𝑭𝒍𝒂𝒚𝒔𝒂: 𝑶 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒐...

By patxom4

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(EM REVISÃO) (LIVRO I DA TRILOGIA "Flaysa") Ah, o Ensino Médio... Uma fase marcante na vida de qualquer pesso... More

♡ Prêmios ♡
Apresentação
Nova Cidade
Recepção Inesperada
Da água pro vinho
O Plano
A Audição
Uma... Foto?
Bate e Volta
Deu certo... Ou não?
Tempo bom
Um Sorriso Mortal
Pichação
O Acordo
Charlotte e Li
Mira Errada
Desfecho
Preparativos Para a Festa
Festa Com Cheiro De Perder a Virgindade
Toronto? Toronto!

Conversar... Com a gente?

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By patxom4

Sebastião nos olhava com uma cara nada boa. Visto a sua face de desaprovação, qualquer um podia jurar que estávamos pedindo alguma coisa absurda demais para nos ser concedida.

E, tecnicamente, estávamos. Quem iria querer oferecer para dois jovens as imagens da câmera de uma gravadora musical? O Sebastião estava certo em manter um pé atrás, mas por que tinha que ser justo comigo? Eu até pedi ao Dimitry que fosse junto com a minha pessoa pedir à ele!

— Pra que vocês querem isso? — sua testa franziu ainda mais quando perguntou. — Ou melhor, por que eu deveria lhes fornecer essas imagens?

Certo, se ele só iria me liberar o que eu precisava com uma boa justificativa, eu teria que contar a verdade, mesmo não querendo. 

— Eu preciso de algo que comprove que eu estive aqui antes de ontem à noite. — falei de uma forma bem natural. — Estou sendo acusada de cometer vandalismo contra a minha escola, então quero provar a minha inocência!

— Você fala daquela história de que alguém pichou os muros de um colégio? — é óbvio que a fofoca já tinha se espalhado, tinha passado até no jornal! — Então foi você!

— Não, Sebastião! Eu quero provar, justamente, que não fui eu!

Ele olhou bem profundamente nos meus olhos e depois olhou para o Dimitry, que estava ali do meu lado, em pé, com cara de paisagem, e de braços cruzados. Ele estava ali, basicamente, só de enfeite, tadinho. Mas eu gostava de saber que ele estava do meu lado. E parece que, foi só olhar para ele de novo, o Sebastião relaxou um pouco e mudou de ideia ao respeito do meu pedido.

— Tudo bem. — falou depois de respirar fundo. — Venham comigo.

Obviamente, lá, dentro do estabelecimento, teria uma sala escondida com alguns computadores montados só para monitorar as imagens de segurança das câmeras. Afinal, estávamos tratando de uma gravadora, um lugar registrado, de trabalho, mas eu não fazia ideia de que aquela sala seria tão secreta. Tipo, a porta de entrada ficava no corredor principal, que levava ao estúdio de gravação, entre dois pilares. Eu nunca a tinha notado ali, mas, enfim, nós o seguimos e adentramos no local. Sebastião passou por nós e se sentou no primeiro computador.

— Você tem um pen-drive? — ele me perguntou depois de já ligar o dispositivo.  

— Claro. — tirei o objeto pedido do bolso traseiro da minha calça e o coloquei sobre a sua mesa.

Eu e Dimitry ficamos ali parados por alguns minutos enquanto esperávamos o homem de meia-idade me devolver o meu pen-drive. Não é que estava demorando, mas a minha sapatilha já estava começando a ficar apertada de tanto eu ficar em pé. 

— Pronto. — depois de um tempo, ele desconectou o meu pertence do computador e me entregou. — Salvei aí todas as imagens de sábado à noite, internas e externas. Espero que isso te ajude.

Eu faltei dar pulos de alegria e o abraçar ali mesmo! Ele tinha praticamente acabado de salvar a minha pele! Mas ele provavelmente odiaria o meu gesto, então tentei conter a minha euforia e só o agradeci.

