Alphas

By Bad-Lady_Mih

14.2K 1.4K 1.2K

Sakura Haruno estava acostumada a se meter em encrenca - afinal, havia crescido em um orfanato -, porém, essa... More

Prologue
Chapter 1 - Lemon in the eyes, claws on the arm
Chapter 2 - The darkness before dawn
Chapter 3 - Stay away from the forest
Chapter 4 - A knife in the heart
Chapter 5 - The green room
Chapter 6 - A bad idea
Chapter 7 - I wish they were Boy Scouts
Chapter 8 - The prey
Chapter 9 - One more item for the list
Chapter 10 - Perfection
Chapter 11 - The Witch of the North
Chapter 12 - Feared or respected?
Chapter 13 - The sheriff, the witch and the wolves
Chapter 14 - The cry of death
Chapter 15 - The perfect plan
Chapter 17 - Hunters
Chapter 18 - Bodies in the forest
Chapter 19 - Challenge accepted
Chapter 20 - Almost Permanent Tattoo
Chapter 21 - Potions and weapons
Chapter 22 - A drop of blood
Chapter 23 - Magic words
Chapter 24 - Sleeping late
Chapter 25 - A show
Chapter 26 - Sense of Humor
Chapter 27 - A bloody stranger
Chapter 28 - Newton's third law
Chapter 29 - Cold as night
Chapter 30 - The shape of an alpha
Chapter 31 - From the inside out
Chapter 32 - Stay with me
Chapter 33 - Elves like wine
Chapter 34 - The Witch in White
Chapter 35 - The imposter
Chapter 36 - Akatsuki
Chapter 37 - A difficult decision
Chapter 38 - The way of the dead
Chapter 39 - The Legendaries
Chapter 40 - The wandering werewolf
Chapter 41 - Shadows lurking
Chapter 42 - The calm before the storm
Chapter 43 - Blood Runes
Chapter 44 - The color of death
Chapter 45 - Full Moon
Chapter 46 - Sharp Teeth
Chapter 47 - I'm Sorry
Chapter 48 - Blood Divide
Epilogue

Chapter 16 - Am I yours?

295 29 20
By Bad-Lady_Mih


CAPÍTULO 16 – EU SOU SUA?


Sentada na cama, usando o celular, Sakura refletiu sobre como perguntar uma coisa levemente constrangedora.

"Olha só, Sasuke, o Naruto disse que ninguém pode me morder porque eu sou sua. Poderia formular? Porque os bonitos se transformaram em lobo logo após soltar essa informação, e eu sou uma mulher muito curiosa."

Ah, sim, ia dar certo sim.

Ótimo modo de perguntar.

Suspirando, ela bloqueou a tela do celular.

Seu quarto por sorte estava arrumado, até mesmo porque ela não havia dormido essa noite, e mesmo que houvesse, era só ir tomar banho que quando voltava, a cama estava perfeitamente organizada. Sakura queria ter conhecido esse truque desde o começo da sua vida. Arrumar a casa não era algo que ela gostava de fazer, mas sempre gostou de ter a casa limpa, o que tornava sua vida complicada.

Agora, porém, tudo basicamente se limpava sozinho, o que era uma maravilha! Até mesmo porque ela sempre deixava suas roupas meio que jogadas pelo quarto. Odiava dobrar, e querer a casa limpa não era a mesma coisa do que querer a casa organizada.

Sakura era bagunceira, mas tinha higiene.

Cansada, ela se deitou na cama, mantendo os pés para fora. Quanto tempo demorava um banho? Ela já tinha organizado tudo lá na cozinha, e agora Gaara e Konohamaru terminavam de preparar o almoço que seria servido antes das dez da manhã. Já era para o Sasuke ter terminado, não era? Já tinha quase trinta minutos que ele havia subido. Apesar de que quem era ela para reclamar? Sakura demorava bastante no banho, principalmente agora que tinha uma banheira a sua disposição. Entre cantar e lavar o cabelo, passava quase uma hora dentro da água, como se fosse uma maldita sereia.

Fechando os olhos, ela relaxou um pouco.

Não queria dormir, porque ainda tinha que comer, mas como já estava apta a fazer poções – pelo menos as mais simples – considerou em talvez tirar o resto da tarde de folga. Poderia dormir, e de noite estudaria mais um pouco, de preferencia com o Shikamaru. Ele poderia lhe dizer o que fazer, ou melhor, como fazer a colheita. Onde todo mundo dormia? Porque a sua casa não era grande o bastante para abrigar um quarto da população de seres sobrenaturais.

