𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐬 | 𝙱...

By aPandora02

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Conseguir um emprego como faxineira no maior centro executivo de direção da S.H.I.E.L.D. foi a luz no fim do... More

❗Importante❗
~ Personagens ~
1 - Alpine
2 - Socializar
3 - Traidor Entre Nós
4 - Invasão
5 - Socorro
6 - Confia Em Mim?
7 - Rodovia (Parte 1)
8 - Rodovia (Parte 2)
9 - Companheiro Caído
10 - Lado Errado
11 - Eu Sou Daiana...
(Parte 2) 1 - O Pacto
2 - Passado E Futuro
3 - Suspeitos
4 - O que aconteceu?
5 - Sujeito Mascarado
6 - Sacrifícios
8 - Visita Ao Pesadelo
9 - Ruínas De Um Homem
10 - Viva Por Mim
(Parte 3) 1 - O Que Acontece Depois
2 - Seguir Ou Não Seguir?
3 - Em Frente
4 - O Que Você Omite?
5 - O Passado Sempre Volta
6 - Bons Amigos
7 - Um Novo Capitão América
8 - Digno
9 - Um Símbolo Ou Um Objeto?
10 - Um Quase
11 - Super-Soldados
12 - Convite
13 - Jantar
14 - Ameaça
15 - Ordens
16 - Zemo
17 - Madripoor
18 - Princess Bar
19 - Respira, Expira
20 - Brownie
21 - Certo ou Errado?
22 - Abra Os Olhos
23 - Dog Tag
24 - Crianças
25 - Pessoas Confusas
26 - Ponto Fraco
27 - Não
28 - Sem Fôlego
29 - Medo
30 - Silêncio
31 - Dor
32 - Liberdade
33 - Planos

7 - Dallas

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By aPandora02

"É, sozinha eu observo você olhar para ela

Ela é a única coisa que você já viu

Por que você nunca percebe

Que está me matando lentamente?"

(Gnash - i hate u, i love u ft. Olivia O'brien)

A nave já havia pousado e Daiana não sabia o que esperar. Tudo poderia acontecer assim que saíssem dalí, mas acima de tudo não sabia se estava realmente preparada para pisar naquele lugar outra vez. Encostada em uma parede, girando o cabo de madeira em sua mão, aguardava os homens se armarem e conferirem a munição. Já que ela sequer sabia como segurar uma arma, manteve-se distante delas.

Bucky estava igualmente desconfortável e, observando a mulher quieta um pouco distante deles, não pôde conter o impulso de se aproximar. Havia algo que ele precisava saber, que precisava perguntar... desejava, desde que retomou o controle da própria mente, ter uma conversa esclarecedora com ela, mas não houve nenhuma brecha para isso. Estavam o tempo todo fugindo de alguém ou na presença de outra pessoa. Neste caso, como agora, o Steve.

— Eles te seguiram por quanto tempo? — Daiana, dispersa do seu redor, levou um pouco mais de tempo para entender que falava com ela.

Ao erguer a cabeça, os olhos escuros encontraram aqueles claros que há muito tempo fazia seu coração disparar.

— O que? — Franziu o cenho, ainda confusa.

— Naquele dia, em Nova York — a lembrou utilizando um tom baixo que ele entendeu ser para não chamar tanto a atenção de Steve não muito distante deles, distraído com as armas. — Eles te seguiram por quanto tempo?

Ela podia ver estampado em seu rosto a dor pura e crua, mas com um certo brilho de esperança. Então ele também se lembrava... Ela teve sua resposta.

— Alguns quilômetros — respondeu após alguns segundos. — Consegui apagar o motorista e fiquei te esperando — respirou fundo para tentar evitar o nó que se formava em sua garganta. — O motor do carro 'tava ligado e eu fiquei olhando para a porta, esperando você aparecer — sua voz tornou-se trêmula e convertida a um sussurro doloroso, tal como os olhos marejados —, mas você não apareceu — houve um momento de silencio ensurdecedor entre eles, até que ela soltasse uma risada nasalada. — Você sabia que não iria me alcançar, não é? Eu deveria ter imaginado.

— Não podia desperdiçar a única chance de te tirar de lá — de todas as coisas que já fizera, ele não estava nem um pouco arrependido de ter ficado para trás.

— E quanto a você? — Questionou num sussurro gritado, demonstrando sua indignação. — Esperava que eu fosse conseguir seguir a minha vida, ter uma casa, uma família feliz e fingir que a gente nunca aconteceu? Ignorar completamente que enquanto eu tinha a minha liberdade você estava lá sendo torturado? — Ele abriu e fechou a boca algumas vezes, sem conseguir responder aquilo.

