Marriage of Convenience

By PetalaNegra0

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Constantine Hill, chefe da máfia italiana. Morgan Stanley, uma jovem metida em negociações de interesse. Os... More

𝐌𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐨 "𝐒𝐢𝐦"
𝐌𝐮𝐝𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐝𝐞 𝐩𝐥𝐚𝐧𝐨𝐬
𝐌𝐞𝐬𝐦𝐚 𝐜𝐚𝐦𝐚
𝐔𝐦 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 (𝐢𝐧)𝐟𝐞𝐥𝐢𝐳
𝐀𝐣𝐮𝐝𝐚 (𝐢𝐧)𝐝𝐞𝐬𝐞𝐣𝐚𝐝𝐚
𝐑𝐞𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬
𝐂𝐢𝐮́𝐦𝐞𝐬?
𝐏𝐫𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐚𝐭𝐞𝐧𝐜̧𝐚̃𝐨
𝐌𝐞 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫
𝐒𝐨𝐛 𝐚 𝐦𝐞𝐬𝐚
𝐏𝐨́𝐬 𝐟𝐞𝐬𝐭𝐚
𝐂𝐚𝐬𝐭𝐢𝐠𝐨𝐬.
Não é um capítulo. Mas é importante!
𝐂𝐢𝐮́𝐦𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐯𝐨?
𝐃𝐨𝐜𝐞 𝐯𝐢𝐧𝐠𝐚𝐧𝐜̧𝐚
𝐏𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫, 𝐬𝐮𝐦𝐚
𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞̂?
𝐏𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫, 𝐦𝐞 𝐦𝐚𝐭𝐞
𝐌𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐮𝐥𝐩𝐞
𝐃𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐜𝐨̂𝐦𝐨𝐝𝐨𝐬
𝐏𝐚𝐫𝐚𝐛𝐞́𝐧𝐬
𝐄𝐬𝐭𝐫𝐚𝐠𝐚 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫𝐞𝐬
Pergunta rápida! Não é capítulo!
𝐀 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚 𝐬𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐭𝐞.
𝐁𝐨𝐦 𝐝𝐢𝐚.
𝐏𝐫𝐚𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐞 𝐟𝐫𝐢𝐨.
𝐔𝐦 𝐩𝐞𝐝𝐢𝐝𝐨.
𝐆𝐚𝐫𝐨𝐭𝐚𝐬?
𝐌𝐚𝐬𝐜𝐨𝐭𝐞
𝐈𝐦𝐩𝐥𝐨𝐫𝐞.
𝐃𝐞 𝐢𝐠𝐮𝐚𝐥 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐢𝐠𝐮𝐚𝐥
𝐇𝐚𝐣𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐚𝐥
𝐀𝐭𝐞𝐧𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐨𝐮 𝐚𝐬𝐬𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐚𝐭𝐨?
𝐂𝐨𝐦𝐚𝐧𝐝𝐨
𝐀𝐝𝐞𝐬𝐭𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫
𝐀𝐦𝐚𝐝𝐮𝐫𝐞𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐦 𝐬𝐮𝐫𝐭𝐨𝐬
𝐎 𝐜𝐮𝐥𝐩𝐚𝐝𝐨
𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚?
𝐂𝐨𝐧𝐯𝐢𝐯𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚
𝐌𝐞 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫 𝐚𝐥𝐠𝐨...(𝑓𝑖𝑙𝑙𝑒𝑟)
𝐎 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐨. (𝐹𝑖𝑙𝑙𝑒𝑟)
𝐎 𝐩𝐚𝐠𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐞 𝐨 𝐭𝐫𝐨𝐜𝐨
𝐀𝐭𝐞́ 𝐝𝐞𝐳
𝐃𝐞 𝐣𝐨𝐞𝐥𝐡𝐨𝐬
𝐍𝐨𝐯𝐚 𝐜𝐡𝐞𝐟𝐞
𝐋𝐞𝐯𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐚𝐦𝐞𝐚𝐜̧𝐚
𝐈𝐧𝐭𝐞́𝐫𝐩𝐫𝐞𝐭𝐞
𝐔𝐦 𝐧𝐨𝐯𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐨
𝐄𝐩𝐢́𝐥𝐨𝐠𝐨
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Pergunta rápida

𝐍𝐨́𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐫𝐢́𝐚𝐦𝐨𝐬

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By PetalaNegra0

Morgan

Depois que ele penteou o meu cabelo, fomos deitar.
Tine abraçou a minha cintura, está beijando o meu rosto todo.

- Você ficou maravilhosa desse jeito.

- Desse jeito como? - Olhei para ele.

- Séria e maldosa. - Me abraçou mais forte, eu ri.

- Eu iria adorar continuar falando sobre isso, mas estou com muito sono... - Bocejei, ele beijou minha bochecha.

- Boa noite, mi amor.

- Boa noite. - Sorri fraco.

Não demorei muito para dormir, mas pude sentir Asterin e Stella deitaram do nosso lado.

◇◇◇◇

No dia seguinte, acordei um pouco tarde.
Tentei me sentar na cama, o que foi quase impossível, já que tinha um peso sobre mim, abri os olhos, vendo que era Asterin, está lambendo o meu rosto.

- Ast, não faça isso. - Ri baixo, agora sinto alguém lamber meu ouvido. - Stella! Asterin!

Continuei rindo, eles não param, e eu não consigo levantar.

- Socorro! Alguém me ajuda! - Eu realmente preciso me levantar, antes que minha pressão caia.

Eles saíram, então dedos devem ter estalado, Asterin saiu e consequentemente Stella o seguiu.
Me levantei, ainda rindo, sinto meu rosto inteiro melecado de baba de cachorro.
Fui lavar o rosto e depois tomar remédio, logo desci para a cozinha, olhei Tine e Íris conversando, os dois estão rindo.

