HOPELESS | BUCKY BARNES

By tomcruisre

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Buscando se encaixar em sua nova vida, Bucky se vê perdido tentando se recuperar das memórias e das lembrança... More

⍟ ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs
⍟ sᴏᴜɴᴅᴛʀᴀᴄᴋ
ᴘʀᴏ́ʟᴏɢᴏ
02. ᴛᴇsᴛᴇᴍᴜɴʜᴀ
03. ᴅɪᴀᴍᴀɴᴛᴇ
04. ᴄᴏɴᴛᴀᴛᴏ
05. ᴅᴇsᴏʀᴅᴇᴍ
06. ᴇsᴘɪᴀ̃ᴏ
07. ᴀɴᴛɪ-ᴠɪᴅᴀ
08. ʀᴇғᴏʀᴍᴀ
09. ʙɪɴɢᴏ
10. ᴄᴏɴᴠɪᴛᴇ
11. ᴅɪsғᴀʀᴄᴇ
12. ᴇᴄʜᴏ
13. ʙᴜɴᴋᴇʀ
14. ᴛʀᴀɪᴄ̧ᴀ̃ᴏ
15. ʟɪᴍɪᴛᴇ
16. ᴄᴏɴғɪssᴀ̃ᴏ
17. sɪɴᴛᴏɴɪᴀ
18. ᴛᴇᴍᴘᴇsᴛᴀᴅᴇ
19. ᴘʀᴏᴘᴏsᴛᴀ
20. ᴠᴇʀᴍᴇʟʜᴏ
21. ʙᴇʟʟᴇ ʀᴀᴠᴇ
22. ᴍɪssᴀᴏ
23. ʙʙᴄ ɴᴇᴡs
24. ᴏʙsɪᴅɪᴀɴᴀ
25. ʀᴇᴄᴏᴍᴘᴇɴsᴀ
26. ᴄᴀᴄ̧ᴀᴅᴏʀ
27. ᴀɴᴇʟ
28. ᴄᴀʀᴛᴀs
29. ᴀᴛʀᴀsᴏ
30. ᴅᴇᴍᴏʟɪᴅᴏʀ
31. ʀᴇᴠᴇʟᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ
32. ғᴇsᴛᴀ
33. ᴅᴇsᴛɪɴᴏ
34. ᴀᴘᴀɢᴀ̃ᴏ
35. ɪɴᴛᴇʀʀᴏɢᴀᴛᴏ́ʀɪᴏ
36. ᴠɪʙʀᴀɴɪᴜᴍ
37. ᴅᴇᴠᴏᴄ̧ᴀ̃ᴏ
38. ᴛʜᴜɴᴅᴇʀʙᴏʟᴛs - ᴘᴀʀᴛᴇ 1
39. ᴛʜᴜɴᴅᴇʀʙᴏʟᴛs - ᴘᴀʀᴛᴇ 2
40. ᴄᴏɴғʀᴏɴᴛᴏ
41. ᴍᴇᴍᴏ́ʀɪᴀ
42. ᴜʟᴛɪᴍᴀᴛᴏ
43. ᴘᴇʀɪɢᴏ
44. ᴘᴀssᴀᴅᴏ

01. ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴏ

847 81 146
By tomcruisre

A televisão estava no volume mais alto e apesar disso Bucky ainda conseguia ouvir a movimentação da rua.

Ficar em casa sozinho em casa já tinha virado rotina de uma sexta-feira a noite mas pela primeira vez ele se viu entediado. Pegando o controle em cima da mesinha, Bucky desligou a televisão e se levantou do chão indo até o banheiro para tomar uma ducha e quem sabe criar coragem para sair de casa para tomar uma cerveja no bar da esquina.

Ao vestir suas roupas ele percebeu uma presença estranha vindo do andar de baixo. Depois de passar meses morando naquele apartamento, Bucky conseguia distinguir os passos de cada morador seja pela respiração ou pelo modo de andar mas seja lá quem fosse que estivesse subindo as escadas usava saltos agulha e carregava algum objeto pesado que batia degrau por degrau e aquela batida foi ouvida 28 vezes.

