In another life • Harry Style...

readpagess tarafından

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Os pais de Anna não aceitam que a princesa se envolva com o plebeu, quando tudo o que ela mais queria e preci... Daha Fazla

1 | Maybe in another life
2 | Have we met before?
3 | A good coffee
4 | Invitation
5 | Date
6 | Art gallery
7 | Culinary skills
8 | My girl
9 | First time
10 | Pre dating
11 | Beautiful breasts
12 | Peppers
13 | To thank
14 | What are we?
15 | His parents
16 | So...girlfriend
17 | It was not my fault
18 | Liam's girlfriend
19 | My policeman
20 | Threat
21 | He watts me death
22 | Cycle
23 | Bachelor party
24 | Married sister...
25 | Our goddaughter
26 | The boss
27 | Delegacy
28 | New apartment
29 | Oh, Anna
30 | Approval
31 | Nice couple
32 | Commitment
33 | Boat ride
34 | Motel
35 | My brother
36 | Wine
37 | War
38 | Idiot
39 | Night routine
40 | Red days
41 | Sand and hair
42 | Innovation
43 | I found you again
44 | My ex
45 | Insults
46 | Go away
48 | Torment
49 | Abandonment
50 | Eroda
51 | Scare
52 | Allergy
53 | Women know more
54 | My wife, according to myself
55 | Treasure of 1750
56 | How many others?
57 | Fear
58 | He was never my friend
59 | Regression
60 | Olá, inglês
61 | The end of the big show

47 | Reunion

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readpagess tarafından

ANNA

Sábado, Desmond havia chegado um dia antes, e eu ainda não entendia o motivo de estar me arrumando para ir a uma reunião.

- Ainda não entendi o que tenho a ver com isso...

- Michael vai estar lá para uma reunião de família, logo, você também vai...

- Mas ele e a Gemma são casados. - Olhei sério para ele.

- E nós também!

- Só no seu mundo. - Ri alto. - Não vejo aliança. - Olhei para as minhas mãos.

- Ainda não tem uma. - Saiu a closet, dando ênfase na primeira palavra. - Você vai ser minha esposa, não faz diferença dizer se é agora ou depois...

Suspirei, sabia que não adiantava discutir. Estávamos na casa dele e eu gostava de me arrumar lá, e assim que terminei, parei para analisá-lo.

Terno azul escuro, estava arrumando a gravata na frente do espelho, barba bem feita e cabelo curto, lindo.

Se virou na minha direção, e dei alguns passos, arrumando a gravata dele.

- Para de falar que sou sua esposa. - Sussurrei enquanto apertava um pouco mais a gravata.

- Não. - Sussurrou de volta. - Se você quiser, pode ser minha mulher agora, e sempre.

Se você quiser. Quase precisei rir, eu queria muito, e ele ria sempre que falava, mas sabia que era sério.

Me observei no espelho, calça preta, larga e tecido leve, tênis e uma blusa por dentro da calça, azul claro, parecia mais que eu estava indo passear que para uma reunião.

Sinceramente, eu nem sabia sobre o que se tratava, e ninguém ia mandar nas minhas roupas, então não me importei muito, por mais que ele estivesse formal.

Fomos em silêncio durante o caminho, porque de manhã eu não gostava muito de dialogar, ainda mais por estar indo em um lugar que não estava a fim.

Harry saiu do carro e fez a volta, abrindo a porta, ainda com os óculos escuros no rosto. Segurou firme na minha mão e entramos.

Não esperava ver tantos médicos, todos nos encarando até chegarmos no elevador, Harry riu e eu sabia que era pela minha reação, provavelmente só voltei a respirar normalmente quando entramos no elevador.

- É o poder da família Styles, se acostume. - Retirou os óculos e me estendeu, sabia que significava um pedido para guardar na minha bolsa.