- Bom dia.

- Bom dia, mi amor. - Tine disse quando me viu.

- Como dormiu? - Íris me olhou.

- Muito bem, me sinto muito melhor.

- Melhor do que? - Ela está confusa.

- Oh, eu não contei? - Tine olhou para ela, que negou. - Morgan deu uma surra no Scott.

Íris ficou chocada e depois sorriu com peso na consciência.

- Eu sei, também amei ver.

- Até me deu um soco inglês.

- Constantine!

- O que? Ela adorou.

- Mas machucou minha mão.

- Detalhe, sua mão desinchou faz tempo.

- Mas está cortada. - Mostrei.

- Sempre que olhar, vai lembrar do porque tem esses cortes.

- Não gostei, mas está bom.

- Era para ficar feliz, mas tudo bem. - Ri baixo.

Nós terminamos o café e fomos estudar, eu fiquei no escritório enquanto o Tine ia pra galpão.


Constantine

Precisei sair a tarde, depois de terminamos a última aula do ano, logo depois vai vir a formatura - a qual não vamos.
Entrei na minha sala, jogando o sobretudo no sofá, suspirei e me sentei na cadeira, olhando a minha mesa, tem alguns papéis e pastas em cima.

- Entre. - Falei quando ouvi baterem na porta.

- Senhor, o senhor Caleb-

- Você não serve mais a ele, não o chame de senhor.

- O Caleb está aqui.

- Mande-o entrar. - Respondi, suspirando.

Em poucos segundos, Caleb entrou, irritado.

- Seu idiota, o que pensa que fez com o Scott!?

- O que vocês são? Geleia e pasta de amendoim?

- Imbecil, ele responde a mim, não a você.

- Não quando invade a minha casa, aí para mim fodase a quem ele responde.

- Por que espancou ele!?

- Não fui eu, foi a filha dele. - Sorri sarcástico.

- Eu vou matar ela!

- Não é maluco, vai perder as mãos, os pés e o pescoço. E por que está tão possesso só por um capanga? É seu cafetão por acaso?

- Seu imbecil, está perdendo a noção do perigo?

- Você quem deveria desenvolver alguma.

- Seu idiota...

- Já pode sair. - Falei, perdendo a paciência. - Vá embora.

- Vai se arrepender Constantine, estou avisando.

- Vai. Embora.

- Vai me expulsar do meu galpão?

- Você perdeu tudo, Caleb. - Olhei para ele. - Vai perder a vida, inclusive.

- Você me subestima.

- Eu te superestimei por muito tempo, isso sim.

- Seu moleque...

- Agora saia. - Olhei meu celular tocar. - Tenho coisas mais importantes.

- Vai se arrepender. - Ele falou saindo.

Assim que ele saiu, suspirei e peguei meu celular, atendi.

- Sim?

- Vai demorar para voltar? - Morgan disse.

- Talvez sim, tenho alguns negócios resolver.

- E a tia Cinderela?

- Ainda não falaram sobre ela, mas é um negócio a resolver também.

- Eu vou precisar sair, talvez eu volte tarde.

- O que vai fazer?

- Ir a um clube... De stripper.

- Para? - Minha cara deve ser de confuso.

- Não gosto de uma das mulheres de lá, e eu não acho péssima ideia talvez subir no palco.

- Compre o clube e dance quando não tiver ninguém.

- A intenção é que me vejam.

- Eu vendo você já basta.

- Por que não vai até o clube?

- Como termino meu trabalho assim?

- Pode terminar lá.

- E o que está fazendo?

- Pondo uma roupa.

- Curta, eu imagino.

- Lingerie branca por baixo, e um vestido preto por cima.

- Se fosse vermelho, eu ficaria enciumado.

- O batom é vermelho.

- Tire.

- Não quero, ele é bonito.

- Só eu posso te ver com essa cor.

- Vai poder me ver se for pro clube. Até mais, Tine. - Desligou.

Joguei o celular na mesa, estressado. Como posso terminar algo assim?!
Olhei os papéis em cima da mesa, suspirando. Olhei meu celular quando vi uma mensagem chegar, peguei e olhei.
É uma foto de visualização única. Abri ela e encarei.
É uma foto da Morgan, mostrando a lingerie e o batom. Passei as mãos no rosto, suspirando de raiva. Deixei tudo como estava e levantei.
Sai da sala e caminhei para fora, estou andando apressado e procurando pelo John ou qualquer motorista que estiver disponível. Entrei no primeiro carro que vi e o mandei me levar no clube que eu sabia que Morgan provavelmente iria, falei para não demorar, não importa quantas multas vai levar, eu quem vou pagar.
Não demoramos para sair, o carro foi rápido e silencioso, bati a porta com ódio quando sai do carro, passei a mão no meu cabelo, penteando ele para trás.

- Sim? - A recepcionista está me olhando, quase babando.

- Não perca tempo. - Deixei uma nota de cem dólares em cima do balcão, passando direto.

Não ouvi reclamações, apenas continuei e me sentei numa mesa de frente para o palco, tirei o sobretudo, suspirando, minha cabeça está latejando de dor, tenho certeza que tem uma veia saltada na minha testa.

- Alguma bebida, senhor? - Uma mulher se sentou do meu lado, segurando uma bandeja.

Peguei um copo com whisky sem dizer nada.

- Algo mais? - Está se jogando para cima de mim.

- Saia, deixe a bandeja. - Ela se afastou, está colocando a bandeja na mesa e saindo.

Esperei que alguma coisa acontecesse, bebi a primeira dose de uma vez.
Não demorou muito para anunciarem o número do dia, pelo que parece, hoje são "surpresas", ou seja, com máscaras. Cruzei as pernas, esperando.
Algumas mulheres estão entrando no palco, isso está me deixando ansioso, nenhuma delas se parece com a Morgan, nem o cabelo está parecido com o dela. Nenhuma delas é a minha mulher.

