Boa Noite Loveres... como estão?
Preparados para mais um capítulo de MIO?
Jungkook on:
— Hal-abeoji¹. — abraço o senhor com os seus já mais de sessenta anos e poucos fios de cabelos grisalhos, e ele retribui o abraço, me fazendo sentir acolhido ao sentir o familiar aroma de pinho e terra que só meu avô exalava.
— Oh... como o meu netinho cresceu nestes últimos meses. — o alfa se afastou um pouco e colocou suas mãos em meu rosto, como se estivesse me avaliando — Uhm... realmente um belo alfa, forte e cheio de vigor... quando você começara a me dar os meus bisnetos?
— Vovô! — resmungo, mas o alfa mais velho apenas gargalha com a minha indignação.
— Se este dois continuarem a transar como se fossem coelhos no cio, não vai demorar muito para seu desejo se realiza, appa.
— Mãe! — tento chamar sua atenção, mas ela simplesmente me ignora.
— Oh, então este é o famoso Taehyung? — meu avô pergunta ao ver Taehyung um pouco encolhido perto da minha mãe, e o ômega automaticamente olha na minha direção, como se pedisse socorro.
A presença do meu avô era bem forte por ele ser um lúpus puro e seus feromônio lupinos são naturalmente forte, principalmente por os Jeon virem de uma família tradicional e com várias gerações de lúpus puros, então desde que entramos em casa Taehyung se sentiu intimidado com a presença dele, o que fez meu ômega ficar agarrado a minha mãe enquanto eu cumprimentava meu avô. Meu avô não intimidava os ômegas por maldade ou para se sentir superior, na verdade, ele tentava deixar sua presença mais leve o possível para não os assustar tanto, o que não adiantava muito.
Jimin demorou anos para se acostumar com a presença do meu avô, até mesmo Jin se sente intimidado na presença dele... e obviamente, todos os alfas se sentiam meio que ameaçados de certo modo em sua presença, o que faziam muito deles ou partirem para cima ou se submeterem ao meu avô.
Eu fui até minha mãe e Taehyung estavam e peguei na mão do meu ômega, o trazendo para perto de mim, e o cobri com os meus feromônios para que ele pudesse se sentir mais calma e protegido, ao mesmo tempo que eu voltava para perto do meu avô, que em nenhum momento se moveu do lugar, desde o momento que entrei em casa. Tudo que ele tinha feito foi se levantar do sofá e ficar ali parado, esperando quando eu fui o abraçar, assim como ele continuava esperando eu levar meu ômega para perto dele.
Taehyung estava próximo a mim, seu corpo grudado ao meu, e meu braço circulando sua cintura de modo protetor. E eu não estava agindo de modo protetor com Taehyung por achar que meu avô fosse fazer algo contra ele, mas sim para passar para meu ômega que eu estava ali e para que ele se sentisse protegido, mesmo que não houvesse nenhum perigo ali.
— Taeh, este é meu avô, Jeon Gong Yoo. — os apresento, e o ômega se encolheu um pouco ao ver meu avô dar um nico passo em nossa direção — E hal-abeoji, este é o meu ômega, Kim Taehyung.
— Fico feliz por finalmente conhecer o ômega do meu neto, e que ele tanto me disse em suas raras ligações, já que claramente fui abandonado por meu único neto. — meu avô diz verdadeiramente feliz, e eu reviro os olhos pelo pequeno drama que ele fez, o que acabou arrancando um sorriso tímido de Taehyung — Seja bem-vindo a família, Taehyung-ssi... e me desculpe se minha presença te assusta um pouco, infelizmente não consigo controlar muito bem meu lobo e as vezes sua presença acaba sendo mais forte que o necessário.
— Hum... P-prazer conhecê-lo senhor Jeon, e sem problema... e-eu me acostumo. — Taehyung diz nervoso, balançando um pouco a mão pelo nervosismo.
— Não precisa te tanta formalidade, agora você faz parte da família, não é? — meu avô diz com calma, dando um leve sorriso, e Taehyung acenou algumas vezes positivamente — Pode me chamar apenas de Yoo, ou se preferi de hal-abeoji, como Jungkook e seus amigos me chamam.