A mulher com os saltos agulha parecia estar caminhando em direção a sua porta já que o som ficou ainda mais perceptível até que ele ouviu duas batidas na porta.

— Eu sei que está ai dentro. — A voz de Selene fez ele bufar de raiva. Era só o que faltava, a mulher aparecer na sua propria casa para atormenta-lo. — Se não abrir eu vou colocar essa porta abaixo.

Bucky vestiu as luvas que estava segurando esse tempo todo e abriu a porta vendo Selene carregar uma mala rosa choque enorme.

— O que está fazendo aqui? — Bucky perguntou sem se importar de parecer rude.

— Você não podia morar em um apartamento com elevador? — Selene perguntou se esgueirando para dentro do apartamento puxando a mala e a empurrando fazendo-a cair em um baque.

— O que está fazendo aqui? — Bucky voltou a perguntar dessa vez pausadamente para que Selene pudesse ouvi-lo.

— Eles não te contaram? — Selene perguntou indo até a geladeira pegando uma garrafa de cerveja enquanto Bucky a seguia com os olhos. — Eu vou me mudar pra cá.

— Tá legal. — Bucky riu achando graça. — Sério, o que você veio fazer aqui?

— Depois que você bancou o rebelde sem causa abandonando a terapia e ignorando as ligações da S.W.O.R.D eles me rebaixaram de promotora pública para sua babá. — Selene disse forçando a tampa mas sem conseguir abrir a garrafa. — Droga!

— Isso é loucura. — Bucky ainda estava em negação. — Eu não vou morar com você.

— E você acha que eu quero morar com você, James Dean? — Selene perguntou debochada fazendo referência ao filme Rebelde Sem Causa. — Foi você quem provocou isso quando resolveu mandar sua psicóloga ir se ferrar.

— E porque mandaram justo você?

— Bom, o Sam tem os próprios problemas e eu fui rebaixada de cargo depois que o desgraçado do Walker resolveu me entregar para a Abigail. — Selene disse ainda forçando a tampa para abrir a garrafa. — Eu me arrisquei e coloquei o meu na reta por você e pelo Sam.

— Foi você quem se arriscou fazendo esse jogo duplo. — Bucky pegou a garrafa de cerveja da mão de Selene abrindo e entregando para ela fazendo-a rolar os olhos.

Bucky esperava que ela ao menos agradecesse.

— Fiz isso para proteger vocês. — Selene disse dando um gole na cerveja e passando por Bucky indo até o centro da sala. — Ou você acha que eles iam deixar as coisas do jeito que estavam? Se não fosse eu. Seria outra pessoa.

— Tanto faz. Pegue suas coisas e dê o fora daqui. — Bucky disse abrindo a porta da frente para que Selene pudesse sair mas ela se jogou no sofá e cruzou as pernas enquanto olhava em direção ao homem. — Eu acho que seu super grito sônico está começando a afetar a sua audição. Eu mandei você ir embora.

— Eu não posso ir embora. — Selene disse e Bucky permaneceu parado na porta como se esperasse a boa vontade dela. — Acha mesmo que eu quero morar nessa espelunca com você? Abri mão de uma cobertura no Queens para estar aqui fazendo o meu trabalho e é exatamente o que vou fazer.

— Se a terapia é tão importante para eles eu volto a frequentar. — Bucky disse e Selene riu. — Faço até o dever de casa que a Dra. Raynor mandar.

— Que bonitinho! — Selene disse debochada fazendo biquinho. — Mas é meio tarde, não acha?

— Morar com você está fora de cogitação. — Bucky rebateu.

— Pelo que eu sei... — Selene olhou em volta. — Esse apartamento é propriedade do governo e você está morando aqui de favor. Então acho que você não tem muito o que reclamar, não é?

Bucky rosnou de raiva.

— Vamos fazer o seguinte. — Selene deu uma piscadela. — Eu finjo que você não existe e você faz o mesmo, pelo menos até a S.W.O.R.D me liberar desse manicômio.