- Que saco... - Resmunguei baixo, chutando o chão.

Peguei outro copo, virando de uma vez.
Foram uns 30 minutos esperando a próxima, agora parece que vai ser de uma única pessoa. Uma única loira com máscara de gato e lingerie branca, e o principal, está com um batom vermelho, agora sim, esse circo merece a minha atenção. Deixei o copo em cima da mesa e cruzei as pernas, observando.
Ela está com um sorriso pequeno no rosto, aumentou quando me viu. Começou a dançar da forma mais ousada que eu já vi, olhando diretamente para mim, só desviou os olhos para prestar atenção no lugar.
Passei a mão no meu rosto, tentando esconder a expressão de ciúmes, minha cabeça já começou a latejar de forma insuportável graças a isso. Morgan segurou no polidance e começou a sensualizar nele, os homens nas mesas ao redor já começaram com as possíveis contribuições em dinheiro e comentários maliciosos.
Continuei prestando atenção, vendo tudo o que estava fazendo, descendo até o chão, segurando na barra. Se sentou sobre os joelhos, abrindo as pernas e passando as mãos nos seios e parte íntima.

- Dios mio...

Ela jogou o corpo sobre o chão, empinando a bunda, se levantou o suficiente para poder engatinhar, sentou na ponta do palco, esticando o pé para um homem, esperando ele terminar de colocar o dinheiro - está fazendo para me irritar. Falta pouco para que eu a tire de lá.
Sai dos meus pensamentos quando percebi que ela veio até mim, desceu do palco e ficou atrás de mim.
As mãos dela repousaram no meu ombro, desceu elas o suficiente para me fazer suspirar baixo, Morgan sentou no meu colo, começou a rebolar enquanto mordia a minha orelha.
As mãos dela estão passando pelo meu corpo inteiro, o rebolado está lento e viciante. Apertei os seios dela com força, depois disso ela levantou do meu colo, está me repreendendo com os olhos, eu franzi as sobrancelhas, ficando um pouco confuso.
Ela foi até outro homem, eu ri anasalado, incrédulo.
Agora está fazendo o mesmo com ele, só que com uma cara mais sem graça.

- Precisa de companhia, senhor? - Outra das mulheres do palco disse, vindo até mim e sentando no meu colo.

Só segurei a cintura dela, fazendo com que ficasse onde está.
Continuei observando a Morgan, vendo que ela voltou pro palco, agora está me encarando, parece brava. Isso pouco me importa no momento, estou fazendo propositalmente.
Em alguns segundos, ela saiu do palco, anunciaram que o show tinha acabado. A mulher saiu do meu colo e eu levantei, com intenção de ir embora.
Ela saiu em poucos segundos, indo pro camarim. Fui na direção da saída, estava indo para o carro, parei para enviar uma mensagem.
Parei mais uma vez quando ouvi gritos do lado de fora, atrás do lugar.

- Senhor, a senhorita Morgan está esperando. - O motorista está me olhando.

- Onde?

- Atrás do clube.

Fui para lá rapidamente.
Parei quando vi ela puxando a mulher de antes pelos cabelos, está xingando ela enquanto a escuta reclamar. Observei com as duas "conversando".
Bom, a conversa da Morgan é bem bruta, já que bateu com a cara da mulher na parede.

- Sua idiota! - Bateu de novo.

- Acho que já chega, não acha? - Ela me olhou. - Sabe que não precisa ficar dessa forma.

- Cala a boca. - Ri fraco e levantei os braços, em concordância.

Ela continuou batendo nela, só parou quando estava quase desmaiando.

- Posso saber o porquê disso tudo?

- Ela é a puta do Scott.

- Uma delas.

- É a única que tem cara de cachorra abandonada. - Está indo pro carro.

- A que você sabe. - Fui junto com ela.

- Não interessa, ela é o motivo de eu ter vindo. - Entrou no carro.

- Entendi. Bom, descontou a sua raiva. - Também entrei.

Cruzei os braços e suspirei, encarei Morgan usando um sobretudo e por baixo a lingerie. Segurei suas pernas e a puxei, ela deslizou no banco e ficou deitada. Me olhou assustada.

- O que está fazendo? Eu quero ir pra casa. - Segurei o pescoço dela e apertei levemente.

- Na próxima vez que sentar num colo que não seja o meu, vai se arrepender amargamente. Entendeu? - Apertei de novo, dessa vez a puxando para perto.

Ela concordou com um aceno de cabeça, olhando a minha boca. A soltei depois que concordou, Morgan suspirou, recuperando o ar. Me sentei normalmente no banco, olhando o caminho.
Ela se sentou direito, respirando fundo, parece nervosa. Piscou algumas vezes e me olhou.

- O que foi?

- Nada. - Olhou a janela, mordendo o canto da boca. Assenti e voltei a olhar o caminho.

Afrouxei a grava por estar me incomodando, suspirei pesadamente e encostei no banco.
Senti o pé dela me cutucar devagar, na verdade, a ponta do salto, olhei para minha esposa pelo canto dos olhos, ela está com os braços um pouco abertos, esperando que eu a abrace. Fiz isso, envolvi meus braços ao redor do seu corpo delicadamente, senti beijos serem dados na minha bochecha, vários deles, tenho certeza que marcas vermelhas de batom irão surgir.
Segurou o meu rosto e me fez olhar para ela, me deu um selinho.

- Pode matar aquele cara se quiser. - Sentou no meu colo, deitando.

- É um inútil, nem vale a pena o esforço.

- O meu esforço valeu muito a pena. - Beijou o meu pescoço.

- O meu foi estressante. - Fiz cafuné nela.

