O agiota (BDSM)⚫⛓🍷

Door SaraJeonTrailermaker

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⚠️ Dark romance ⚠️ "Tudo que Jungkook empresta." "Jungkook quer de volta e com juros." "Fanático por asfixia... Meer

Apresentação
Ha incontrato o all'inferno
O rei 39
Stanza delle punizioni
Incontri
Prime impressioni
Ice play
Eccitazione e sensazioni
Precisamos conversar 🔴⚫
Puniscimi
Spanking
Regole infrante
Scoperte
Gioco pericoloso
Destinazioni collegate
Anima sottomessa.
Consegna a te
Nuovi sentimenti
Parte della famiglia
Confusione e sentimenti
Giorni
Nel mezzo della notte
Ceneri
Woobin Story
Ferire i sentimenti

Sporco

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Door SaraJeonTrailermaker

Avisos ⚠️

O capítulo a seguir contém cenas fortes que podem ser perturbadoras para algumas pessoas, se você for sensível aos assuntos, favor não ler, vamos preservar nossa saúde física e principalmente mental.

Aviso de cenas descritas no capítulo a seguir :

Abuso físico e mental, tortura física e psicológica, necrofilia, tentativa de abuso sexual, violências, uso de entorpecentes, e mortes.

Eu Sara, e autora de "O agiota (BDSM)", não compactuo com nenhum tipo de violência e crimes citados acima. Essa obra é apenas uma ficção escrita por mim, para entretenimento ao público que aprecia e gosta de ler conteúdos considerados "Dark romance". Lembrando que, sim, existem tais situações de violências e, eu repúdio cada uma delas.

Qualquer ofensa contra mim e minha escrita será denunciada por "injúria, calúnia e difamação." O crime de ofensa ocorre quando o autor imputa à vítima: A prática de um crime sabendo que ela não o praticou (calúnia - Art. 138, do Código Penal).

Asseguro também os direitos dos artistas, nessa fanfic, não é da minha procedência denegrir a imagem de nenhum deles. Segundo o Código Penal (artigo 139).

O capítulo pode ser pesado para alguns e para outros não, depende do gatilho de cada um, não menosprezem a dor do outro, respeitem a dor alheia.
Aqui não existe conto de fadas. Se não gostam deste tipo de assunto e leitura, vão ler "Branca de neve."
Desde já agradeço o apoio e carinho de cada um, que tem estado comigo nesta jornada de escritas.

Que Deus os ajude!

Deixe seu voto e comentário.⭐️

Boa leitura!❤️

Sombrio.

Era ouvido de longe, um choro baixinho. A esperança não fazia mais parte daquele ser, o despedaçando por completo. Ele queria lutar, ser forte, mas por quem? Já não restava nada além de sua dor, que parecia infinita. Encolhido em um canto do quarto escuro, o loiro apertava com força seus joelhos contra seu corpo. Ele sentia medo, sentia-se sozinho e desesperançoso. Era como se houvesse um buraco em seu peito e um nó em sua garganta, sua boca seca implorava por água, entretanto estava fraco demais para se levantar e ir até a pia do pequeno banheiro e saciar sua sede. Preferia ficar ali para morrer de sede e fome. Assim sua dor não existiria nunca mais.

Jimin mirou seus olhos na porta sendo aberta, Woobin passou pela mesma, acendendo a luz que clareou todo o cômodo, fazendo Jimin esconder a cabeça entre suas pernas. A claridade da luz era incômoda para os olhos inchados, pelo choro constante.

- Você precisa se alimentar, meu amor. - Woobin se aproximou com uma bandeja em mãos.

Jimin sentiu o colchão afundar ao seu lado, quando o homem sentou-se sobre a cama, seu corpo tremeu em pânico ao sentir o corpo de Woobin perto do seu.

- Eu não quero nada, por favor me deixe morrer aqui. - Sua voz saía em sussurros angustiantes.

- Ei ei! - Woobin tocou seu rosto e o fez olhar para si. - Não diga isso, você tem a mim, eu sou o único que nunca irá te abandonar, porque eu te amo. - O homem selou sua bochecha rosada.

- Me deixe ir, eu te imploro. - Seus lábios ressecados estavam rachados pela falta de líquido, formando em sua carne filetes de sangue vermelho e ferroso.

- Aqui é seu lar, você não tem ninguém além de mim. - Woobin limpava as lágrimas que insistiam em banhar a face do menor.

- Você é um louco, me deixe ir. - Jimin começou a bater no homem, mesmo sem força e mesmo que não o tivesse atingido como queria. - Eu te odeio.- O loiro gritava, já desesperado.

Aquilo doía em Woobin, ele queria o amor de Jimin, mesmo que fosse preciso usar sua força. Jimin iria ser seu, pelo bem ou pelo mal, ele era um miserável igualmente a si. Não tinha ninguém, seu pai não o amava e Jungkook estava morto, seu menino não tinha escolhas e nem saída.

Um soco foi desferido em Jimin, a carne de seu rosto queimou pela forte potência sobre ela. Sua face formigava pela dor. O loiro afastou-se apavorado, segurando sua bochecha ainda quente pelo golpe.

- Olhe para você agora. - Woobin riu irônico.- Que fofo. - O homem acariciou seus cabelos. - Miséria realmente combina com você! - O braço do loiro foi puxado com brusquidão, fazendo seu corpo ir de encontro ao homem. - Por favor, seja miserável comigo para sempre. - Woobin selou seu rosto e seus lábios asquerosos pousaram sobre sua bochecha avermelhada e também dolorida, enquanto o abraçava fortemente, sufocando-o em seus braços.

- Me solta. - Jimin se afastou do homem, arrastando-se até o outro canto do colchão e se encolhendo, logo após.