Será que tinha algum feitiço para preparar as bebidas? Como naquela série de bruxas? Devia ter um modo de deixar tudo no automático, ela só precisava descobrir qual era.

Precisaria estudar, pois tinha poucos dias para deixar tudo pronto.

Bocejando, ela se ajeitou na cama. Sasuke estava demorando, então talvez ela pudesse dormir só um pouquinho, não é? Quando ele saísse do banho, ela perguntaria sobre essa história de pertencer a ele.

Sakura não gostava muito de como isso soava aos seus ouvidos. Por que tinha que pertencer a alguém? E por que tinha que ser de um cara que ela nunca viu na vida? E que se transformava em lobo?

E por que ele não lhe contou isso, no momento em que se conheceram?

Como se fosse para responder as suas perguntas, a porta do banheiro se abriu, e ela se sentou rapidamente na cama. Ele estava só com uma tolha na cintura, rosa de florzinhas amarelas, com o tanquinho aparecendo, cheio de gotas de água espalhadas pelo abdômen. Ok, Sakura nunca desejou tanto ser uma toalha, só para poder passar em cada centímetro daquele corpo. Como ele podia ser gostoso usando uma toalha rosa?

Isso nem era justo.

Os olhos verdes subiram até o seu rosto.

O cabelo negro estava molhado, pingando água, que caia bem no seu ombro forte e escorria pelos braços musculosos. Ela acompanhou uma gotinha que desceu pelo seu maxilar, passando pelo pescoço, pelos gominhos até desaparecer dentro da toalha. Ah, deus, onde estava o vento para fazer aquele pano cair?

Subindo o olhar, ela olhou novamente em seu rosto. Precisava focar lá, ou iria ficar doida.

Sasuke não parecia surpreso com a sua presença, quase como se soubesse que ela estaria ali. Será que tinha feito barulho?

- Oi – falou, sem saber por onde começar.

Ele levantou as sobrancelhas.

- Oi.

Ok, o que ela iria falar para ele mesmo? Estava difícil se lembrar, principalmente por causa daquela visão deliciosa. Ele não podia ter saído do banheiro vestido?

- Eu queria falar com você...

No momento ela queria falar com o que estava escondido pela toalha. Talvez "falar" não fosse a palavra certa, mas ela queria muito usar a boca ali.

O que não fazia sentido.

Sakura não era uma puritana, e gostava muito de sexo, mas nunca sentiu uma vontade especifica de fazer um oral. Ela fazia, claro, sempre é importante retribuir, mas nunca sentiu vontade de fazer, ou ficou excitada só de pensar, como estava agora.

Mas no momento, só de olhar para ele, ela fantasiava de colocar a boca no seu pescoço, e ir descendo até encontrar o seu...

- Sobre?

Ela piscou, confusa.

- O que?

Os cantos dos seus lábios se levantaram, em um sorriso malicioso, como se soubesse exatamente o que ela estava pensando.

- Sobre o que você quer conversar.

Foram necessários alguns segundos até ela se lembrar do que ele estava falando, e afastar a ideia de manda-lo se deitar para que ela pudesse usar a língua de uma forma muito criativa.

- Naruto fez um comentário outro dia, e não quis me explicar.

Sua expressão – uma mistura de arrogância e malicia – não se alterou, como se ele soubesse que o loiro tinha contado, e estivesse só esperando o momento dela perguntar.

- Qual a sua dúvida?

Sakura passou a língua pelos lábios, observando ele se aproximar. Tudo bem, ela podia ficar calma com isso, não podia? Ok, talvez não.

Ele tinha um cheiro delicioso, e estava molhado. Ela estava molhada, e olha que não tinha feito nada além de pensar em fazer um oral. Estava tão na seca assim? Não se lembrava da última vez que transou, mas com certeza foi com o seu ex, antes do seu surto psicótico. Umas duas semanas atrás? Nem fazia tanto tempo assim, então por que parecia uma eternidade? Por que parecia que ela nunca tinha visto um cara seminu?

Talvez porque nunca tivesse visto alguém como ele. Quem era o Thor perto desse homem?

- Ele disse que eu sou sua? – não era para ser uma pergunta, mas foi impossível formular de outro jeito.