- Aconteceu algo?

- Aconteceu, me deixou com dor de cabeça sentando em outros homens.

- Agora estou sentada no seu colo.

- Não comigo dentro de você.

- Podemos resolver isso rapidamente. - Morgan continuou com os beijos, agora as mãos também trabalham.

Segurei o rosto dela, fazendo olhar para mim.

- Eu preciso resolver um trabalho. - Dei um selinho nela, está fazendo bico.

- Está me negando muito esses dias, não me ama mais?

- É piada?

- Estou falando sério, já é o que? A quarta vez que está negando.

- Eu estou tentando terminar algumas coisas para ter tempo para você.

- Mentiroso... - Ela suspirou, em derrota.

Ela saiu do meu colo, voltando a olhar o caminho. A encarei por um tempo.

- Posso te agradar um pouco.

- Como?

- Te chupar até pedir arrego.

- Não vou pedir arrego.

- Ah se vai.

- Eu aposto que não.

- Dez mil dólares que pede.

- Duas bolsas da Prada e um sapato da Gucci que não.

- Feito. - A olhei fixamente. - Vamos apostar.

- Sim senhor. - Está tirando o sobretudo, também tirou a calcinha.

O motorista suspirou e pôs fones de ouvido enquanto esperava. Puxei as pernas da Morgan, sentindo seu cheiro de perto.
Ela estava rindo baixo pela reação do motorista, mas ele já está acostumado com isso, e também não é maluco de reclamar ou dizer algo.
Coloquei as pernas dela em cima do meu ombro e sorri enquanto a olhava, fazendo com que tivesse anseio por isso, que desejasse mais que eu. Beijei o interior das coxas dela, indo para mais perto da intimidade, segurei firme seu quadril, para que não tentasse fugir e passei a língua pelo interior. Suas costas arquearam de imediato, suspirou baixo apertando as coxas no meu rosto.
Minha língua parou no clitóris dela, brinquei com ele, começou a ficar inchado de pouco a pouco, os gemidos estão saindo da boca dela de uma forma rápida e baixa. Segurei suas pernas para que parassem de apertar o meu rosto, chupei o clitóris dela, a vendo tremer de prazer e me olhar nos olhos, nos encaramos por segundos seguidos, é excitante. A minha língua passou pela entrada dela várias vezes, a pele arrepiou por inteiro. 

Chupei os lábios maiores, Morgan gosta disso, ainda mais quando faço lentamente e com vontade.
A boca dela se abriu, soltando um gemido alto, segurou o meu cabelo, para que eu não me afastasse. Continuei no mesmo ritmo, nada mais nada menos e sei que ela quer mais, seu quadril quer se mexer sozinho para sentir mais prazer, só que não vou deixar.
Senti ela tentar abrir mais as pernas, me dando mais liberdade, então enfiei a língua na entrada dela, já está tão molhada que chega a molhar a minha boca toda.

Os olhos dela se reviraram, puxou meu cabelo com mais força e gemeu bem mais alto. A voz dela é fina e graciosa quando geme para mim, ainda mais quando sei o que vai a satisfazer ainda mais. Aproveitei que as pernas estavam abertas e comecei a estocar com a minha língua, fazia um vai e vem, entrando e saindo da intimidade dela. Em resposta, arqueou as costas, se contorcendo, a respiração dela está ficando desregulada, parece estar chegando no limite. Morgan gozou mais rápido do que eu pensava, mas se ela pensou que eu pararia de primeira, está enganada. Voltei a língua para o clítoris dela e fiz movimentos circulares rápido, muito rápido, a intimidade dela se contrai pela falta de contato.
Ela empurrou meu cabelo para que eu voltasse com a língua para a entrada dela, não obedeci, continuei onde estava, estimulando a parte, a deixando tentada, ela resmungou baixo, como um choro. Mordi o interior da coxa dela, depois o clitóris de leve, senti o corpo dela ficar rígido, soltou um suspiro longo.

- Isso dói... - Disse baixo.

- Você gosta de dor no sexo... - A lambi de uma ponta a outra.

Gemeu baixo, apertando o meu cabelo.
Ergui o quadril dela a deixando um pouco suspensa segurei os lábios maiores com as mãos e me aproveitei desse momento, brinquei desde o clitóris até a entrada dela, ameacei entrar várias vezes.
Ela gemeu mais alto, tremendo, está quase me pedindo para parar. O granfinale foi deixar a entrada dela bem estimulada e chupar o clitóris, ela colocou a mão na boca, tentando se conter.
Estou quase ganhando essa aposta fazendo o que eu gosto. Sozinha, ela começou a aproximar mais o meu rosto da intimidade dela, não está se dando por vencida, mesmo que esteja no limite dela. Continuei, só que mais rápido.

- Certo... Chega. - Falou em meio aos gemidos, como uma tortura.

Ri em meio ao ato, continuei até que ela tivesse um terceiro orgasmo.

- Eu já disse... Que chega... - Chegou ao limite dela de novo.

- Me deve dez mil dólares. - Beijei a barriga dela e a soltei.

Está olhando o teto do carro, respirando fundo. Coçou os olhos algumas vezes e piscou rápido, tentando espantar as lágrimas. Abriu os braços para receber um abraço, fomos abraçados até chegarmos em casa.
Morgan se recompôs antes de entrarmos em casa, foi direto para o quarto, eu a acompanhei, tomamos banho e logo após descemos para comer o que Íris havia preparado.
Íris está olhando ela.

- Aconteceu algo, querida? - Ela negou. - Mesmo? Está com uma carinha tão moída... - Fez carinho no rosto dela.

- Eu estou bem, Íris. - Ela suspirou.

- Deveria descansar mais, está se sobrecarregando de novo?

- Não estou, eu juro.