— Meu vô é inofensivo, Taehy... — tento o tranquilizar, deixando um beijo em sua nuca — Me pergunto de quem minha mãe puxou este lado violento.
— Eu vou te tacar pela janela, garoto. — minha mãe resmungou, fazendo com que todos rissem.
— Ela puxou o gênio ruim da sua vó... — meu avô disse divertido — Yeji é igualzinha a Goeun quando mais nova, a única diferença é que a Yeji é uma alfa.
— Nha.... a hal-meoni² era um amor de pessoa, não tem como a omma ter puxado ela.
— É isso mesmo? Vocês dois vão ficar me caluniando na frente do lindinho?
— Só estamos falando a verdade, minha filha. Você e sua mãe são iguaizinhas no temperamento, e só eu sei o quanto de dor de cabeça eu tive quando as duas ficavam de tpm. — meu avô divagou, sorrindo de modo noustagico — Ela iria gostar em te conhecer Taehyung.
Taehyung já estava um pouco mais relaxado em meus braços, rindo das implicâncias que fazíamos uns com os outros, e curioso, principalmente quando meu avô começou a falar e contar histórias sobre minha avó, ganhando a confiança do meu ômega, ao ponto dele não se sentir mais tanto com sua forte presença.
Diferente do que todos da família pensavam, meu avô marcou e se casou com uma ômega comum, quebrando um ciclo de gerações e indo contra as imposições dos seus pais, que queriam que ele se casasse com uma ômega lúpus ou pura para manter o status da família, sendo que até a época os Jeon os único lúpus puros dos cinco grandes clãs coreanos. Sem contar que meu avô contou várias histórias de quando minha mãe era crianças, e até mesmo das minhas travessuras, fazendo com que Taehyung ficasse ainda mais curioso e avido pelas histórias do mais velho.
Nós ficamos horas na sala, comendo os biscoitos amanteigados que meu avô trouxe de Busan e que tanto amava, ouvindo o mais velho.
Jeon Gong Yoo caíra nos encantos de Taehyung rapidamente, tanto que os dois já faziam planos para as próximas férias e planejavam a festa de aniversário do meu ômega no final do ano. Meu avô até mesmo disse já ter comprado um presente de boas-vindas para o meu ômega, mesmo sem antes ter o conhecido, demonstrando até mesmo um pouco de nervosismo, o que nos levou até a parte de trás da mansão.
— Como não deu para vim antes de seu aniversário, e nem você foi lá me ver... — ele começou com o drama, me fazendo rolar os olhos — Eu trouxe o seu presente comigo, Jungkook. Espero que goste da cor.
Meu avô olhou para um de seus seguranças e no mesmo instante este falou com alguém do outro lado do ponto de comunicação que ele usava em seu ouvido, dando instruções para trazer o presente do jovem mestre... que no caso sou eu. Eu já tentei de várias formas fazer com que eles parassem de me chamar daquele modo, mas nunca consegui mudar aquilo.
Mas enfim...
Segundos depois eu ouvi o ronco de um motor, e meu olhos já estavam esbugalhados só na expectativa, mas nada do que eu imaginava se comparava com o que eu estava vendo.
Um dos homens do meu avô estava montado em uma moto, mas não era uma moto qualquer, e sim uma BMW S1000RR... uma das motos mais rápidas do mundo!
— Porra! — eu disse ainda exasperado, indo até o beta que descia da moto e me entregava a chave daquela máquina perfeita, de tons roxos e pretos.
— Feliz aniversário atrasado, jovem mestre. — o beta disse ao se afastar um pouco
— Valeu. — o respondo ainda meio atônito, olhando aquela belezura de perto.
— Acho que ele gostou do presente. — meu avô disse, e eu rapidamente volto até eles... na verdade, eu corro até ele e o abraço de modo apertado, tirando o senhor de cabelos grisalhos do chão.
— Obrigado hal-abeoji... muito, muito, muito obrigado mesmo... tipo... eu amei!