Eu e Dimitry saímos da gravadora. Naquela segunda, especificamente, eu tinha acordado um pouco tarde, porque já sabia que ia faltar na aula para ir atrás dessas imagens. Na verdade, algo me diz que eu nem seria liberada a entrar sem antes provar a minha inocência. Mas não vamos desviar o foco principal, eu e o líder da banda estávamos indo para o ponto de ônibus. Ele ia pra sua casa, e eu, ia para a escola entregar o pen-drive.

— Você não quer que eu te acompanhe?

Eu meio que viajei nos meus pensamentos olhando o caminho através da janela do ônibus. O líder do Stars From Nightmare acabou me despertando e impedindo, até, que eu corresse o risco de perder o ponto em que ia descer.

— O quê? Me acompanhar pra onde?

— Oras, até a sua escola. — ele respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. E, na verdade, era. Só tinha esse lugar para o qual ele poderia me acompanhar. Mas eu achei um pouco inusitada a sua proposta, enfim. — Depois de tudo o que se passou, não acha que está perigoso sair sozinha na rua?

— Pode até ser, mas eu não quero que você seja alvo de fofocas por andar comigo, ou que vire o próximo alvo da Debrah.

— Eu não ligo para fofocas. — ele colocou uma mecha do seu próprio cabelo, uma mecha que insistia em cair no seu olho, para atrás de sua orelha, e me olhou com frieza. — E não se preocupe com a Debrah. Ela sabe que, comigo, ninguém mexe.

Sabe, eu gostava da amizade do Dimitry, mas ele era estranho, tinha vezes.

Tá, não estranho, mas sim misterioso demais.

— Você que sabe. — dei de ombros. — Por mim, tudo bem me acompanhar. Eu não vejo problema algum.

Ninguém falou mais nada durante o caminho, apenas esperamos mais alguns minutos e descemos na porta da escola. Os muros ainda estavam pichados, sinal de que ninguém tinha sido chamado, ainda, para começar a arrumar o estrago. 

Quando eu ia entrar, notei que o meu colega se encostou no portão principal, ao invés de me acompanhar. Então me virei para ele, furiosa.

— Você veio até aqui me fazendo companhia para me deixar entrar lá sozinha?

— Eu queria me certificar de que você chegaria na escola em segurança. — ele fez uma breve pausa para tirar um maço de cigarros e isqueiro do bolso. — Não gosto de ambientes escolares, além de que eu tenho certeza que jamais me deixarão fumar aí dentro. Vou te esperar aqui fora.

"Affs, já entendi", foi o que pensei nessa hora, antes de me virar e ir para dentro.

Ainda estava no horário de aulas, mas no finalzinho dele, então já era possível encontrar alguns alunos pelos corredores, arrumando as suas coisas para irem embora. Eu estava quase chegando na diretoria quando senti um par de mãos me segurando e me levando para um espacinho entre dois armários. Obviamente fiquei na defensiva, com medo de ser alguém d'O Trio, mas relaxei totalmente quando notei que eram apenas Alexy e Rosalya.

— Vocês quase me mataram do coração! — exclamei para eles, colocando a minha destra sobre o meu peito.

— Foi mal, mas é que a gente tem que te contar uma coisa muito séria. — o Alexy disse, passando uma de suas mãos pelos seus sedosos fios azuis. — Primeiramente, você está com o pen-drive aí?

— Estou sim. — tirei o objeto do bolso traseiro da minha calça e o entreguei ao meu amigo.

Eu tinha ligado no dia anterior e contado aos meus dois melhores amigos que ia levar um pen-drive para salvar os arquivos de gravação da saída do estúdio e entregar para a diretora dar uma olhada.

Ele examinou o que eu o tinha dado e respondeu:

— Eu estava conversando com a Rosa mais cedo e chegamos à conclusão de que a Debrah poderia não estar sozinha na noite da pichação.