- É bom mesmo. - Tocou levemente o nariz da garota e voltou para o balcão da cozinha.

Voltamos a comer, Morgan está dando pedaços da carne por baixo da mesa, para Stella e Asterin.

- Você os deixa mal acostumados.

- Shiiu, Íris vai brigar. - Sussurrou.

Balancei a cabeça em reprovação, mas continuei calado.
Ela parou quando a carne já estava acabando, voltou a comer, quieta, Ast e Stella foram embora, se a carne acaba o interesse também vai embora.
Quando ela terminou de comer, levantou e deixou o prato na pia, indo pro quarto deitar. Fiz o mesmo, mas lavei a louça antes de subir para o meu aposento.
Stella e Asterin estão brincando na sala, vão dormir ja ja, mortos de cansados, estão rolando no chão e brincando de morder. Não quiseram subir comigo, então fui sozinho.
Morgan estava deitada quando eu entrei no quarto, deitada na cama, vendo novela.

- Uh, episódio 134?

- Sim. - Me olhou.

Deitei para ver com ela, me abraçou e aconchegou em mim.
Morgan está cansada pelo visto, está lutando para ficar com os olhos abertos, mas um cafuné de segundos fez com que caísse no sono rapidamente, antes precisei perguntar se já tinha tomado os remédios dela. Não consegui dormir facilmente e menos ainda depois de receber uma mensagem do John.

- Não vou poder trabalhar amanhã, a Mor não está bem.

- O que aconteceu com ela? - Sentei na cama, ainda olhando o celular.

- Ela foi atropelada, Tine. - Liguei para ele de imediato.

- Como assim, atropelada? Ela não estava evitando sair de casa?

- Só tinha ido buscar o Pietro na casa de um amiguinho, coisa de minutos.

- Como eles estão?

- Pietro não se machucou. - Ele suspirou. - A mor teve escoriações leves...E sangramento.

Minha vez de suspirar. Falei que iria até ele, pedi a localização do provável hospital que estariam.
Deixei Morgan dormindo e me levantei, vesti roupas adequadas para ir a um hospital, logo sai do quarto e fui até um dos motoristas. Fui pensando o caminho todo, Morgana estava evitando sair de casa desde que descobriu a gravidez, logo no dia que decidiu sair, uma coisa assim acontece? Não parece coincidência...
O hospital não era longe da minha casa, sai do carro rapidamente, na recepção perguntei por Morgana Garden.
Me deram a pulseira de visitante e me guiaram até o quarto, bati levemente na porta. Quem abriu foi uma enfermeira, John estava abraçando a esposa aos prantos, ela está pior do que eu imaginava, seu rosto tem um curativo e tem escoriações por toda parte, deve ter rolado algumas vezes no asfalto.

- Eu vou esperar lá fora... - Não é um momento para conversa, vou esperar do lado de fora até que esteja mais calma.

Andei para lá e para cá, esperando sempre o pior de qualquer hipótese, mas torcendo para não ser nenhuma delas.
John precisou de meia hora para fazer com que Morgana parasse de chorar, quando conseguiu ele veio até mim, parou na minha frente.

- Como ela está?

- Só um pouco nervosa, ela está bem. As duas estão bem. - Ele suspirou sinceramente e colocou as mãos nos bolsos.

- Desculpe por isso. - Cocei minha nuca.

- O carro era seu? - Neguei. - Estava dirigindo? - Neguei novamente. - Foi o mandante? - acenei que não. - Então não se desculpe, a culpa não foi sua.

- Mas o meu pai quem mandou fazer isso.

- E você não é seu pai, sequer compactua com o que ele faz.

- Mas mesmo assim, só fez isso por minha causa.

- Não vou te culpar por isso.

- Certo, e Pietro?

- Está dormindo no sofá.

- Mande-o para minha casa, também deve levar Morgana para lá quando for liberada. É o mais seguro agora.

- Certo, vou fazer isso.

Dei dois toques no ombro dele e entrei no quarto, silencioso para não acordar Pietro. Caminhei até Morgana.

- Como você e a Rebecca estão?

- Quem deixou você nomear a minha filha? - Ela franziu o cenho e riu logo depois, está abatida.

- O Pietro quem deixou. - Ri junto dela, sentei na beirada da cama e segurei sua mão.

- Oh, não. Não venha tentar se desculpar por algo que não tem controle. - Ela apertou a minha mão em retribuição. - Mas eu agradeceria que quem fez isso pagasse.

- E vai. De forma triplicada. - Mor sorriu.

- Ótimo.

- Melhore logo, vou mandar que fiquem na porta cuidando.

- Meu segurança particular não vai sair da porta.

- Seu segurança particular também precisa de um segurança.

- Mas estamos bem...

- Eu insisto, e Morgan vai me matar se souber que não fiz nada.

- Como se você fosse não fazer nada, se liga garoto.

Ficamos nessa por um tempo, depois Pietro acordou e brincamos de carrinho no chão do quarto, quando o horário de visita acabou eu saí de lá decidido a foder com a vida medíocre que meu pai ainda tem.
Precisei passar em casa, já que Íris disse que a pressão da Morgan estava pior do que normalmente, talvez o remédio já esteja parando de fazer efeito. A encontrei deitada no sofá, com os olhos fechados.

- O que está sentindo?

- Minha cabeça... - O peito dela está subindo e descendo devagar, desregulado. - A luz está incomodando.

- Tomou os remédios no horário certo? - Apaguei a luz.

- Tomei. - Abriu os olhos devagar.

- Quem comprou os seus remédios esse mês? - Deu de ombros.

Olhei a Íris, ela está pensando agora.
Enquanto isso, precisei levantar os pés da Morgan, para que a pressão não caísse mais do que já estava caindo. Mandei que a janela fosse aberta, para que entrasse ar puro, agora está respirando com mais dificuldade.