- Não irei te pressionar hoje, já que você acabou de chegar, mas acostume-se. Aqui é sua casa e você é meu, sempre foi Jimin! Apenas aceite, hum?! E ficará tudo bem.- Woobin pegou novamente a bandeja e a posicionou em cima do colchão.- Coma, você precisa se alimentar, meu amor. - Ele sorriu cortês, comprimindo seus olhos.

Park não se alimentou. Ele preferia morrer a estar com aquele homem novamente, empurrando com os pés a bandeja, derramando toda a comida e água que havia ali. Ele esperou Woobin sair para fazer aquele ato de rebeldia, mesmo temendo o homem, ele ignorou qualquer parte racional de sua mente. Ele tentou se levantar, mas a corrente presa na coleira em seu pescoço era muito pesada e ele estava fraco. O aço preso ao seu corpo não era seu aliado naquele instante, contudo, ele passou a puxar com toda a sua determinação, aquele objeto, cuja outra ponta estava presa na cabeceira da cama. O loiro usou toda sua força ali, mas a corrente nem ao menos se moveu. Na sua última tentativa ele esticou os anéis de ferro até suas forças acabarem por completo, então, caiu sobre o colchão novamente, agonizando, clamando internamente para que Deus ouvisse suas orações e o tirasse daquele lugar.

Jimin não sabia em que momento adormeceu ou quantas horas se passaram, desde o momento em que chegou ali. Ele não sabia, se era noite ou dia, se chovia lá fora ou fazia sol. Sua mente estava nublada e seus sentidos estavam esgotados, seu estômago doía como um grande martírio, no entanto, o loiro não sabia se era pelo medo ou se era pela fome dolorosa, já não importava mais. Ele se remexeu sobre o colchão e abriu os olhos, quando a porta foi novamente aberta, enquanto a fresta de luz alcançava seus olhos e a ardência impiedosamente se fazia presente outra vez. O som de passos vindo em sua direção e a imagem do homem à sua frente, permanecia em um completo borrão.

- Me deixe morrer. - Ele sussurrou rouco.

Woobin se aproximou do corpo já debilitado e sentou-se ao seu lado, com cuidado o homem arrumou o corpo do loiro confortavelmente sobre o colchão, encostando-o no concreto frio da parede. O homem forçou sua boca machucada e passou a alimentar o menino enfraquecido, lhe obrigando a engolir uma sopa.

- Isso meu amor, você precisa ficar bem para mim. - Woobin alisava a pele macia de seu rosto, entretanto Jimin ouvia apenas o eco de uma voz distante.

Park dormiu por horas, acordando assustado em seguida. Ele levantou-se do colchão, atordoado e olhando ao redor do quarto. Seu corpo já não doía como antes e ele não se lembrava de nada.

- Até que enfim você acordou, meu amor... - Jimin mirou no canto do quarto de onde vinha aquela voz, que ele conhecia bem. Woobin estava sentado em uma poltrona e em suas mãos havia um livro, o homem sorriu. - Você dorme como um anjo, se sente melhor? - Ele fechou o livro e o fitou com preocupação perceptível em seu olhar.

- Você ficou o tempo todo aqui?- Park lhe perguntou, engolindo seco em seguida.

- Sim, eu estava muito preocupado com você, mas agora parece que você está bem. Não pregue peças assim em mim novamente, meu amor. - Woobin sorriu genuíno.

- Porque você faz isso comigo?- Park segurou as lágrimas, abraçando o próprio corpo.

- Eu já disse Jimin, eu te amo, por que não acredita em mim? Porque rejeita meu amor, eu só quero você pra mim, nós dois somos sozinhos e podemos nos completar. - Woobin se levantou e caminhou até a cama, sentando-se ao seu lado, fazendo Park se encolher ainda mais.

- Isso não é amor, eu não quero estar aqui. - O loiro fungou.

- Você pode aprender a me amar, eu sei que pode, apenas me dê uma chance. - O homem estendeu a palma de sua mão.

Jimin negou com a cabeça.

Woobin se levantou em fúria derrubando tudo que via pela frente, enquanto Jimin soluçava pelo pavor que lhe alcançava.

- Eu estou tentando ser bom com você Jimin, eu realmente estou tentando, mas você não está me dando escolhas. - Ele berrou descontrolado.

- Para... para, por favor. - Park apertou suas orelhas, cobrindo sua audição e fechando os olhos fortemente, ao mesmo tempo que seu corpo tremia pelo pânico que o atravessava como espasmos alucinados.

- Coma a comida. - O homem gritou.

Jimin não se mexeu um milímetro sequer.

Woobin foi até o menino e o segurou pelos fios loiros, arrastando-o até o chão onde havia um prato de sopa. Ali o homem esfregou sua face na comida, o sufocando vigorosamente. Park tossia e se debatia desesperadamente, ao mesmo tempo que se afogava no líquido que lhe queimava a garganta. Woobin levantou seu rosto do prato da comida, obrigando-o a olhar em seus olhos.

- Você é o culpado disso tudo, você me obriga a fazer isso com você, Jimin. Eu quero apenas te amar, eu não sou mal. - Woobin tampou sua boca e selou sua testa. - Vou tirar minha mão, abra a boca, coloque sua língua para fora e vou parar. - O homem ordenou.

Park estava relutante, com medo, sendo assim Woobin pressionou seu maxilar e o fez abrir a boca. Então o homem cuspiu em sua língua fechando sua boca em seguida.

- Engula, não vomite! Se você não engolir eu irei te foder até te machucar. - Jimin engoliu o líquido nojento que desceu quente por sua garganta, lhe embrulhando o estômago, causando náuseas contínuas. Woobin o sufocou até que lhe faltasse oxigênio, levando Jimin ao sono profundo e obscuro.