Queria dizer que sim, era exatamente aquilo que desejava que ela fizesse. Mas se os papeis fossem invertidos, James jamais conseguiria ser feliz daquela maneira, sabendo o que deixou para trás mesmo que tivesse sido um pedido dela. Mesmo que ela tivesse mentido como ele fizera. Não conseguiria. Traria o inferno para a terra apenas para libertá-la.

— Me cercaram em uma ponte — ela prosseguiu amargurada. — Mas eu não parei de acelerar — o coração de ambos disparando. O dela pela lembrança da adrenalina daquele dia, o dele ao imaginar o risco que ela correra. — Joguei meu carro em um deles que vinha na minha frente. Meu carro subiu em cima do capô do outro carro antes de virar e capotar. Tive sorte de estar com cinto, porque penso que teria morrido não apenas na queda, mas com o tanto de vezes que o carro girou antes de atingir a água. Eu teria me ferido bem mais que apenas bater a cabeça no volante e me arranhar nas pedras pontudas enquanto nadava para longe deles. Se eu sumisse, pensariam que estava morta.

— E a sua amnésia? — Franziu o cenho.

Bater a cabeça no volante não parece ter sido o suficiente para deixá-la no estado que deixou.

— Eu consegui usar a corrente de água para me afastar deles mais rápido, mas era fundo e chovia naquele dia — abraçou a si mesma, apertando mais fortemente o cabo em sua mão. Quase podia sentir os arrepios de frio. — Em algum momento eu afundei e não consegui voltar para à superfície. Só lembro de bater a cabeça numa pedra, eu acho, e acordar em uma cama de hospital.

Sentiu-se mal. Por um tempo os técnicos não apagaram a mente do Soldado. Lembrava-se de ouvi-los furiosos enquanto o espancavam, os membros presos em uma cadeira para que não pudesse reagir. Lembrava-se de todos eles lhes fazendo aquelas promessas de que o maior castigo que lhe dariam, era deixá-lo com suas memórias, para que sentisse. Para que sentisse não apenas a falta dela, mas viver com a probabilidade de que ela estivesse morta por culpa dele.

Sentiu alivio quando os viu retornarem sozinhos, mas quando disseram sobre o acidente, sobre ela ter caído no mar e não terem encontrado o corpo... a possibilidade de ela ter se afogado e se perdido na correnteza era muito real. Mas ainda esperavam encontrá-la. Se fosse viva, a trariam de volta para torturá-la da pior forma na frente dele como castigo. Se morta, o forçariam a ver seu corpo sem vida, frio e em decomposição. As duas opções eram horríveis, então por muito tempo Barnes desejou que nunca a encontrassem. Desejou não saber a verdade e viver na dúvida, acreditando que ela estava morta.

Mas algum tempo se passou, muito, na verdade. Precisavam dele para cumprir suas missões, então novamente lá estava ele preso naquela cadeira, com uma mordaça em sua boca enquanto a corrente elétrica passava por todo o seu corpo, fazendo-o tremer violentamente.

Aquela troca de olhares dizia tanto... eles sentiam muito... era sufocante.

Mas para Daiana era ainda mais insuportável. Bucky nutria pela mulher o carinho improvável de uma faxineira que se aproximou dele enquanto viviam no inferno. Ele via a única que naquele lugar insistiu e conseguiu entrar em seu coração. Ele via uma amiga por quem nutria mais sentimentos do que certamente deveria. Permitiu que Daiana entrasse em seu coração há muito tempo trancado pela última pessoa que ele permitiu alí dentro.

Mas Daiana... Daiana sabia de algo que ele sequer imaginava, e se lembrava daquilo toda vez que o olhava como naquele momento, e toda vez que encarava o próprio reflexo. Fosse no espelho, fosse na água ou em qualquer lugar que refletisse sua imagem. Quase como se pudesse ver os seus piores pecados e sabia que estava condenada, pois ele certamente não a encararia mais com tanto carinho quando descobrisse.

Se descobrisse o que ela fez.

A perdoaria? Ela acreditava que não. Se os papeis fossem invertidos, ela mesma não conseguiria.

— Estão prontos? — Steve cortou a bolha a qual estavam envolvidos, fazendo Barnes instintivamente recuar um passo diante o olhar desconfiado do loiro que intercalava entre os dois.

— Claro — ela forçou um sorriso, parando ao seu lado de frente para a rampa que lentamente abaixava, permitindo que os primeiro ventos gélidos os fizessem estremecer.

