𝓒𝓸𝓻𝓽𝓮 𝓛𝓾𝓷𝓪𝓻 • aco...

De leitoradeprimidaa

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E se o laço da parceria pudesse ser rompido e se refazer novamente, só que com outra pessoa? Lua uma garota d... Mai multe

𝓐𝓥𝓘𝓢𝓞𝓢
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De leitoradeprimidaa

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

𝐿𝓊𝒸𝒾𝑒𝓃

Dessa vez fomos para a Corte Lunar e não para a cabana na praia. Enquanto Lua estava no banheiro enchendo a banheira, eu me sentei em uma poltrona próxima a janela.

Helion estava lá e óbvio que o mesmo estava ali para decidir qual herdeiro apoiar no momento, exatamente como Rhys que também estava presente. Os dois evidentemente apoiavam Eris. Mas por frações de segundo vi algo que não imaginei ver naquele rosto. Era estranho mas reconfortante.

Eu era grato pelo o que o mesmo fez por mim na guerra e o que fez por Lua, na qual consequentemente me fez ter uma dívida com o Grão-Senhor, mas isso agora me faz desconfiar sobre como ele quitará essa dívida.

E fiquei ali remoendo meu passado, minhas dores e as coisas que passei recentemente. Sentia um aperto no peito ao me lembrar do que tive que passar por causa de Helion e Beron. Mas agora era diferente, Beron estava morto e Helion... é meu pai.

Será que eu deveria escutá-lo?

De repente, mãos passando por meus ombros e descem até meu peito enquanto seus lábios vão até meu pescoço dando leves beijos demorados.

Depois da aceitação do laço, fica difícil me controlar quando estou com ela ou quando se trata dela.

- Está pensando demais, não acha? - diz docemente próxima do meu lóbulo. - Deixei isso para lá e vem comigo.

Ela beijou meu maxilar e eu tombei a cabeça para o lado respirando fundo sentindo aquele choque percorrer todo o meu corpo, apenas por causa de seu toque.

Ela se afastou e eu me levantei, mas quando a encontrei, Lua estava totalmente nua na qual os cabelos - que estavam mais longos por causa da transformação - caiam por cima dos seios fartos e chegavam próximos a sua intimidade.

Pelos deuses!

Ela estendeu a mão para mim e me guiou até o banheiro enquanto eu admirava aquelas lindas nádegas. A banheira que ficava no centro era maior que o de costume, duvido muito que os illyrianos já viram uma dessas desse tamanho.

Me despi e Lua encarava cada canto do meu corpo que parecia até mesmo decorar cada centímetro, um sorriso malicioso formou em seu rosto quando terminei. Me olhando nos olhos, disse:

- Entre. - não era como uma ordem, mas obedeci pois queria ver até onde ela iria.

A água estava morna e cheirava a rosas e óleos essenciais, enquanto as espumas estavam dançando sobre a água.

Senti ela entrar e ficar atrás de mim. Logo ouvi algo cintilar como vidro e lentamente Lua foi passando algum tipo de óleo nas minhas costas. Ela começou massageando meus ombros tirando qualquer tensão que restava ali, depois desceu até minha coluna fazendo movimentos de cima para baixo com delicadeza, como se estivesse com medo de quebrar alguma coisa. Fez o mesmo com meus braços, começando pelo esquerdo e depois voltou às minhas costas.

A cada vez que sua mão passava por mim um prazer de tipo desconhecido me invadiu e ao mesmo tempo me acalmou. Porém suas mãos que até então estavam em minha cintura, passou para a parte da frente e senti seu calor atrás de mim na qual o bico ereto se esfregou nas minhas costas.

Eu prendi a respiração quando a mesma estava fazendo massagem em meu abdômen e a cada uma, ela descia mais e mais.

Até chegar em minhas coxas e apertá-las quando sua boca foi de encontro ao vão entre meu pescoço e ombro, beijando e mordendo. Suas mãos que estavam massageando as coxas encostavam cada vez mais, a cada movimento, onde estava latejando por ela.

