HOTEL CARO โ” gabigol

By ellimaac

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By ellimaac

15. SE ESCONDA

— O QUE A GENTE VAI COMER? — PERGUNTO ASSIM QUE VOLTAMOS DA ESCOLA ONDE LUANNA vota, que realmente não era muito longe daqui. — Eu 'tô com fome.

— 'Tá querendo comer o quê? — ela pergunta, virando a cabeça e olhando para mim com aqueles lindos olhos castanhos brilhando em expectativa e curiosidade. Luanna é tão linda que chega a doer. — A gente pode pedir um iFood.

— Ou a gente pode cozinhar — sugiro com um sorriso, roubando um sorrisinho empolgado dela também.

— Quer cozinhar mesmo? — pergunta só pra ter certeza do que eu digo.

Assinto com a cabeça.

— Por que não?

— Ah, sei lá — Luanna dá de ombros, desviando o olhar de mim e me deixando frustrado por isso. Eu gosto de quando ela me olha. — Você não tem cara de que gosta de cozinhar. É aquele tipo de gente que tem tudo na mão.

— E eu tenho mesmo.

Ela ri indignada, não parecendo surpresa.

— É bem sua cara mesmo.

— Mas não quer dizer que eu não cozinho.

— E você cozinha?

Abro a boca para responder, mas as palavras desaparecem da mesma forma que aparecem. Afinal, eu não tenho uma resposta verdadeira a dizer, por isso digo a primeira coisa que vem a minha cabeça:

— Sei cortar legumes, já é muito, não?

— Não — ela diz de imediato. — Tem que saber o tempo de cozimento das coisas também.

— A gente vê no Google, preta.

Toda vez que a chamo assim, vejo um sorrisinho involuntário surgir em seu rosto. Não sabia que ela iria gostar tanto do elogio e agora não consigo deixar de chamá-la assim.

Luanna está precisando de sol. Mas eu tenho certeza de como ela fica e até consigo imaginá-la bem bronzeada. A marquinha do biquíni e seu corpo bonito com uma cor a mais.

Nossa, ela deve ficar muito gata.

Preciso levar essa mina na praia. O corpo dela é lindo demais. As curvas... puta que pariu. Agora se tornou uma urgência fazer com que isso se torne real.

Espera. Espera.

Estou viajando demais nas ideias. Luanna é só um caso, não vou levá-la pra lugar nenhum. O máximo será a minha casa lá no Rio de Janeiro. Nada além disso. Viagem é coisa de quem namora. E a gente não namora. Eu não namoro. Não mais, pelo menos.

— 'Tá, então — ela caminha em direção a cozinha e eu a sigo. — Mas vou logo avisando, se você botar fogo na minha casa, Gabriel, 'cê vai me dar outra.

— Te dou uma casa na frente da praia, serve?

Luanna me lança um olhar engraçado de dúvida, com apenas uma das sobrancelhas arqueadas. Tentando me decifrar. Dou risada de sua reação. Pior que nem falei mentira agora. Se eu botar fogo na casa dela, o mínimo que posso fazer é lhe dar outra, né? E tão boa quanto essa. Esse apartamento de Luanna é bom pra caralho. Na área nobre de São Paulo ainda por cima.

— Você costuma iludir todas que você leva pra cama? — ela pergunta com suspeita. — Fica prometendo casa, carro... filhos? — A última palavra tem um tom de desdém descarado que não pude deixar de notar.

Ela deve me achar um babaca de merda.

Venho na casa dela pela primeira vez e começo a falar um monte de coisa que eu gostaria de fazer e ter com ela. Depois sumo por dias e só volto quando quero trepar de novo.

— Já disse que você é a primeira mulher de uma noitada que eu continuo encontrando. Não saio por aí distribuindo promessas.

— Não é o que parece.

— Luanna, se eu destruir sua casa, eu vou te dar outra. Não é o mínimo que eu posso fazer?

— Não estou falando mais disso — ela desvia o assunto com tanta convicção que até me perco no raciocínio. Sua fala é tão surpreendente que me obriga a cruzar os braços enquanto ela continua falando: — estou falando de tudo que você diz.

— Tudo o que?

— Porra — ela olha ao redor antes de se fixar em mim, meio sem jeito, mas se mantendo séria. — Você me disse, quando estávamos na cama — ela faz questão de enfatizar essa última palavra — que encheria minha barriga de filhos.

— E daí?

