Não sou nenhum alvo
Em branco e vermelho
Sob a árvore de seus escombros
Nenhuma presa
A espera de seus dardos
Perfurarem minha carne
Nenhum holograma de cores
Para que penses que não me fere
Com tuas cortantes palavras e gestos
Sou apenas humana
Mas fácilmente tu me esqueces
E me remenda como tapete decorativo
De seus dramas expressivos
Tua costura é precisa
E perfura meu espírito com cada amargura
De uma culpa que não é minha
Mas pesas em meu ombro
Tuas falhas humanas
Insensíveis mudanças
Guerreiam em mim, criança
E tu que tanto pega de meus farelos
Para me sufocar mais tarde sobre este adorno
Não mereces espaço em minha bagagem já pesada
Porém insistente eu
Deixo que jogue o peso de seu meio mundo.
— Saturna
M.B