Sentiu a mesma coisa quando, anos atrás, pisou naquela mesma neve.

— Lembra de quando tentamos voltar da praia na traseira de um caminhão frigorifico? — Steve perguntou de repente para James.

Foi tão aleatório para o momento, que Daiana não conteve a careta ao observar o Capitão de cima a baixo. Aquela mera informação foi o suficiente para fazê-la saber exatamente do que estavam falando, pois ela já havia ouvido aquela história.

Barnes virou o rosto na direção dele e estreitou os olhos com um discreto sorriso se formando em seus lábios. Alegrava Steve saber que o amigo lembrava-se realmente de tudo o que já viveram juntos. Aquilo lhe dava esperanças.

— Foi naquela vez que você usou o dinheiro do trem com um cachorro quente? — Ele sabia que era, e Daiana também, mas quis confirmar.

— Gastou três dólares tentando ganhar aquele ursinho de pelúcia para uma ruiva — rebateu contendo a risada.

— Era uma peruca — revirou os olhos, mas acabou rindo também. — Ela estava brincando.

— E no fim, ela não te respondeu como você queria — debochou.

Bucky, porém, ergueu uma sobrancelha de forma provocativa, mas de maneira contida pois sentia-se um pouco desconfortável de falar sobre suas paqueras passadas com Daiana alí próxima os ouvindo.

— Quem disse que não? — Olhou para frente. — Ela me entregou o lencinho dela.

Ouvindo-os, Daiana sentia seu coração se apertar, mas sabia que não deveria se sentir daquela maneira. Era passado, afinal. Certo?

— E o que tinha nele? — Sem disfarçar sua surpresa por aquilo nunca ter sido de seu conhecimento, visto que James lhe contava tudo, virou-se curioso.

Bucky não conseguiu conter um sorriso malicioso, mesmo que lutasse contra isso.

— O endereço dela — respondeu apenas.

Daiana, do outro lado de Steve, esperava que nenhum deles notasse a maneira como suas mãos apertavam fortemente o cabo entre elas. Sinceramente, queria que James fechasse a boca. É passado, Daiana, a vozinha em sua mente insistia em lembrá-la para se recompor.

Steve abriu a boca antes que tivesse qualquer outra reação.

— Por que nunca me contou?

James deu de ombros.

— Eu queria saber se as coisas iriam para frente. Mas a guerra me chamou antes — forçou um sorriso.

A rampa tocou a neve e Daiana precisou prender seus pés no chão para não ser a primeira a sair e levantar suspeitas caso parecesse desesperada para se distanciar deles. Mas que caralho. Sua raiva e uma pequena faísca de tristeza era compreensível ser sentida, certo?

— Como era mesmo o nome dela? — Steve insistiu no assunto, talvez querendo se distrair do que poderia vir a encarar assim que saíssem da nave.

— Dallas. Srta. Dallas — respondeu rapidamente.

Ele nunca a esqueceria, de qualquer forma.

— Dallas? — Juntou as sobrancelhas, tendo a impressão de já ter ouvido aquele nome antes. Certamente Bucky deve ter comentado com ele, mas Steve não admitira que não prestava atenção enquanto o amigo lhe contava sobre mais uma de suas paqueras.

— Daiana Dallas — havia um tom mais... melancólico em sua voz, seguido de um suspiro.

Daiana, a Daiana Stewart, reconheceu aquele tom familiar. Era o que ele utilizara da primeira vez que dissera seu nome a ele. Era o mesmo olhar de quando finalmente se encontraram quando Bucky recuperou a memória. Ela de alguma forma o lembrava esta outra Daiana que conheceu anos atrás, quando ainda era o Sargento Barnes? Isso o deixava triste? Vê-la, pronunciar seu nome... o deixava triste por pensar na mulher que ele precisou deixar há décadas? A Stewart sabia que não deveria, mas foi impossível não deixar de sentir um pouquinho de ciúmes... e isso era estúpido.

Bucky enfiou a mão no bolso e puxou uma bússola pequena e bem antiga, daquelas que possuem uma tampa. Em primeiro momento não entenderam o porquê, mas assim que Bucky a abriu, o coração de Daiana disparou de uma forma dolorosa e Steve teve a sua mente rapidamente iluminada com algumas perguntas sendo respondidas. Isso porque, assim como ele fizera com a fotografia de Peggy, a bússola de Bucky possuía a foto de uma outra mulher.

Aquela mesma mulher que ele e Daiana imediatamente reconheceram como sendo a da fotografia encontrada na agenda de Barnes no apartamento que invadiram.

