Paixão em Jogo (Livro...

By rrbeatrice

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PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS! Livro cinco da Série da Paixão. More

Sinopse
Prólogo
Cap. 1 - O jogador
Cap. 2 - A aposta
Cap. 3 - O primeiro passo
Cap. 4 - As jogadas de um jogador
Recados
Cap. 5 - Abuso
Cap. 6 - Apenas amigos
Cap. 7 - O jantar
Cap. 9 - Nate
Cap. 10 - A virada
Cap. 11 - Encontros e reencontros
Cap. 12 - Te amo
Cap. 13 - Te amo mais
Cap. 14 - Super Bowl
Cap. 15 - Fotos
Cap. 16 - A primeira vez
BÔNUS
Cap. 17 - O começo do fim
Cap. 18 - Um ombro amigo
Cap. 19 - Ordem de restrição
Cap. 20 - Desastre estampado no jornal.
Recado importante
Cap. 21 - Correndo contra o tempo
Cap. 22 - Indo para casa
Cap. 23 - A queda
Cap. 24 - Perdão
Cap. 25 - Festa de aniversário
Cap. 26 - Beijo
Cap. 27 - Quero você de volta
Epílogo
Agradecimentos
Playlist

Cap. 8 - Ano Novo

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By rrbeatrice

OPERAÇÃO PEGA FEIOSA

Elliot Manning diz: Jantar na casa dos pais dela? Você sabe que tem que foder ela e não virar amiguinho da família, não é?

John Jerry diz: Você está indo muito devagar, Price! Não rolou nenhum beijinho ainda?

Elliot Manning diz: Verdade! Se fosse eu, já tinha comido a feiosa e ganhado essa aposta. Estava pensando que tinha te dado tempo demais, mas agora me pergunto se você vai mesmo conseguir leva- la para cama.


ELLA

- Muito obrigado pela hospitalidade, Sr. e Sra. Henderson. - Vince diz apertando as mãos dos meus pais.

- Foi um prazer. - Mamãe diz e papai assente como se concordando, mas eu sei que eles só estão sendo educados.

- Bom...adeus. - Vince diz perceptivelmente intimidado pelas duas figuras a sua frente. Vou ter que conversar com papai e mamãe sobre isso depois. Eles deveriam ter se esforçado mais para tratar bem meu convidado, mesmo que eles não gostem muito dele.

- Eu te acompanho até a porta. - Digo para Vince e nós dois seguimos em silêncio até seu carro estacionado em frente à casa.

Ele abre a porta do Audi e joga a bolsa lá dentro. Apoia-se no carro e esconde as mãos nos bolsos da calça jeans.

- Então, quando você vai voltar?

- Não sei ainda, eu tinha combinado de passar o ano novo com Chris, mas agora que brigamos, não acho que isso vá acontecer. Talvez eu fique por aqui até o recesso acabar.

- Se por um acaso você voltar para Nova York para o Ano Novo, me ligue.

- Tudo bem. - Concordo e cruzo os braços na frente do corpo. Ainda não consigo olha-lo nos olhos por muito tempo, não depois do que aconteceu entre nós ontem.

- Podíamos ir ver a bola cair na Times Square. Sei que você já deve ter visto muitas vezes, mas eu moro lá há pouco tempo, às vezes ainda me sinto um turista.

- Claro, se eu estiver por lá, te ligo. - Respondo.

Vince fica em silêncio e não faz menção de entrar no carro. Não queria que isso acontecesse, que essa tensão e esse clima estranho ficasse entre nós.

- Olha, Ella, sobre ontem... - Ele começa a dizer, mas o interrompo.

- Não, Vince, não diga nada. - Peço.

- Mas eu preciso dizer que...

- Aquilo foi um erro, eu já sei, não deveria ter acontecido. Por favor, não vamos mais falar sobre isso.

Vince acena em concordância, mas parece de certa forma frustrado.

- Obrigado por tudo, pequena. - Ele diz e quando faz menção de me dar um abraço, levo um pequeno susto e recuo.

Certo, como se ele fosse tentar te beijar de novo.

- Não posso mais te abraçar?

- Claro que pode, desculpa. - Digo e então nos abraçamos e merda, isso não deveria ser tão bom.

Sou eu a primeira a se afastar, talvez tenha sido rápido demais, mas não acho que seja uma boa ideia abraçar Vince quando ficar tão perto dele assim faz certas coisas comigo.

Nos despedimos e ele entra no seu carro, indo embora. Observo-o partir até que ele some no horizonte.

Entro em casa e decido ir falar imediatamente com meus pais sobre o tratamento deles com Vince. Subo até a suíte deles e bato na porta.

- Entre. - Mamãe grita.

- Oi, mamãe, posso entrar? - Pergunto abrindo um pouco a porta.