— E daí? — ela repete a pergunta com escárnio. — Isso não é uma coisa comum a se dizer pra uma... — hesita, pensando na palavra certa — ficante.

— Foi só um comentário.

— Não, não foi. Você 'tá confundindo as coisas.

— Não 'tô confundindo nada, Luanna. Sei que esse rolo — aponto para ela e depois para mim — é só um rolo. Não estou me ajoelhando e te pedindo em casamento.

— Então por que falou aquilo?

Seu olhar se torna intenso demais para que eu possa sustentá-lo. Ela quer a verdade. Mas eu nem sei qual é a verdade para poder dizê-la. Por isso desvio o olhar, olhando para a bancada ao lado enquanto respondo sua pergunta sem qualquer tipo de sinceridade:

— Só achei que duas pessoas bonitas como a gente fariam filhos bonitos. Só isso. Mas pensando bem, eu prefiro evitar pensar sobre. Já pensou o b.o. que iria me gerar?

— Já pensou no b.o. que isso iria me gerar? — ela repete o que eu digo, mas apontando para si mesma. — Eu tenho muito amor a minha vida para desperdiçá-la tendo um filho com um jogador do Flamengo.

— Com o Gabigol — corrijo.

— Mesma coisa — bufa.

— Nossa, parece até que sou um monstro, Luanna. Por acaso não estou te tratando bem? Estou sendo tóxico ou algo do tipo para você ter tanto ranço de mim?

Ela revira os olhos.

— Não tenho ranço de você, seu idiota.

— Não é o que parece.

— Acha mesmo que eu teria ranço de você e deixaria que viesse na minha casa?

Tensiono os ombros.

— E transaria com você? — ela completa gesticulando.

— Então por que caralhos ter um filho te apavora tanto? — pergunto elevando o tom de voz. — Ou eu te dar uma casa, um carro ou qualquer caralho que for, porra?

— Porque faz parecer que isso é real.

Franzo a testa, desentendido.

— Isso aqui é só sexo — ela me lembra. Assinto, sentindo uma pontada estranha no peito em me conformar com tal coisa. Rapidamente ignoro. — Pra mim é estranho que você fale de coisas de casal com tanta facilidade.

— Nós somos um casal, Luanna. Sendo oficial ou não, nós estamos juntos.

— Não, não estamos. Nós só estamos transando.

— Mesma coisa, porra.

— Claro que não, caralho — ela bufa, meio irritada. — Ser um casal pra mim é ter um relacionamento oficial. Ser fiel e todo o caralho a quatro.

— É com isso que você está preocupada então? — pergunto, rindo pelo nariz. — Se eu vou te trair?

Ele revira os olhos e me dá as costas.

— Você é impossível, Gabriel.

Nesse momento agarro seu braço e a viro em minha direção, puxando seu corpo para bem próximo do meu e agarrando seu maxilar. Ela arfa com minha atitude, mas não me afasta.

— Você quer que eu seja fiel? — sussurro com sua boca a centímetros da minha. — Você quer um relacionamento?

Ela estreita o olhar e sua mão toca meu quadril, subindo os dedos por dentro de minha camiseta e arrastando as unhas por minha pele.

— Você me entendeu errado — ela está sussurrando também, ainda me arranhando. Minha resistência vai pra puta que pariu quando ela arranha minhas costas. Meus olhos se reviram e sinto uma carga elétrica descer direto pra minhas bolas. — A única coisa que eu quero de você é isso aqui.

Sua outra mão faz um percurso mais torturante, ela vai direto pra minha virilha. Trinco os dentes quando ela arrasta a mão pelo tecido que pressiona meu pau.

— Nada mais — ela completa, os olhos fixos nos meus. Mas a mão massageando tão bem meu pau que eu estou vendo estrelas. — Sem filhos. Sem presentes. Sem coisas de casal... Então, meu bem — ela me aperta mais forte e um gemido baixo escapa de minha boca —, não confuda as coisas.

De repente, Luanna tira a mão de mim. Me fazendo murmurar em frustração. Aproximo minha cabeça, tentando beijá-la, mas ela recua com um maldito sorriso no rosto.

Ela ri da minha reação.

— Olha só — sua voz é cruel e me deixa ainda mais desejoso. Filha da puta. — Confundindo as coisas de novo.

Já entendi seu joguinho.

Deslizo a mão por sua nuca até entrelaçar meus dedos nos fios de seu cabelo e puxá-la para mais próximo. Sem permitir e deixar que ela se afaste de mim.

