Cristais com toque de amor ||...

By SoloUnSapatito

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Cada fragmento de gelo se cristaliza em seu coração. More

Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
O dia perfeito, feito pra você
Ciúmes

Capítulo 2

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By SoloUnSapatito

Três anos após aquilo. O sol ilumina a janela de seu quarto, os pássaros voam, os navios chegam, mas não liga para isso, só quer continuar em sua cama confortável.

- Ohh... – pode escutar a voz de Anna meio distante, de forma dramática – não me diga que ainda está dormindo, [Nome] [Sobrenome].

- O que foi? – resmungou.

- Jura que se esqueceu?

- Esqueceu o quê? – se virou para o outro lado da cama, ainda sem abrir os olhos.

- Hoje é a coroação de Elson, irão abrir os portões.

- Abrir os portões é?... – perguntou grogue, abrindo os olhos.

- É [Nome], Elson chegou na idade adulta, ou seja, ele pode ser coroado – apontou para o seu vestido em um manequim. Foi o vestido que você escolheu para a cerimônia.

- Oh. Ohh, ohhh, ohhhh.... – se levantou em um pulo, jogando os cobertores quentes em qualquer canto, pegando o vestido, indo o colocar logo. Vai aproveitar e escovar os dentes também.

- Sério mesmo que esqueceu?

- Ah Anna, aposto que você acordou por agora também.

- Talvez... – ela riu de si mesma ao se lembrar dela com o cabelo todo bagunçado, e toda confusa do tempo. – Na verdade eu esqueci total.

- Sabia! – riu junto com ela.

- Mas estou animada! Tipo, os portões vão ser abertos, depois de tantos anos. É até estranho... – murmurou a última parte.

- Confesso que é para mim também – comentou escovando os dentes, cuspindo em seguida. – Será que ainda sei me comunicar com outras pessoas socialmente?

- Você eu não sei, mas estou estou pronta.

- Bem, eu também – saiu do banheiro, já vestida, com o cabelo arrumado, e os dentes escovados.

- Perfeito – ela agarrou o seu pulso – vamos.

Aquela janela destrancou

E tudo por aqui já se animou

E temos pratos pra oito mil porções.

Vazio é sempre esse lugar

Pra que salão se não dançar?

Finalmente vão abrir os portões.

Ficou a acompanhando. Não é à toa a felicidade, já que, foram tantos anos com os portões fechados.

Vai ter gente de verdade

Eu vou até estranhar

Mas como eu estou pronta pra mudar...

Ela te puxou para uma tábua, onde os trabalhadores usam para pintar e fazer manutenções nas janelas. Sentiu que ia cair, então segurou bem as cordas, respirando fundo. Quando ela subiu, achou que seria seu fim.

Só que, seus olhos focaram nos navios a vela chegando em Arendelle. A vista do mar, o céu azul, tudo composto para um dia alegre, feliz e pacífico.

Essa sensação ao parou quando Anna começou a balançar para frente e para trás, com as duas em pé. Só conseguiu ouvir "a noite inteira vou dançar", se focando em não cair.

Se sentando no gramado, vendo uma família de patos passar. A boa terra firme nunca fez tanta falta.

Não sei se é emoção ou são gases

Mas assim é bem melhor.

Por uma vez na eternidade, eu não vou estar só.

- Ahn – tossiu falso – só?

- Você entendeu – ela riu, tirando um patinho do topo de sua cabeça. – E se eu conhecer, o escolhido?

Vou ter uma noite de gala e tal

Em um vestido especial

Com graça e muita sofisticação. Uh!

Então de repente eu vejo alguém

Esbelto e bonito ali também

Me encher de chocolate é tentação.

Aproveitou e pegou alguns chocolates também.

Depois os risos e conversas

Bem do jeito que eu sonhei.

Nada como a vida que levei...

E a estátua que ela carregava e girava, caiu no bolo. As duas correram como crianças levadas.

Por uma vez na eternidade

Há magia e diversão.

Por uma vez na eternidade

Vou estender a minha mão.

E eu sei que é muita loucura

Por um romance suspirar.

Mas por uma vez na eternidade

Ao menos vou tentar.

Não podem vir, não podem ver

Sempre o bom menino deve ser

Encobrir, não sentir, encenação

Um gesto em falso e todos saberão

Se é só hoje, seja então...

Só hoje, seja então...

A espera é uma aflição...