O sangue em suas veias estavam estagnados, os vasos sanguíneos foram inundados pela droga que lhe paralisava, dando-lhe a sensação de ter um corpo morto. Sua mente trabalhava arduamente, contudo sua estrutura física era fria e estática. Seus olhos se abriram devagar, se acostumando com a luz branca que iluminava acima de sua cabeça. O menino quis muito levantar, ou até mesmo girar seu pescoço para olhar ao redor, entretanto ele não conseguia. Um sentimento de impotência o tomava sem piedade, nem sequer palavras de socorro ele conseguia pronunciar, apenas murmurava em total desespero.

- Shi...shi...está tudo bem! - Woobin foi até o corpo imobilizado, alisando a pele pálida de seu rosto. - Você tem cetamina correndo por seu sangue. - O homem selou seus lábios, passeando com seus dedos por cima dos mesmos, logo após. - Eu faço isso porque te amo Jimin, quero apenas ser feliz com você ao meu lado. - Woobin afastou-se do corpo, o mirando por completo. - Mas, para isso, eu preciso que você me obedeça e me ame de volta. Por isso, eu preciso do seu corpo vivo, Jimin. Corpos mortos eu tenho vários. - O homem caminhou até seu lado esquerdo, erguendo um braço na coloração roxa, o corpo estava pálido e sem vida. Jimin fixou suas orbes no cadáver ao seu lado. Ele quis muito gritar, mas não conseguia e lágrimas já banhavam todo seu rosto, era única forma de manifestar seu medo e angústia. Park foi perdendo a consciência, seus olhos entreveram borrões escuros, ele estava desmaiando pelo pânico e desejando inconsistentemente apenas morrer, contudo, nem a morte poderia significar descanso para seu corpo.

Jimin acordou horas depois, já sentindo sua estrutura física livre para mover-se. O loiro levantou-se lentamente, sofrendo dores por todo seu tronco, era o efeito da droga que estava chegando ao fim. Sua mente estava confusa, ele não sabia onde encontrava-se e observou ao redor, logo após, se sentou sobre a mesa fria de metal. Park avistou em sua frente grandes gavetas com numeração em ordem crescente, totalizando vinte gavetas, todas lacradas e feitas de aço inox que brilhavam como jóias reluzentes. Jimin podia até mesmo avistar seu reflexo nas extensas gavetas. Park caminhou vagarosamente indo em direção às mesmas, seus dedos tocaram o aço frio, entretanto um gemido rouco tirou sua atenção das caixas metálicas à sua frente. Seus passos foram em direção ao ruído. O piso gelado abaixo de seus pés causavam arrepios em sua pele, seu corpo já não estava mais preso a nenhum objeto, dando-lhe tal liberdade desesperadora.

Ele caminhou ainda desnorteado até os gemidos que não se findaram, entre os murmúrios o nome "Jimin" era constantemente ouvido. Park estava alucinando, ou estava vivendo o real?! O loiro já não sabia distinguir, por tal razão seguia o gemido arrastado e o barulho de estocadas. O local era iluminado por luzes fortes que faziam os olhos do menor arderem em desconforto, como se fossem brasas tórridas lhe acertando.

A imagem borrada o perturbou profundamente, cadáveres eram usados como objetos sexuais do homem impiedoso e doente.

Suas pupilas se dilatam ao sentir a sensação fria apertando seu membro. O prazer correndo em suas veias por ter o corpo gélido e inanimado à sua mercê. Aqueles não podiam lhe abandonar ou ferir seus sentimentos, aqueles corpos o amavam e nunca poderiam ir contra sua vontade. Eles o adoravam e haviam doado suas almas fiéis a ele. O homem era faminto, ávido de comiseração, criando monstros em seu ser que invadiam sua cabeça, causando desordem e caos.

Seu único amor estava há alguns metros de distância e sua sensibilidade estava aflorada, lhe excitava todo aquele amor, sua beleza angelical e sua pele macia. O homem sentiu os músculos tensionados ao tocar a parte íntima fria e rígida do cadáver, revirando os olhos ao sentir a frieza mórbida da pele alheia e inexistente de vida, sob suas mãos. Sua mente o levou até Jimin e o visualizou por completo, diante disso, se despejou farto e excessivo, gemendo de maneira colossal e grotesca. Saindo de dentro da vítima sem vida e de cor esverdeada, observando o líquido seminal escorrer entre as pernas cheias de hematomas arroxeados. Ele gargalhou rouco e bizarro, rasgando a carne diante de si com suas unhas finas. Gritou, produzindo um som horripilante, enquanto suas mãos cobriam suas próprias orelhas que pareciam estar atordoadas. A respiração desregulada e a excitação descabível, ele mordeu seus próprios lábios. Mirou a faca ao seu lado e a pegou em seguida, deslizou a língua sobre a lâmina afiada e brilhante. Espalhou o toque de seus dedos sobre o corpo estatístico e depois o banhou com o líquido viscoso de sua saliva ácida, ao passar sua língua pelo tronco nú e desprovido de reação. Sem remorso algum, o golpeou, abrindo como a um animal em um abatedouro.

O odor fétido tomou conta do ar, o cheiro da morte era apenas uma diversão macabra para Woobin. Não existia bondade em seu ser quebrado, o mal havia abraçado aquela alma, trazendo-a para o paraíso sombrio do abismo.

Park permanecia petrificado, nem mesmo notou a urina vazar sob suas roupas. Sua mente borbulhou, o próximo seria ele, seu estômago estava enjoado e seu corpo fraco, ainda pela droga. Por causa de seu estado estático, ele mal notou um homem se aproximando e, apenas sentiu sua boca ser tampada, estrangulando seu grito assustado. O homem o arrastou daquele lugar e o encaminhou até um cômodo próximo, arremessando o menor dentro da sala mal iluminada.

Jimin subiu seus olhos até o homem, era seu pai.