— Eu vou ligar para agência agora mesmo.

— Ótimo, aproveita e pede pra falar com Abigail Brand. — Selene disse dando um gole na cerveja. — Coloca no viva voz.

Bucky puxou o celular de dentro do bolso da calça e apertou na discagem rápida.

Você ligou para o Departamento de Observação e Resposta do Mundo Senciente, se deseja fazer uma denúncia digite 1, se deseja obter mais informações digite 2, se deseja falar com um de nossos supervisores digite 3, se é um de nossos agentes digite 4... — Bucky nem terminou de ouvir a mensagem automática quando apertou o botão 4.

— Abigail Brand? — Bucky perguntou assim que a ligação ficou muda.

De repente a música Happy do Bruno Mars começou a tocar fazendo uma ruga aparecer na testa do homem, ele não sabia que estava em espera e Selene não se segurou e começou a rir da cara dele.

— Eu adoro essa música. — Selene disse caindo na risada ao ver a expressão de Bucky.

Essa é uma linha para agentes especiais, poderia me informar seu codinome? — A voz parecia robótica como se aquela fosse uma mensagem automática.

— James Buchanan Barnes. — Bucky disse olhando para Selene que estava com uma ruga na testa.

Desculpe, não temos nenhuma informação sobre James Buchanan Barnes.

— Lobo Branco. — Bucky disse convicto que daquela vez daria certo.

Desculpe, não temos nenhuma informação sobre Lobo Branco.

Bucky já estava sem paciência e Selene parecia se divertir cada vez mais com isso.

— Soldado Invernal.

A ligação será direcionada em alguns instantes. — A voz robótica respondeu e novamente a música Happy começou a tocar.

— Eles precisam mesmo atualizar o sistema. — Selene disse de forma debochada fazendo Bucky a fuzilar com os olhos. — O que foi?

Senhor Barnes? — A voz da mulher fez Bucky se apressar e segurar o telefone que estava apoiado na bancada.

— Abigail Brand? — Bucky perguntou ansioso.

Desculpe mas a Agente Brand está em missão. Me chamo Jessica Drew mas pode me chamar de Jessica já nos conhecemos, então não precisamos de tanta formalidade. — Jessica disse de forma calma fazendo Selene franzir o senho.

Ela estava flertando? Parecia que estava.

— Estou tendo um probleminha de pragas em casa. — Bucky disse se apoiado no balcão encarando Selene que apenas rolou os olhos. — A S.W.O.R.D disse que eu poderia ligar caso tivesse problemas.

Claro. Temos um dedetizador excelente em nosso departamento. — Jessica disse do outro lado da linha. — Posso agendar uma visita.

— É outro tipo de praga. — Bucky disse enquanto Selene sorria ao vê-lo se humilhar daquele jeito. — Selene Ackard está na minha casa fazendo exigências absurdas.

Que tipo de exigências?

— Eu falei para o Sargento Barnes... — Selene se levantou de onde estava se aproximando do balcão onde Bucky estava apoiado. — Que fui designada para ficar de olho nele já que ele se recusa a cumprir as normas impostas pela agência.

Sinto informa-lo, Senhor Barnes. — Jessica deu uma pausa. — Mas a Agente Ackard ficará no encargo de monitorar você até segunda ordem.

— Pensei que o lance da S.W.O.R.D era me manter reabilitado e não me tratar como um criminoso. — Bucky disse sem esconder a frustração em sua voz.

Nós confiamos em você mas isso é protocolo padrão da agencia. — Jessica disse e Selene olhou para Bucky com a melhor cara de "eu te avisei". — Se tudo ocorrer como planejado em poucos meses você estará de volta em sua rotina.

— Espera um pouco... — O sorriso sumiu do rosto de Selene. — Meses? Me falaram que seriam poucos dias.

Tudo depende do progresso. — Jessica disse e Selene sentiu o chão tremer debaixo de seus pés.

