Quando a Duda desceu as escadas com Rafael a seu lado falando :
-Eu realmente quero saber o que deixou Rafael desse jeito.
Todos da sala ficaram sem jeito e Pança foi o primeiro a falar:
-Não acho que é uma boa ideia assistir isso agora, Rafael está muito abalado, a imagem não está muito clara acho que Lee vai ter que fazer alguns ajustes.
-Eu quero ver do jeito que está. - Duda persistiu.
- Duda , não acho que seja uma boa ideia. - O Doutor falou enquanto terminava de descer as escadas.
- O que aconteceu me falem agora alguma coisa comigo alguma coisa que vai acontecer comigo? Eu nunca vou voltar para casa é isso?
- Se o doutor sonho estiver certo seu pai morreu, meus pêsames. - Galbe que descia logo atrás de Duda falou.
- Insensível .- resmungou Matteo que descia atrás de Galbe.
Duda olhou para Rafael que assentiu com a cabeça.
-Eu quero ver, se Rafael não quiser , pode ir para outro lugar da casa mas eu quero ver.
Colocaram a gravação do sonho como se fosse um filme qualquer e logo no começo a primeira pausa.
-Completamente maravilhoso você tinha total noção do que tinha que fazer, como conseguiu a ideia de comprar o jornal foi perfeito. - MV falou bastante impressionado.
- É mais ou menos assim : você não pode duvidar que vai conseguir , se você duvidar ,você já não consegue, depende muito da sua fé , seu medo é seu pior inimigo. - Rafael explicou. - Pena que não consegui ver a hora.
- Não precisa, o sino da igreja tocou 5 badaladas são 5:00 da manhã. - Felipe falou.
-Tá mas o que é esse clarão? Um meteorito? uma explosão?- Galbe perguntou.
- É uma tentativa de abrir um portal . -Rafael respondeu .
- E como você sabe. - Pança perguntou curioso.
- A mulher pedindo socorro no último sonho me falou.
- Rafael isso é sério? não ouvimos nada disso na gravação. - MV falou.
- Ela falou na minha cabeça, diretamente na minha cabeça.
- Só para eu saber , acreditamos em telepatia agora? - Pança perguntou enquanto bebia uma cerveja.
Felipe deu de ombros e Pança falou :
- Eu preciso beber algo mais forte.
- É agora. - Rafael falou segurando a mão de Duda e entrou a imagem do Rafa na outra linha de tempo chorando e em seguida apareceu o senhor Loureiro morto.
- Duda levantou do sofá onde estava ao lado de Rafael e foi até a cozinha em prantos.
Rafael fez menção de ir com ela mas logo em seguida entrou a imagem de como se tivesse correndo em corredor branco.
É outra linha do tempo ? Perguntou Matteo .
- Não , é a nossa.
- E a mulher , misteriosa ela disse que lugar é esse ? - Galbe perguntou.
- Sim, Sedona .
Galbe passou a mão na cabeça enquanto davam giro de 360 graus.
- Tudo leva para Sedona . - MV falou sério.
- Desculpa volta à parte em que aparece a mulher pedindo socorro. - Duda pediu ainda com lágrimas nos olhos mas se aproximando da Tv.
Lee voltou a imagem e deu pausa.
- Essa é a modelo que sobreviveu e foi levada para o hospital, lembro do curso dela em algumas propagandas e lembro dela pedindo champanhe na classe económica. - Duda explicou.
- Caralho, a vida real é bem mais criativa do que qualquer livro meu. - Felipe falou rindo e virando a tequila que seu primo acabara de colocar no copo.
- Ei isso é meu - Pança reclamou. - Tá , vou para casa fazer as minhas malas. - Pança falou animado.
- E para onde você vai? - perguntou Rafa.
- Para São Paulo ou você acha que eu irei perder um acontecimento desse? - Pança respondeu.
- Eu vou com você . - Felipe falou animado.
- Vocês estão pensando que isso aqui é uma excursão de escola? - Galbe perguntou.
- Ao menos que você tenha comprado São Paulo, desde que eu tenha dinheiro posso ir quantas vezes quiser. - Felipe falou.
- Eles sabem demais. - MV , falou e de pronto Galbe tirou uma pistola de trás do cós da calça.
-Oooooooooow. - Rafa, Duda, Felipe e Pança gritaram.
- Não É sobre isso que estou falando, acho que podem ir com a gente . - Disse MV.
- Que merda .- falou Galbe guardando a pistola.