Fiquei observando enquanto usava o espelho do elevador para arrumar o cabelo. Era vaidoso, arrumava o cabelo, sempre muito bem cortado, o mesmo relógio sempre no pulso e ficava tão bonito de terno que era quase inacreditável.

Antes mesmo do elevador abrir, segurou minha mão de novo, sempre fazia questão, gostava de me tocar, mesmo que fosse um simples gesto do braço ao redor dos meus ombros.

Quando as portas automáticas abriram, apenas Michael estava lá, encostado na parede, bebendo água, e apenas nos lançou um sorriso.

Harry me deu um beijo rápido e entrou na primeira sala, já havia entendido que só faltava ele.

- Então ele te trouxe para a reunião também. - Riu nasalmente.

- Disse que era importante. - Dei de ombros.

- É um privilégio participar. - Franzi o cenho. - É a primeira pessoa que ele traz, em anos. - Sorriu leve.

- Oh, eu...nem sabia. - Riu novamente. - Não sou ligada nas coisas do hospital.

- Não gosta?

- Gosto, mas é coisa dele, eu só acompanho porque sei que se importa. - Ele assentiu, como se entendesse.

Realmente não me importava com aquilo, nem com o fato de ser médico, se fosse um simples florista eu ainda o amaria.

Talvez outras mulheres sonhassem em fazer parte daquela reunião, mas eu não, sinceramente, preferia que ele resolvesse, mas sempre queria me incluir em tudo, apesar de ser adorável, às vezes era estranho para mim.

Fiquei um bom tempo conversando com Michael e bebendo água, a única coisa que tive vontade, bebia tanto o café do hospital que até enjoava.

Descobri que ele também não ligava tanto para as coisas do hospital, mas se tinha algo que Gemma e Harry tinham em comum, era querer que todos a sua volta se envolvessem.

Mais de quarenta minutos depois, pessoas começaram a sair e Michael se posicionou ao meu lado.

- Não se assuste se começarem a se agredir verbalmente. - Abri mais os olhos e ele apenas deu de ombros.

O aviso me pareceu sério apesar da risada dele.

Pelo menos quinze pessoas saíram de lá, não fazia ideia do motivo de tantas pessoas, reconheci apenas Simon, e o semblante estava péssimo, apostava que tudo aquilo era muito burocrático.

Entrei apenas quando Michael entrou, pareceu um bom momento. Apenas Harry, Gemma, Anne e Desmond na sala, pareciam tranquilos.

Michael sentou ao lado de Gemma e decidi fazer o mesmo ao lado do Harry, naturalmente.

- O que ela veio fazer aqui mesmo?

Desmond não me encarou, mas era sobre mim, me senti ofendida, e sabia que Harry estava prestes a se exaltar, então preferi não dizer nada.

- Existe algum problema com a presença da minha mulher? - Ele perguntou sério, suspirei.

Michael me lançou um olhar que dizia "te avisei" enquanto eu lançava um que dizia "começamos muito bem".

Eles se encararam, o pai dele não respondeu, escutei o suspirar de todos na sala, sérios, provavelmente desaprovando.

Eu costumava dar duas chances, na terceira aconselhava todos a saírem de perto, a brasileira barraqueira que vivia dentro de mim, costumava aparecer, e não duvidava que em minutos estivéssemos competindo sobre quem gritava mais alto.

Desmond parecia orgulhoso pela direção da filha, Gemma estava nitidamente feliz, estaria entrando em treinamento na semana seguinte, e foi quando entendi as feições de Simon.

Ele seria praticamente um secretário dela pelo meio tempo, a ajudando e ensinando, mas ela era esperta o suficiente, apostava que conseguiria manter aquele hospital de pé com apenas um dos punhos.

Anne era a mãe, e estava ali porque parte do hospital de Washington era no nome dela, algo que fiquei sabendo naquele exato momento, e apesar de não ter mais vínculos físicos com o hospital, ainda parecia importante que comparecesse.

