𝕾ob o Véu

By MarceReis909

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Trancado desde os seus 13 anos e não por seu desejo ou amor, mas por obrigação e para salvar sua vida e de qu... More

第1章 (cap. 1)
第2章 (cap. 2)
第3章 (Cap. 3)
第4章 (Cap.4)
第5章 (Cap.5)
第6章 (Cap.6)
第7章 (Cap. 7)
第8章 (Cap.8)
第9章 (Cap.9)
第10章 (Cap.10)
第11章 (Cap.11)
第12章 (Cap.12)
第13章 (Cap.13)
第14章 (Cap.14)
第15章 (Cap.15)
第16章 (Cap. 16)
第17章 (Cap.17)
第18章 (Cap.18)
第19章 (Cap. 19)
第20章 (Cap. 20)
第21章 (Cap. 21)
第22章 (Cap. 22)
第23章 (Cap. 23)
第24章 (Cap. 24)
第25章 (Cap. 25)
第26章 (Cap. 26)
第27章 (Cap. 27)
第28章 (Cap. 28)
第29章 (Cap. 29)
第30章 (Cap.30)
第31章 (Cap. 31)
第33章 (Cap. 33)
第34章 (Cap. 34)
第35章 (Cap. 35)
第36章 (Cap. 36)
第37章 (Cap. 37)
第38章 (Cap. 38)
第39章 (Cap. 39)
第40章 (Cap. 40)
第41章 (Cap. 41)
第42章 (Cap. 42)
第43章 (Cap. 43)
第44章 (Cap. 44)
第44話 その2 (Cap. 44-parte 2)
第45章 (Cap. 45)
第46章 (Cap. 46)
第47章 (Cap. 47)
第48章 (Cap. 48)
第48章 その2 (Cap. 48 parte 2)
第49章 (Cap. 49)
第50章 (Cap. 50)
第51章 (Cap. 51)
第52章 (Cap. 52)
第53章 (Cap. 53)
第54章 (Cap. 54)
第55章 (Cap. 55)
第56章 (Cap. 56)
第57章 (Cap. 57)
第58章最終 (Cap. 58 final)

第32章 (Cap. 32)

39 10 0
By MarceReis909

(1712 palavras)


ACHEI QUE depois de minha conversa com a Laura e de ela perguntar se ainda seríamos amigos que se beijam e se amam, tudo voltaria ao menos a ser como antes, mas não, estamos nos falando, conversamos, rimos, mas é só isso. Parece que ela age comigo como as outras noviças e isso tá me deixando muito triste, pois agora eu percebo que não a vejo como as demais, ela é a minha carrapatinha cheirosa e essa distância que ela colocou entre nós, me entristece. Se só eu gosto, talvez ela não seja a minha Eva e talvez... eu tenha que esquecê-la. É por isso que eu não queria papo com ninguém, tudo culpa da irmã Maria que disse que eu deveria me entrosar, agora deu nisso.

A única coisa que me deixa feliz, é que meu pai veio me ver e falta apenas uma semana para meu aniversário. Ele bem que disse que tentaria vir, pena que a mamãe não veio com ele. Estou precisando de colo e carinho e creio que só ela poderia fazer isso agora.

— Pai!

— Giovanni, como prometido, eu vim te ver.

— E a mamãe?

— Não pude trazê-la, sinto muito. Arriscado demais.

— Vou deixar vocês a sós - disse Madre Luzia, saindo da sala e deixando meu pai e eu sozinhos.

— Você não parece muito feliz - disse ele.

— Pai... eu... - comecei a chorar e meu pai veio perto de mim e me puxou para sentar em uma das cadeiras que há na frente da mesa da Madre. Ele sentou-se na outra, virando a mesma de frente para mim.

— Filho, o que houve? Achei que ficaria feliz em me ver - ele tirou o véu de minha cabeça, limpou meus olhos e beijou minha testa — Giovanni, o que houve?

— Eu tô com saudade de vocês. Eu queria que esse aniversário fosse diferente. Queria poder festejar, com bolo, uma festa, minha família e meu amigo.

— Eu sinto muito...

— Eu também.