- Já que todos vão , vou mandar o , Sushi para Évora e Hambúrguer para Márcio e Sany. Olha que ótimo eles estão juntos, espero que eu não vá estragar nada . - Lee falava enquanto digitava.
-E vocês , todos os celulares serão destruídos , quando chegarem de São Paulo serão entregues novos celulares da mesma marca ou melhor se quiserem, não poderão ir para casa, darei um cartão Galbe a cada um é padrão usar durante a viagem para comprar roupas, comida e o que mais precisarem , se esse clarão realmente for uma tentativa de abrir um portal e eles souberem que sabemos disso, poderão cancelar a tentativa. Comprem roupas e malas no aeroporto, sejam discretos - Galbe falou.
- Se eu não quiser dar meu celular? - Pança perguntou.
- Tem sempre alternativa do saco de pano e carro preto. - Galbe falou sorrindo.
Pança entregou o celular, fazendo uma cara estranha. Já o Felipe parecia feliz com a ideia de ganhar um telefone novo, já que é a tela do seu celular estava toda rachada .
- Não vão nos deixar viajar sem os documentos.- Felipe falou .
- Já estou providenciando isso. - Lee falou.
- É mesmo necessário a ida de Évora, Sany e Márcio ? No que Márcio pode acrescentar ao grupo? - Matteo perguntou.
- Se a tentativa de abrir um portal realmente aconteceu com certeza Sany e Évora vão querer ver. - MV falou.
- E o Márcio? - Matteo perguntou.
- Márcio é como eu , é para vossa proteção. - Galbe falou .
- Márcio , Évora e Sany , irão direto para o aeroporto amanhã , eles não sabem do que se trata.
- Eu não posso destruir meu telefone, tenho contatos importantes nele. - Rafael falou . - Também não posso ir para São Paulo tenho mais 2 dias de serviço antes do final de semana.
- Eu Já estou remanejando seus pacientes para outros dias e assim que chegar de São Paulo te darei outro telefone com todos os contactos exatamente como o anterior, e sua secretária que lute com os pacientes que não gostarem da data. - Lee falou enquantos digitava.
- Espero que tenham bastante quartos aqui. - Galbe falou sorrindo.
Eu e Duda dormimos no meu quarto, Felipe dormiu com Pança, Galbe dormiu em quarto, MV no outro e Matteo na sala.
Duda e Rafa , ficaram meio sem graça, mas o sono era tanto que acabaram dormindo.
Ao acordar Galbe ligou para que trouxessem café da manhã para todos e junto vieram os documentos todos foram com a roupa do corpo para o aeroporto e só la, foram comprar roupa malas e o que precisasse.
O Pança e Felipe pareciam muito satisfeito em comprar o que quisessem sabendo que não iriam pagar por nada.
Quando chegaram em São Paulo, foram para um hotel não muito longe do local do sonho de Rafael e no primeiro dia andaram por lá a especular lugares que poderiam colocar câmeras escondidas e também compraram mais algumas roupas e na hora do almoço foram a um restaurante.
- Por que São Paulo ? - Felipe perguntou.
- Um país de terceiro mundo chama muito menos atenção do que um de primeiro mundo. Chama menos atenção um portal em São Paulo do que em Paris. - Pança falou e Matteo concordando estalou os dedos da mão direita e apontou para Pança.
Depois de almoçar MV, Rafa, eu , Pança e Felipe , ficamos conversando no quarto de MV e Lee ,enquanto Lee foi para o salão do hotel pois disse que a internet era melhor lá; o Márcio foi para o quarto com Sany e Galbe com Évora e Matteo estava dormindo sozinho em um quarto porque ninguém atura o ronco dele.
A noite fomos para o local , combinado e espalhamos as câmeras, mas no dia seguinte tivemos o dia livre até às 8:00 da noite , depois disso a regra era dormir e acordar às três da manhã quando fomos para a rua vimos se as câmeras estavam funcionando, as 4:30 ligamos todas as câmeras, 4:50 vimos o senhor abrir a banca de jornal; 4:58 passou por nós a pessoa que não quis da informação para Rafael no sonho e 5:00 tocou o sino da catedral e o clarão apareceu.
A luz era tão forte que a primeira reação da Duda foi levar a mão nos olhos. Porém Galbe , Évora, Márcio, Pança , Felipe, Matteo e Sany ; comemoravam o fato como se fosse um gol na final da copa do mundo.
...
Vi o sorriso sumido rosto de todos quando Galbe veio nos perguntar porque não estávamos comemorando o fato de sabermos que o Vortex que era real e MV respondeu :
-Se a tentativa deles abrirem um portal é verdadeira todo o resto do sonho é.
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