— Você não vai me provocar e sair fora depois — digo com a voz arrastada. Ela ri contra minha boca, descansando seus braços em meus ombros.

— Não estou te provocando, amor — odeio o tom meloso de sua voz e a forma como está me chamando. Ela está claramente me provocando e brincando comigo. — Ou você achou mesmo que eu iria pagar um boquete pra você?

— Por que me tocou então?

Estou ficando irritado e com um pau duro no meio das pernas. Que ódio da Luanna por me deixar assim e me abandonar com as bolas azuis.

— Eu só queria mostrar o que eu quero de você, Gabriel — ela mantém aquele maldito sorriso de canto que só me dá mais vontade de beijá-lá. — Mas você não sabe separar as...

— Cala boca!

Trago seus lábios até os meus e a beijo ferozmente. Ela não recua e nem se irrita. Muito pelo contrário. Ela me beija de volta. Luanna agarra meu pescoço e aprofunda o beijo, mordendo meu lábio inferior com força até eu sentir uma ardência na região e saber que ela mordeu muito forte. Nem me importo.

Estou tão decidido a fazê-la ceder, sem esse papo de provocação, que só digo ao afastar sua cabeça da minha:

— Se ajoelhe.

Sorrindo, ela faz o que eu mando, olhando para meus olhos até finalmente estar de joelhos entre minhas pernas, as mãos nas minhas coxas.

— Agora você sabe o que fazer.

— Sei? — ela pergunta com graça. Tocando na minha bermuda. Brincando com aqueles malditos dedos sem fazer o que deve e colocá-los em volta do meu pau. — Eu disse que não pagaria um boquete.

— 'Tá de joelhos — agarro seu cabelo com força o que a faz revirar os olhos — agora vai até o fim. Não é isso que você quer de mim?

Ela sorri, satisfeita sem saber como responder ou, melhor, como retrucar. Por isso continuo.

— Sem relacionamento, Luanna — mantenho minha voz firme, mesmo que eu esteja tão ansioso pra que ela envolva meu pau duro com sua boca que eu poderia estar muito bem com minha voz falha. — Só sexo.

— Só sexo — ela concorda.

E, então, age.

Ela solta um barulhinho, uma mistura de gemido e suspiro. Sinto seus dedos trêmulos puxando minha bermuda para baixo, mas sei que não é de nervoso, porque sua expressão esbanja ansiedade.

Com cuidado, ela tira meu pau rígido da cueca e o envolve com os dedos.

Ergue os olhos para mim, e seu cabelo cai por cima de um dos ombros. É a coisa mais excitante que já vi.

Acaricio sua boca com o polegar. Quero ver esses lábios me envolvendo. Quero ver essa boca me recebendo.

— Me chupa — imploro, porque ela continua ajoelhada ali, sem me tocar.

Luanna ouve o tom de desespero em minha voz e tem pena de mim, então se aproxima. Ela faz o mais leve carinho possível com a língua, e só isso é o suficiente para enviar um espasmo pela minha coluna.

Seguro a parte de trás da sua cabeça e a trago mais para perto. Ela obedece, abrindo a boca e recebendo metade de mim. O calor úmido que me envolve me faz gemer. É incrível, e isso antes de ela começar a usar a língua.

— Ah, porra — deixo escapar, quando ela lambe a parte de baixo, mais sensível.

Luanna ri, e o som me atravessa e vibra no meu saco. Ela me enlouquece com os movimentos lentos da mão. A boca molhada indo fundo. As lambidas suaves. E, o tempo todo, geme baixo de excitação e suspira ofegante o que me diz que ela está tão perto de perder o controle quanto eu.

Acaricio seu cabelo, que escorre tão macio e sedoso entre os meus dedos que eu poderia puxar com facilidade.

Movo o quadril, devagar, porque quero que isso dure. Mas quando sua boca de repente desliza para a frente até seus lábios estarem me apertando pela base, não há nada que possa conter o orgasmo. Enterrado em sua garganta, explodo na boca dela.

Por um momento breve penso em me afastar e gozar fora, não sei se Luanna gosta de engolir. Mas ela não me permite afastá-la.

Ela só geme e chupa com mais força, recebendo tudo o que tenho para oferecer. O prazer é tão intenso que quase me derruba. Meus joelhos enfraquecem. Meu cérebro parou de produzir pensamentos coerentes mais ou menos na hora em que ela pôs a boca em mim.