A espera é uma aflição...

- Diga aos guardas para abrir, o portão!

O portão...

Por uma vez na eternidade...

Nesse rápido tempo que saíram e as pessoas começaram a entrar, fez uma rápida reverência com a cabeça para Rapunzel e Flynn Rider – José Bezerra.
Que estavam no meio da multidão.

Não podem vir, não podem ver...

Os meus sonhos ganham cor

Sempre o bom menino deve ser...

Vou ter a chance de encontrar

Encobrir...

O verdadeiro amor...

Encobrir, não sentir, não deixar saber

Eu sei que amanhã termina

Por isso hoje deve ser

Por uma vez na eternidade

Uma vez na eternidade

Nada vai me deter!

- Ui! – um cavalo trombou em Anna, a fazendo cair em um barco com alga em sua cabeça.

- Desculpe, você está bem? – um ruivo pergunta.

- Ah sim, não não, eu estou bem.

- Tem certeza? – ele desceu do cavalo. – Foi uma queda e tanto.

- Tenho, eu só não estava olhando por onde ia, mas na verdade eu 'tô... ótima.

- Fico feliz – estendeu a mão para ela se apoiar. Ela se levantou, com ambos sorrindo feito bobos.

- Oh, príncipe Hans, das ilhas do Sul – fez reverência.

- É...

- Princesa Anna, de Arendelle – você se pronunciou pela primeira vez ali. Parece que ela caiu em um mundo onde se esqueceu quem é.

- Princesa? – ele olhou de volta a ruiva. – Mileide – fez reverência. O cavalo fez também, fazendo ambos caírem no barco. – Uh!

- Oi... outra vez – o animal percebeu, colocando o casco de volta no barco, os fazendo cair de novo.

- Oh, puxa.

- Ai, que vergonha – ela foi se ajeitando e se sentando. – Você não fez nada errado, eu que estou com vergonha. Você é lindo – sorriu. – Espera aí, o quê?

- Eu gostaria de pedir desculpas a princesa de Arendelle por tê-la derrubado com o meu cavalo, e, por tudo depois – a ajudou a se levantar.

- Não, não, não, tudo bem, eu não sou esse tipo de princesa – ela foi saindo do barco, voltando a terra. – Se fosse tipo... meu irmão, teria um chilique, sabe como é – ela olhou para o cavalo – oi – o acariciou. – Mas para a sua sorte, sou só eu.

- Só você? – ela sorriu em resposta.

- Oh minha nossa, aí está você – uma ruiva chegou, olhando para Hans.

- Quem é você? – você perguntou.

- Princesa Hayley, das ilhas do Sul – fez reverência.

- Ahn...

- Minha irmã gêmea – Hans responde.

- Oh... entendi. Bem, Anna, é melhor irmos, os sinos estão tocando.

- Os sinos estão tocando? Minha nossa. Eu já vou, já estou indo, até – ela segurou seu pulso e, as duas foram correndo ao castelo.

[...]

O coro canta de forma linda e impecável, sem nenhuma nota fora do tom. Elson inclina a cabeça para receber a coroa.

Está na primeira fila, mesmo achando que não merecia. Anna disse que é uma amiga de longa data, e é óbvio que iria ficar ali – além de que, o futuro rei não iria deixar você tão distante em um momento tão especial.

Conseguiu ver a boca do Sacerdote – Bispo ou Papa – se mexer. Parece que está se referindo as luvas de forma sutil. Elson as tirou, e pode ver as mãos um pouco trêmulas. Ele se virou para o público enquanto o homem mais velho fala.

Os olhos dele foram de encontro com os seus rapidamente, como se fosse um garotinho pedindo salvação de uma bronca. Você inspirou fundo, e ele fez o mesmo.

Adiantou por alguns segundos, até ele colocar os objetos de volta na almofada, pondo as luvas de forma rápida antes do homem mais velho terminar.

- Rei Elson, de Arendelle.

- Rei Elson, de Arendelle – todos repetiram a fala do homem.

Seguiram para o salão, onde as pessoas tocavam e dançavam. Você batia palmas conforme a música, pois sabe-se lá quando terá isso novamente. Melhor aproveitar.

- O Rei Elson, de Arendelle – Kai informa, fazendo todos fazerem uma reverência. O rei se colocou no centro, na frente do trono. – A Princesa Anna, de Arendelle.