- Eu não me lembro do John ter comprado eles. - Íris disse.

- Nem a senhora comprou? - Ela negou.

Suspirei, pegando Morgan no colo.

- Pode ver os remédios, por favor? - Olhei a senhora do meu lado, ela foi rapidamente.

Assim que a Íris me entregou eu voltei para o carro, estou dirigindo dessa vez.
Deitei minha esposa no banco com cuidado, pedindo para ela ficar acordada, dirigi como maluco, ligando para o hospital e avisando que uma pessoa chegaria precisando de uma maca com urgência.
A minha maior preocupação é da possível convulsão que a pressão pode causar, imagino que ela nunca teve uma convulsão, mas do jeito que é viciada nos remédios, pode ter uma.

- Morgan? - Olhei o retrovisor.

Ela está começando a dormir, a boca dela está ficando roxa por conta da falta de ar.

- Ei, não durma, tente ficar acordada! - Tentei balançar ela.

Se o hospital ficava a 10 minutos, cheguei em 5.
Sai do carro e peguei ela no colo, está começando a se debater fraco, parece ser involuntário, a boca já está azulada - não gosto disso, são sintomas de uma convulsão. Em segundos, quando a coloquei na maca, começou a convulsionar.
Colocaram ela de lado, a levando para um quarto, eu precisei ficar para fazer a ficha dela. Quase morri enquanto esperava notícias, andei de um lado pro outro, eu que vou ter uma queda de pressão!
Está demorando muito, andar de lá para cá não está mais adiantando.

- Pelo amor... - Passei a mão no meu rosto e depois no meu cabelo. - Onde esses médicos estão?

Parei e me sentei em uma cadeira ao lado da porta do quarto, esperando.
Foram duas horas esperando, abriram a porta e olharam, me procurando.

- Estou aqui. - Me levantei, respirando fundo.

- Ah, senhor Constantine?

- Sim. - Olhei o médico. Ele me olhou de cima a baixo, talvez estranhando a idade.

- A sua esposa já está medicada e calma. Ela já teve convulsões?

- Não, nunca teve... Ela tem problemas de pressão. - Ele franziu o cenho.

- Mas esses remédios...

- O que tem os remédios?

- Não são para pressão, esses remédios são clortalidona.

- O que são?

- Servem justamente para baixar a pressão. - Planejaram em conjunto. Pregaram duas "peças" ao mesmo tempo.

- Ela tem problemas de pressão alta?

- Não, a pressão dela é totalmente desregulada.

- Bom, erraram o remédio então. - Assenti, tenho certeza que uma veia saltada apareceu na minha testa.

O médico me cumprimentou e saiu, logo em seguida as enfermeiras, entrei no quarto devagar.
Morgan está deitada na cama, com os pulsos e pernas amarrados - talvez para não se debater - está tomando soro. Meus pulsos se fecham de imediato ao vê-la nesse estado, indefesa.
Fiz carinho no rosto dela e dei um beijo na testa, me sentei em um sofá que tinha, respirando fundo.
Me assusta a ideia de que ela possa ter outra convulsão, ou então, a pressão piorar. Mas esperem só... Essa foi a gota d'água de tudo.
Passei a mão no rosto, suspirando. Olhei para ela quando ouvi resmungar, está acordando assustada, vai piorar quando perceber que está amarrada e com um acesso de soro na veia. Caminhei até a cama, observando os olhos confusos e marejados a minha frente.

- Está tudo bem... - Fiz carinho no rosto dela.

Ainda está tentando se soltar, começando a chorar.

- É só para que não convulsione, está bem?

- Convulsionar? - Franziu as sobrancelhas, confusa.

- Me escute bem. Seus remédios foram trocados mais uma vez. - Olhou em volta.

- Quero me soltar... - Piscou os olhos, tentando ficar acordada.

- Poderá se soltar quando o efeito passar totalmente - Fiz carinho no rosto dela.

Ela ficou quieta, está respirando fundo, assustada. Não consegue parar de se mexer. É impossível vê-la assim sem fazer nada. Soltei suas pernas e braços.
Ela suspirou, recolhendo os braços e pernas, parece se sentir bem melhor. Continuei onde estava, acariciando seu rosto, esperando que fique melhor.
Ela se deitou de lado, com a minha ajuda, está tentando descansar.

- O que aconteceu? - Me olhou.

- Trocaram seus remédios.

- E eu desmaiei?

- Convulsionou.

- Oh, entendi...

- Chegamos a tempo, é isso que importa.

- Bom... - Suspirou.

- Muitas pessoas no hospital em um dia só. - Foi um sussurro muito alto.

- O que? - Me olhou, piscando os olhos.

- Hum?

- Por que muitas pessoas no hospital?

- Só pensei alto.

- Está me escondendo algo?

- Não. - Sorri fracamente.

Ela se ajeitou na cama, com os olhos quase fechados.

- A luz está forte.

- Agora pode dormir tranquila.

- Não quero dormir. - Está com bico.

- Tem certeza?

- Tenho, absoluta.

Só apaguei a luz central, deixei o abajur ao lado da cama aceso, ela sorriu fraco, está mexendo bem pouco o braço com acesso.

- Não posso tirar isso, né? - Suspirou.

- Não, não pode.

- Para que serve?

- Para passar medicação e soro.

- E por que preciso disso? - Fez bico.

- Para que melhore, os remédios que tomou eram fortes.

- Muito fortes? - Aceno que sim. - Nossa, estou tão ruim assim? Nem Íris fica assim.

- Íris não tem problemas de pressão.

- Não? E John?

- Também não.

- E você?

- Também não.

- Só eu que sou sequelada?!

- Na pressão, sim.

- Não gostei disso!

