O ômega do Conde | Namjin

By kseokjinautt

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Por um instante, Seokjin sentiu medo. Sabia que no luxuoso salão toda a nobreza aguardava, ansiosa. Queriam c... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 30

Capítulo 29

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By kseokjinautt

A pesada porta de madeira foi fechada com brutalidade. A passos duros, o ômega atravessou a grande sala e jogou a capa de seda que vestia sobre uma das refinadas, porém velhas, poltronas. Suspirou, em meio a frustração, e sentou-se com os braços cruzados em um dos sofás.

Como Seung-hwan se atrevia a ignorá-lo mais uma vez?

— O que de tão grave a porta lhe fez dessa vez?

O ômega nem se importou em olhar para a dona da voz. Após soltar mais um suspiro enraivecido, respondeu desgostoso:

— Encontrei Choi novamente. Ele estava com outro ômega, ambos passeando pela praça como se fossem um casal. Será que ele não cansa de me humilhar?

A mulher mais velha sentou-se ao lado do filho. 

— Eu avisei que lorde Choi não significava casamento. Nem você e nem esse ômega que estava com ele hoje o tomarão como marido, entenda isto de uma vez. 

O ômega se afundou mais no sofá. Sentia-se extremamente frustrado com toda aquela situação. 

— E o que a senhora quer que eu faça, hã? Estou com má fama na cidade, todos dizem que Namjoon me largou porque descobriu que eu me entreguei ao Seung-hwan, que fui mais um na enorme lista dele. Já tentei desmentir esses rumores de todas as formas, mas ninguém acredita em mim. Nenhum alfa de família me leva a sério, nenhum deles cogita ter algum tipo de compromisso comigo. Sem contar as notícias que correm sobre a nossa situação financeira... Se pelo menos eu pudesse comprar algumas joias e roupas novas para calar a boca desses idiotas. 

— Você sabe que isto está fora de cogitação, Jae. Madame Celeste não nos venderá coisa alguma até que paguemos a dívida que temos com ela. — O ômega cobriu o rosto com as mãos e soltou um ruído de insatisfação. — Está chateado? Não deveria. Estamos nessa situação por sua culpa, por sua infantilidade. Se não tivesse dispensado o conde, não nos encontraríamos em uma situação tão humilhante. 

Com raiva, o mais novo tirou as mãos do rosto e a encarou.

— E o que queria que eu fizesse? Que suportasse aquele aleijado pelo resto da vida? Ele poderia até ser um ótimo partido antes de ir para guerra, mas a forma como ele voltou... Eu mereço muito mais, sabes disso.

— E acha que está melhor agora? Olhe em volta, Jae, não restou ninguém. Os criados nos abandonaram e até o ingrato do seu primo fugiu antes que o barco afundasse completamente.

— Eu... eu achava que Seung-hwan me amava. Ele dizia que me amava.

— Como todo alfa que deseja algo de um ômega! — a mais velha elevou o tom de voz, irritada com a capacidade que o seu filho tinha de ser cabeça-dura. — Prefiro não saber se ele teve o que tanto desejava de você... Só, por favor, esqueça-o. Dele, não terá coisa alguma. Precisa conquistar outro alfa. Desça um pouco os parâmetros, não está em condições de escolher agora. Há alguns alfas não nobres, mas ricos, que não se importariam com a fama que lhe ronda agora.

— Por que eu deveria descer os meus parâmetros? Sou Kim Jae-hyun, o ômega mais bonito dessa cidade. Todos sempre estiveram aos meus pés. Não, não vou descer ao nível da ralé, não aguentarei mais essa humilhação!

— Humilhação é o que estamos vivendo! — A ômega mais velha levantou do sofá, já impaciente com o filho. — O conde ainda não respondeu a sua carta?

— Ainda espera que ele responda? Minho já nos disse que ele está casado, que pediu para levar o marido ao casamento da irmã dele. Ele não irá responder. — O ômega apertou os olhos, irritado. Quando os abriu, encarou a mãe com raiva. — Não acredito que você me obrigou a escrever aquela carta. Que vexame! Ele deve ter rido de mim, ele e o marido dele.

— Não me culpe por isso, não sabia que ele estava casado!

— Mas agora sabe, então esqueça desse conde. 