— Eu tenho um presente para você. Foi sua irmã que mandou - ele levantou e foi até uma poltrona pequena perto da janela e apanhou uma sacola grande de papel com um laço e me entregou.

Abri a mesma, e o presente era uma calça jeans com uma camiseta branca e um tênis de marca. Olhei confuso para o meu pai.

— Gostou?

— Gostei, mas...

— Não vai perguntar qual é o meu presente para você?

— Qual? - coloquei a sacola no chão próxima dos pés da cadeira em que eu estava sentado.

— Filho, Graveto foi preso essa semana e entregou os comparsas, mas ainda estão buscando o chefe deles, o Ceifador, mas ainda não o encontraram.

— Sério?

— Como agora eles estão foragidos e nem imaginam que você possa testemunhar, eles não virão atrás de você. Isso significa que na próxima semana eu venho lhe buscar. Hoje o novo investigador me disse que já tem pistas do Olho de peixe e é questão de tempo para pegá-lo.

— Isso quer dizer que eu vou sair daqui?

— Sim, filho!

Abracei meu pai apertado, chorando e ele também.

— Espera... pra onde o senhor vai me levar?

— Eu estou pensando em comprar uma casinha na cidade em que estou. Acho que você vai gostar. Aquele dinheiro que você pediu para a Madre me entregar, eu investi... vai lhe render um bom dinheiro. Está no nome de sua mãe, assim não terá problemas, assim que você sair daqui e tudo estiver resolvido, ela passará tudo para você.

— Pai - sentei novamente e me entristeci —, então eu vou embora daqui? E as irmãs? E meu amigo? E...

— E? - ele sentou-se novamente e segurou minha mão — O que lhe aflige filho?

— Eu não tenho nada além desses portões, pai. Só o Felipe, meu único amigo... eu não queria sair daqui... me acostumei a viver aqui.

— Espera, você não quer sair do convento?

— Quero. Não quero sair de perto daqui... eu trabalho com o Felipe, ele é tudo que tenho de referência, eu gosto da cidade, do padre, das freiras...

— Entendi, você não quer sair da cidade - confirmei com a cabeça — Mas é só isso?

— Acho que tô gostando de uma menina - ele deu um fino sorriso — Ela é linda e eu gosto de conversar com ela. Acho que ela gostava de mim também.

— Gostava?

— Pai, eu namorei ela.

Ele sorriu com vontade.

— Você namorou uma garota dentro do convento? Espera... namorou? Acabou?

— Ela disse que podemos ser amigos que se amam e se beijam. Mas eu disse que não poderia planejar um futuro com ela por conta de toda minha vida complicada.

— Então você contou a ela quem você é - confirmei.

— Mas só isso, não disse nada demais, pra não comprometer ela.

— Entendi. Então, eu posso conversar com sua mãe e podemos comprar uma casa aqui na cidade, o que acha?

— Pai, eu te amo!

— Eu sei.

— Pai, como eu posso saber se ela é a minha Eva? E como posso fazer ela voltar a gostar de mim?

— Ela disse que não gosta de você? - neguei — Olha, filho, eu diria pra você tentar, ser honesto com ela, mas acho que o mais sensato a lhe dizer agora é que você tente esquecer ela. Você vai sair daqui em poucos dias e ela vai se tornar uma freira... ou seja, tudo contra vocês dois, entende?

Fiz que sim com a cabeça. Então é isso, eu só tenho uma semana para tudo acabar, eu desejava isso há mais de sete anos, agora tudo que eu queria era mais tempo.

— Como sua irmã soube da prisão, lhe mandou essas roupas para que você tivesse o que vestir para sair daqui. Sua mãe colocou na caixa do tênis, dois Kanzashi para o seu cabelo. Sabe usar? - fiz que não e ele abriu a caixa de sapato e retirou os dois palitos de cabelo — Aprendi a colocar isso no cabelo de sua mãe quando ela tava grávida da Paula. Você sabe que ela gosta muito de usar Kanzashi no cabelo e com uma barriga grande, não conseguia fazer e ficar bom, então sua avó me ensinou a colocar no cabelo da Alice.