Deixou claro que desejava passar tudo para o nome da Gemma, toda a parte dela, e pelo visto queria se livrar logo do hospital.

Senti meu corpo tremer, certo nervosismo apareceu quando começou a falar sobre Londres.

O plano era se aposentar no começo do próximo ano, queria que Harry viajasse de imediato para a Inglaterra, e por aquele motivo estava tão irritado com a minha presença.

Porque só podia significar uma coisa.

- Decidi que aceito a direção de Londres, é o que eu quero, refleti bastante e acredito que seja o momento. - Foi Harry quem disse, fazendo o pai dele sorrir pela primeira vez. - Mas vamos viajar apenas em março do próximo ano.

Ele ficou sério, suspirou, enquanto Gemma e Michael sorriam, sabendo que o show começaria.

- Março do próximo ano? - Riu baixo. - E como fica a minha aposentadoria?

- Vai precisar esperar. - Harry disse simples, sério, como se o desafiasse.

- Não pode ser assim, precisa ser agora.

- Então nada feito, arrume outro diretor. - Ele tinha as respostas na ponta da língua.

- Quem foi que decidiu isso? - Perguntou irritado.

- Chegamos a um consenso. - Não deu detalhes, mas apoiou a mão na minha perna, indicando que eu era uma das donas da decisão.

- Então ela decidiu por você? - Riu debochado.

- Não, eu disse que nós chegamos a um consenso. - Deu ênfase em "nós".

- Me parece que ela mandou e você obedeceu. - Suspirei, segunda chance para calar a maldita boca.

- Se você não sabe dar valor a uma boa parceria e não aprendeu até hoje a chegar em acordos conjuntos ao invés de decidir tudo sozinho, então sinto muito. - Harry deu de ombros, obviamente debochando.

- Qual o seu problema, garoto?

- Desmond! - Anne estava ficando brava, era nítido.

- Nem parece meu filho, quando vai se tornar homem e parar de dar importância ao que uma mulher passageira diz?

Meu sangue subiu, Harry apertou minha perna, prestes a dizer algo, mas eu tinha minha própria boca e as chances haviam acabado.

- A pergunta certa é: qual o seu problema? - Falei, todos me encararam.

- Anna... - Harry estava prestes a pedir para não me meter.

Mas eu já estava metida, me levou até ali e eu não aceitaria que o insultassem, muito menos a mim.

- Agora não! - Olhei séria para ele. - Qual o seu problema? Me diz. - Todos me encararam, inclusive o pai dele, quase chocado, eu diria. - O que você acha que eu sou? Você não me conhece e tenho certeza que muito menos ao seu filho!

- Garota...

- Não sou garota, sou uma mulher que estuda, trabalha, e é independente, em que mundo você vive? Oh, eu já sei, naquela sua merda de hospital em Londres onde você pensa que é tão importante que precisa que todos larguem as suas próprias vidas para te seguir e agradar. - Talvez eu não devesse ter chamado o hospital de merda, mas foi, não havia volta. - A decisão foi do Harry, não minha, eu não interfiro no trabalho dele, nunca. Se procurasse saber melhor, talvez visitar e falar com seus filhos direito, pudesse me conhecer para poder falar de alguma coisa.

Eu estava com tanta raiva que poderia enterrar um copo de vidro na garganta dele.

- Não estou interessada em hospitais, muito menos em dinheiro, eu venho de uma boa família, meus pais me apoiam e graças a Deus me ensinaram a ser uma pessoa honesta. - Por mais que tudo estivesse dando errado, eu ainda era uma boa pessoa pela minha educação em casa. - E pare de ser covarde, sua fala é machista, mas tem medo de mulheres que se impõe, sua briga é comigo, não com o Harry, então, acho melhor começar a se perguntar quando você vai virar homem e me enfrentar de verdade, mas não se arrisque, porque vai sair perdendo.

O encarei no fundo dos olhos, séria, estava com tanta raiva que não conseguia nem chorar, queria que meu recado fosse claro.