- Você...- Foi a única coisa que o menor conseguiu dizer ao ver a imagem de Kwan.

- Menino tolo, você nunca deixará de ser pisado, não consegue reagir nem mesmo raciocinar... sua bondade e amor fala mais alto. - O homem cuspiu frio.

- Eu prefiro morrer com bondade do que viver com maldade. Você nunca foi meu pai, nunca me amou, você me amaldiçoou a viver essa vida humilhante. Você e Woobin não são dignos de serem chamados de seres humanos. - Jimin levantou-se do chão, mirando o homem à sua frente.

- Já não sou um ser humano, desde que sua mãe se foi... por sua causa, garoto imundo. - Kwan gritou.

- Ela se foi, mas eu sou sua segunda vida. Eu quis te amar pai, te perdoar, mas você é desprezível e doente. Eu sou tolo e nunca deveria ter te chamado de pai, mas tudo que o ser humano quer é amor e, eu era apenas uma criança ferida e não entendia, mas hoje eu entendo. A sua culpa não vai mais me ferir, você é o único dono dela e eu não matei minha mãe, você a matou.

- Cala a boca maldito. - O homem berrou, cerrando os pulsos.

- Eu não a matei quando nasci, você a matou quando me implantou em seu ventre, somos dois assassinos paizinho. - Jimin gargalhou dolorosamente em meio às lágrimas.

- Você é o único culpado. - Kwan ditou.

- Eu não pedi para vir ao mundo, você sabia que ela não poderia ter filhos, mas mesmo assim você a engravidou. - Jimin soube disso em sua adolescência, mas guardou tudo aquilo consigo até aquele momento.

- Ela parou de tomar os remédios sem me consultar, não tinha como eu saber, eu a amava. - O homem fungou segurando seu peito, que queimava pela dor das lembranças implantadas em seu ser.

- Nós dois morreremos como assassinos, Park Kwan. - Jimin limpou suas lágrimas, não carregaria mais aquele fardo sozinho.

- Eu não a matei! - Kwan gritou descontrolado partindo para cima do menor, o segurando pelo pescoço e o asfixiando, enquanto Jimin apenas sorria amargurado. Havia acertado uma flechada na alma daquele homem, que nunca devia ter chamado de pai.

Park nem ao menos tentou lutar para tirar as mãos de Kwan de seu pescoço, ele apenas aceitou, não tinha porque continuar a viver naquele martírio. Preferia morrer e acabar com toda sua dor do que deixar que Woobin usasse seu corpo, pelo menos assim não sentiria coisa alguma. O oxigênio começou a faltar e, o menino começou a sentir sua vida se esvair de sua estrutura física, enquanto lágrimas finas escorriam por seu rosto.

Kwan apertou sem piedade, deveria ter acabado com aquela vida assim que ela nasceu. Jimin não merecia viver, por isso, o homem apertou mais as mãos em volta daquele pescoço, usando suas forças quase esgotadas pelas drogas.

O homem sentiu algo duro acertando sua cabeça e não teve tempo de reação, apagando logo em seguida, ao mesmo tempo que Jimin caía sobre o chão quase desacordado.

Mãos seguraram seu corpo, erguendo-o em seus braços, por um momento ele quis que fosse Jungkook, ali, lhe salvando, tirando toda a sua dor, com sua proteção e segurança. Ele não devia desejar seu irmão assim, entretanto, ele era pecador e desejava aquele homem perfeito e irrevogável, com toda sua alma. Jimin sorriu em meio ao caos de sua mente adormecida.

Park, já havia perdido as contas de quantas vezes desmaiou e acordou, já não sabia as horas e não tinha alguma noção de dias e ou datas. A casa que estavam, parecia um enorme galpão sombrio. O loiro acordou em um novo cômodo, estava amarrado novamente com cordas resistentes e que deixavam seu pulso entorpecido pela dor excessiva do objeto apertado.

- Você acordou meu amor, agora podemos dar início ao nosso show. - Woobin acendeu uma luz sobre Kwan, o homem estava amarrado assim como Jimin. Woobin deu um forte tapa em seu rosto. - Acorde. - Kwan murmurou algumas palavras desconexas, antes de abrir suas pálpebras pesadas. O sangue em sua cabeça já estava seco e o efeito da droga que o entorpecia, já havia sumido de suas veias.

- Velho nojento, como ousa encostar no que é meu. - Woobin socou seu rosto arrancando-lhe sangue fresco de seu nariz e um gemido arrastado de dor.

- Não, por favor pare. - Jimin gritou agoniado, mesmo que aquele homem não fosse digno de ser chamado de pai. Ainda sim, seria um ser humano, enquanto sangue corresse em suas veias.

- Você ainda tem piedade, depois de tudo que ele fez com você, Jimin... ele não te ama. - Woobin gritou enquanto caminhava de um lado para o outro, cessando seus passos em seguida, dando mais um soco em Kwan.

- Nãooooo... eu sei que ele não me ama, mas não faça isso. - O menor soluçou com lágrimas banhando todo seu rosto, se remexendo a todo momento, tentando escapar do aperto da corda presa em seus pulsos.

O sangue escorria abundante dos cortes que haviam sido feitos por Woobin, Kwan respirava ofegante, sentindo a dor aguda lhe alcançar.

- Filho me ajude...- Kwan sussurrou fraco.

Woobin gargalhou sádico, enquanto posicionava o soco inglês em seus dedos.

- Velho maldito.... ele clama seu nome, apenas quando está em apuros. - Woobin segurou-o pelos cabelos, o obrigando a fixar suas orbes em Jimin. - Implore para seu filho.- Ele reforçou o aperto em seus fios, cravando suas unhas no couro cabeludo, arrancando um grito de dor do homem.

- Por favor Jimin, salve-me. - Kwan clamou com a voz trêmula, exalando desespero em suas orbes opacas pelo medo.