- Claro. - Ela responde e eu franzo a testa ao vê-la espalhando várias roupas na cama, ao lado de uma mala de viagem.

- Você e papai estão indo a algum lugar? - Pergunto.

- Seu pai e eu vamos passar o Ano Novo em Miami, fugir um pouco desse frio horrível.

- Sua mãe estava me enlouquecendo sobre tirar umas férias, mas não posso me afastar muito do trabalho. Alguns poucos dias na Flórida vão ter que servir.- Papai surge do banheiro e vai até mamãe, lhe dando um beijo rápido e carinhoso nos lábios.

- Mas, eu achei que vocês ficariam aqui, que passaríamos o Ano Novo juntos.

- Você não tinha planos de passar com o Chris, querida?

- Isso foi antes de brigarmos. - Digo me sentando em um canto da cama que mamãe não jogou suas roupas.

- Sinto muito em ouvir que vocês brigaram, querida. Richard e eu até a convidaríamos para ir conosco, mas queríamos que essa viagem fosse uma mini lua de mel, faz tanto tempo que não viajamos, não é querido?

- Sim, querida. - Papai concorda.

- Talvez você possa ir a algum lugar com as suas irmãs, hum?

- Talvez, vou falar com elas depois.

- Ótimo. - Mamãe dobra uma de suas camisas e guarda na mala.

- Ella...

- Sim, papai?

- Essa briga entre você e o Chris... - Papai começa e eu reviro os olhos. Já sei exatamente o que ele vai falar, então me adianto.

- Não acho que seja nada sério, pai. Nós vamos resolver isso.

Chris nunca escondeu a admiração que ele tem por meu pai, e depois que ele e eu começamos a namorar e papai conheceu Chris, essa admiração se tornou recíproca.

- Ele é um bom homem, filha, não deixe que aquele jogador atrapalhe tudo. Eu sei, eu sei, vocês são só amigos, entendi isso. Mas não é o que aquela matéria no jornal mostrava. Você sabe que Chris tem todo o direito de ficar chateado, se coloque no lugar dele e imagine o que ele está sentindo.

- Eu sei, papai. Eu sei que ele está certo em ficar bravo comigo, vou esperar ele voltar de Boston e vamos acertar tudo. Prometo.

- Ótimo, querida. - Papai se aproxima e me dá um beijo na testa. - Ah, essa conversa me fez lembrar que preciso falar com Chris o mais rápido possível.

- Sobre o que?

- Falei com os meus assessores e o pessoal do partido e já está decidido. Vamos lançar Chris como candidato na eleição desse ano, e ele terá meu total apoio.

- Sério? Ah papai, Chris vai ficar tão feliz ao saber disso. Obrigada. - Levanto-me e laço a sua cintura em um abraço.

- Não precisa agradecer, minha princesa.

- Bom, vou deixar vocês arrumarem as malas então. Não vão embora sem se despedir, hein.

- Claro que não, querida.

Assim que saio do quarto penso em ligar para Chris e lhe contar a novidade, mas penso melhor e decido contar pessoalmente, quando ele voltar para Manhattan.

Sigo então para o quarto de Emily, se tem alguém com quem você quer passar o final de ano, esse alguém com certeza é a minha irmã.

Mas assim que abro a porta do seu quarto minha animação vai embora pelo ralo e tenho uma sensação de dèjá vu*.

- Emily, o que você está fazendo?

- Arrumando minhas coisas.

- Isso eu já percebi, mas porque?

- Estou indo embora, maninha. - Ela responde e coloca mais uma peça de roupa em sua mochila cargo.

Fecho a porta e me apoio nela, cruzo os braços e lanço um olhar zangado em direção de Emily.

Ela para com o que está fazendo e me olha como se não estivesse fazendo nada demais.

- O que foi? - Ela pergunta.

- Mamãe sabe que você está partindo para mais uma das suas aventuras?

- Claro que não, ela só vai ficar sabendo quando eu já tiver ido. Como sempre.

- Emily... - Solto um suspiro cansado e esfrego a testa.

- Qual o problema agora, Ella? - Ela coloca as mãos na cintura e me olha irritada. Sou sempre eu aquela que pede que ela fique e sempre acabamos entrando em uma briga por causa disso.

- Não vai adiantar nada pedir que você fique, não é?

- Você me conhece bem demais, mana.

- Para onde você vai? - Pergunto.

- Só Deus sabe. - Ela responde rindo.

- Não tem graça, Emily. - Caminho até ela. - Você sabe como mamãe fica preocupada, como todos nós ficamos preocupados quando você faz isso de pegar uma mochila e simplesmente sumir do mapa. Por que você não consegue parar em um só lugar hein, irmã? - Seguro em seus ombros e faço com que olhe em meus olhos.