Peguei minha bolsa e levantei, olhei para Harry, parecia chateado, não sabia dizer se era comigo ou não.

- Te espero no carro. - Falei baixo e ele deu um breve aceno.

Sai da sala, olhei brevemente para o vidro e dava para perceber que Harry e Desmond discutiam. Relação super saudável.

Suspirei, entrei no elevador e ajeitei minha bolsa no ombro.

Eu avisei que não queria vir. Pensei.

Sabia que hora ou outra aquilo iria acontecer, e me deixava chateada que tratasse o próprio filho daquela maneira, não o apoiando, somente se fosse algo relacionado com trabalho.

As portas do elevador abriram, finalmente no térreo.

- Bom dia, senhora Styles. - Um dos médicos disse, passando por mim.

- Bom dia. - Franzi o cenho levemente, achando estranho o jeito que havia me chamado.

Fui até o carro, felizmente as chaves estavam na minha bolsa e pude entrar, esperaria por ali, não importava por quanto tempo.

Assim que abri a porta e sentei no banco do carona, recebi uma mensagem.

Gemma
Precisamos sair para
comemorar o melhor
entretenimento da minha
semana.

Suspirei, me sentindo culpada, havia armado uma confusão, se eles brigaram antes, com certeza estavam quase socando um ao outro naquela sala.

Me sinto péssima.

Mandei a mensagem com as palavras mais sinceras que pude, me senti mesmo péssima, horrível, não por ter dito aquelas coisas, porque talvez ele precisasse mesmo escutar, mas chateada porque era o pai do meu namorado, e eu devia certo respeito, isso se me respeitasse.

Gemma
Bobagem, ele precisava!

Gemma
Além disso, você tem razão.

É o pai de vocês.

Gemma
E ele te deve respeito também.

Mesmo assim, foi errado
da minha parte.

Gemma
Não está tão ruim, pediu desculpas.
Disse que se ele certeza,
então "que seja".

Ele ainda me odeia.

Gemma
E você ainda vai para Londres,
é incrível morar lá...

Não respondi mais, bloqueei meu celular, nem queria saber como estavam lá em cima.

A decisão sobre ser em março partiu totalmente dele, e eu aceitei, afinal era o trabalho dele, Harry me explicou que seria um processo longo até se desligar totalmente da clínica, fora os contratos para assinar.

Do jeito que me sentia mal naquela cidade, iria quanto antes, mas eu não tinha mais nada, quem tinha era ele e já me sentia horrível o suficiente por fazê-lo abrir mão de tudo.

Estava lutando todos os dias contra a tristeza, ele me ajudava, os horários com o médico que marcou eram concorridos e só consegui para a semana seguinte.

Mas se tudo desse certo lá dentro, iríamos para Londres como o combinado, e eu poderia recomeçar de novo, com ele.

Mais de meia hora depois, vi as portas se abrindo, o homem andando na direção do carro, não estava sorrindo, mas também não pareceu irritado.

Me percebeu lá dentro e então apenas abriu a porta, se posicionando na frente do volante. Não ligou o carro, só ficou olhando para frente, então supus que estivesse chateado comigo.

- Desculpe por desrespeitar seu pai. - Falei primeiro, e ele negou com a cabeça, apenas.

- Ele nunca teve boas maneiras com mulheres. - Disse simples, como se tudo aquilo apagasse minha atitude.

- Armei uma confusão, isso não se faz. - Sabia que estava errada. - Deveria ter falado com mais calma, conversado...

- Com ele não tem conversa, é o jeito dele e pronto, nunca escuta ninguém. - Me interrompeu. - Se antes ele achava que podia te ofender de qualquer forma e ficaria quieta, agora ele sabe que não é bem assim. - Finalmente me encarou. - Nunca deixe ninguém te diminuir, mesmo se for meu pai...