— Que bom que gostou, Jungkook.
— O senhor o mima demais, appa. — minha mãe reclamou, mas ela claramente estava apenas implicando, já que ela estava sorrindo.
— Só estou seguindo o protocolo de avós... nós estragamos nossos netinhos, e os pais que se virem para os educar. — ele disse, ainda me mantendo em seus braços, mas agora já estando no chão — Só que, por mais que eu esteja te dando esta moto, quero que você tome cuidando Jungkook, nada de sair correndo que nem louco pelas estradas, e sempre ande de capacete para sua proteção.
— Pode deixar, vou tomar todo o cuidado. — deixo um beijo na sua testa, me afastando só para receber um beijo em minhas bochechas, um em cada, dele.
— Sei que vai. — ele responde, e enfim nos afastamos — Agora é o presente do meu outro netinho. — Taehyung já estava com os olhos brilhando em expectativa.
Taehyung não era interesseiro, mas amava ganhar presente, qualquer tipo de presente. De uma simples balinha a uma bicicleta (presente este que foi dado por Namjoon, e que está o ensinando a andar quando vem o visitar), Taehyung simplesmente ama presentes.
Quando um dos homens do meu avô se aproximou com uma caixa de presente da cor verde em suas mãos, Taehyung já olhava para o embrulho curioso e ansioso, ele já estava inquieto, louco para pegar a caixa e ver o que tinha dentro. Meu avô foi até o rapaz e pegou o embrulho de suas mãos, e eu tive que manter Taehyung parado para que ele não saísse correndo até seu presente. Meu avô tinha um sorriso divertido, principalmente quando viu a agitação do ômega em meus braços.
— Como eu ainda sabia bem do que você gosta por não o conhecer, eu optei por algo que praticamente quase todo ser humano no mundo gosta... eu só espero que você seja a parcela dos que gostam e tenha acertado no presente. — meu avô esticou seus braços, entregando a caixa para Taehyung, e ele pegou o embrulho já animado.
— Obrigado. — Taehyung sorriu para meu avô, um dos seus sorrisos que me faziam enfartar de tão lindo que ele ficava — Segura para mim, Gukie. — Taehyung se virou e eu segurei a caixa para que ele pudesse a abrir — Oh!
Os olhos de Taehyung triplicaram de tamanho e brilharam ainda mais ao ver o que tinha dentro da caixa, eu sorri terno ao ver meu ômega levar sua mão até a caixa e pegar o pequeno filhote de cachorro de dentro dela, este que no mesmo instante começou a latir fininho, como se estivesse chamando a atenção.
— Ele é tão fofo! — Taehyung exclamou, aproximando seu rosto do filhote, que instantaneamente o lambeu, fazendo meu ômega sorrir ainda mais ao mesmo tempo que virava de volta para meu avô — Obrigado, Yoo hal-abeoji. Eu amei!
Meu avô quase se derreteu por Taehyung o chamar de hal-abeoji, e quando ele abriu os braços Taehyung foi imediatamente até ele e o abraçou, sendo acolhido nos braços do meu avô e recebendo um beijo no topo de sua cabeça de modo carinhoso.
— Mais uma vez, seja bem-vindo a família, Taehyung.
Meu pai chegou do trabalho naquele momento, e a primeira coisa que ele fez foi ir até minha mãe e a abraçou, ao mesmo tempo que dava um selinho rápido nela, e ficou observando aquela cena entre meu avô e Taehyung. A segunda coisa que ele fez foi me provocar.
— Ih... Jungkook acabou de perder o posto de netinho preferido.
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Significados:
Hal-abeoji - avô; vovô
Hal-meoni - avó; vovó
Notas Finais:
Capítulo calmo só para vocês terem noção de como é a personalidade de Jeon Gong Yoo, mas já vão se preparando pois ele não saiu de Busan e foi a Seul só a passeio.
Este foi o capítulo de hoje, espero que vocês tenham gostado.
Kiss (^3^) Kiss, e até a próxima...
Fui!
Presente do Jungkook
Presente do Taehyung