- Ella, nós já tivemos essa conversa mil vezes. Eu não nasci para ficar em um só lugar, para viver em uma casa bonitinha com um marido, filhos e um cachorro. Eu preciso da incerteza, da aventura, preciso conhecer pessoas e lugares novos para me sentir feliz, para me sentir viva. Porque é tão difícil entender isso?

- Não seria tão difícil se você não passasse meses viajando sem dar noticias para sua família. Como vamos saber se você está bem, se você está viva?

- Ah, por favor, não exagere. Eu sei me cuidar muito bem, já sou bem grandinha.

Olho bem no fundo dos seus olhos, sei que não há nada que eu possa fazer para impedi-la. Tentar prender Emily é um grande erro, ela é como um animal selvagem, precisa de liberdade ou definhará aos poucos.

- Tome cuidado, ok? - Peço.

- Sempre.

- E dessa vez, por favor, dê noticias mais frequentemente.

- Não vou prometer nada. - Ela diz e eu a puxo para um abraço.

- Ah Emily, você é única mesmo. Vou sentir muito a sua falta.

- Também vou, mana. - Ela diz e ficamos sabe se lá quanto tempo ali, em pé em seu quarto, abraçadas.

Depois de me despedir de Emily, sigo para o quarto de Rebecca.

Está muito mais difícil achar uma companhia para o Ano Novo do que eu havia imaginado.

Quando encontro com Rebecca, graças a Deus ela não está arrumando as malas para ir embora também. Mas infelizmente ela me diz que vai ter que trabalhar no laboratório esse fim de ano e não vai poder sair para comemorar.

Rebecca só trabalha, ela e Chris formariam um belo par. Minha irmã é jovem e linda e eu entendo que ela ame sua profissão e queira ser cada vez mais bem sucedida. Mas ela não sai, namora ou faz nada sociável. Só fica presa naquele laboratório.

Bom, só me sobrou uma irmã agora.

- Ah não, não acho uma boa ideia falar com Hilary. - Rebecca diz.

- Por quê?

- Você não está sabendo? A relação dela com o Andrew não está indo nada bem, eles têm brigado muito.

- Sério? Mas eles pareciam tão bem ontem no jantar.

- Claro que pareciam, Hilary conhece muito bem nossa mãe e não ousaria discutir ou parecer infeliz na frente dela.

- Ela te disse que tipo de problemas ela e Andrew estão enfrentando?

- Não, ela não quis entrar em detalhes.

- Espero que tudo se resolva entre eles. - Digo, me sentindo triste pela minha irmã.

- Eu sei, eu também. É por isso que eu disse aquilo, entende? Acho melhor deixar os dois um pouco sozinhos, quem sabe eles se acertam logo.

- Sim, claro, você tem razão.

- Sinto muito, mana. Você não vai passar o final de ano sozinha, não é? Porque vou me sentir mal se você for.- Rebecca pergunta e imediatamente as palavras de Vince ecoam em minha mente.

Se por um acaso você voltar para Nova York para o Ano Novo, me ligue.

- Não, não vou. - Respondo.

***

De volta a Nova York, liguei para Vince e perguntei se aquele convite para sairmos no Ano Novo ainda estava de pé, ele respondeu de forma animada me garantindo que sim, ainda estava de pé.

Então aqui estou. Calço minhas botas por cima de minha calça jeans, coloco um suéter bem quentinho - não vai ser nada fácil enfrentar o frio que está lá fora - e coloco meu trench coat preferido, aquele de lã azul marinho e que tem a cintura marcada.

Passo um pouco de maquiagem e perfume, coloco meu gorro cinza e luvas e verifico se tudo que eu preciso está na bolsa. Então sigo para o Madison Square Garden, aonde vou me encontrar com Vince para assistirmos ao show de uma banda que eu gosto muito, a OneRepublic.


Assim que chego ao MSG envio uma mensagem para Vince, não demora muito e o vejo vindo ao meu encontro.

Ele está com uma calça jeans preta, botas, um moletom cinza fechado e por cima uma jaqueta de couro preta. Seus cabelos estão bagunçados, mas de alguma forma acho que ele levou horas para deixa-los assim. E é claro, Vince está usando o seu melhor acessório, seu sorriso travesso.

- Olá, pequena. - Vince diz me puxando para um rápido abraço e um beijo na bochecha.

- Oi.

- Então, vamos entrar? - Ele pergunta.

- Já podemos?

- Claro, eu tenho ingressos especiais, podemos entrar antes de todos e ficar lá na frente.

- Legal! - Digo animada, dando um pulinho para comemorar.

- Você gosta mesmo dessa banda, não é?

- Sim, adoro. - Respondo.

- Que sorte então que eles aceitaram fazer esse show. Vamos nos divertir muito hoje a noite. Venha, pequena. - Vince diz e passa o braço por meus ombros, me puxando para perto do seu corpo.