- Não gosto desse sentimento de te fazer brigar com ele. - Era real, me odiava por piorar as coisas.

- Isso não é de hoje. - Riu baixo. - E se acha mesmo que vão te insultar na minha frente e vou ficar apenas observando, saiba que está errada. - O olhar ainda sério. - Te defendo de qualquer jeito.

- Mesmo assim...

- Linda, não. - Negou com a cabeça, como se pedisse para eu me calar, de forma educada. - Ele só se irritou porque as coisas não vão ser do jeito dele, e então encontrou alguém para despejar a culpa, já sou acostumado...

- Não é saudável.

- Tem razão, não é, mas ele prefere assim, o que posso fazer? - Deu de ombros, nitidamente cabisbaixo. - Além disso, todos concordam com a nossa mudança para março, ele vai adiar os planos dele.

- Ele vai? - Assentiu com o semblante vitorioso. - Por que ele quer isso tão em cima da hora? Ainda não entendi o desespero para se aposentar...

- Ele come a secretária, é por isso. - Abri a boca, chocada com as palavras dele. - Pois é, ele quer aproveitar enquanto a garota ainda o quer, não é todo dia que alguém como ele encontra essas coisas...

- Aí meu Deus. - Empurrei o ombro dele. - Olha o jeito que você falou!

- E não é verdade? - Perguntou incrédulo. - Ele te acusa exatamente das coisas que vem sofrendo, sinceramente? Espero que seja feliz.

- Estou falando da outra palavra que usou. - Ele riu pelo nariz.

- Qual? - Cerrei os olhos. - Comer? Me poupe, todo mundo sabe o que é. - Olhou para o relógio por um momento.

- Então você come a secretária, Harry Edward Styles? - Ele riu alto, e eu fiquei o encarando.

- Faço amor com ela, é diferente. - Piscou um dos olhos. - Você acha mesmo o hospital de Londres uma merda? - Perguntou de repente, me fazendo rir.

- Não, saiu sem querer, desculpa. - Ele riu, rolando os olhos.

- Acho que foi a parte que doeu mais nele.

- Sinto muito...

- Ele supera. - Ligou o carro. - Vamos para casa, preciso comer minha secretária quando chegarmos. - Abri a boca, ofendida, e o empurrei pelo ombro no mesmo momento.

Por mais que estivéssemos rindo o caminho todo, a mão permanecia na minha coxa e eu entendia que talvez a frase de mais cedo não fosse brincadeira.

Estacionou o carro calmamente, e Harry se encaixava no perfil de homem engraçado, que te fazia rir e logo em seguida estava na cama com ele, usava todo o charme comediante para cima de mim quando podia.

Não era calmo, e apesar de ser com amor, não era exatamente fazer amor. Estava fazendo jus ao que disse anteriormente, sobre comer a secretaria, mas eu perdoava, não ligava de ver a cena dele por cima.

Mão ao redor do meu pescoço enquanto a outra segurava firmemente meus braços para cima, empurrando com força para dentro de mim, sem deixar sobrar um centímetro.

Começava lento e ganhava força e rapidez com o tempo, e não parava, nunca precisei pedir para ser mais rápido, ou melhor em algo, me fazia rolar os olhos em prazer de qualquer jeito.

- Mais alto. - Ele pediu com a voz rouca.

Gemi o mais alto que pude, encarando o rosto excitado, mordendo os lábios com força e o cabelo ainda pela testa suada.

Soltou meu pescoço e meus braços, eu o conhecia, sabia que quando enterrava o rosto no meu pescoço e apoiava os antebraços com força no colchão era porque estava perto, mas não fiz como de costume, geralmente arranharia as costas por prazer.

- Harry... - O chamei de um jeito diferente, tentando soar séria, apesar de falhar.

Ele levantou o rosto, mas sem parar os movimentos, me fazendo morder o lábio inferior. Tive forças o suficiente para apoiar as mãos no peitoral suado e trocar de posição com ajuda dele.