- Já está assim, Lucien? - perguntou e seus dedos rolaram até meu pau seguindo sua extensão e depois dando voltas na ponta com o dedo anelar.

Ela o envolveu com sua mão e com movimentos de cima para baixo, começou a masturbá-lo. Suas unhas faziam questão de se arrastar na pele enquanto seus beijos subiam até minha orelha.

Estava à mercê dela e de mais ninguém eu ficaria.

De repente a mesma desceu a outra mão passando por minha barriga e indo até as minhas bolas que logo tratou de envolvê-las em concha, começou a massagear colocando um pouco de pressão.

- Caralho... - ofeguei.

- Relaxe, querido.

Senti ela sorrir contra minha mandíbula ao perceber minha reação e como estava me deixando.

Ela foi diminuindo os movimentos e em resposta levantei um pouco o quadril em direção a suas mãos, e percebi que Lua estava se divertindo com aquilo depois de rir baixo. Mas enquanto isso, eu estava com a respiração profunda e quase rachando a beira da banheira com as mãos.

Até que ela passou a ir mais rápido e intercalava massageando a cabeça com o dedão.

Eu me perguntava como ela aprendeu isso, mas depois de lembrar que ela e Vassa liam os mesmos conteúdos de livros obscenos, tive minha resposta.

Mas queria olhar para ela, ver o quanto seu olhar estava malicioso fazendo aquilo.

Entretanto, Lua parou sem mais nem menos quando estava quase me desfazendo em suas mãos e eu grunhi em resposta.

- Agora quero você dentro de mim. - ela sussurrava calmamente afastando meu cabelo para o outro lado. - Quero ver como ficam seus olhos quando está me preenchendo. - ela beijou meu pescoço que estava livre.

Aquelas palavras encheram meu peito como combustível. Com isso agi tão bruscamente que em um segundo estava devorando sua boca com urgência enquanto minhas mãos calejadas a aproximaram mais do meu corpo, tendo a mesma sentada em meu colo. Apertava a sua bunda com tanta força que ela gemeu contra a minha boca.

Aquele som fez meu pau latejar contra a sua barriga.

Eu necessitava dela de forma imensurável.

Lua envolveu seus braços em meu pescoço e se ergueu para que eu pudesse auxiliar na penetração. E lentamente, com ela fincando as suas unhas em meus ombros, desceu até a base.

Demoraria um tempo até que ela se acostumasse com aquilo e eu estava ciente.

Beijei sua clavícula e desci até seus seios retirando seus cabelos molhados por cima deles e logo os abocanhando, rodando a língua em volta do bico duro enquanto encarava sua pupila dilatando. Seus seios eram lindos, empinados e cheios, na qual cabiam perfeitamente em minhas mãos.

Então, aos poucos Lua foi cavalgando em cima de mim até pegar um ritmo frenético.

A água chegava a transbordar e molhar todo o chão do banheiro enquanto os gemidos faziam sinfonia no ambiente. O pôr do sol que passava pelas janelas, decorava seu rosto que estava em puro frenesi como uma obra de arte. Mais uma imagem que não sairia da minha mente, ficaria impregnado até a minha morte.

Lua passou a se arrastar contra mim, lhe dando também prazer e agarrou meus cabelos com força depois de morder meu lábio inferior.

Vê-la reagir assim me fez ficar surpreso pois nunca imaginei que ela... dessa forma.

- Você traz o pior de mim. - ela diz ofegante e sem nenhuma força na voz.

Eu sorri ao perceber que ela estava quase chegando ao clímax apenas quando ela contraiu as coxas, ela faz isso quando falta um segundo para desmanchar, reparei nisso ontem. Afastei seus cabelos do rosto e a aproximei de mim colocando nossas testas.

- E eu estaria mentindo se não gostasse dessa versão. Que não ficaria de joelhos para ela.

Uma pura verdade.