— Não enquanto você não conseguir outro alfa. Mesmo casado, ele continua sendo a nossa melhor chance. 

— Está louca? — A mais velha se aproximou e bateu na cabeça do filho. — Ai!

— Me respeite, garoto! — após respirar fundo, para se acalmar, ela voltou a explicar: — Ele te venerava, era completamente apaixonado por você. Aquelas palavras devem ter mexido com ele, com toda certeza. Não importa quem seja o marido dele, ele não deve amá-lo como te amava. É impossível algo assim em tão pouco tempo, ainda mais logo depois de um término tão difícil. 

— Quem sabe tenha encontrado a alma gêmea dele. Só assim para alguém querê-lo naquele estado.

— Talvez... ou talvez ele tenha se casado com um qualquer pelo medo de ficar sozinho. Já estava passando da idade de comprometer-se com alguém. O condado dele precisa de um herdeiro logo, ainda mais em tempos de guerra.

— Certo, mas ainda não entendi o que pretendes. Não serei amante dele, se é o que pensas.

— Não, não é isso que desejo, até porque o que ganharia com isso não justificaria jogar o nome da nossa família no lixo. Infelizmente, você perdeu a chance de se tornar um conde. Mas, se ele ainda o amar, não perderá os presentes e as regalias que ele te proporcionava. Torne-se amigo dele, volte a passear com ele pela cidade para que vejam que não há problemas entre vocês. Assim, os boatos serão abafados. Mostrará que ele não sente raiva de você, que não o rejeita. Aproxime-se dele e consiga arrancar o máximo possível até nos reerguermos. Depois, poderá procurar outro marido e não prejudicará as chances das suas irmãs conseguirem bons alfas também.

— Só pode ser brincadeira...

— Não, não é. Estamos em uma situação complicada, não temos tempo para esperar a poeira baixar. Precisamos de soluções para ontem ou faltará até mesmo comida em nossos pratos.

— E achas mesmo que ele irá querer me ter por perto? Nossa última conversa não foi lá tão amigável.

— Ele está ferido, então não será fácil no começo. Mas, como todo alfa com o ego magoado, ele gostará de receber atenção, ainda mais de você, que o rejeitou. E, o melhor, você não terá concorrentes. Ninguém perderá tempo com um alfa casado. 

— A não ser o marido dele, você quis dizer.

— Não se preocupe tanto com isso. Deve ser alguém de Baekje, um camponês pobre que viu nessa oportunidade a chance de melhorar de vida. Alguém obviamente mais esperto que você. — o mais novo fez uma careta diante do insulto velado. — Afinal, alguém daqui não foi. Nenhum dos ômegas nobres da cidade ou mesmo de suas famílias fora de Seul se casaram recentemente. Essas notícias correm rápido, nós saberíamos se isso tivesse acontecido, ainda mais envolvendo o alfa que já foi o seu noivo. O conde de Baekje foi embora da cidade sozinho, sem estar comprometido, e deve ter encontrado esse ômega no condado dele. Aposto que esse ômega nem se importará com você passando um tempo com o conde, pois nem deve amá-lo de verdade. Se duvidar, talvez se sentirá aliviado por não ter o conde a todo momento em seu pé. 

— Mas e se ele se importar? E se isso piorar a minha imagem? Afinal, estarei saindo com um alfa casado.

— Isso dependerá da sua postura em público. Todos sabem que vocês já foram bem próximos. Só irão ver maldade nessa relação se perceberem comportamentos inapropriados entre vocês, o que tenho certeza que não irá ocorrer, já que se nega tanto a estar ao lado dele.

— Com certeza, não terei qualquer contato inapropriado com ele. 

— Então, qual o problema? Não estou lhe pedindo muito.

— Está sim. Com certeza, ele me receberá com hostilidade. Terei que ter muita paciência e nenhum amor próprio para aguentá-lo. Ademais, não gostaria de perder o meu precioso tempo com ele.

 — Ah, claro, porque ficar fofocando na casa do Minho já ocupa demais o seu dia.

O mais novo revirou os olhos.