Selene tinha uma vida fora da S.W.O.R.D e se dedicar apenas a escrever relatórios sobre Bucky Barnes iria fazer ela enlouquecer em menos de um mês.

Alguma duvida? — Jessica perguntou mas sua pergunta pairou no ar. Selene e Bucky estavam se encarando. — Não? Tudo bem! Foi bom falar com você, Sargento Barnes.

— Igualmente. — Bucky pressionou o botão de desligar e fechou os olhos com força imaginando que quando os abrisse aquele pesadelo iria desaparecer.

— Ela gosta de você. — Selene disse o trazendo de volta a realidade.

A mulher realmente estava na sua frente pronta para se mudar para o seu apartamento.

— Se gostasse mesmo ela me tiraria dessa enrascada. — Bucky disse e Selene fez uma careta ao ouvir aquela palavra.

Argh! Enrascada? Você até fala como um velhote. — Selene disse batendo nas próprias coxas. — E então? Onde fica o meu quarto?

— Está olhando pra ele. — Bucky disse apontando para o sofá da sala.

— O cavalheirismo morreu nos anos 40? — Selene perguntou debochada. — Eu sei que esse apartamento tem dois quartos.

— Ou você dorme no sofá ou na mesa da cozinha. — Bucky disse dando as costas e indo até o seu quarto. Ele tinha desistido de sair para um bar e tentar de distrair por que Selene havia arruinado sua noite. — A escolha é sua.

— E onde fica o banheiro? — Selene perguntou mas Bucky já tinha se trancado dentro do quarto.

Aquilo só podia ser um pesadelo.

Imaginar que teria que conviver com alguém todos os dias era pior do que qualquer coisa para Bucky por que a S.W.O.R.D havia invadido totalmente a privacidade dele enviando Selene para monitora-lo e mais do que nunca ele se sentia preso em uma gaiola.

Ele não estava livre, só tinha trocado uma prisão por outra.

[...]

Naquela noite Bucky não tinha tido pesadelos porque ele nem se quer havia pregado os olhos.

Ao levantar ele deu de cara com Selene dormindo toda encolhida no sofá provavelmente por causa da janela que estava emperrada e só ele conseguia fechar. O apartamento não era lá essas coisas mas ele se sentia confortável ali mas agora ele tinha uma visita e por mais que Bucky quisesse dar a Selene um quarto para que ela dormisse ele não podia. Ele nem se quer tinha uma cama para lhe oferecer, dormir no chão duro e frio era a única coisa que o mantinha são naqueles dias.

Quando se mudou para aquele apartamento, os moveis que decoravam o lugar deixaram Bucky deprimido por que tudo lembrava da sua antiga vida, a vida que havia sido roubada dela.

Aquele lugar era igualzinho a sua casa no Brooklyn nos anos 40. A mesinha de madeira redonda no meio da cozinha onde sua mãe e irmã costumavam se sentar para servir as refeições. O espelho com moldura de madeira pendurado ao lado de uma adega antiga e o quarto... Até as cortinas pareciam as mesmas e por isso Bucky se livrou de tudo.

Voltando da mercearia, Bucky encontrou Selene de pé dobrando suas roupas.

— Dormiu bem na sua cama macia? — Selene perguntou debochada mas Bucky não respondeu nada. — Eu dormi maravilhosamente bem nesse sofá duro obrigada por perguntar.

Em silencio Bucky foi até o balcão da cozinha pegando o abridor de latas para se servir.

— Vai me dar o gelo? — Selene perguntou e novamente sua pergunta não foi respondida. — Tá legal, que se dane. Se você quer me ignorar, tudo bem. Eu sei fazer o mesmo.

Bucky empurrou para o lado as coisas de Selene com a perna e se sentou no sofá enquanto degustava seu feijão enlatado servido no pão.

Esse costumava ser seu café da manhã porque lembrava de seus dias na base militar onde ele só se alimentava de enlatados e ração que o exército mandava com os suprimentos.

— Isso é o que eu acho que é? — Selene não conseguiu esconder a cara de nojo.

— Você não disse que ia começar a me ignorar? — Bucky perguntou de boca cheia.