- Eu faço o que você quiser, mas deixe ele ir. - Jimin vociferou aflito.

- Você é um fraco Jimin. - Woobin disse calmo, soltando Kwan, caminhando até posicionar-se frente ao seu corpo. - Mas eu não sou.

Woobin socou o homem repetidas vezes, batia sem compaixão alguma, enquanto ao fundo Jimin gritava sem parar e pedia para que ele parasse, mas ele ao menos escutava. Estava cego e surdo pelo prazer, nostálgico pelo sentimento antigo. Sua respiração ofegante, a euforia lhe surrando forte, enquanto a emoção o tomava por inteiro. O sangue de Kwan escorrendo, fazia suas orbes ganharem um brilho inexplicável e medonho. Ele estava matando sua sede, contudo ele não sentia ódio. Woobin sentia-se em êxtase e quase atingia um orgasmo ao cometer tais atrocidades. Sua ereção pulsava dentro de suas roupas e, ele só parou quando o homem estava quase morto e estirado sobre o chão e, acerca de seu corpo havia uma enorme quantidade de sangue, parte de seu rosto havia sido desconfigurada e só então, Woobin se agachou frente ao corpo, colocando seu dedo sobre o pescoço do homem desfalecido, sentindo sua pulsação.

- Ele ainda vive...- O homem mirou em Jimin.- Se você se comportar, vou deixá-lo vivo, caso contrário eu o matarei agora, cortarei seu corpo em pedaços e darei de presente aos cachorros. Me diz Park Jimin, posso te soltar?-

Jimin estava fraco, apavorado com a cena de seu pai agonizando de dor, mesmo com toda a maldade feita contra ele, no fundo, ele ainda era seu pai e além de tudo, ainda um ser humano. O menor assentiu, ainda sofrendo pelos espasmos em seu corpo, já não havia mais nenhum líquido para sair de seus olhos e suas lágrimas o havia dissecado e já não existia emoção em seu semblante.

- Ótimo, meu amor. - Woobin dirigiu-se até o loiro, desfazendo os nós em seus pulsos. Jimin continuou imóvel e quando pôs se de pé, suas pernas bambearam quase o levando ao chão. Se não fosse pelos braços de Woobin, ele teria caído sobre o piso gelado, entretanto o homem o agarrou em seus braços, saindo com ele daquele cômodo, onde o odor ferruginoso do sangue estava cada vez mais insuportável.

Woobin cuidou de Jimin, banhando seu corpo, o alimentando e por último deitando-o sobre uma cama macia.

O menino ao menos disse algo, ou moveu-se, parecia apenas um boneco sem vida, com seus enormes olhos azuis, agora desfocados, presos em uma profunda agonia.

- Durma meu amor, irei cuidar de seu pai. - O homem beijou seus lábios, saindo do quarto logo em seguida.

Park não soube se dormiu ou se apenas continuou naquela bolha de martírio. Ele permaneceu estático por muito tempo, não havia nada mais para sentir, não havia esperança, não havia vida, apenas o casco de sua alma morta.

Woobin voltou horas depois, constatando que Park estava na mesma posição em que ele o deixou, com seus olhos vidrados no teto, observando o grande ventilador girando.

- Você já está acordado, meu menino?! - O homem afundou-se a seu lado e em suas mãos, havia novamente a caixa de veludo preta com sua antiga gargantilha.- Sente-se - Ele lhe pediu e Jimin se sentou, ainda sem olhá-lo. Woobin colocou a jóia em seu pescoço, o strass com seu nome cravado na peça era brilhante e reluzente e enchiam o olhar do homem de luxúria e satisfação. - Vamos tomar café da manhã, meu amor. - Ele levantou-se estendendo o braço para o menor, que atendeu imediatamente.

O café da manhã foi silencioso, já que Jimin nada falava e mal piscava. O menino agia como o robô que Woobin sempre quis, ele já havia se rendido e não possuía mais forças para lutar. Estava esgotado, se render era melhor opção.

- Posso ver meu pai, senhor? - Jimin perguntou para Woobin, ainda sem encará-lo, o homem sorriu satisfeito com sua obediência.

- Claro que sim, meu amor. - Ele segurou a mão do menor que estava sobre a mesa, lhe fazendo uma carícia.

Após o café, ele foi até o quarto onde seu pai se encontrava. O mesmo estava sobre uma cama com seu rosto todo desconfigurado e enfaixado, ainda permanecia imóvel e com sua face irreconhecível.

Park permanecia em silêncio, apenas observando a imagem de seu pai naquele estado, em toda sua vida nunca imaginou passar por aquele tipo de situação. Não que ele imaginasse ter uma vida digna de contos de fadas, ele apenas queria uma vida simples, mas que houvesse paz. Ele não era ambicioso, nunca desejou muitas quantias de dinheiro ou uma grande casa, o básico para si, era o grande conforto que ele tanto quis.

Jimin pôs se a pensar em todos momentos que ele teve com aqueles que chamou de família, era muito mais do que ele poderia merecer, sempre acreditou que a maldição que seu pai disparava contra si, iria acontecer, mas porque tão repulsivo? Se ele fosse lutar, seria por qual propósito? Se todos o queriam, ele devia ser valioso, mas qual o seu valor e qual o preço? Ele deveria pagar por todo esse prestígio que ele nunca quis ter?!

O menino passou a se questionar e contestar consigo, o seu próprio valor e para quem não tinha perspectiva de vida, aquilo já era um bom começo. Talvez a fé tivesse o atingido novamente, ele era valoroso, estava percebendo o seu preço e sua quantia significava liberdade.