Se eu estivesse com um sorriso no rosto, ele com certeza desmancharia nessa hora.

— Mas… Por que vocês acham isso? — perguntei, tentando raciocinar sobre o motivo que os fez chegar à essa conclusão.

— As caligrafias dos dois lados dos muros não batem! Não parece que foi a mesma pessoa que escreveu tudo aquilo!

Pior que era mesmo, eu me lembro até hoje de como eram os desenhos nos muros. Do lado esquerdo, as letras pareciam mais cursivas, enquanto, do lado direito, pareciam mais quadradas. Olhei para os meus amigos e depois desviei o meu olhar deles.

— Então quer dizer que mais alguém pode estar envolvido nisso? — perguntei, com a voz saindo quase como um sussurro.

— Flaysa, — a voz da Rosa me chamou a atenção no meio de tudo isso. — nós não duvidamos de que tenha sido a Ambre. Desde o primeiro dia de aula ela é cismada com você, atoa. Então precisamos arrumar um jeito de descobrir se foi ela, porque uma acusação errada pode resultar em expulsão para nós três!

— Não. — dessa vez eu soei bem séria, antes de encarar os lindos olhos âmbar da minha amiga. — Por favor, eu mudei de ideia! Não quero me envolver em mais nada que envolva essas meninas também. Mesmo que elas façam bullying comigo, vão continuar fazendo, porque eu não vou revidar mais!

Parece que a minha fala pegou ambos os meus amigos de surpresa, porque eles se entreolharam. Eu continuei falando:

— Vocês sabem, eu e minha família estamos correndo o risco de sermos deportados! Eu não acho que seja justo com os meus pais e nem quero voltar para o Canadá, pelo menos não tão cedo! Por isso, esse pen-drive é a minha última salvação, a única que vai poder me tirar desses maus lençóis. E depois que eu conseguir provar a minha inocência, eu juro que não tento mais nada contra essas meninas!

Tá, o meu discurso foi bem motivacional, pelo menos ao meu ver. Vocês não acham? Eu acho, pois, além de atrair a atenção dos meus amigos, atraiu a atenção de outras pessoas, também. Duas pessoas, para ser bem específica.

— Com licença. — uma voz doce preencheu o lugar onde estávamos antes mesmo que Alexy ou Rosalya pudessem abrir a boca para pronunciar uma palavra sequer. — Podemos conversar com vocês?

A voz vinha de trás de mim. Vi meus amigos levantando o olhar para a frente e eu me virei para ver quem era. Tive uma surpresa. Uma onda de medo. Sei lá, tive uma sensação muito estranha de vê-las ali, mas, mesmo assim, não consegui simplesmente olhar para elas e mandá-las embora.

Eram Charlotte e Li, as amigas da Ambre.

E elas queriam conversar comigo, o Alexy e a Rosalya.

Eu e meus amigos ficamos em silêncio por uns segundos, tentando processar a informação na qual Li tinha acabado de nos dar. Eu não sei como, mas, mesmo desconfiada, com medo, ou sei lá mais o quê, eu consegui balbuciar, gaguejando:

— P-podem, é c-claro.

════════ ✥.❖.✥ ════════

Oii, meus lindos leitores! Como vocês estão hoje?

Pois bem, eu queria me desculpar pela demora a atualizar essa história nesses dias. É que eu estive bastante focada no meu TCC, e, enfim, consegui terminar ele! Inclusive, ele está postado aqui no meu perfil do Wattpad, então caso queiram dar uma conferida, podem ir lá! Mas eu já aviso: só vá se você tiver coragem. O tem principal se trata sobre uma série de terror, então é óbvio que terão passagens bem arrepiantes!

Mas, bem, o que acharam do capítulo de hoje? Eu adorei escrever esse capítulo, não sei exatamente o porquê.

É isso! Beijinhos e até em breve!

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