— Minho foi um dos poucos que me sobraram, por isso passo o meu tempo com ele. Os outros ômegas se distanciaram para não terem a imagem manchada pela minha má fama. — o ômega grunhiu em frustração. Ainda achava altamente injusto tudo o que estava acontecendo com ele no último mês. — No entanto, se tudo der certo, no casamento da irmã do Minho poderei me aproximar de algum alfa. Irei radiante, com a melhor das minhas roupas... Não irão resistir a mim!

— Isso se não fizer o mesmo que fez no último baile. Foi ridícula a forma como não parava de olhar para o lorde Choi.

Jae-hyun suspirou.

— O que posso fazer? Mesmo com raiva, eu ainda o quero. Eu gosto dele... e ter um compromisso com ele seria o modo perfeito de mostrar a todos que ninguém me passa para trás.

— Choi é um atraso de vida, Jae. Cuidado! Não o deixe continuar estragando a sua vida, e, consequentemente, a nossa. Suas irmãs dependem de você, de que tenha um bom casamento, ou as chances delas estarão arruinadas e o nome da nossa família no chão.

O ômega jogou a cabeça para trás, escorando-a no estofado do sofá, e fechou os olhos em sinal de resignação.

— Tudo bem, mamãe. Verei o que posso fazer quando o conde estiver novamente na cidade.

🍂🍁

Cansado, o alfa parou a sua égua em frente a uma pequena taverna. Desceu do animal, prendeu-o a uma estaca de madeira e depois entrou no estabelecimento. Vários olhos se direcionaram para si. Acenou com a cabeça para algumas pessoas e depois foi para o fundo do estabelecimento. Sabia que o seu povo gostava de encontrá-lo pela cidade, mas estava com pouca energia para interagir com todos agora.

Foi diretamente até o enorme balcão de madeira e logo ganhou a atenção do dono do local:

— Que prazer tê-lo por aqui, milorde. O que gostaria de beber?

Olhou em volta. Várias pessoas estavam atentas a suas ações, então não poderia ser tão imprudente em seu pedido.

— Quais vinhos possui aí?

Precisava de algo mais forte, mas o vinho deveria servir por enquanto.

O alfa, que deveria ser uns dez anos mais velho que ele, disse-lhe algumas opções e ele escolheu a primeira delas sem pensar muito. 

Assim que o homem lhe deu as costas, sentou-se em um dos bancos de madeira e tentou limpar a mente. Ainda tinha trabalho a fazer na cidade, mas sentia-se completamente disperso. Sua mente sempre voltava para o que Seokjin havia lhe contato e pela forma que tratou o ômega mesmo sem ele merecer. Arrependia-se, mas não tinha coragem de pedir desculpas. Desde aquela noite, quatro dias antes, o ômega o estava evitando. Com certeza, deveria tê-lo assustado com o seu modo hostil de falar.

"O pior de tudo é que apesar de saber, ainda não foi se desculpar. Estou pagando todos os meus pecados estando ligado a ti" White bradou, com raiva, fazendo sua cabeça doer. 

Ainda havia isto, seu lobo estava irado. Condenava-o por suas ações, e, na maior parte do tempo, podia sentir a irritação do lobo em seu ser. 

O dono do local se aproximou com uma garrafa. Encheu uma taça e a empurrou em sua direção. 

— Pode deixar a garrafa. — disse, antes que o homem colocasse a rolha no recipiente novamente.

O homem obedeceu e depois se afastou, entendendo pelos feromônios do alfa lúpus que ele precisava ficar um pouco sozinho.

Bebeu o primeiro gole do vinho barato.

Recordou-se da amargura que tomou conta do seu ser após saber da traição do ex-noivo. Sentia-se novamente como nas primeiras semanas após o término, completamente desiludido e melancólico diante da vida. Como Jae-hyun havia sido capaz de ser tão baixo? Como pôde entregar o seu coração a um ômega assim?

Bebeu o segundo gole.

Racionalmente, sabia que o melhor que tinha lhe acontecido era a separação. Jae-hyun amava outro alfa. Talvez ainda casasse consigo caso tivesse voltado em bom estado da guerra, mas seria apenas por interesse, apenas pelo o que ele poderia lhe proporcionar, pois amava outro homem. Era isso que queria para si?

Terceiro gole.