Ele voltou para seu quarto e pôs se a pensar. Criando vários planos em sua mente, andando de um lado para o outro, roendo suas unhas. Ele estava ansioso, mas não devia demonstrar, teria que fingir ser o robô de sempre. Essa era a única forma de sair daquele lugar, com uma bela estratégia. Jimin não queria matar ninguém, nem ao menos usar sua força, mas se fosse preciso, esse seria o preço para sair dali. Ele queria fazer aquilo por ele, por sua mãe e seus amigos e, o melhor, por Jungkook.

Jimin passou a andar disfarçadamente por todo o lugar. Observando todas as partes e cômodos daquele enorme galpão, janelas e portas eram todas trancadas por cadeados resistentes e existiam cerca de cinco pessoas ali, além dele, seu pai e Woobin. O menino se atentou especificamente em um quarto onde o homem sempre entrava, parecia ser um porão, por onde eles entravam e saíam. Park tinha que agir rapidamente, ele não sabia quanto tempo mais, Woobin aguentaria sem o forçar a ter relações sexuais com ele. Eles já haviam dormido juntos, o homem já tinha lhe beijado e suas carícias aumentavam gradativamente. O pior de tudo, era ter que fingir gostar de todos aqueles toques repulsivos. Jimin teve que criar e usar uma enorme máscara e, ele se surpreendia a cada instante com sua força, era maior do que ele imaginava.

O loiro notou também que o lugar não tinha câmeras, por isso, ele pôde supor que Woobin não tinha o mesmo tanto de dinheiro como antes. Os homens que ali viviam, eram alguns de seus antigos seguranças, Park reconheceu alguns dos cinco cachorros adestrados, eles eram viciados em substâncias que Woobin criava. O lugar funcionava como uma fábrica de drogas e experimentos em humanos, vivos ou mortos. Jimin vivia constantemente vomitando ao ver cenas macabras como aquelas e, por incrível que pareça, aquilo foi lhe deixando mais forte a cada dia. Ele estava lutando, não só por ele, mas, por cada uma daquelas vítimas, que o louco guardava e usava como brinquedos sexuais ou até mesmo despedaçava seus corpos, apenas por uma diversão doentia.

O galpão estava isolado mata adentro e não havia nenhum barulho de carros ou de pessoas, mais um sinal que Jimin notou, juntando todas as peças do quebra cabeça. Lentamente sem levantar suspeitas, o menor passou a serrar um dos cadeados da janela de um dos cômodos do galpão, era o quarto que seu pai estava e, ele o cerrava com uma lâmina que tinha roubado, logo após ele a cobria com a cortina disposta sobre a janela.

Inconsistentemente Woobin lhe contou sobre os dias que ele já havia ficado ali, se passaram cinco dias naquele lugar angustiante, porém, parecia que existia mais tempo do que apenas cinco dias. Ele controlava sua euforia e ansiedade e, sempre se mantinha positivo, pois, maus pensamentos poderiam atrapalhar seu processo e ele não poderia falhar. Era apenas ele com ele mesmo, não era como se Jungkook fosse o salvar novamente. Jeon Jungkook, sempre que o menino pensava naquele nome, doía profundamente em seu âmago, seu coração despedaçava e lágrimas saiam sem permissão de seus olhos. O amor mais bonito que ele foi capaz de experienciar em sua vida, ele nunca o esqueceria, seja como amante ou como irmão, não havia arrependimentos em seu coração e ele faria tudo novamente. Cada toque e cada beijo, que o levaram até o paraíso.

Mais uma noite escura havia chegado, sexto dia naquele lugar. Eles já tinham se alimentado e Woobin sempre agia com Jimin, como se eles fossem casados e felizes, aquilo gerava repugno em Park. Ele pôde perceber também que o homem era carente de amor e sua carência era o seu grande mal, pois, ele usava aquele sentimento para fazer com que as pessoas o amassem de volta. Mesmo que elas não quisessem doar o amor de volta, contudo, era esse o tipo de amor que ele tinha aprendido a ter.

Jimin havia deitado em sua cama, enquanto Woobin terminava seu banho. Park presumia fugir no sétimo dia, não poderia ficar mais ali, as coisas com o homem estavam fugindo do controle e ele já não estava tão paciente como antes.

Woobin deitou ao seu lado, contornando seus braços no corpo de Jimin, posicionando sua cabeça contra o peito do loiro, sentindo as batidas ritmadas de seu coração.

- Eu gosto de ouvir seu coração.- O homem sorriu, alisando a pele macia e pálida pela falta de sol, ele passeava com os dedos por dentro de sua camisa, contornando sua barriga, criando desenhos imaginários em sua derme.

Jimin mal respirava, naquele momento agonizante.

- Sua pele é tão cheirosa e macia. - Woobin selou seu pescoço, inalando seu cheiro doce, enquanto sua destra descia lentamente para a parte íntima de Jimin, tocando naquela área sensível e ao mesmo tempo mordia seus próprios lábios.

Jimin apertou seus olhos, fechando-os fortemente, cerrando o punho para se controlar.

- A... acho que estamos indo rápido demais, senhor. - O homem apertou o membro por cima de sua box, gemendo lascivamente e, em seguida, deixando beijos por sua barriga.

- Pare... por favor - Park implorou, já com lágrimas formadas no canto de seus olhos.

Woobin não parou, ele subiu em cima do menor, imobilizando suas mãos com sua própria destra, acima de sua cabeça. Ele beijou seus lábios desesperadamente, Park não retribuía e apenas mantinha sua boca aberta, sentindo nojo de todos aqueles toques afoitos.

- Não estou pronto! - Ele gritou e saiu debaixo do homem, chegando até o outro lado da cama, abraçando seu próprio corpo.

Woobin o mirou com gana, se aproximando do menino calmamente, faminto por seu corpo.

- Eu quero agora e é uma ordem. - O homem tocou seus lábios, esfregando seu polegar ali.