Lua consegue me ter de joelhos sem esforços como ninguém, mas ela não é o tipo de pessoa que me recusaria a fazer tal coisa. Faria isso a qualquer momento que ela desejar, pois eu sou somente dela. E ela somente minha.

E mesmo que o destino futuramente queira nos separar, nada irá me fazer amar outro alguém.

- Lucien...

E assim chegamos em puro ápice, nossos gemidos preencheram o ar e quem não havia escutado antes, com certeza agora estão sabendo quem está sendo reivindicada nesse banheiro.

Lua ainda tinha espasmos quando afundou a cabeça em meu pescoço colocando seu peso sobre mim. Abracei seu corpo contra o meu enquanto também tremia.

Ela estava exausta desde a Corte Outonal e agora ainda tem os olhos fechados. Me levantei com a mesma em meu colo e ela se aninhou em meus braços.

Fui até sua cama e a coloquei sentada, ela semi abriu os olhos e sorriu de canto ao me ver procurar uma toalha nas diversas gavetas do cômodo proximo ao banheiro, então estalou os dedos e uma toalha grande apareceu na minha frente.

- Pensei que iria ter que revirar esse quarto pra achar.

Ela boceja sorrindo em resposta. A envolvi naquela toalha branca então a sequei gentilmente arrancando mais suspiros dela.

Saber que ela gostava do meu toque era algo que nem consigo descrever, essa coisa dentro do meu peito que chora, sente raiva e se emociona por ela. Era algo que eu não podia dizer que era amor, era muito, muito mais. É o tipo de coisa que sonhei pra mim achando que jamais iria acontecer. Mas aconteceu. Da forma mais inesperada e cheia de emoção.

E ali prometi para algo além, que jamais deixaria isso escapar diante de meus dedos. Que morreria com aquela sensação de estar seguro e de ser amado por alguém.

Segurei suas mão e beijei os nós.

- Obrigado. - digo beijando a outra mão. - Obrigado por estar aqui.

Lua sorriu com os olhos brilhando em minha direção. Um desejo e felicidade se expandia naquele olhar.

Meu peito palpitou e sorriu de volta.

- Em todas as fases da lua, em nenhuma delas deixarei de te amar. - diz com os cabelos pingando em sua pele enquanto a toalha mesclava com seu cabelo. Tão linda.

- E mesmo que o sol se apague, não desistirei de ti em nenhum momento, meu amor.

Jamais deixarei de te amar, minha doce Lua.

De repente seus olhos se abriram e arregalaram sobre mim. Como se estivesse algo em meu rosto. Ela toca meu rosto maravilhada e percebo que seus olhos brilhavam.

Olhei pra mim mesmo e percebi que estava brilhando. Cada parte do meu corpo brilhava como milhares de sóis reunidos.

- Não pensei que herdei isso dele... - digo comigo mesmo e a mesma me olha confusa.

- O que é?

- Quando se tem o poder da luz do sol, o portador costuma brilhar quando está feliz.

Lua olha para os meus olhos e sorri quando o de ouro range.

- Então eu faço meu parceiro brilhar? - ela coloca uma mecha de meu cabelo para trás da orelha.

- Faz. Você me faz feliz.

Vi seus olhos lacrimejarem e o sorriso aumentar.

Algo dentro de mim se acendeu quando vi aquele sorriso.

- Vou me gabar disso pra todo mundo.

Ela beija a ponta do meu nariz e meu corpo se acendeu muito mais. Lua gargalhou quando percebeu, uma risada tão gostosa que poderia ouvi-la como uma sinfonia de uma bela melodia.

A abracei forte onde pudesse sentir seu coração bater.

- Eu nunca havia brilhado antes. - confesso e a mesma retribui o abraço acariciando meus cabelos úmidos.

- Pra mim é uma honra vê-lo assim e ao mesmo tempo saber que é mútuo. - ela beija o topo da minha cabeça. - Você também me faz feliz, ruivinho.

Olhei para aqueles olhos que ainda clamavam silenciosamente para uma boa noite de sono, mas também vi um brilho que era dela. Aquele pequeno brilho das lágrimas destacaram seus olhos azuis como o oceano.