Entramos antes que o resto do público, junto com mais algumas pessoas que tinham o mesmo tipo de ingresso do nosso.

Garantimos nosso lugar bem perto do palco e então esperamos o show começar.

Não demorou mais do que duas horas, e nesse tempo, Vince e eu começamos a conversar. No começo ainda me senti incomodada, não sabia direito para onde olhar, o que fazer com as mãos. Só conseguia pensar no nosso beijo.

Foi estranho, mas logo acabei relaxando e conversamos como sempre fizemos antes. À vontade.

O lugar foi se enchendo rapidamente e antes que eu percebesse as luzes se apagaram, e a multidão de milhares de pessoas começou a gritar histericamente. Eu inclusive.

Quando vi o Ryan Tedder parando bem na minha frente e se preparando para começar a primeira música, surtei. Nem liguei que Vince estava ao meu lado e me viu agindo como uma maluca, gritei, aplaudi e balancei os braços loucamente.

Mas eu surtei mesmo quando vi o Zack Filkins. O homem que já esteve em algumas das minhas fantasias. Ou talvez, em muitas.

A primeira música foi Everybody Loves Me e eu até me arrepiei ao ouvir todas aquelas pessoas cantando juntas, como se fossem uma só grande voz.

Eles tocaram todas as minhas preferidas; Secrets, All The Right Moves, Apologize, Marching On e muitas outras.

Teve um momento, na metade do show, quando a empolgação de algumas pessoas foi demais e um cara acabou me dando uma cotovelada bem forte, que Vince quase arrumou confusão com ele. O pobre coitado ficou apavorado quando Vince quis partir para cima dele e me pediu desculpas, dizendo que foi sem querer. Depois disso Vince saiu do meu lado e ficou atrás de mim, seus braços o tempo todo me protegendo.

Depois de cantar Stop and Stare, Ryan abaixa-se no canto do palco e pega sua garrafa d'água, bebendo um generoso gole e depois a colocando no lugar. Ele então se aproxima do microfone e diz:

- Dedico essa música a todos os casais apaixonados que estão aqui essa noite.

Então as luzes se apagam, as pessoas enchem o ambiente com seus gritos e depois se silenciam. As primeiras notas começam e eu reconheço a melodia, a música se chama All This Time e fala sobre duas pessoas que estavam esperando uma pela outra por um tempo, um tempo que não poderia ser desperdiçado com outras pessoas porque eles eram o amor verdadeiro um do outro.

Uma única luz se acende no palco, em cima de Ryan que está sentando de frente a um piano preto e toca perfeitamente as notas lentas e românticas.

Então ele começa a cantar.

Six on the second hand

Seis na segunda mão

Two new years resolution

Duas resoluções de ano novo

And there's just no question

E não há perguntas

What this man should do

O que este homem deveria fazer

Take all the time lost

Pegar todo o tempo perdido

All the days that I cost

Todos os dias que eu custo

Take what I took and

Pegar o que eu peguei, e

Give it back to you

Devolver para você

All this time

Todo esse tempo

We were waiting for each other

Estávamos esperando um pelo outro

All this time

Todo esse tempo

I was waiting for you

Eu estava esperando por você

Minha atenção que até agora estava volta para o palco, para Ryan tocando piano, para a música, agora se volta para o fato que Vince, que ainda esta atrás de mim, gruda seu corpo ao meu. Seus braços não estão mais apenas me protegendo, estão me abraçando.

We got all the words

Nós temos todas as palavras

Can't waste them on another

Não podemos desperdiça-las com outros

So I'm straight in a straight line

Então eu estou direto em uma linha reta

running back to you...

correndo de volta para você...

Não consigo mais prestar atenção na música, fecho os olhos e tento me concentrar, tento fazer com que meu coração traiçoeiro volte ao seu ritmo normal.

O corpo de Vince está completamente junto do meu, seus braços estão apertados em minha cintura.

Quando o sinto apoiando a cabeça em meu ombro e sua respiração tão perto do meu pescoço que me provoca arrepios, acredito que possa surtar a qualquer momento.

Minha respiração não é mais regular, não consigo me importar ou tomar consciência da banda no palco ou das milhares de pessoas a nossa volta. Tudo o que eu sinto é o calor de Vince, seus braços fortes, seu corpo junto ao meu e o quanto eu gosto dessa sensação é extremamente assustador.

É simplesmente bom demais.

Sinto Vince roçando seu nariz por toda a extensão do meu pescoço e então um beijo suave e doce embaixo de minha orelha. E outro, onde meu coração pulsa. E outro, em minha bochecha.

Solto um suspiro e coloco minhas mãos sobre as deles, e de alguma forma, nossos dedos acabam entrelaçados.