— Já quebrou o seu voto de silêncio? — Selene perguntou cruzando os braços. — Acho que vou colocar essa atrocidade culinária no seu relatório. O café da manhã favorito de Bucky Barnes é feijão enlatado servido na torrada.

— Você está enganada. — Bucky negou com a cabeça. — Meu café da manhã favorito é mandar você ir se ferrar.

— Você é um grosso. — Selene rebateu. — Eu vou tomar um banho e ir trabalhar ou vou me atrasar.

— Olha ai você mentindo de novo... — Bucky disse largando o pão no prato e se levantando. — Como vai trabalhar se você foi demitida?

— Pode parar ai mesmo. — Selene colocou a mão no peito de Bucky que se aproximou demais ficando de frente a ela. Bucky esperava conseguir intimida-la a ponto de fazer ela confessar a verdade. — Eu não disse que fui demitida. Disse que fui rebaixada de cargo, é totalmente diferente.

Selene olhou no fundo dos olhos de Bucky que continuava encarando ela e aquele contato visual estava a deixando nervosa.

— Pare de me olhar assim, robocop. — Selene disse dando as costas e pegando suas roupas que tinha separado para ir ao banheiro.

Aquela desculpa não tinha convencido Bucky nem um pouco, ela precisaria se esforçar muito mais para tentar convence-lo de que não estava mentindo.

Depois de terminar o seu sanduíche, Bucky levantou e foi até a pia para lavar o seu prato mas de repente ele ouviu o grito de Selene vindo do banheiro e riu baixinho imaginando o que viria a seguir.

Selene apareceu enrolada na toalha com o cabelo parcialmente molhado e com uma cara nada boa.

— Que porra é aquela? — Selene esbravejou enquanto batia os dentes de tanto frio. — Você toma banho naquele frigorífico em forma de chuveiro?

— Esperava água quente, princesa? — Bucky debochou. — Você não está em um hotel de luxo... Então espero que comece a se acostumar com isso.

— Isso é um pesadelo. — Selene foi até a cozinha procurando a maior panela que tinha para esquentar a água para tomar um banho. — Você é um pesadelo.

[...]

As portas da agência se abriram automaticamente quando Selene se aproximou do identificador de retina.

— Seja bem vinda Agente Williams. — A voz robótica anunciou assim que ela atravessou o corredor.

Para ter acesso a área restrita da S.W.O.R.D, os agentes precisavam passar por um reconhecimento facial e de movimento onde câmeras a seguiam durante todo o percurso, analisando cada passo, vendo o padrão de movimento para ter certeza que ninguém estava se passando por nenhum dos agentes. Nem mesmo um mutante transmorfo.

— Graças a deus, Selene! — Gina se apressou correndo em direção a loira enquanto arrumava os óculos com lentes de fundo de garrafa em seus olhos. — Onde você estava? Fui até a sua casa e me disseram que você se mudou.

— Estou trabalhando em uma missão. — Selene não iria conseguir falar o nome de Bucky por que só de pensar nele seu corpo tremia de raiva.

— Ninguém me falou nada sobre isso. — Gina disse com uma ruga na testa.

Gina era o braço direito e a parceira de Selene desde que entrou na agência. Era Gina quem lhe passava as missões designadas para a Canário Negro mas depois do que aconteceu as duas só trabalhavam atrás de uma mesa ajudando outros agentes.

— Foi a própria Abigail que veio até mim. — Selene disse sem muita animação.

— E você não vai dizer qual é essa sua missão super secreta? — Gina perguntou animada.

— Não é nada demais. Estou sendo babá do Bucky Barnes. — Selene disse se sentando em sua cadeira. — A Abigail está esperando um deslize qualquer dele para joga-lo na prisão e eu quero garantir que isso não vai acontecer.

— Puta merda. — Gina arregalou os olhos. — E como você está?

— Como assim como eu estou?

— Eu imagino que deve ser difícil olhar para o Sargento Barnes e lembrar do amor da sua vida. — Gina disse e Selene permaneceu com uma ruga na testa. — O Steve Rogers.