E pela primeira vez me sinto em casa. Coisa que jamais tive a oportunidade de estar ou sentir.

Estava em casa.

Estar com ela era estar em casa. Em um lugar aconchegante com várias almofadas, com chá quente e a lareira acesa. Uma casa tradicional.

Assim, ela dormiu o dia inteiro sem sequer se mexer na cama.

Entretanto não pude fazer o mesmo que ela, não conseguia. Não depois de Helion simplesmente aparecer na Corte Lunar a minha procura.

Frygga veio até aqui me avisar sobre sua visita inesperada, de início pensei que fosse falar com Lua sobre a pós guerra, mas na verdade era comigo. Me troquei e cobri a Lua com uma coberta fina.

Repensei sobre aquilo enquanto isso e acabei indo até aquela sala onde ele esperava tomando um vinho branco admirando a varanda. Realmente, a vista daqui era espetacular.

Eu fechei a porta chamando sua atenção e esperei que ele dissesse alguma coisa, qualquer coisa.

- Realmente, a Lunar supera a Crepuscular facilmente. - ele diz e seus lábios se curvam levemente enquanto termina seu vinho.

Eu não estava para brincadeiras ou piadas, queria que ele finalmente dissesse como quitará a dívida.

Helion deixou a taça em uma mesa próxima percebendo que eu não estava para conversa fiada e vi ele respirar fundo. Mas também vi um suor em sua testa. Parecia que o mesmo estava com medo de... mim?

- Eu vim aqui pra... - ele pareceu escolher palavras em sua mente enquanto me encarava de forma estranha. Mas depois fechou a boca em linha reta e olhou para baixo.

Aquela tensão estava passando a me incomodar, por isso cruzei os braços desejando que aquilo acabasse de uma vez.

Helion levantou a cabeça e relaxou os ombros.

- Vim desejar felicidades a você e à Lua.

Dizer que não fiquei surpreso seria mentira, pois realmente fiquei.

Helion sorriu simples e passou a caminhar até a porta, mas resolvi falar.

- Não vai cobrar a dívida? - pergunto e ele para a alguns centímetros da porta.

- Que tipo de pessoa acha que eu sou? - ele perguntou erguendo sua sobrancelha para mim.

- Quer mesmo que eu responda? - fiz sem querer a mesma posição que ele, erguendo a sobrancelha e cruzando os braços.

E por um momento vi que ele percebeu algo em mim que me deixou desconfortável e desfiz minha postura.

- Lucien, eu não vou usar aquilo pra fazer você mudar de ideia. Você já decidiu. Eu só queria vir aqui pedir desculpas pelo que fiz com você. Me perdoe se não fui pai o suficiente pra você e permiti que fizessem um inferno na sua vida.

Eu deveria estar bravo com aquilo, mas algo me dizia para ficar calado e escutar.

- Nada que eu fizer ou disser agora vai mudar o passado e eu estou ciente disso, não precisa jogar na minha cara. Mas saiba que não me orgulho da minha decisão, nunca me orgulhei mas estava feito.

- Helion... - tento.

- E agora, mais que nunca, quero que saiba que estou aqui. - isso me afetou o suficiente para que eu recuasse um passo para trás. - Mesmo que você se recuse a ser ajudado e que goste de fazer tudo sozinho e sutilmente. - ele riu de canto. - Saiba que se precisar, eu estou aqui.

Não era capaz de encará-lo, não depois daquilo.

Me sentei na poltrona que estava atrás de mim assim que ele saiu e o senti atravessar.

Beron nunca havia me ajudado em nada e sempre senti raiva disso, já Helion veio fazer algo apenas agora, então por que eu não estou mais com raiva dele?

Se me contassem anos atrás que Helion era meu pai eu iria rir e provavelmente caçoar da pessoa, mas porque agora que escuto minha mente me dizer isso sinto como se finalmente tivesse em um lugar seguro?

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

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