Levanto a cabeça para o lado e nossos olhares se encontram. O ambiente é escuro, mal conseguimos nos ver, o que só faz com que o momento me deixe com essa sensação estranha de ser mágico, único.

All this time

Todo esse tempo

We were waiting for each other

Estávamos esperando um pelo outro

All this time

Todo esse tempo

I was waiting for you

Eu estava esperando por você

We got all the words

Nós temos todas as palavras

Can't waste them on another

Não podemos desperdiça-las com outros

So I'm straight in a straight line

Então eu estou direto em uma linha reta

running back to you

correndo de volta para você.

Vince aproxima o rosto, seu nariz encosta no meu, seus braços me prendem com mais força, sua boca está tão perigosamente perto da minha.

Lembro-me de como é ser beijada por ele, lembro-me daquela noite quando estávamos sozinhos em meu antigo quarto, quando ele me puxou para seus braços e me beijou com tanto desespero e vontade que meus joelhos enfraqueceram.

Lembro-me também do quão mal me senti depois, por ter cedido e por ter gostado.

Se eu quero desesperadamente que Vince me beije nesse exato momento? Sim!

Se eu devo ignorar o que é certo e ceder a minha vontade? Não!

Se vou ter forças o suficiente para impedi-lo? Vamos ver.

Seguro firme suas mãos e as empurro para longe do meu corpo, no mesmo momento em que viro o rosto para frente e afasto meu corpo do seu.

Vince não reage a minha recusa, pelo menos não de modo que eu possa notar. A música acaba e eu aplaudo, tentando esquecer o que quase acabou de acontecer.

Com o canto do olho vejo que Vince reaparece ao meu lado, ainda perto, ainda com uma postura protetora, mas de alguma forma mais distante.

***

- Nossa, faz tanto tempo que eu não ando de metro. - Digo.

- Poderíamos ir de carro, se as ruas não estivessem fechadas.

- Ah, não estou reclamando, na verdade eu meio que gosto. - Digo e Vince me encara como se eu fosse maluca, e talvez seja, afinal acabei de admitir que gosto de andar no transporte público de Nova York.

Depois que o show acabou fomos pegar o metro lotado - ainda bem que ninguém nos reconheceu - até que foi engraçado ver Vince cobrindo a cabeça com o capuz e agindo como se fosse um criminoso fugindo da policia, escondendo o rosto e encarando o chão sujo do vagão. Também tomei cuidado, estava com o meu gorro e não encarei ninguém nos olhos.

Foi divertido e excitante, me deu uma certa sensação de estar fazendo algo de errado, como se realmente fossemos criminosos e estivéssemos no meio de uma fuga.

Havia se passado um pouco mais de dez minutos quando chegamos a Times Square, as ruas e as calçadas estavam lotadas de pessoas, pais carregando seus filhos nos ombros, jovens bebendo e casais de idosos animados.

Não conseguimos ficar tão perto quanto gostaríamos, a quantidade de pessoas era impressionante, ouvi uma senhora comentando que havia umas 100 mil pessoas esse ano. Todas aguardando na expectativa para que um ano novo cheio de promessas chegasse.

Mas fiquei feliz que estávamos perto o suficiente para vermos o telão e a bola em cima do mastro, pronta para a sua decida. Não por mim, eu já havia visto o espetáculo inúmeras vezes em todos esses anos que eu moro em Nova York, mas sim por Vince.

Não sei, mas tenho a impressão que ele passou as duas viradas de ano desde que ele se mudou para cá do mesmo jeito que passou os Natais. Sozinho em seu apartamento. Ou talvez ele tenha saído com os amigos, é mais provável, mas de qualquer forma, hoje a noite está sendo algo inédito e espero, inesquecível para ele.

Enquanto esperávamos chegar a meia noite, tentei esquecer o nosso momento no show e conversar normalmente.

Essa noite estava se mostrando cheia de momentos constrangedores em que eu não sabia o que falar ou como agir perto de Vince.

Era óbvio que aconteceu algo, que rolou um clima entre nós, mas isso não quer dizer nada.

Vince é lindo demais e é um cara tão legal, sem falar que é muito talentoso e famoso, deve ter centenas de mulheres lindas e maravilhosas que fariam praticamente qualquer coisa para ficar com ele, nem que fosse pelo menos uma noite.

Depois do que Emily disse no jantar, eu pesquisei um pouco na internet sobre Vince - o que até agora eu não tinha feito - e vi que ela e Chris tinham razão. Tem muito conteúdo por lá que mostra que eu claramente tenho razão, muitas mulheres caem aos pés de Vince, e segundo as matérias e fotos que eu vi, ele se aproveita disso.

Tentei não me sentir decepcionada ao ver aquilo, afinal Vince é jovem, lindo e solteiro, ele pode muito bem fazer o que quiser com a sua vida.

