lhe surpreendeu mais do que a voluptuosidade que acontecia nos outros cômodos. Jimin sabia o que esses lugares aguardavam, bebidas e sexo. Não havia nenhuma novidade além.

- Isso lhe surpreende?

Jimin ouviu a voz rouca tão familiar atrás de si. Ele virou-se.

- Pessoas nuas não são novidade.

O Duque sorriu, ele aproximou-se devagar, seus olhos dourados brilhavam. Jimin sentiu-se curioso, como se uma força gravitacional lhe puxasse.

- Algum problema? - Indagou o Duque.

Jimin olhou ao redor. - Não sabia que gostava desse tipo de diversão.

Jungkook sorriu.

- Gosta de desenhar? - O vampiro começa a andar, assim, o Visconde o segue.

A sala que foi guiado estava vazia, havia cavalete por todas as partes, havia mais itens artísticos que Jimin poderia imaginar.

- Por que me chamou?

- Preciso de um modelo - o vampiro virou-se deixando sua taça na mesa. - Aceita?

- Quer me desenhar? Poderia escolher qualquer um - Jimin caminhou e tocou levemente nos quadros - Foi você que os pintou?

- Definitivamente.. mas não estão ao meu agrado, estou sofrendo com a seca do artista.

- Seca do artista?

- Um bloqueio.

- E me desenhar vai ajudar?

- Provável.

O Visconde sorriu.

- Sente-se. - Diz o Duque - Fique à vontade, irei preparar os pincéis.

Park olhou ao redor, tocou nos quadros que o Duque havia feito, se perguntava como ele era tão talentoso, claro, o vampiro devia ter séculos de vida, tinha tempo de sobra para aperfeiçoar sua tática. Lembrou-se do que Dhara havia dito no jardim. Então mirou o Duque, não confiava em vampiros, mas não podia tornar-se inimigo de um.

Jimin então sentou-se na cadeira mais próxima, cruzou as pernas e encarou os olhos dourados do Duque. O vampiro lhe encarava, enquanto pincelava a tela em branco. A cada pincelada mais os olhos profanos do Duque exploravam mais o corpo do Visconde.

- Então, o que achou da Inglaterra? Diferente da Romênia?

O Duque demorou um pouco para responder, ele olhou nos olhos do Visconde.

- Devo dizer que me surpreendi, a recepção é calorosa.

- Os membros da corte não são calorosos?

- Acho que dei uma interpretação errada, quero dizer, que deu-me um choque cultural, em Romênia não costumava receber tantas atenções direcionados a mim, possuíam uma certa distância.

- Entendo, as vezes a Inglaterra pode ser um pouco sufocante.

- Se sente assim?

Jimin olhou para um ponto fixo, sua mente estava vagando. Por alguns segundos, a pergunta do Duque tornou-se palavras sobrevoando sua cabeça sem uma resposta. Jimin de fato sentia-se sufocado, mas acostumou-se, ele aprendeu que se não podia ser quem ele queria ser, teria que fingir ser quem não é.

- Isso é comum de sentir na vida de qualquer um. - Responde Park, uma resposta rasa.

Duque percebeu que desviou a resposta de si, mas ignorou.

- Terminei o rascunho, pode sair de sua posição, falta somente a tinta agora.

- Fez o rascunho com tinta negra? Acho que não existem lápis na Romênia.

- Não há sentido em usar lápis, alguns erros não podem ser apagados e fazem parte de quem você é.

- Profundo, gostei da sua filosofia do lápis.

O Duque sorriu.

- Gostei da sua companhia, Visconde Park.

- Devo dizer o mesmo, Vossa graça, confesso que há ainda um certo preconceito de minha parte. - Park aproximou-se, estando ao seu lado enquanto observava o rascunho de seu retrato.

- E como está seu pré conceito agora?

- Indefinido. - Disse encarando o vampiro. - Por acaso seria verdade o que dizem.

- E o que dizem?

- Que a vossa graça possui um gosto peculiar - os olhos do Duque vampiro lhe olharam de soslaio.

- Acho que não entendi sua intenção, Park.

- Sabe bem onde quero chegar - O Visconde diz - homens - ele dá uma pausa - é verdade?

- Por que essa curiosidade? - indaga o vampiro - por acaso se interessa?

- Só é de bom grado saber disso, não gostaria que nenhuma das damas das alcateias sofressem na mão de um homem que não pode amá-las.

- Eu não me preocuparia com isso se fosse você. - Responde o Duque. - Não pretendo me casar.

- E o acordo?

- Creio que eles acharam um meio mais prático de selar um acordo de paz.

- Espero que sim.

- Vossa graça.. - Taehyung entra - ah.. desculpe-me, eu devia ter batido.

- Diga.

- Lorde Park - curvou-se levemente e guiou o olhar para o vampiro - estão lhe chamando, mensagem da coroa.

- Estou indo.

Taehyung confirmou e retirou-se.

- Preciso ir - Ele segurou a mão do Visconde e beijou-lhe a palma - espero lhe ver em breve.