Sakura precisou levantar a cabeça para olhar no seu rosto, e sentiu uma vontade quase incontrolável de abrir as pernas, de preferencia para ele se encaixar entre elas. Foi preciso muito autocontrole para não fazer isso.

E para não implorar.

Desde quando ela implorava para ser tocada? Isso com certeza não fazia o seu estilo, então não entendia o porquê dessa necessidade bem nesse momento. Sasuke não parecia afetado com a proximidade, ou com o fato de que se ela esticasse a mão, conseguiria arrancar aquela toalha idiota, que agora era sua inimiga.

Não que ela fosse fazer isso, porque tinha um ótimo autocontrole, mas quem disse que uma garota não pode sonhar?

- Ainda não sei qual é a sua dúvida.

Ela engoliu o seco.

- Eu sou? – dessa vez, definitivamente era para ser uma pergunta.

Uma que não fazia sentido. Ela não deveria saber se era ou não de alguém? Se alguém devia ter essa resposta, deveria ser ela.

- Você sabe que sim.

Seu coração disparou.

Quando Sasuke se aproximou ainda mais, ela permaneceu parada, apenas o olhando.

- O que isso significa?

Ele tocou seu rosto, com a ponta dos dedos. Foi como se uma corrente elétrica estivesse correndo pelas suas veias, se alojando bem no meio das suas pernas. Ele desceu os olhos escuros, avaliando seu pescoço. Sua mão deslizou pela pele, causando arrepios.

- Significa que o seu coração dispara, você fica nervosa e completamente excitada na minha presença. Significa que todo o seu corpo implora pela minha atenção, e não importa o quanto você queira evitar, o quanto tente afastar essas ideias depravadas que fica fantasiando, você me quer. E nada pode mudar isso, nem mesmo você.

Sakura engoliu o seco, tentando se manter calma e parada. Suas opções eram:


1- Arrancar aquela toalha estupida.

2- Implorar para que ele a beijasse.

3- Dizer que aquilo era uma grande baboseira.


Arrancar a toalha – sua inimiga declarada – estava fora de cogitação. Não podia simplesmente obriga-lo a ficar sem roupa, por mais que quisesse isso. Implorar para que ele a beijasse, era humilhante demais, até para ela. Se ele sabia como ela se sentia, e como queria isso, por que não tomava a iniciativa? Se ele não fazia nada, não era ela quem iria fazer.

Então só restava a terceira alternativa.

- Acho que eu saberia se eu fosse sua.

Ele riu.

- Ah, você sabe. Só não quer admitir.

Isso era ridículo! Ela com certeza queria dar pra ele, mas quem não iria querer? Sasuke era basicamente a fantasia de toda mulher. Sentir atração sexual não significava que ela pertencia a ele. Sakura tinha certeza que depois que transassem, toda essa tensão e pensamentos pervertidos iriam desaparecer, porque eram só isso: uma atração sexual.

Talvez devesse dar logo para ele.

E isso era uma ideia própria e racional. Seria muito mais prático conviver com um homem no qual não quisesse sentar o tempo todo. Isso, sexo era a solução. Ia gozar, e depois Sasuke seria apenas mais um dos lobos na sua casa.

Mordendo a boca, ela observou os olhos negros focarem nos seus lábios. O sorriso desapareceu, e sua expressão se tornou tensa.

- Você também me quer?

Ele a encarou.

- Você sabe que sim.

- Então por que não me beija?

E depois disso ele bem que podia tirar a toalha e deixa-la usar a boca para algo útil. Muito útil.

- Porque essa decisão tem que ser sua.

Ela já estava decidida a sentar nele. Precisava dizer isso em todas as palavras, para que ele acreditasse? Ou para que fizesse algo a respeito? Ou será que ele iria mesmo obriga-la a tomar a iniciativa? Sakura nunca teve problemas em dizer o que queria, ou em arrastar um cara para a sua cama quando lhe dava vontade. Mas isso, de algum modo que ela não entendia, era diferente.

Ela queria muito se inclinar para frente e tocar seus lábios, mas essa ideia era aterrorizante quase na mesma medida em que era tentadora.

Por que tinha que ser ela a tomar a iniciativa?

Ainda estava refletindo sobre o assunto, pensando se devia fazer o que desejava, quando o telefone tocou. Seus olhos verdes piscaram, e ela olhou para o aparelho ao seu lado, que mostrava um número desconhecido.