E pensando em todas aquelas fotos dele com várias mulheres diferentes em várias festas e eventos, eu percebo que eu nunca teria a menor chance. Não importa o que ele tenha dito para Chris na noite em que se conheceram, não importa que ele tenha me beijado naquela noite e quase tenha feito de novo hoje. Eu não sou o tipo de mulher com quem Vincent Price costuma sair.

E é claro, no meio de tudo isso existe Chris. Meu namorado. Foi tão injusto com ele aquele beijo.

Não interessa nada do que aconteceu entre Vince e eu, o fato é que nos somos amigos e é isso que vamos ser sempre. Só amigos.

Devido ao meu desconforto em conversar com Vince depois do que aconteceu hoje, procuro por um assunto onde ambos nos sentiríamos confortável. Então começo a falar das crianças do abrigo.

Vince me perguntou quando eu planejo fazer uma visita de novo e acabamos nossa conversa combinando de irmos juntos lá nos próximos dias.

Quanto mais o relógio se aproximava da meia noite, mais a expectativa crescia a nossa volta. A animação, o clima de festa e energia no ar eram palpáveis.

E então chega a hora. É agora. O telão mostra a contagem regressiva, falta um minuto e a bola começa a fazer a sua descida lenta, brilhando com diversas cores diferentes.

Todos encaram os números gigantes com olhos vidrados, quando faltam apenas 10 segundos as vozes se levantam e a contagem começa.

Olho para Vince e começamos a gritar no mesmo instante.

- 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1...feliz Ano Novo.

Os fogos estouram no céu, o vento gelado sopra em nossos rostos, milhares de pequenos pedaços de papeis coloridos começam a cair como se fossem neve e Vince e eu nos abraçamos.

- Feliz Ano Novo, pequena. - Ele diz encostando a boca em minha orelha.

- Feliz Ano Novo. - Repito.

A voz de Frank Sinatra começa a soar dos alto falantes, cantando a maravilhosa canção New York New York. Um amor extraordinário por essa cidade enche meu coração, sorrio extasiada pela sensação boa que sinto com toda essa festa.

Olho para as pessoas e elas estão se abraçando, desejando um feliz Ano Novo umas para as outras e os casais se beijam, como manda a tradição.

Viro-me para Vince e meu sorriso vacila um pouco ao ver o modo que ele está me olhando. É tão intenso, mas também um pouco hesitante, como se ele estivesse tomando uma decisão, ou talvez já a tenha tomado e esteja apenas criando coragem para fazer o que ele faz em seguida.

Quando ele faz o primeiro movimento em minha direção já sei o que está prestes a acontecer, mas ele é rápido demais para que eu consiga impedir.

Vince laça minha cintura e me puxa para junto de si, sua boca se fecha na minha.

Tentar resistir quando ele está perto demais é uma coisa, mas tentar resistir quando sua boca está na minha e quando sua língua cálida me acaricia com tanto desejo exige uma força e determinação que eu não possuo.

Laço seu pescoço e o envolvo com meus braços, puxando-o para mais perto. Retribuo e instigo, procuro e me entrego.

A sensação de beijar Vince é como a sensação que se tem em um dia de verão. Você sente calor e sente sede, mas a sede que ele provoca não é saciada por nada nesse mundo que não seja mais dele mesmo, estar em seus braços, sentir sua boca macia e que se encaixa perfeitamente.

Ah Deus, o que eu estou fazendo? O que está acontecendo comigo? Porque essas sensações tão fortes?

Deslizo as mãos até o peito dele e ele levanta as mãos até meu rosto. Uma me acaricia e a outra se embrenha por entre os fios dos meus cabelos. Ele os puxa e nesse momento algo extremamente perigoso nasce dentro de mim, fazendo com que um alarme soe em alto e bom som.

Ah, Vince, o que você está fazendo? Porque eu?

Isso, esse beijo, é algo errado, mas que sinto como se fosse certo.

Sinto-me sendo rasgada ao meio, dividida entre parar ou continuar, ficar ou correr.

Eu fico com correr.

Afasto-me abruptamente de Vince e corro para longe dele, me esquivando das pessoas e me infiltrando na multidão.

Ajeito meu gorro e caminho o mais rápido que posso em meio a tantas pessoas.

Corro desesperada como se estivesse sendo perseguida por um predador, em certo momento viro em uma rua para fugir da multidão, não paro de correr até virar em outra rua, agora vazia e mais silenciosa.

Encosto-me na parede de um prédio e tento recuperar o fôlego.

O que está acontecendo comigo?

A corrida me deixou quente demais, então tiro o gorro e guardo em minha bolsa e abro os botões do meu casaco.