Por fim, percebo a carícia suave de sua mão em minhas coxas, seus dedos roçando meu pau, num último movimento antes de ficar de pé.

— Isso foi divertido — me diz com orgulho de si mesma pelo que fez a mim.

Luanna reclama do meu ego, mas ela é tão egocêntrica quando eu. Mesmo após fazer alguém gozar, ela tira vantagem pra si mesma. E isso é claramente algo que eu faria.

— Isso foi bom pra caralho — corrijo, puxando-a para mim.

Beijo-a até estar sem fôlego. Minhas pernas ainda estão trêmulas, mas minhas mãos estão mais do que firmes ao tirar sua camiseta e desfazer o nó do sutiã.

Com nossas bocas ainda grudadas, empurro-a para o sofá do outro lado da sala, avançando sobre seu corpo até ela não ter escolha além de cair sobre os cotovelos, de costas no estofado.

Retiro a roupa dela e a fodo ali mesmo.

Luanna gosta de repetir que o nosso lance é só sexo. Sexo e sexo. Nada de romance. Nada de promessas. Nada de melação. Apenas... isso mesmo, sexo.

Então que a gente transe bastante. Como ela quer. Que a gente faça os gostos dela.

— Como está as apurações? — Luanna me pergunta enquanto coloca o macarrão no molho e o traz até a mesa de jantar onde estou acomodado.

— 51 pro lixo ainda — digo, me levantando para ajudar a pegar os copos e o refrigerante.

Fizemos macarrão com carne moída depois de transarmos naquele sofá da sala como se fôssemos dois animais. Transar infelizmente não matava fome e a gente ainda precisava se alimentar. Por isso — depois de tomarmos um banho e rolar mais uma brincadeirinha no chuveiro, porque, podem acreditar, é difícil demais se manter calmo com uma mulher gostosa nua ao seu lado no banho —, nos juntamos na cozinha e colocamos a mão na massa, literalmente.

— Lula vai ganhar — ela garante cruzando os dedos e olhando para mim com confiança assim que coloco a Coca-Cola em cima da mesa junto com dois copos de vidro.

Minha dieta vai pra puta que pariu hoje, infelizmente.

— Claro que vai, preta. Bolsonaro só caiu desde que começaram as apurações e o Lulinha só subiu — ela assente ao que digo com um sorriso de esperança. — É como dizem, de virada é mais gostoso.

Nos sentamos e começamos a comer.

Eu ajudei Luanna no que eu podia, cortei cebola e alho. Mas o tempero e olhar o cozimento foi tudo com ela.

E, porra, está uma delícia. Não sei se ela cozinha outras coisas, mas macarrão ela sabe fazer muito bem.

— Nossa! — exclamo assim que meu prato está limpo. — Quando voltar pro Rio, me chama pra comer na sua casa de novo, por favor?

— Vou pensar no seu caso.

Nesse momento, de repente, a porta do apartamento se abre e, assustado, olho na direção da porta imediatamente, implorando para que não seja um assalto.

Me assusto mais ainda quando vejo Scarpa desfazendo um sorriso empolgado assim que me vê, e ao seu lado, ninguém mais e ninguém menos que o filho da puta do Veiga.

— Mas que porra é essa!? — Scarpa pergunta apontando para mim, estreitando o olhar e evidenciando sua testa franzida em completo choque.

Luanna se coloca de pé rapidamente e eu faço o mesmo.

— Espera, eu posso explicar.

— É melhor mesmo, porra — Scarpa e Veiga completamente irritados e possuídos de raiva e surpresa caminham em nossa direção. Meu coração está estranhamente acelerado o que me obriga a colocar as mãos nos bolsos para conter o nervosismo. — Isso aqui só pode ser um pesadelo bizarro pra caralho.

— Calma, irmão — Luanna ergue uma mão em sinal de pare na direção de Scarpa. — Não é nada do que você...

Ela para de falar quando algo extremamente inesperado e rápido demais acontece. Algo pelo qual eu não posso prever e muito menos me proteger, apenas sentir.

Scarpa e Veiga se aproximam o suficiente de nós para ficarmos, praticamente, cara a cara e no momento que estão pertos demais, Raphael Veiga olha especialmente para mim e com tanto ódio que não perde tempo em erguer aquele punho e me acertar um maldito soco na cara.

E a briga veio...
Se vcs soubessem a ideia que eu tive, vcs me matariam ou me amariam?

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