2 anos atrás 🥀
O dia tinha amanhecido nublado eu mal conseguia ver a rua pela minha janela estava me preparando para ir pro colégio, conferi a minha mochila para ver se faltava algo, assim que eu terminei desci as escadas até a cozinha, minha mãe estava escorada no balcão assistindo ao jornal matinal assim que me viu abriu um sorriso, veio até mim e beijou o topo da minha cabeça.
- Bom dia mãe.
Digo me sentando na mesa, olho para o relógio e ainda faltava alguns minutos para eu ir para o ponto de ônibus.
- Bom dia Sn, tome o seu café para não se atrasar e lembre-se de ir para a casa da sua vó depois da aula.
E assim faço, tomo o meu café e sigo para o ponto, o caminho hoje não estava tão movimentado mas eu sentia que alguém andava atrás de mim não me atrevi a virar.
Me sento no banquinho para esperar e essa pessoa se senta também, olhando bem para ele não parece tão mais grande que eu se ele viesse me atacar acho que eu poderia me safar, a pessoa vestia um moletom com capa que tampava a metade do seu rosto.
Não estava nervosa mas era sempre estranho ter alguém vestido daquele jeito te seguindo, essa pessoa pigarreia e sem olhar para me pergunta:
- Você não acha triste dias nublados?
O olho de canto pensando em que diabos essa pessoa está falando, o ignoro seguindo o conselho da minha mãe de não falar com estranhos.
- Para me é um dia triste, na verdade até os dias ensolarados são tristes.
Fico pensando se aquela pessoa estava bêbada ou se tinha usado algum tipo de droga mas também fiquei com pena.
- Porque?
Não contive a língua.
- Já faz um bom tempo que eu estou esperando por alguém que jurou que iria voltar, e quando ela se foi o dia estava nublado como hoje.
A pessoa com certeza não estava bem. Olho para esquina e vejo meu ônibus apontar, graças a Deus, só espero que ele não pegue o mesmo ônibus que eu.
- Mas você não entenderia. - Ele continua. - De qualquer jeito estou dois anos adiantado.
O ônibus para e logo que abre as portas corro para dentro me sentando, observo a pessoa pela janela, ela também me olhava e eu apenas conseguia ver um par de olhos azuis, enquanto o ônibus se afastava tentava decifrar o que aquele bêbado tinha.
Atualmente 🥀
Eu e Pansy seguia a garota de cabelos louros já estávamos a manhã toda assim, tínhamos perdido várias aulas que não me preojudicariam mas pra Pansy com certeza iria pesar.
- Como ela consegue andar saltitando para todos os cantos?
Pansy diz e eu concordo internamente.
Eu não tive muito contato com a minha vó pois ela sempre esta viajando e só consigo vê-la nos feriados, a mas da próxima vez que eu ve-la não irei perder tempo e farei muitas e muitas perguntas.
- O plano é esse, a gente vai chegar de fininho e conversar com ela normalmente, e não se esqueça ela ainda não é minha avó.
Esse último conselho foi mais para mim do que para Pansy.
Pansy concorda com o meu plano super "elaborado e inovador".
Logo o salão principal estava cheio para o almoço eu e Pansy atravessamos a sala para a mesa da Corvinal, nos sentamos ao lado de Luna, ela não nos olhou estava ocupada lendo um livro, observo a varinha em sua orelha e os assessórios que ela mesma fazia, eu lembro do colar que ela me deu quando eu tinha onze anos eu achei cafona e nunca usei, me sentia culpada por nunca querer conhecer mais a minha avó, eu sempre achei que ela não batia bem da cabeça.
Coço a minha garganta para chamar a atenção mas não adianta, olho para Pansy que me olhava com o olhar tedioso.
- Esse livro paresse ser uma chatisse.
Pansy diz sem paciência, o que deu certo Luna nos encara.
- Animais Fantásticos.
Ela nos mostra a capa do livro, que não era muito estranho para mim.
- Para mim parece interessante, desde quando cheguei me interesso pelos animais daqui.
Puxo assunto, ela me encara e abre um sorriso.
- Eu escutei sobre você, você vôo no hipogrifo juntamente com o Harry não? - Concordo com a cabeça. - Me conte como foi?
A minha conversa com a minha avó foi apenas sobre os animais do mundo bruxo o qual eu não conhecia muito eu não pode contar que ela era minha avó eu não sabia o que isso podia causar, em todos os filmes que eu assisti eram assim, não sabia se a regra se aplicava aqui também mas achei melhor remediar. Conversei com ela mais aqui do que a minha vida toda e me sentia realizada por isso, no futuro perguntaria a ela sobre esse dia.