- Que pena, vai ter que se acostumar.

- Não quero parar no hospital todas as vezes.

- Não vai. Essa foi a última vez que veio aqui por um motivo desses.

- É? - Está duvidando.

- Sim senhorita.

- Ótimo.

Estou cansado de tudo isso, de ter as vidas ao meu redor sendo jogadas ao fogo quando Caleb bem quer. Se ele quer guerra, vai ter. Se quer se arrepender, vai ser amarga e cruelmente.
Fiquei no quarto até Íris chegar, depois tirei um cochilo. Queria ela bem para começar meu plano, mas terei que torcer para que melhore a tempo de ver o final. Bom, acho que vai demorar, espero que não. Deixei Íris tomando conta dela e saí do hospital, liguei para algumas pessoas enquanto entrava no carro e dirigia. A brincadeira começa já.
Fui até a casa do Scott, ou melhor, a mansão que ele está morando as custas do velho que está o bancando. Me sentei numa poltrona - bem confortável - na sala de estar, esperando que voltasse.
Não demorou muito, desceu as escadas correndo, parece apressado.

- Finalmente. - Olhei ele.

- O que está fazendo aqui!?

- Senta na porra do sofá.

- Não. Saia daqui!

- Senta antes que eu estoure os seus miolos e perca a diversão. - Ele suspirou, se sentando.

- O que quer?

- Foi a última vez que tentou matar a sua filha. - Riu.

- Por que se importa tanto? A filha é minha.

- A esposa é minha. - Peguei a arma que estava num coldre no meu peito e um silenciador no bolso.

Comecei a colocar na arma, lentamente enquanto falava.

- Ela manda numa máfia agora, deveria tomar mais cuidado com quem vai por as suas mãos. Inclusive, a sua puta ficou menos bonita ainda estando desfigurada.

- Ela não é minha puta.

- Então sabe de quem eu estou falando... Interessante.

- Você se acha demais, garoto.

- Eu sou tudo o que eu digo que sou, fracassado.

- Vá embora! Agora.

- Oh, agora fala comigo sem as pernas bambas? - Atirei no ombro dele.

Ele caiu deitado no sofá, colocou a mão no ombro, gritando.

- Mas que escândalo, se fosse no peito, doeria mais. - Levantei, fui até ele e coloquei a arma sobre seu peito.

Ele me olhou, agora com medo.

- Onde está a porra da sua coragem? - Arrastei a arma até o ferimento.

Gritou mais do que antes, chorando. Girei a arma no buraco de bala.

- Chega! O que você quer!? Um pedido de desculpas?! - Gritou.

- Quero que pague. Isso aqui não é suficiente.

- Eu te dou quanto quiser! É só dizer! - Eu quem ri dessa vez.

- Você não paga nem as suas dívidas, quem dirá pela sua vida inútil.

- Me deixa em paz! - Bateu no meu braço.

- Deixou a sua filha em paz quando ela pediu? - Encarei ele, apertando mais o ferimento. - Foi uma pergunta, caralho.

- Não! Não deixei...

- Então, eu não vou ser piedoso. - Tirei a arma. - Aliás, eu não, a Morgan. Não vou tirar dela a chance de te torturar do jeito que quiser.

- Vocês dois são imbecis!

- E um pouco sádicos. - Sorri. - Vamos, você vem comigo.

Puxei o cabelo dele, o fazendo levantar do sofá cambaleante.
Arrastei ele até sairmos. Abri o porta mala do carro e o joguei dentro, depois de chutar os joelhos para que entrasse sem reclamação, óbvio.
Entrei no carro e suspirei, ouvindo as batidas e apelos para abrir o porta mala.
Comecei a dirigir, cantarolando uma música italiana, até liguei a rádio! Essa noite vai ser encantadoramente boa.
Passei no galpão para deixar o Scott, mandei que o deixassem numa sala escura e vazia, e nada de cuidar do ferimento, logo fui pro hospital, buscar a Morgan. Ela já estava medicada e bem para sair de lá.
Estava me esperando.

- Vamos? Tenho uma surpresa pra você.

- Quero ir para casa. - Segurou minha mão, andando devagar.

- Quer adiar a surpresa para amanhã?

- Tanto faz. - Suspirou.

- Vamos para casa. - A ajudei a ir para o carro.

- Eu quero ver a surpresa.

- Ele não vai fugir, pode ver quando estiver mais forte.

- Ele? É um filhote? - Sorriu.

- Não, é bem menos bonito e rabugento.

- Um gato?

- Não é um animal, mi amor. Só se você considerar.

- Eu quero ver!

- Então nós vamos ver. - Entro no carro.

Ela também entrou, está pondo o cinto. Fui dirigindo, dessa vez sem pressa.
É bom ouvir Morgan rir e conversar animada, assim minha cabeça fica menos perturbada e mais tranquila. Ela reconheceu o caminho para o galpão, já sabia mais ou menos do que se tratava antes mesmo de chegarmos.
Está quieta, calada, desceu do carro na mesma quietude, entrou no galpão calmamente, como quem já é acostumado com o ambiente.
Segurou minha mão, andando para a sala que indiquei, a que usamos para interrogatórios. Quando entramos, ela ficou parada, encarando Scott no fundo da sala, pescando o ar.

- Por que ele está aqui?

- Porque foi ele quem trocou seus remédios.

- De novo? - Suspirou, parece não estar surpresa.

- De novo. E não acho que mereça passar limpo dessa vez.

- Passar limpo? - Me olhou.

- Faça o que quiser com ele. Solte, mate, não me importo.

- Ah... - Olhou para ele, está pedindo para ser solto.

- A surpresa era isso.

- Obrigada. - Sorriu fraco.

Apenas assenti, me virando para a porta. Nem percebi quando Morgan saiu do meu lado e Scott começou a gritar.