- Ella? Droga! Ella cadê você? - Escuto a voz de Vince e seus passos escoando no asfalto, ele está fazendo o mesmo caminho que eu fiz e está perto de chegar à esquina e me ver parada aqui.

Não posso encara-lo, não agora. Começo a caminhar com pressa, mas eu deveria saber que não tem como eu fugir de novo.

- Ella! - Vince grita assim que vira na rua onde me encontro.

Paro, mas não me viro. Porque sinto que estou prestes a chorar? Talvez seja porque meus sentimentos e minha cabeça estejam uma confusão, uma bagunça que eu não faço a mínima ideia por onde começar a arrumar.

Vince me vira e me agarra pelos braços, me empurrando até a parede com certa violência.

- Nunca mais fuja de mim, Ella. - Ele grunhi.

- Então pare de fazer isso. - Digo, tremendo sobre suas mãos que me seguram fortemente.

- Isso o que? - Ele pergunta bravo.

- Me beijar. - Respondo com a voz fraca. Ele me olha por um momento sem dizer nada, sua expressão se suaviza e a raiva que brilhava em seus olhos verdes se dissipa.

- Não consigo. - Vince responde, agora com a voz mais baixa, mais resignada.

Ele afrouxa o aperto em meus braços e desliza uma de suas mãos até meu rosto. Seu polegar traça o contorno dos meus lábios com delicadeza.

- A única coisa ruim de beijar você, é que não consigo mais parar.

- Vince... - Sussurro seu nome.

Meu coração bate tão acelerado em meu peito, que cada batida dói.

Ele dá um passo para frente e junta seu corpo no meu, novamente.

Sua mão escorrega para dentro do casaco aberto, segurando minha cintura sem o tecido grosso da roupa entre nós.

Seus dedos levantam a barra do meu suéter e o vento gelado arrepia minha pele e contrasta com suas caricias quentes em minha pele nua.

- Eu sei que você quer ser beijada tanto quanto eu quero beija-la. Não fuja de mim, minha pequena. - Ele sussurra, seu hálito quente fazendo cócegas, sua boca separada da minha apenas por um suspiro.

- É errado... - Digo balançando a cabeça.

- Mas é fodidamente delicioso. - Ele diz e então me beija uma vez mais.

Agarro sua jaqueta com força, estou com raiva dele, mas só porque não consigo resistir.

Vince segura meu rosto com ambas as mãos e me beija com paixão, com um desejo até então desconhecido para mim.

Nunca fui beijada assim. Como se esse beijo, como se eu fosse tudo o que a outra pessoa precisasse.

Vince inclina minha cabeça, expondo meu pescoço, e o ataca.

Ele lambe toda a extensão de pele, da base até o lóbulo de minha orelha, e eu me agarro com mais força a ele.

Sua língua e seus dentes me provocam, ele os arrasta por minha pele e me morde.

Meu gemido ecoa pela rua deserta. Sinto algo poderoso demais, sinto que estou excitada em um nível que não estive nem em meus sonhos mais íntimos.

Vince me prensa na parede com mais insistência, ele espreme seu corpo contra o meu com força e eu arquejo ao sentir algo duro me pressionando na altura do quadril.

E é isso que me faz perceber o tamanho da burrada que estou cometendo. Me expor dessa maneira, me deixar entrar numa situação como essa, na rua e com um homem que não é meu namorado.

Burrice demais, Ella!

Empurro Vince com toda a força que me resta, ele dá alguns passos para trás, cambaleando desnorteado.

Encaro seus olhos, eles são selvagens, animalescos, cheios de uma luxúria que me assusta e me faz questionar que coisas ele seria capaz de fazer comigo, que sensações ele seria capaz de provocar em mim.

Meus olhos parecem atraídos para baixo, deslizo o olhar até a saliência evidente em seus jeans.

Ele está tão excitado quando eu, e se eu não parar isso aqui e agora, um desastre pode acontecer.

- Quero ir para casa. - Digo e não sei como consegui fazer minha voz soar forte. - Sozinha. Isso foi longe demais, Vince. Não sei o que você está querendo de mim, mas a única coisa que eu posso te oferecer é a minha amizade, e se isso não é o suficiente, não deveríamos nos falar mais. - Me afasto, determina a chegar à segurança do meu apartamento o mais rápido possível.

Ando com pressa e com um incomodo no meio das minhas pernas.

- Ella, espera! - Escuto os passos apressados de Vince e me viro com raiva.

- Vince, eu já disse...

- Eu sei, entendi. Sinto muito, mas não pude resistir, foi mais forte do que eu. Desde aquele primeiro beijo que eu não consigo mais ficar em paz, tudo o que eu penso é em te ter em meus braços e te beijar até sumirmos.

- Você não deveria pensar essas coisas, eu sou comprometida.