Ficando por cima, abri um sorriso largo, era ótimo estar naquela posição, e sabia que ele gostava, porém, Harry nunca gostou tanto de perder o poder daquela maneira, ainda mais quando parecia beber a poção da adrenalina.

Me deixou começar com os movimentos, rápidos, porque da maneira que meu corpo pedia por ele, não dava para começar devagar. Minhas mãos presas no peitoral suado, levemente inclinada para frente, e a cada movimento meu clitóris roçava na pele dele, e era aquilo que me fazia ter prazer.

Antes que eu pudesse inclinar minha cabeça para trás, senti a mão dele puxar bruscamente meu rosto para mais perto, tentando arrumar meu cabelo antes de levar a outra mão a minha cintura.

Meu rosto sendo puxado próximo ao dele, e Harry segurava minha cintura de forma que eu não pudesse me mexer muito, e então começou a subir e descer o próprio quadril, rápido demais para que eu pudesse pensar.

Abri a boca no mesmo momento com o som do impacto, gemendo incessantes vezes porque ele com certeza estava atingindo um ponto muito importante dentro de mim, me fodendo por baixo, parecia tão fácil para ele, me observando com um sorriso a cada gemido.

Rolei os olhos, sem me importar se estava gemendo alto demais, chamando por ele e nem ligava se pedir por mais parecia exagero, não queria que parasse nem por um segundo.

Ficava melhor quando dizia coisas, sussurrando no meu ouvido, como se aquilo não pudesse ficar melhor ainda.

- Quase... - Praticamente gemi a palavra, não importava se não aguentava mais, precisava me esperar.

Estávamos chegando na melhor parte, na parte que eu gemia alto e gozava antes dele, só para continuar por mais alguns instantes até ele chegar lá também, e eu mordia o lábio quando continuava, mesmo que eu já tivesse terminado, era um prazer diferente.

- Gostosa. - Sussurrou para mim, que tentava me recuperar com a testa encostada no peito dele. - Adoro foder com você assim. - Beijou minha orelha, como se nada que tivesse feito antes bastasse.

- E eu adoro quando me fode assim. - Sorri, levantando o rosto e beijando a bochecha dele.

Finalmente consegui deitar ao lado dele, sorrindo pela sensação maravilhosa, sempre conseguia me deixar daquele jeito, leve e com a autoestima alta.

Tirei meus cabelos do rosto, precisava voltar com o hábito de prendê-lo, estava comprido demais para aquele tipo de coisa.

Suspirei, sentindo uma mão na minha cintura, e em seguida o rosto dele apareceu no meu campo de visão, baixando a cabeça e deixando um beijo rápido em cada seio, fazendo uma trilha de beijos em seguida, até chegar na minha boca e deixar três selinhos demorados.

Cheirou dramaticamente o ar, como se sentisse um cheiro forte. Observei aquilo com atenção.

- Cheiro de sexo. - Sorriu, e fui obrigada a rolar os olhos. - Você é tão linda, queria te ter assim todos os dias...

Beijou meu pescoço, e franzi o cenho, a emoção masculina pós-sexo estava aparecendo.

- Mas fazemos quase todos os dias...

- E não é suficiente. - Arqueei uma das sobrancelhas. - Podia ficar pelada o dia inteiro na minha frente, ia ser o paraíso. - Fechou os olhos, sorrindo.

- Você é muito bobo, sério. - Abriu os olhos, fazendo cara de ofendido. - Mas eu amo. - Dei de ombros.

- Melhor assim. - Sorriu largo mais uma vez, beijando minhas bochechas.

- Vai ir trabalhar hoje? - Perguntei entre o abraço.

- Hoje não, só na segunda, normal no consultório. - Murmurei algo como "hum". Levantou o rosto novamente, fazendo um carinho ótimo na minha bochecha. - Prevejo coisas boas para nós em Londres...