Jimin negou com a cabeça, contudo o homem avançou sobre seu corpo, mas o loiro foi mais rápido desviando de seu ataque, saindo da cama e ficando de pé, ao lado do homem, o fitando com receio.

- Estou perdendo a paciência Jimin e eu tenho sido muito calmo com você. - Sua feição esbanjava fúria, as pupilas dilatadas e os dentes cerrados.

Ele caminhou até Jimin, que foi se afastando inconscientemente para trás. Ele o prensou sobre a parede lhe segurando pelo pescoço, levando seus lábios até sua clavícula, chupando sua pele macia, enquanto esfregava sua ereção pela superfície da roupa do menor.

Jimin se debatia, ao mesmo tempo que lágrimas grossas desciam de seus olhos.

- Eu prefiro assim meu amor, bruto e forte, não é excitante? - O homem sussurrou em seu ouvido, o lambendo em seguida.

Park conseguiu sair do aperto do outro, quando o homem afrouxou sua mão. Ele correu, abriu a porta e saiu em disparada pelo corredor. Correndo desesperado, afoito, ele já não tinha mais tempo. Por isso, entrou no quarto de seu pai, fechando a porta, posicionando a cadeira para travar a maçaneta da porta, pois, a mesma não possuía chaves.

Ele foi até a janela e arrancou o cadeado, usando sua força máxima, abriu a janela, mas quando colocou seu pé para fora, foi puxado de volta pelos cabelos. O homem havia quebrado a porta e entrado.

- Você gosta assim, não é?! - Ele o jogou sobre a mesa no canto do quarto, ainda o segurando pelos cabelos. Woobin passou a descer suas roupas, com brutalidade. - Assim é mais emocionante, meu amor, porque não disse antes que gostava desta forma. - Ele começou a descer sua própria roupa, enquanto Park sentia a dor em seu couro cabeludo e soluçava incessantemente .

Um barulho atordoante ecoou no cômodo, acertando Woobin, fazendo Jimin se livrar do aperto em seus fios, ele girou sua cabeça para trás e constatou que Woobin havia sido atingido por Kwan com um pedaço da cadeira.

- Pai... - Jimin fungou.

- Fuja...- Kwan emitiu com sua voz fraca.

- Obrigado por me ajudar. - Jimin levantou suas roupas e correu novamente até a janela, mas antes do menino conseguir saltar, ouviu um ruído estrondoso. Jimin olhou para trás atordoado com o barulho.

Kwan estava caído sobre o chão.

Woobin estava atrás dele com uma arma em mãos, ele havia atirado.

- Pai?! - Jimin gritou desolado, correndo até seu progenitor, ajoelhando ao seu lado e segurando o rosto ainda desfigurado em suas mãos.

O sangue escorrendo abundante de seu peito e de sua boca, enquanto ele tossia, engasgando com o líquido vermelho viscoso. Ele lutava para a voz sair de sua garganta dolorida, ele não podia ir sem antes dizer a verdade.

- Ele não é seu irmão...- Kwan conseguiu balbuciar rouco e sussurrado, logo após, fechou seus olhos, morrendo nos braços de seu filho.

Jimin chorou lamentoso, com Kwan ainda em seus braços. Aquele foi o seu adeus mais verdadeiro e, o menino pôde sentir em seu coração.

- Isso é sua culpa Jimin, você me obriga a fazer isso, eu não queria, eu só queria o que é meu por direito. - Woobin disse com um falso semblante de consternação em sua face.

- Você é o ser humano mais nojento e desprezível que eu já conheci. Você coloca a culpa de seus atos nocivos em outras pessoas, você é um doente. - Park berrou, limpando suas lágrimas, não derramaria mais nenhuma gota do líquido precioso. Naquele momento, era somente ele e Woobin e, apenas um sairia vivo dali.

- Você é desprezível assim como eu, por isso te amo! Você não teve amor assim como eu, você só tem a mim, Jimin. - Ele sorriu sadicamente.

- Prefiro morrer a ter que ficar com você. - Jimin levantou-se, ficando frente a frente com Woobin.

- Então, atire... agora... atire em mim... - Ele abriu os braços, expondo seu peito. - Você é tão corajoso meu amor, mas eu preciso de você vivo, nem que eu precise te drogar para sempre ou fazer uma lobotomia em você. - Ele estendeu uma pequena lâmina e sorriu, indo até o menor.

Jimin se preparou e quando o homem chegou até ele, eles entraram em uma luta corporal constante. O loiro segurou a mão do homem que levava a lâmina até seus olhos. Ele usava toda a força que tinha contra Woobin.

O homem o arremessou sobre a parede, o prensado em seguida. Jimin resistia bravamente, afastando sua destra de seu rosto.

- Até que para um ser angelical, você é forte, Jimin.- Woobin debochou, rindo em escárnio.

Park conseguiu chutar sua parte íntima, se livrando de seu aperto e ele gritou, pela dor excessiva naquela região sensível. Jimin tentou correr, mas o homem o jogou em cima da cama gritando compulsivamente, ainda com a lâmina em mãos.

- Excitante não acha. - Woobin zombou.

Jimin cuspiu em seu rosto, acertando em seus olhos, o empurrando com os pés em seguida. O menino se levantou rapidamente e pegou a arma esquecida sobre o chão, mirando em Woobin.

- Wow! Você não seria capaz! Você não tem ninguém, é apenas um miserável como eu. - O homem declamou, elevando suas mãos para cima, como se estivesse se rendendo.

- Eu nunca fui e nunca serei como você. - Park sentia nojo e repulsa daquele homem, doía saber todas as coisas ruins que ele havia feito com pessoas inocentes e, ele pagaria por tudo isso e seria pelas suas mãos.