Sasuke se afastou imediatamente, e ela percebeu que sentia falta do seu corpo e do seu toque. O que não fazia sentido, considerando que tinham ficado o que? Dois minutos próximos?

Sakura respirou fundo, tentando se recompor e afastar aquele formigamento delicioso.

Seu celular estava programado para vibrar, e aquele barulho era levemente irritante, apesar de ser baixo. Quem era o idiota ligando? Em um momento tão importante?

Não era todo dia que ela podia dar uns beijos em um lobisomem. Não que ela fosse realmente fazer isso, mas agora nunca saberia qual seria a sua decisão.

Pegando na mão, ela considerou se devia rejeitar ou atender. Por fim, Sakura selecionou o verde.

- Finalmente – a voz feminina falou do outro lado da linha – Achei que não ia atender nunca.

Ela revirou os olhos, reconhecendo a voz da delegada.

- Você é apressada, em?

Houve um barulho do outro lado, indicando que uma porta havia sido fechada.

- Olha, preciso que você venha aqui. Agora.

Sakura revirou os olhos, apoiando a mão livre na cama e se inclinando para trás. Sasuke estava parado perto da porta do banheiro, olhando atentamente para ela e segurando a toalha cor-de-rosa. Sakura desviou os olhos.

Ela era uma maldita covarde.

Não queria olhar para ele. Não queria nem mesmo vê-lo. E queria beijá-lo, e passar a língua naquele corpo musculoso, e senti-lo entre as suas pernas.

Era oficial: Sakura era covarde e indecisa.

- O que aconteceu? – questionou.

- Tenho novidades do legista, e acho que encontrei aqueles homens que você comentou segunda.

Seu coração disparou.

O maníaco por limpeza havia sido encontrado!

- Conseguiu falar com eles?

Ouve o barulho de uma gaveta sendo aberta, e então chaves balançando.

- Por isso preciso de você – ela fez uma pausa, resmungando um palavrão – Eles não estão em nenhum hotel, na verdade, estão em uma casa um pouco afastada do centro.

- Então o que está esperando? É só ir lá.

- Não consigo.

- Como assim "não consegue"?

Tenten resmungou um segundo palavrão, e então a gaveta foi fechada.

- Não tem como se aproximar. Realmente não tem. É como se alguma coisa nos jogasse para fora. Acho que pode ser algum feitiço, ou sei lá. Você é a bruxa, não é? Não consegue fazer alguma coisa a respeito disso?

Definitivamente não.

Sakura conseguia fazer umas poções, cuja eficácia ainda não havia sido comprovada. Mas derrubar feitiços? Ela não sabia nem mesmo pronunciar um! Nem havia tentado, pois parecia estar em uma língua estranha, e ela tinha medo de invocar um demônio no meio da sala de estar. Como diabos iria quebrar um feitiço?

Não sabia como as pessoas podiam esperar uma coisa assim dela, justamente dela. Fechando os olhos, ela conteve um suspiro. Era sua obrigação fazer coisas assim, por mais que não tivesse a mínima ideia de como fazer. O choro da morte soou nos seus ouvidos, como um lembrete. Eles podiam ter respostas, podiam dizer o que estava acontecendo, e se possível como evitar. Muitas pessoas iam morrer se ela não fizesse algo.

Devia a elas ao menos tentar.

- Já estou indo.

Agora, o que ela ia fazer ainda não sabia.

Talvez só ficasse gritando, até um dos idiotas surgir. Pelo amor de deus, era a bruxa do norte, se eles soubessem que era ela quem estava lá, certamente viriam.

Não é?

Continue Reading

You'll Also Like

44K 3.9K 46
E se a dança dos dragões não tivesse acontecido? E se tudo tivesse sido diferente? É o que vamos ver nessa história em que a personagem Visenya vai s...
1.3K 249 19
Em uma noite escura de novembro, o jovem Aethel chega em Gravity Falls, junto com sua coruja falante, Arquimedes, para uma missão desconhecida. Em de...
930 113 17
Primeira Temporada Realocada de sua vida na atual sociedade para um futuro em outra, Louise agora é uma Kirk, e vai se meter em muitos problemas por...
3K 1.2K 36
Nas terras distantes de Glaciaria, um reino envolto eternamente pelo abraço frio do inverno, erguia-se majestoso o Castelo de Cristal. Suas torres al...