Meu pai dizia, enquanto me explicava como usar aqueles palitos no cabelo. Depois, desmanchou tudo e me fez colocar para ver se eu tinha aprendido. Tive que fazer umas três vezes para ficar legal. Então, ele foi embora, prometendo voltar em no máximo dez dias para me buscar de vez.

— Hoje mesmo eu vou procurar alguma casa para comprar - Madre Luzia adentrou novamente à sala e me sorriu vendo eu com os cabelos presos com o Kanzashi — Acha que consigo comprar alguma casa aqui perto, Madre?

— Creio que não será difícil, mas é bom procurar alguma que seja discreta. Feliz, Joana?

— Sim - abaixei e peguei a sacola com meus presentes e meu véu, colocando ele dentro da mesma.

— Bom, eu vou indo, tenho muitas coisas para fazer ainda.

— Pai, eu sei quem pode lhe ajudar - ele apertou a mão da Madre e foi caminhando comigo para fora —, o Felipe. Como ele e o pai tem comércio aqui na cidade, pode saber de locais para alugar e comprar.

— Como eu encontro ele?

— Ele tem uma lanchonete na praça principal da cidade, onde fica a igreja matriz, não tem como errar. A fachada é pintada de vermelha e branco.

Ele me deu um novo abraço e foi embora.

Quando entrei na cela, coloquei a sacola na cama e fui até o banheiro que tinha um espelho grande, olhar o kanzashi no cabelo. Achei que ficou bem bonito, fiquei um tempo olhando meus traços. Será que sou considerado um rapaz bonito?

Fui fazer outras coisas, só voltando para a cela na hora de dormir. Laura já havia tomado o banho dela, eu entrei na cela, apanhei minhas coisas e fui para o banheiro tomar o meu banho, não me dignei a tirar o kanzashi do cabelo, passei o restante do tempo com ele.

Quando voltei para a cela, Laura estava sentada na cama dela passando hidratante nas mãos.

— Oi.

— Oi. Vi seu pai saindo daqui hoje.

— Ele veio me trazer isso - mostrei a sacola na cama.

— Hum.

— Presente de aniversário que minha irmã me mandou.

— Quando é?

— Exatamente em sete dias.

Tirei a caixa de sapatos e coloquei embaixo da cama, tirei a camiseta branca com um desenho em preto atrás. Abri a mesma e olhei, eram asas, na frente tinham as mesmas asas, mas bem pequenas do lado do peito esquerdo. Dobrei novamente e enrolei até que ficasse um rolinho pequeno. Abri a calça e olhei também, não tinha nada demais, era um jeans claro com um rasgo no joelho, coloquei próximo ao meu corpo, segurando pelo cós e aproximando de minha cintura. O tamanho estava legal, mas eu não visto uma calça há muito, muito tempo.

— São roupas masculinas - disse a Laura com um certo espanto — Onde você vai usar isso aqui dentro?

— Não vou usar aqui dentro, vou usar para sair daqui na semana que vem.

— Você vai festejar seu aniversário? - dobrei a calça e fiz o rolo menor que consegui, abri a gaveta que eu fechava a chave e coloquei lá dentro, fechando a mesma outra vez.

Me sentei na minha cama e ela olhou para o meu cabelo, apontou para os palitos e sorriu.

— Ficou legal.

— Obrigado. Mas eu não vou festejar o meu aniversário, meu pai virá me buscar de vez. Eu vou embora daqui, finalmente.

Laura abriu a boca num perfeito "Oh".

— Você vai embora?

— Sim.

— É por conta de ter me contado? Se for, eu prometi que não contaria a ninguém e não vou contar...

— Não é isso...

— Achei que você... Joana, achei que seríamos amigos...

— E somos, não é?

— Mas você quer ir embora.

— E você tinha me dito que seríamos amigos que se amam e que se beijam... mas nada disso aconteceu. E também eu perguntei se quando esse dia chegasse se você viria comigo... você disse que não sabia.

— Você me disse que sua vida era incerta e que você não poderia ficar comigo até acertar ela... eu só... eu...

Ela largou o hidratante na cama e saiu do quarto correndo.

— Eu não quero deixar você, Laura, mas não posso te levar... 

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