— Era ela mesma — apontou Steve com um pequeno sorriso, uma muito distante lembrança de já tê-la visto há muito tempo pouquíssimas vezes. — Como conseguiu essa foto?

Fez a mesma pergunta que Daiana gostaria de saber, mas que, devido a tamanho desconforto e vontade de chorar que lhe exigia esforço para não demonstrar suas emoções, não conseguia colocar sua dúvida em palavras, mantendo-se calada. Lhe causava um nó na garganta que James realmente a amasse, ou sentisse algo parecido, para se dar ao trabalho de caçar uma fotografia e carregá-la em sua bússola como se a mulher fosse o seu norte.

— Eu sabia o endereço dela — sorriu ladino observando a pequena fotografia antiga em preto e branco. — Não tive muito trabalho, só precisei ir até a biblioteca pública e pedir para ver alguns documentos — deu de ombros. — Haviam fotografias dos moradores em alguns eventos da cidade em 1942.


"— Seu nome me é familiar — disse Barnes na primeira vez que se encontraram a sós em um dos laboratórios que ela entrara para fazer seu trabalho, e finalmente tomara a iniciativa de começar algum contato com o homem que despertara seu interesse desde o primeiro instante em que pusera os olhos nele."


Então era aquilo, sua mente iluminou com uma pontinha de dor no lado esquerdo do peito. Ele se lembrava da outra Daiana, mesmo quando não se lembrava realmente.

Mas que porra.

Então Barnes riu nasalado, balançando a cabeça para os lados de uma forma lamentosa, mas conformada. Fechou a bússola e a guardou no bolso outra vez.

— Ela deve ter uns noventa ou cem anos agora — comentou.

Ou está morta, Daiana pressionou fortemente os dentes para não deixar aquela resposta ríspida escapar de seu lábios.

— Não que vocês estejam muito longe disso — esta resposta, em tom zombateiro, foi sua escapatória e a alternativa que encontrou para lembrá-los que ainda estava alí ouvindo-os, e que talvez assim o assunto se encerrasse.

Infernos!

Eles riram e ela respirou aliviada por não repararem em seu desconforto.

— Não perde uma oportunidade de me lembrar disso, não é? — Já acostumado, Steve suspirou quando desceram da rampa e agora caminhavam pela neve que afundava sob seus pés, tentando ignorar o frio.

— Jamais — forçou um sorriso, passando por ele.

...

A cada corredor que viravam, era uma lembrança diferente. Ao passarem pela porta principal lá em cima, que estava aberta indicando que eles não estavam sozinhos alí, ela teve um flashback:


"— Prometi ao meu irmão que escreveria assim que possível — comentou Amélia, agarrada em sua mão enquanto passavam por homens fortemente armados, sendo o grupo em que estavam conduzido a um largo elevador. — Tive que deixá-lo no orfanato. Acho que vai ser difícil trocar correspondências — ela riu e Daiana a acompanhou.

— Ele tem quantos anos?

— Nove"


Quando adentrou o elevador com Steve e Barnes:


"— É normal balançar desse jeito? — Perguntou um dos homens voluntários a um dos guardas.

— Não há nada aqui que precisem se preocupar — Daiana, ingênua, não notou o que verdadeiramente se escondia atrás de seu tom irônico e o pequeno sorriso nos lábios do homem"


Seguiam cautelosos pelos corredores, subindo e descendo algumas escadas. Steve, com o escudo, fazia a frente. Daiana, com o cabo de vassoura adaptado em mãos, vinha logo atrás pronta para atacar qualquer ameaça e James, com uma sniper, vinha por último. Qualquer assunto que poderiam vir a ter foi dispensado assim que passaram pela porta lá em cima. Agora era o momento de serem cuidadosos e concentrados.

Subiram alguns degraus de uma pequena escada, mas assim que ouviram um fraco ruído atrás deles, pararam imediatamente. Num piscar de olhos Steve desceu quatro degraus e usava o escudo para proteger os outros dois. Barnes mirou na figura que se aproximava, se preocupando em usar seu corpo para esconder Daiana de qualquer ameaça. A mulher ficou como responsável agora para cuidar as costas deles, enquanto eles miravam o que estivesse se aproximando. Precisavam considerar a possibilidade de que poderiam ser encurralados.

O ruído era claramente o de uma porta pesada e enferrujada sendo empurrada. Abrindo ou fechando? Não importava. Atirariam em quem quer que fosse se tentassem os atacar.

— Está pronto? — Conferiu o Rogers sem se virar.