۝

As passagens pelas touceiras fora difíceis, pelo chão terroso dificultoso. Jimin quase podia ver vultos à sua frente. Park segurava sua lanterna nas mãos, um pequeno objeto que seu pai havia lhe dado. De todas as coisas que odiava, uma delas era estar sozinho na casa noite, quando criança o lugar tornava-se mais radiante, agora que seus irmãos estavam crescidos não havia mais gritarias e diversões. Lembrou-se de Briar correndo pelos corredores, de Damen subindo mas mesas de madeira importadas quase derrubando as cerâmicas japonesas que a lady Myrgana Gallavan havia lhe dado no último inverno. Os Gallavan's eram a alcatéia mais recatada de Hiden. Eles eram a primeira geração de Duques e Duquesas licantrópicos, e também os mais antigos de Hiden. Jimin passou alguns minutos naquele cemitério, lembrando dos momentos nostálgicos de quando seus irmãos ainda rastejavam no chão. Sentia falta, falta de quando seus problemas era assumir a culpa pelo espelho quebrado e não procurar um marido para sua irmã.

A manhã seguinte foi cheia de gritos e correria. Claro, era o dia em que seus irmãos mais novos Calisto e Aquiles voltariam da viagem.

Jimin acordou, apesar de mal ter dormido na noite anterior. Ele virou-se na cama macia, como se tal gesto fosse fazer os raios solares que vinham da janela se afastarem de sua visão.

Jimin ouviu passos subindo as escadas, ele decidiu ignorar, mas assustou-se quando ouviu a porta sendo aberta com força e seus dois irmãos mais novos se jogando em seu corpo.

- Acorda! - Disse Calisto.

- Céus.. por que vocês estão tão agitados? O Lord Vlad deu aqueles bolinhos de mel de novo?

Eles deram risadinhas.

- Talvez - Disse Aquiles.

- Se divertiram? O que fizeram?

- Lorde Vlad nos levou para os campos, ele ensinou Aquiles a pescar.

- É! Nós vimos lhamas, uma delas cuspiu bem na cara da Calisto!

Calisto lhe deu um soco no braço.

- Aquilo não teve graça!

- Teve sim!

Ele sorriu, e empurrou a irmã, isso acarretou numa perseguição que os fizeram sair do quarto de Park.

Jimin suspirou, cansado.

A sala estava cheia, Hazel tocava uma sinfonia no piano, enquanto Dhara podava um vaso de rosas espinhosas no batente da janela. Calisto e o travesso Aquiles corria com o laço da irmã, Damen desenhava em seu caderno com o lápis de carvão enquanto Briar, bem, Briar estava ausente.

- Jimin, finalmente acordou.

- Mamãe, o que aconteceu?

- Nada demais, bem, alguns pretendentes eu suponho.

- Eles que trouxeram tudo isso de flores?

- Desagradável, não? - Indaga Dhara maldosa.

- Vocês não viram - Diz Calisto correndo com um panfleto na mão - olha o que a Lady disse!

Jimin pegou o papel.

Bom, caro leitor, parece que há uma novidade no ar.

O acordo entre os lobos e os vampiros finalmente será alcançado, um casamento irá emergir. Parece que a Viscondessa Hazel Park finalmente se casará, e será com o Duque vampiro Jeon. Bem, acredito que a majestade esteja ciente desse acordo, já que fora ela quem iniciou os preparativos. Mas será que eles estão realmente apaixonados? Ou teria sido um casamento arranjado para que o tratado de paz fosse finalmente aceito? Bem, não vi o Duque cortejá-la, parece que o Duque está mais interessante em outras coisas.

A dança com o Visconde Park Jimin deram o que falar. Será que os boatos do Duque vampiro realmente são reais?

Vejamos onde isso irá levar.

Da Lady para todos vocês.

- Da Lady para todos vocês - ele diz a última frase em voz alta, todos ouviam atentamente. Todos olharam para Hazel - Você fez isso?

- A alteza me chamou, disse que o Duque era uma ótima oportunidade para termos o que desejávamos, serei a união das nações.

- E não pensou em me contar? A contar para nossa mãe?! Hazel!

- Céus.. - disse Damen - isso é grande, digo, como fará isso? O que a rainha lhe disse?

- O Duque não deve ter aceitado. - Disse o Visconde.

- Ele aceitou - respondeu Hazel.

Jimin amassou o panfleto em uma bola. Seus lábios exerciam fúria, mas ele não demonstrou.

- Irei conversar com a rainha. - Foi tudo o que ele disse, antes de se retirar.

۝

Seus passos estavam exasperados conforme os sapatos pretos do Visconde colidiam com o piso real. Em poucos segundos, Jimin estava de frente com a coroa licantrópica. A vossa majestade, uma loba de peruca exagerada, e três damas uma em cada lado. Os olhos da rainha eram vermelhos carmesim, seus lábios finos e olhos oblíquos.

- Visconde Park, o que devo sua presença?

Jimin curvou-se.

- Vossa majestade - ele diz - sobre a Viscondessa Park, minha irmã.

- Oh, creio que já saiba? A Lady é realmente uma praga.

- O que combinaram?

- Eles irão se conhecer, e se casaram no final do verão.

- No final do verão? Falta uma semana, eles nem se conhecem, vossa majestade, estava encarregado de achar um marido decente para minha irmã, proponho que haja um cancelamento.

- Marido decente? Suponha que a Vossa graça não seja decente, Visconde Park?

- De forma nenhuma maj - ele foi interrompido.

- Discorda da minha decisão? Acredito que a Viscondessa Hazel é adequada para isso.

- Mas

- Se não há rejeições, então nosso assunto está encerrado, haverá um casamento, e as nações finalmente se unirão.

- Sim, Vossa Majestade.

Ele se retirou-se, colérico. Visconde Park precisava arrumar um jeito desse casamento não ocorrer.

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