- Então me mate Jimin, atire, vamos, se for para morrer, eu morrerei feliz pelas mãos do meu amado menino... - Woobin disse convicto de suas palavras, ele não acreditava que Jimin teria aquela coragem toda e que iria atirar nele, pois, em sua mente doentia, seu menino não tinha ninguém mais e, assim como ele, o loiro precisava dele, tanto quanto a si próprio.

Park mirou e atirou em sua coxa direita.

- Isso é por Yoongi! - Espanto tomou conta do homem e ele não teve tempo de reação.

Park engatilhou a arma e novamente atirou, agora, em sua coxa esquerda.

- E isso é por Hoseok!

Jimin não teve compaixão ou piedade naquele momento. Um dia da caça e outro do caçador, Se alguém merecia viver, esse alguém era Park Jimin, ele mesmo.

Woobin gritou pela queimação do chumbo quente em contato com sua carne. A dor era aguda e dilacerante, ele caiu de joelhos sobre o chão, estancando o sangue das feridas com suas mãos.

O sapato de couro ecoava sobre o assoalho de madeira, rangendo duro e com passos que se aproximavam devagar adentrando por aquela porta destruída. Jimin se preparava para acertar um dos cachorros de Woobin, e se posicionou esperando por outro combate que entraria por aquele quarto mal iluminado e ensanguentado.

Jimin ouviu palmas ecoarem no cômodo o fazendo mirar para a origem do barulho, girando sua cabeça para trás e procurando de onde vinha o fragor de mãos se chocando, gerando o ruído seco. O cheiro era característico e ele jamais poderia esquecer. Seus olhos azuis, esbarraram na estrutura física intacta do homem mais bonito que ele já pôde depositar seus lumes. Seu coração pulsava forte, quase saltando de sua caixa torácica, suas mãos tremularam, fazendo a arma, agora pesada, cair de seus dedos ensanguentados com o DNA já seco de seu progenitor. O ar lhe faltou, e sua garganta secou, ocasionando um imenso tremor em suas pernas e ele quase foi ao chão, se não fosse por aquelas mãos.

As mãos cálidas e seguras, que envolviam seu corpo e alma.

- Ei...calma Angel! - Sua voz perfeitamente rouca e grossa ecoou em sua audição, como a melodia mais bonita já escutada por ele em toda sua vida. - Está machucado em algum lugar?

Jimin negou com lágrimas lavando seu rosto, então, ele levou seus dedos até o rosto bem composto, tocando-o docemente. Como se estivesse tentando comprovar que aquele momento não era apenas um sonho divino de sua mente enlouquecida...

Jungkook selou seus dedos, sorrindo gracioso para seu menino.

- Eu nunca te deixaria. - Diante daquele sentimento tão puro e verdadeiro, Jungkook selou os lábios de seu amor. Não havia urgência naquele simples encostar de lábios, eles apenas sentiam a emoção daquela ligação tomando conta deles vigorosamente.

- Não é possível... você está morto... - Woobin estava consternado e infeliz. Ele passou suas mãos vermelhas de sangue por seus fios. O olhar cravado no chão, ele não conseguia entender, Jungkook estava morto.

Jungkook soltou Jimin com todo o cuidado, caminhando até Woobin, parando de frente ao homem prostrado ao chão.

- Eu te mostro uma pequena fraqueza minha, então, eu mesmo a uso para virar o jogo contra você. Funciona bem... em um mundo onde qualquer coisa depende de poder e dinheiro, não é mesmo meu caro? Você vê como sua loucura te levou a essa merda?! - Jeon dizia calmo e sereno, queimando-o com suas orbes negras e intensas.

Jungkook o pegou pelos cabelos.

- Foi assim que você o tocou? - Ele o arrastou até a mesma mesa, posicionada no canto da parede, deixando-o ali, posicionado de quatro, enquanto o homem soluçava pela dor em suas feridas.

- Seu maldito, você nunca será feliz. - Woobin cuspiu em seu último fio de coragem.

- E você também fez isso?! - Jungkook desceu suas roupas o deixando nú e exposto.

Então ele alisou com sua arma, a pele pálida de Woobin, enquanto ainda o segurava pelos cabelos.

- Você quer dizer suas últimas palavras?- Jeon perguntou pacientemente.

- Eu te amaldiçoou...- O tatuado o sacudiu sobre a mesa, rindo em escárnio da sua coragem. - Jimin eu te amo. -

Jungkook abriu as bandas de suas nádegas, enfiando o cano grosso por sua entrada. Woobin gritou esganiçado com lágrimas escorrendo de seus olhos, a dor da queimação do objeto duro e seco em sua carne, o fazia gemer com a ardência descomunal.

- Você devia ter pelo menos se lembrado... eu te disse para não tocar no meu homem!

Jeon olhou para Jimin uma última vez e em seguida atirou sem piedade, fazendo o loiro apertar os olhos fortemente, ele não queria ver tal cena.

O barulho foi abafado pelo cano enterrado na entrada de Woobin, fazendo o chumbo quente passar por seus órgãos internos, explodindo cada um deles com uma rapidez absurda.

Jungkook soltou a arma e aquele corpo já sem vida que, foi imediatamente de encontro ao assoalho do chão bem lustrado.

- Perdi mais uma arma preferida. - O tatuado disse indignado, limpando as gotas de sangue de seu terno social.

Ele foi até Jimin, trazendo-o até seu colo, apertando o corpo pequeno ao redor do seu, lhe passando seu intenso conforto e segurança, selando aqueles fios loiros tão perfeitos e luminosos.

- Você foi corajoso Angel!


Hello my babys como vocês estão depois desse capítulo? Confesso que chorei. 😭

Eu fiz uma enquete no grupo da fanfic de O agiota no WhatsApp, a pergunta foi: Se queriam que eu fizesse um capítulo contando a história de vida de Woobin, e todos disseram sim, então o próximo capítulo será sobre isso.

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