- Jura? - Sorri largo, ele assentiu. - Tipo o quê?

- Tipo eu e você. - Ele sorria doce, os olhos brilhando, algo adorável. - Estava pensando em comprar outra casa para nós...

Suspirei, os planos não eram morarmos juntos ou qualquer coisa do tipo, mas visto o momento que tivemos, não achei legal começar qualquer coisa que gerasse uma discussão.

- Por quê? A sua é tão bonita...

- Mas é longe do hospital, quase uma hora. - Fez uma careta. - Queria algo mais acessível, já que pelo visto vou passar anos da minha vida lá. - Suspirou, talvez pensando. - Mas podemos ver isso em outro momento, quero um banho com você agora. - Beijou meu rosto, chegando perto na minha orelha. - Na banheira. - Sussurrou, me fazendo rir.

- Feito! - Praticamente pulei da cama, eu adorava a banheira.

O sussurro dele não foi nada sexual, fez aquilo porque sabia que eu virava uma criança quando entrava na banheira gigante dele, algo muito chique, me sentia super rica.

Sempre me deixava escolher qualquer essência, tinha muitas guardadas no armário perto do móvel, e enquanto ligava, eu escolhia a que achava melhor e buscava as toalhas.

Geralmente sentia a temperatura da água com a mão e entrava primeiro, me ajudando em seguida, sorrindo como sempre, e podia parecer super idiota, mas a atenção e a ajuda dele me fazia pensar ser a coisa mais importante no mundo, e também me fazia pensar que ele era mais bonito que deveria ser, apenas com um ato.

Não falamos nada, e nem precisava, era o nosso momento para relaxar, a única coisa que fez foi comentar sobre a boa escolha de essência, e em seguida fechou os olhos.

E enquanto eu o observava, pensei em algo.

Fazia dias desde os cartazes na minha porta, ele conversava comigo, me ajudava a pensar melhor, e a minha consulta estava próxima, os conselhos dele estavam sendo maravilhosos e eu finalmente estava entendendo que precisava de mais ajuda que pensava.

Mas algo estava errado, eu já morava lá a tanto tempo, e do nada alguém resolveu ter tanta raiva de mim?

- Linda. - Olhei para ele, a voz me chamou atenção no meio do silêncio. - No que tanto pensa? - Sorriu com os lábios, me observando com atenção.

Sabia que se eu quisesse conversar ele estaria aberto, mas poderia ser ruim naquele momento, porém, também sabia que ele não gostava quando eu escondia as coisas.

- Sabe aquelas coisas na minha porta? - Assentiu, sorrindo menos. - Acha que foi coisa da sua ex? - Franziu levemente o cenho.

- Por que pensa isso? - Não foi uma crítica, ele sempre fazia aquilo, tentava entender meus pensamentos.

- Porque moro lá já faz tempo, tenho amizades com vizinhos, e ninguém viu nada, e não acho que fariam aquilo, não agora, depois de tanto tempo. - Assentiu, me observando com atenção.

- E como ela saberia onde mora? - Suspirei, pensando no óbvio.

- Se ela te procurou nas redes sociais, sabe que sou sua namorada, e pode ter me seguido, sei lá...você quem disse que ela é louca. - Riu baixo.

- A Emma sempre foi mais do ao vivo e a cores, mas é uma boa hipótese, eu não duvidaria. - Suspirei em alívio, pelo menos não estava defendendo ela. - Mas também não podemos confiar em todos, algumas pessoas são manipuladoras, maldosas e mentirosas, pode muito bem ter sido um vizinho. - Assenti, compreendendo. - Sinceramente gosto de acreditar na segunda hipótese, quero muito que ela vá embora da minha vida...

- Ela não vai. - Me observou atento, sério. - Não tão fácil...

- Acha mesmo?

- Tenho certeza.

Não falamos mais depois daquilo, ele pareceu pensativo, e fiquei pensando se o magoei falando sobre aquilo, por isso decidi acabar com o assunto.