- É, com um cara que não está apaixonado por você. Você ao menos o ama? Ou só está com ele porque tem medo de ficar sozinha? - Ele diz e eu sinto uma picada em meu peito.

- Idiota! - Digo com raiva. Mas é raiva de mim mesma que eu disfarço como sendo raiva dele. Porque a verdade é que eu não amo Chris. Eu gosto muito dele, é verdade, talvez seja até paixão o que eu sinto, mas com certeza não é amor. E a verdade da minha relação com Chris é muito próxima ao que Vince acabou de dizer.

- Sinto muito, não quis dizer assim, não quis te ofender.

- É melhor eu ir embora.

- Por favor, não vá embora com raiva de mim. - Ele pede.

Solto um suspiro cansado e tento me acalmar e pensar com mais clareza.

- Não estou com raiva de você, só acho que essa conversa não vai levar a lugar algum, não agora pelo menos. É melhor eu ir embora.

- Tudo bem, mas me deixe te acompanhar, não quero que você ande por aí sozinha tão tarde da noite.

- Vince, é melhor não. - Digo.

- Vou ficar preocupado. Por favor, pequena.

- Eu vou ficar bem, prometo. Nos falamos depois, ok? - Digo e então me viro e caminho para longe.

Depois de andar dois quarteirões uma sensação de estar sendo seguida me faz parar e olhar para trás.

É Vince. Ele está longe o suficiente para que eu não consiga ver a expressão em seu rosto, mas perto caso eu precise de ajuda.

Viro-me para frente e recomeço minha caminhada, e por mais confusa e com raiva que eu esteja, não consigo evitar que um pequeno sorriso surja em meus lábios.

VINCE

Chego ao meu apartamento depois de acompanhar Ella até o seu, de longe é claro. Aquela mulher sabe ser teimosa.

O ambiente está quente e agradável graças ao sistema de aquecimento, então tiro minhas roupas e as deixo cair conforme faço meu caminho até o quarto.

Estou cansado, a noite foi longa. Jogo-me na cama macia e solto um gemido enquanto meus músculos cansados finalmente relaxam.

Repasso tudo o que aconteceu essa noite em minha mente.

Amanhã provavelmente os caras vão me perguntar como minha noite foi, já que eu contei para eles sobre o meu plano de passar o final de ano com Ella.

Não quero contar o que aconteceu, assim como não quis contar sobre o nosso beijo no Natal. Não quero dividir o momento, quero que ele seja só meu e de Ella. Não quero ter que aguentar eles fazendo piadas e brincadeiras com Ella, chamando-a de feiosa e dizendo o tamanho do sacrifício que eu tive que fazer para beija-la.

Porque a verdade é que não foi sacrifício nenhum.

Quando eu a beijei aquela noite no seu quarto, foi por causa da aposta, mas quando eu continuei a beijando, foi porque eu quis. E agora, tudo o que aconteceu hoje, os beijos, as caricias, foram por que eu quis também.

Nunca imaginei que beijar Ella pudesse ser tão...tão...tão...droga,o que eu senti quando a beijei é inominável. Não há explicação. Eu estou tentando encontrar uma desde aquele momento em que ela saiu do quarto assustada e tenho falhado terrivelmente.

Olho para o lado, para o porta retratos em cima da cômoda. O presente de Ella.

Olho para o teto e esfrego o rosto com força, como se quisesse fazer minhas feições se misturarem.

Eu gostei de beijar Ella, gostei de sentir seu corpo junto ao meu, gostei de quando ele gemeu e gostei de saber que ela gemeu para mim. Gostei pra caralho mesmo.

Não adianta fingir que não aconteceu, que eu não senti. Foi o melhor beijo da minha vida até agora e sim, eu estou louco para que aconteça de novo, espero ansioso pela oportunidade em que eu possa juntar novamente nossos lábios, nossos corpos.

Como eu poderia imaginar que ganhar essa aposta acabaria se tornando algo tão prazeroso?

Sinto-me desesperado para ganha-la, e pela primeira vez não é por causa do dinheiro ou da sensação de vitória. Não. É por causa de Ella. Quero desesperadamente saber como é estar dentro dela, como são seus gemidos quando eu estiver batendo contra ela com força, muita força. Quero saber como aqueles seios pequenos e redondos se sentem em minhas mãos, em minha boca.

- Ah, caralho! - Exclamo ao sentir que estou ficando excitado de novo só de imaginar essas imagens.

Passo a mão pela minha semi-ereção por cima de minha cueca e imagino que é a pequena e delicada mão de Ella que me acaricia.

Fecho os olhos e sonho com o dia que finalmente vou poder matar minha vontade e possui-la.

Ah, pequena, o que é que você está fazendo comigo?

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Dèjá vu* - Expressão francesa que significa "já visto" e é utilizada para descrever a sensação de já ter visto ou vivido determinada situação.

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