— 'Tô — Barnes o respondeu com o dedo pronto no gatilho.

Foi quando viram a porta dupla de metal no fim do corredor ser aberta a força por uma familiar armadura vermelha e dourada. Não sabia se se sentiam aliviados ou tensos com a presença de Tony justo alí. Não era possível que tenha os seguido até alí para prendê-los, mas se o fez, não conseguiria levá-los de boa vontade.

O capacete se recolheu revelando sua face ferida e, ainda incerto principalmente por Stark estar se mostrando tão relaxado na presença deles, Steve desceu os últimos degraus sem sair da posição defensiva e se aproximou em passos muito lentos.

— 'Tá tão na defensiva — disse após fazer uma rápida observação local.

— Foi um longo dia — respondeu-lhe o Capitão com os olhos semicerrados.

— Descansar, Soldado — mandou mirando Bucky com o olhar, gesticulando de maneira despojada com as mãos. — Eu não estou aqui atrás de você.

Porém, nem Bucky, nem Steve e nem Daiana deixaram suas posições e abaixaram a guarda. Já estava mais do que claro que o trio e o homem estavam em lados opostos.

— Bom — curvou o canto dos lábios para baixo, aproximando-se calmamente. — Pode ser que sua história não era tão louca? — Apesar do tom, aquilo não era uma pergunta. — Talvez... O Ross não sabe que eu estou aqui, então não conta 'pra ele — pediu.

Era visível que, para o homem orgulhoso, reconhecer que estava de certa forma errado, era difícil. Mas ele estava se esforçando. Os ombros de Steve relaxaram um pouco, então Daiana fez o mesmo. Bucky em sua frente, por outro lado, parecia andar em uma linha tênue para puxar aquele gatilho. Queria tocá-lo e dizer que podia relaxar um pouco, mas temia que ao fazer aquilo o assustaria e assim o tiro pudesse ser disparado acidental e fatalmente.

— Se não eu vou ter que prender a mim mesmo — brincou se escorando na parede suja.

— É, parece que isso seria um problemão — comentou Steve, ainda sério e quando Tony soltou um pesado suspiro cansado, o escudo foi abaixado após uma longa conversa silenciosa e visual que apenas os dois entendiam. — É bom ver você, Tony.

Apesar das diferenças, não havia quem não percebesse como os dois, Tony Stark e Steve Rogers, se admiravam. Gostavam muito um do outro, mas tinham objetivos diferentes, pensamentos diferentes e cedo ou tarde, como aconteceu, acabariam daquela mesma maneira. Não desejavam mal ao outro, longe disso.

— Você também — havia pesar em suas palavras, mas também sinceridade.

Percebendo a ameaça não era mais Tony, ao menos por hora, Daiana abaixou o cabo de vassoura e seu movimento atraiu a atenção do de armadura para a direção deles.

— Dá 'pra parar com isso daí, oh Desmemoriado? — Dirigiu-se a Bucky, fazendo Steve virar-se também. — Até a Ratinha De Laboratório já percebeu que 'tá rolando uma trégua aqui — referiu-se a Daiana enquanto apontava de Rogers para ele algumas vezes. — Abaixa isso.

Barnes o ignorou completamente, mas apenas obedeceu ao pedido e abaixou relutantemente a arma quando Steve lhe fez um sinal, garantindo que estava tudo bem. Com a pequena trégua, pelo menos momentânea, o trio tornou-se um quarteto seguindo cautelosos e atentos pelos corredores, sempre em posição de defesa e ataque. Mas apesar de todo aquele cuidado, nenhum deles notou que havia uma quinta pessoa que os seguia a espreita.



(𝐁𝐮́𝐬𝐬𝐨𝐥𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐮𝐜𝐤𝐲 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐃𝐚𝐢𝐚𝐧𝐚 𝐃𝐚𝐥𝐥𝐚𝐬, 𝟏𝟗𝟒2)


Oie :)

• 🤧 Esse capítulo adiantado é em comemoração aos primeiros 100k de visualizações de uma fic minha: Violeta | Peter Parker. 🤧

Fiquei com dó da Dai descobrindo que ela lembrava a Barnes de outra mulher...

• Mas eu amo a maneira como ele tenta proteger ela.

Eu amo os apelidos do Tony kkkkk Ele vai dar um apelido para todas as minhas protagonistas.

Descobrimos também mais um pouquinho sobre o que aconteceu com a Dai e o Bucky para eles terem se separado.

Próximo capítulo vai ser... revelador 🍿👀

• ♥ Espero que estejam gostando

• ✨ Me desculpem qualquer erro ✨

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