Choi Seung-hwan dificilmente se comprometeria com alguém. Do pouco que conhecia do alfa, era muito mais adepto à libertinagem e só deixaria tal vida se fosse realmente arrebatado por um amor avassalador, que virasse sua cabeça completamente, o que, no momento, parecia bem difícil de acontecer. Jae-hyun não era esse amor. Jae-hyun nunca teria Seung-hwan. 

Quarto gole

Quando ouviu pela primeira vez do interesse de Jae-hyun em Choi, acreditou que o ômega apenas estivesse desesperado para se casar e havia se iludido com as possíveis promessas do alfa. Afinal, vinha de uma família importante e também possuía uma vasta fortuna, que era o que o Kim precisava. Cogitou que o ômega estivesse atrás do alfa por necessitar de um bom casamento rápido, e não que estivesse apaixonado. Saber que Jae-hyun realmente estava interessado em Seung-hwan havia mexido consigo de uma forma bastante perigosa.

Encheu a taça e bebeu seu quinto gole. 

Seu ego estava no chão. Fora abandonado não só pela aparência. Jae-hyun já pretendia deixá-lo, estava apaixonado por outro. Será que algum dia o ômega realmente o amou? Será que realmente um dia o desejou?  

Sexto gole.

Lembrou-se do primeiro encontro que tiveram, em um baile em Seul. O ômega tinha acabado de ser apresentado formalmente à sociedade, tinha apenas 18 anos. Todos os olhos estavam sobre ele, afinal era um belo ômega e já estava na idade de casar. Apesar de toda atenção que recebia, parecia um pouco indiferente a isso. Em vez de olhar para os alfas, estava rindo e conversando com os seus amigos ômegas, completamente alheio aos olhares que atraía.

Quem o apontara para si fora Jang Seung-gi. O amigo disse que o ômega fazia muito o seu estilo, e tinha razão. Assim que colocara os olhos no Kim, Namjoon ficara encantado com a sua beleza angelical. Aproximou-se, constatando que a sua essência era quase tão viciante quanto a sua aparência. O Kim, apesar de tímido e de não olhá-lo diretamente nos olhos, aceitou o seu convite para uma dança. E foi ali que tudo começou, foi ali que o ômega conquistara o seu coração. 

Sétimo gole.

Sabia que aquela lembrança era uma ilusão. Kim Jae-hyun não era o ômega que imaginou. Revelara-se mesquinho, egoísta e superficial. Recebera-o da guerra com escárnio. Todo o amor que jurava sentir havia desparecido num piscar de olhos, ao olhar para ele.

O alfa passou dois dedos pela própria cicatriz. Nunca havia imaginado que Jae-hyun pudesse olhá-lo com tanto nojo. 

Oitavo gole. 

Por um lado, sentia-se minimamente vingado ao saber que Jae-hyun não conseguiria o que queria com Choi Seung-hwan. O Kim poderia ser belo, educado, de boa família e representar tudo o que a sociedade valorizava em um ômega, mas Seung-hwan não largaria sua vida atual por ele. Sabia muito bem das histórias do alfa, do que fazia principalmente às escondidas em tavernas e casas para alfas no subúrbio de Seul. Ele não largaria aquela vida que tanto amava por Jae-hyun e nem por ninguém.

Encheu a taça mais uma vez.

Por outro lado, uma pequena parte de si sentia dó do ômega. Choi Seung-hwan era mais velho e experiente, poderia facilmente iludi-lo com falsas promessas. Muitos já haviam caído em seus galanteios antes, Jae-hyun não seria o primeiro e nem o último. Possivelmente, agora já deve ter se dado conta disso e por isso havia escrito para ele. Estaria arrependido realmente?

"Não me venha com esse pensamento absurdo agora, Namjoon. Esse ômega nos traiu, não respeitou o compromisso que tínhamos. Independentemente do que Choi tenha dito ou prometido a ele, não justifica o que ele fez. E não esqueça de como ele nos olhou, de como nos tratou quando voltamos. Ele não servia para nós!" White disse enquanto o homem bebia mais um gole do vinho barato. "Por que em vez de ficar pensando nesse ômega que não nos merece, você não pensa em como se desculpará com Seokjin? Ele é o nosso ômega, e conhecendo Black como eu conheço, ele não deve estar feliz com o modo como você os tratou. Já adianto que se Black perder a paciência com você, eu não te ajudarei em coisa alguma. Não lidarei com a fúria de Black por sua culpa."