- Quer ir para casa?

- Não até ele esse capeta voltar pro inferno. - Está puxando o cabelo do Scott.

Ri fracamente, saindo da sala e fechando a porta, deixei eles sozinhos para ficarem a vontade.


Morgan

Eu não sabia que eu poderia convulsionar, na verdade, nunca me falaram sobre isso.
Acho que foi uma experiência de quase morte ou a beira da morte, talvez os dois.
Agora, me sinto bem melhor, e mais enérgica. Principalmente para descer o cacete no cara que me fez nascer. Ver Scott nessa situação me deixa extasiada e animada, não deveria estar, mas estou. É pouco, muito pouco, comparado ao que quero fazer com ele.

- Eu vou parar se me soltar... Eu juro!

- Problema seu, não vou te soltar.

- Eu vou mudar, juro! Sabe que eu te amo, é minha filha!

- Sua voz me dá dor de cabeça. - Puxei mais o cabelo dele - Não me chame de filha, não é digno de ser meu pai.

- Eu estou implorando! - Tentou se soltar.

- Eu também implorei, mas você me ignorou e negligenciou.

- Sabe que foi sem querer, eu só queria o seu bem!

- Cala a boca. - empurrei ele - não se faz aquilo com quem se ama.

- Por favor, eu imploro!

- Pare de implorar, sua vida não vale nada para mim. - ele ficou quieto, agora com raiva.

Está pálido por ter perdido sangue a bessa, dei um tapa no rosto dele e depois outro e outro, continuei até que eu cansasse e seu rosto ficasse vermelho.
Empurrei ele pro chão, pegando um martelo que com certeza Tine mandou deixarem, junto dos outros instrumentos de tortura.

- O que vai fazer? Pode parar aí sua maluca! - Ele disse antes de eu bater com o martelo no joelho dele.

Continuei batendo até meus braços cansarem, até o joelho dele estar num formato diferente, até sua voz estar rouca de tanto gritar.
Respirei fundo, soltando o martelo, o joguei no chão e caminhei alguns passos para trás, observando a minha obra tomando forma.
Suspirei e peguei uma chave de fenda, grande o suficiente para por em um ouvido, mas antes de fazer qualquer coisa, mandei os capangas o colocarem deitado numa mesa, com braços e pernas amarrados, além de uma mordaça na boca.
Depois que fizeram isso, fui até ele, olhei bem no fundo dos olhos dele, vendo o desespero o invadindo por completo.
Comecei a por a chave de fenda no ouvido dele, girando ela rápido, fazendo força para que fosse o mais fundo que a minha força me permitisse.
É bom ouvir ele gritar, espernear para que eu o soltasse ou parasse, implorando, mesmo sabendo que não vou ter piedade ou pena. Quando a chave de fenda parou de avançar eu puxei para fora, uma trilha de sangue se formou no chão. Me afastei, tentando não ficar suja, mas é inevitável, mesmo que esse sangue me cause ânsia de vômito.
Tossi algumas vezes, tentando não vomitar. Olhei pro Scott, pensando no que fazer, são tantas coisas que passam na minha cabeça, que não consigo raciocinar direito.
Levantei a mão com a chave de fenda, enfiei ela na perna do Scott, respirei fundo, sentindo meus olhos ficarem cheios de água.
Funguei e sequei meu rosto, não estou triste por causa dele, estou triste por tudo acabar assim, não doeria se ele me tratasse bem. Continuei enfiando a chave de fenda nas pernas dele, enquanto as lágrimas caíam do meu rosto, estou descontando tudo o que ele fez comigo por anos, em um dia, ou talvez dois, talvez eu queira que ele sofra mais.
Soltei a chave de fenda, deixei que ficasse na perna dele.

- Sua...maluca! - Gritou.

Peguei uma fita adesiva e colei na boca dele. Ele quase me mordeu de raiva, dei um tapa no rosto dele para que ficasse quieto.

- Por que você não foi bom para mim? Era só isso... - sussurrei. - Poderíamos estar viajando depois da minha formatura, poderia ter me deixado escutar se eu fizesse a porra da cirurgia! Poderia ser um bom sogro... Poderíamos ter tudo juntos! - Funguei, não deixando as lágrimas caírem.

Ele está me olhando, não tenta me xingar ou falar algo, só está prestando atenção.

- Eu também sinto pela minha mãe ter morrido, mas eu não tenho culpa! - Agora tentou se soltar. - Acha que eu mereço morrer!? Eu não acho, nunca fiz nada errado! Você merece! Você quem tenta me matar, e me desbancar, me humilhar!

Senti braços rodearem a minha cintura, como uma forma de calmante.

- Cansou da diversão? - concordei com a cabeça - Vamos embora.

- E ele?

- Deixe aí. Não vai morrer tão cedo.

- Certo... - Ele segurou minha mão, me guiando para fora da sala.

Me entregou um lenço para limpar o meu rosto. Limpei enquanto fungava, sentindo minha vontade de chorar ficar mais forte.

- Espere até o carro.

- Cala a boca. - Suspirei.

- Não chore na frente deles.

- Vai me fazer chorar de raiva se continuar falando.

- Controle suas emoções, mi amor. - disse, me guiando para o carro.

- Já pode parar de falar! - esperniei, irritada.

Tine suspirou depois de entrar no carro comigo, mandou que o motorista saísse imediatamente para que eu conseguisse chorar.
Por final, não consegui chorar, estou olhando a janela, prestando atenção no carinho e diminuindo o volume dos aparelhos. Tine limpou minhas mãos e rosto com lenços umedecidos, fiquei quieta até que ele terminasse.
Depois deitei a cabeça para trás, tentando dormir, não vou conseguir, mas tentar não custa nada.

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