— Estou apenas fazendo o meu trabalho. — Selene preferiu ignorar aquele comentário por que nem se quer pensava em Steve ou tentava não pensar.

— Mas você não vai joga-lo na prisão, vai? — Gina perguntou quase que desesperada.

— Desde quando você é fã do Sargento Barnes? — Selene perguntou cruzando as mãos em cima da mesa enquanto observava as feições da Gina.

— Um moreno misterioso com um passado difícil? O que esperava? — Gina arrumou o óculos no rosto.

— O Bucky não tem concerto. — Selene sorriu debochada. Então acho melhor tirar o cavalinho da chuva.

— Quem falou em concerta-lo?— Gina perguntou e Selene caiu na risada junto com a amiga.

— Eu apresento vocês dois. — Selene disse soltando um longo suspiro. — Quem sabe você não o ajuda a se ajustar de uma vez e me livra do trabalho de ter que ser o grilo falante dele?

— E porque você não faz isso? — Gina perguntou. — Você pode ser o grilo falante e ele o Pinóquio que sonha em ser um menino de verdade.

— A vida não é um conto de fadas, Gina. — Selene a cortou. — Se veio até aqui para ficar babando no Sargento Barnes você pode voltar pro seu trabalho.

— Na verdade... — Gina pegou o tablet que estava na sua mão e começou a digitar algo concentrada. — Você disse para te avisar caso o Wilson Fisk desse um passo para fora da calçada.

— Por favor, me dá alguma coisa. — Selene disse implorando afinal aquela seria a desculpa perfeita para se livrar de Bucky por alguns dias. — Qualquer coisa.

— O Fisk foi até o Harlem ontem a noite. — Gina disse entregando o tablet para Selene onde tinha imagens de Wilson Fisk entrando em um prédio acompanhado de seus guarda costas.

— O que ele estava fazendo no Harlem?

Harlem era um dos bairros mais pobres de Nova Iorque conhecido pelas ondas de crimes e nenhum ricaço pisava lá.

— Estava acontecendo um evento de caridade. — Gina disse e Selene franziu o senho. — O prefeito também estava lá.

— E porque ninguém estava sabendo sobre isso? — Selene perguntou passando as fotos da filmagem da camera de segurança do local.

— Parece que só membros da alta sociedade foram convidados.

— Para um evento beneficente? Isso é no mínimo suspeito. — Selene disse com uma ruga na testa.

— E fica ainda melhor. — Gina disse passando o dedo pela tela mostrando um extrato bancário no nome de Fisk. — Wilson Fisk doou 200 mil dólares para a caridade.

— O rei do crime? Doando para a caridade? — Selene riu achando graça. — Esse prédio... O que tem nesse prédio?

— O prédio não está nos registros da agência. — Gina abriu um sorriso orgulhoso por que sabia que Selene perguntaria sobre isso. — Mas pertence ao Martin Li.

— Martin Li? O Senhor Negativo? — Selene estava completamente boquiaberta. — O homem aranha não prendeu ele há alguns meses?

— Sim. Ele continua na prisão. — Gina disse sorrindo. — Eu mesma chequei.

— Preciso saber o que tem nesse prédio.

— Você não tem jurisdição para entrar lá e pelo que eu saiba... — Gina pegou seu tablet de volta. — Somente pessoal autorizado tem acesso ao local.

Selene riu sem mostrar os dentes e aquele sorriso causou arrepios na morena.

— Me diga que você não vai fazer o que eu acho que vai fazer. — Gina disse preocupada.

— Eu vou descobrir o que o Wilson Fisk está escondendo.

NOTAS!!!

E ai? Estão gostando? Acham que o Bucky vai deixar a Selene ir sozinha atrás do Fisk ou vai querer se meter nesse problema??? Por que o homem adora um problema né? A pobi da Selene tendo que dormir no sofá DESUMANO!

Não deixem de comentar e votar para eu saber que vocês estão gostando ❤️❤️

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