Se o mundo era injusto em tudo, havia pelo menos uma coisa que era certeza, e era sobre uma frase, mais especificamente sobre mulheres.

Mulheres nunca erram.

Fato, somos mais sensitivas, e eu sabia que estava certa, mesmo sem nenhuma informação ou prova, sabia que aquela loira falsa estava tentando me enlouquecer, porém, para o azar dela, Harry era uma pessoa ótima.

Ele não me achava louca, acreditei quando disse que eu não era culpada de nada e que não havia nada de errado em pedir ajuda, e o agradecia sempre por aquilo.

Se eu não gostava muito da ideia de ir morar com ele e ser chamada de esposa, então eu estava quase mudando de opinião. Qualquer coisa para mandar aquela mulher para longe.

Já havia nos livrado do meu ex, odiava lembrar daquilo, mas não bastava termos muitas coisas em comum, ainda precisava ter mais uma, ambos tínhamos ex complicados.

Naquele dia, resolvemos ir ao mercado juntos, aceitei ir porque estava evitando ficar em casa, ocupar a minha mente ajudava a não ficar pensando besteiras.

Enchemos um carrinho, meus planos era ficar na casa dele até o meio da semana, porém, sempre acabava ficando mais de uma semana, depois voltava para a minha, e ele ia para o apartamento como se morasse lá, e eu fazia o mesmo na casa dele.

Geralmente fazíamos um jantar, mais ríamos que cozinhávamos, Harry me contava alguma fofoca do hospital e eu escutava com atenção, e depois ligávamos a televisão, mas não assistíamos de verdade, geralmente era nosso momento para redes sociais.

Naquele dia ele estava cansado, preguiçoso, e nem pegou o celular, escutei ele conversar com Anne pelo aparelho, algo sobre a reunião, decidi não me envolver, ainda devia desculpas a ela pessoalmente.

Deitamos no sofá, me sentia diferente por algum motivo, mais emotiva talvez, aquilo explicava o motivo de eu estar abraçada nele o dia inteiro, especialmente naquele momento, no sofá, deitados enquanto meu corpo inteiro estava por cima do dele, que observava a televisão com certa atenção.

- Que merda. - Murmurei em português.

- O que é uma merda? - Franzi o cenho, levantando o rosto.

- Como entendeu isso? - Riu, finalmente virando o rosto na minha direção.

- Você vive dizendo isso, e entendo mais do que falo, estou aprendendo. - Deu de ombros. - Na verdade, acho que no fim do próximo ano pode ser que eu esteja quase fluente...

- Mentira...

- Verdade. - Afirmou, e em português.

- Como sabe dessa palavra? - Praticamente gritei, e ele riu alto.

- Eu estudo. - Continuou rindo. - Não é tão difícil...

- É uma das línguas mais difíceis de se aprender. - Falei incrédula.

- Ser médico também é difícil. - Deu de ombros, ainda falando a minha língua materna.

- Por que você é tão inteligente? - Continuei boquiaberta.

- Porque sim. - Português, de novo.

- Para de falar português melhor que eu! - Bati no ombro dele, voltando a deitar.

- O que é uma merda? - Voltou a perguntar.

- Você ser quentinho e eu querer estar assim o tempo todo. - O abracei mais forte, eu amava aquilo mais que o normal.

- Hum. - Murmurou. - Vai menstruar...

- Porra de médico. - Ele riu alto, enquanto eu o xingava, mesmo estando abraçada nele. - H?

- Sim? - Subi mais meu corpo, deitando minha cabeça no travesseiro, ainda sem sair de cima dele.

- Faz massagem nas minhas costas? - Riu baixo, me encarando por breves momentos.

Continuou observando a televisão, enquanto fazia o que eu pedi, aquilo era o paraíso para mim e esperava que fosse para ele também.

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🙂😐🤕😟😁
?










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