Encheu o copo novamente e o virou de uma vez, bebendo o líquido por completo. 

Ainda havia isso. Sabia que tinha agido errado com o marido, mas estava sem coragem e sem cabeça para encará-lo. Contudo, saiba que teria que fazer isso logo, já que viajariam no dia seguinte para Seul. Não poderiam passar horas na mesma carruagem sem estarem conseguindo nem olhar um para o outro, seria sufocante e muito desconfortável. Além disso, assim não conseguiriam manter a imagem de recém-casados apaixonados na frente de todos. E eles precisavam ser convincentes, pois os questionamentos existiriam aos montes. Não poderiam deixar que todos soubessem do acordo que tinham, isto seria humilhante.

O que pensaria Jae-hyun quando visse os dois juntos?

Por um momento, um sorriso brotou em seu rosto. Um sorriso maldoso e cheio de rancor. Jae-hyun com certeza ficaria furioso ao saber que o primo pobre que ele tanto gostava de humilhar havia conseguido tudo aquilo que ele desejava. Seokjin tinha dinheiro, título e um bom casamento enquanto Jae-hyun estava sem nada. 

A situação havia se invertido, Seokjin não dependia mais da caridade dos parentes. Estava em uma situação confortável, com acesso a tudo o que o dinheiro poderia lhe proporcionar. As melhores roupas, as melhores joias, os melhores banquetes. Tudo ao seu alcance, sem precisar da caridade de ninguém. 

A volta deles para Seul seria uma bela vingança para ambos, mesmo que Seokjin negasse.

Como será que lady Kim e Jae-hyun reagiriam ao saber da notícia?

Seu sorriu ficou ainda mais largo ao imaginar o rosto dos dois. Não, não podia perder aquilo. Não poderia deixar que soubessem que Seokjin estava casado consigo antes do casamento de Jang Seung-gi, precisava ver em primeira-mão a reação dos dois. Com isso, estipulou um plano. Não deixaria que vissem Seokjin antes do tempo, não poderia deixar que a informação se espalhasse antes da hora e chegasse aos ouvidos dos Kim. Queria ver a surpresa, o horror e a raiva em seus olhos. Queria ter o gostinho de surpreendê-los e irritá-los ao mesmo tempo. Esta seria a sua resposta para a carta mentirosa que recebera. 

Será que seriam capazes de fazer algum escândalo? Ou seriam mais inteligentes e buscariam a ajuda do primo para os seus problemas financeiros? Seria muito interessante se viessem pedir ajuda, que se humilhassem como fizeram Seokjin fazer.

"Cuidado, Namjoon. Esses pensamentos são perigosos. Vingança não te trará paz e nem felicidade. Concentre-se em Seokjin, em construir uma vida com ele. Esqueça do resto dos Kim, eles não são importantes" seu lobo o alertou, mas Namjoon estava se divertindo demais com os próprios pensamentos para se importar.

Voltou a beber enquanto se divertia imaginando possíveis reações perante a sua volta. Quando Jae-hyun soubesse que Seokjin tomou para si tudo o que ele desejava... Ficaria fora de si, sem dúvidas. Com certeza, deixaria a máscara de bom moço cair mais uma vez, e todos teriam um deslumbre de sua real personalidade.

"Não podes usar Seokjin assim!" White disse, irritado. 

Mas Namjoon não estava usando-o, pelo menos não achava que estava. Seokjin também merecia aquele momento, só não sabia ainda. Preferia ser pacifista, mas, quando sentisse o sabor da revanche, mudaria de ideia, tinha certeza.

Namjoon não sentia-se culpado, ele não era o errado naquela história toda. Ansiava por sua vingança, pois isto era o mínimo que merecia depois de tudo que Jae-hyun o fizera sofrer. E não, não havia esquecido de Choi, mas preocupar-se-ia com ele depois. Por enquanto, seus alvos principais eram os Kim, que mesmo depois de tudo o que fizeram, ainda tentavam enganá-lo com palavras bonitas. 

Jae-hyun não o amava, nunca o amou de verdade. 

E toda vez que o seu coração pensasse em fraquejar, lembrar-se-ia disso. Não se deixaria mais enganar. Não cairia mais na conversa daquele ômega.

🍂🍁



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