O dia tinha passado tão rápido que eu tinha esquecido de me encontrar com o Draco, eu tinha a noção que o meu tempo com ele era curto e queria aproveitar o máximo daqui em diante.
Assim que cheguei no corredor que dava para o exterior do castelo ele me esperava e assim que se deu conta abriu um sorriso que me derreteu, eu abri os braços enquanto me aproximava assim que cheguei perto o suficiente ele me puxou pela cintura me puxando para um abraço, eu sei o quão vergonhoso é observar um casal sendo meloso um com outro mas quando a gente é esse casal meloso temos uma sensação diferente, ele dá um beijo no meu pescoço o que me faz arrepiar.
- Pronta para o nosso passeio noturno secreto?
Ele sussurra e eu concordo com a cabeça, ele entrelaça nosso dedos e me guia para fora do castelo, tudo aqui estava em clima de despedida e aquela sensação de frio na barriga era ainda mais constantes, eu queria conversar com ele sobre a minha ida mas ele dava um jeito de nunca mim deixar falar, mas hoje nos teríamos essa conversa de um jeito ou de outro.
- A lua está linda hoje.
Ele diz olhando para a lua e depois para mim, eu olho para a lua redonda concordando com ele.
- As estrelas também.
Digo voltando meu olhar para ele, e ao mesmo tempo rezando e pedindo pra qualquer coisa congelar esse momento.
- Draco precisamos conversar.
Ele para de me encarar rapidamente abaixando a cabeça.
- Agora não sn, por favor.
Suspiro pesadamente, era difícil para me também.
- Temo que tenha que ser agora Draco, a gente não pode mais adiar.
Ele suspira pesadamente e continua sem me encarar.
- Dumbledore achou um jeito, pelo menos é o que ele diz porque eu tenho certeza que ele já sabia de uma maneira mas só quis falar agora eu não sei o porquê. - ponho minha mão em cima da sua. - Draco eu só tenho mais três dias.
Ele finalmente me olha, os olhos arregalados e cheios de água, ele ficou assim por alguns minutos que pareciam horas, eu sentia como se a qualquer minuto eu fosse sumir em uma onda de fumaça.
- Você se lembra quando eu disse que te ajudaria a arrumar um jeito para ir para casa? - Ele finalmente abre a boca, eu assenei com a cabeça concordando. - Eu descobri no segundo dia como te fazer voltar sn era um feitiço tão simples que até um aluno do 1° ano poderia fazer mas eu menti pra você por que gostava da sua companhia eu dizia para me mesmo "só mais alguns dias Draco e depois você fala para ela" mas eu me peguei preso nesse ciclo e nunca conseguia dizer porque eu queria que você ficasse sn, você me faz tão bem, eu preciso de você aqui comigo por favor não vá.
Eu não sei o porquê mas aquela confissão não me deixou surpresa, em algum lugar no meu coração eu sabia daquilo, poxa eu estou em um lugar repleto de magia porque seria tão complicado mandar uma garota de volta para o futuro? meu coração estava em pedaços aquele "Não vá" de Draco tinha sido o meu ápice, no tempo que eu passei aqui percebir o quão delicado ele era por trás daquela máscara fria que ele usava no começo, eu percebir o quão ele era amoroso e o quanto estava sedento para receber aquele amor também, eu estava tentando segurar as minhas lágrimas e não desabar ali mesmo.
- Eu queria tanto ficar Draco, eu queria mesmo mas é complicado, eu não pertenço aqui.
- Não faz isso sn, eu sinto o quão isso é certo, você pertence aqui. - Ele colocou a minha mão no seu coração que estava tão acelerado quanto o meu. - Eu sinto.
- Me perdoa Draco eu não posso, preciso voltar para a minha família.
Draco soltou a minha mão e naquele momento uma sombra tranpassou o seu rosto.
- Então é melhor nos despedirmos assim.
Ele diz se levantando e virando as costas pra me, Draco não parecia nem um pouco maduro agora, ele tinha voltado a ser aquele garoto mimado que eu conheci no primeiro dia aqui.
- Draco por favor me escute.
Digo tão baixo como um suspiro, eu não tinha mais nada pra falar eu só queria que ele me abraçasse, mas ele não se virou e nem olhou para trás enquanto se afastava de mim, naquele momento eu senti um ódio de tudo, do maldito dia que eu abri aquele livro e cai aqui, e tudo aquilo que eu vinha guardando se explodiu dentro de me e não me aguentei e me derramei em lágrimas alí sentada e sozinha.
Depois de anos atualizei, desculpa gente pela enrola, eu só estava desanimada mesmo mas juro pra vcs que eu termino essa fic.
xoxo🐈