Ela chegou sorrindo e dando um aceno, que uma mulher acenou de volta. Parou na parte de baixo, ficando no lugar distante do irmão.

- Ali? Eu não tenho certeza se... – ele a colocou ao lado de Elson – 'tá.

A música voltou a tocar e viu o seu amigo começando a iniciar uma conversa com a irmã. "Boa", foi isso que pensou antes de ir procurar alguma coisa para beslicar.

Quando colocou umas três trufas na boca, viu Anna dançando com um senhor de cabelo branco, que dançava como uma galinha.

Seu olhar foi sem querer até o rei, que olhou de volta para você, dando um sorriso discreto.

Piscou algumas vezes, vendo que ele ainda não quebrou o contato visual.

Por alguns segundos ficou confusa se era isso mesmo que passava na sua mente, e como se ele pudesse ler os seus pensamentos, assentiu discretamente com a cabeça.

Caminhou até ele, ficando ao seu lado.

- Quer? – estendeu um chocolate.

- Aceito um, obrigado – ele pegou um e comeu. No seu ponto de vista, até aquilo foi refinado.

- Bem... era isso, você queria o chocolate?

- Na verdade, eu queria te ver mesmo.

- A-ah.

- Você está bonita – ele elogiou, seguido de um sorriso.

- Ahn... obrigada – sentiu as bochechas aquecerem, ficando vermelhas.

- Puxa... ele estava animado – Elson riu ao ver sua irmã chegar.

- Principalmente para um homem que usa saltinho – ela fez careta, tocando no próprio pé.

- Você está bem? – perguntou.

- Nunca estive melhor – ela voltou a ver o irmão. – Isso é tão legal. Eu queria que fosse assim todo dia.

- Seria bom – a face dele que antes sorria, agora ficou mais séria. – Mas não dá.

- Ué, por que não? Nós... – ela tentou se aproximar.

- Eu disse, não dá! – se afastou.

- ...Com licença um minuto – ela saiu, andando pelo salão.

- ...Eu só... faço as coisas erradas – ele murmura.

- Não diga isso. Ela apenas não sabe.

- Não sei...

- Deixe disso – sorriu. – Você está bonito demais para ficar triste.

- O que isso tem a ver? – perguntou sentindo as bochechas ficarem quentes.

- Era apenas uma maneira de tentar te distrair – ele não pode ser abalado por pensamentos negativos.

- Bom, funcionou, eu acho – ele sorriu de maneira gentil.

- Agora caiu a ficha, você é rei – fez reverência. – Vossa Majestade.

- Por favor, pare – ele riu. – É bom saber que nossa relação não vai mudar.

- Mas deveria, já que... – te interrompeu.

- Não comece com essas ideias – ele se lembrou de algo. – Só que agora... terei que sair mais do quarto.

- Tenho certeza que irá conseguir!

- Gosto da sua determinação – e riram.

- Olá Majestade, sinto muito em atrapalhar – a ruiva que viu antes, Hayley, fez reverência. – Porém, queria vir desejar boas vindas em seu reinado. Que ele seja próspero.

- Obrigado – fez uma breve reverência com a cabeça.

- Irei deixá-los a vontade – saiu dali, sabendo que o rei tem que cumprimentar as outras pessoas, e que não pode ficar simplesmente conversando com você.

Antes de colocar um outro petisco na boca, viu Anna chegando com a aquele tal de Hans, muito felizes.

Foi chegando mais perto até ouvir os dois pedirem a benção, para o casamento dos dois.

Isso só pode ser uma brincadeira, não é? Eles se conhecem tem algumas horas!

Ficou mais aliviada ao ver Elson parar com aqueles sonhos bobos, dizendo que irmão de ninguém irá ficar ali, e que ninguém irá se casar.

- Eu preciso conversar com você, mas... a sós – ele começou.

- Não. O que tem para dizer, pode falar para nós dois – ela passou um braço em volta do de Hans.

- Certo – voltou a ficar mais sério. – Não pode se casar com quem acabou de conhecer.

- Posso sim, se for amor verdadeiro.

- Anna, o que sabe sobre amor verdadeiro?

- Bem mais do que você. Tudo que sabe é como abandonar as pessoas.

O rosto dele... ele tentou não se mostrar abalado com aquelas palavras mas, demonstrou rapidamente, voltando a compostura em seguida.

- Você pediu minha benção, e a resposta é não. Agora, com licença.

- Majestade, se eu puder explicar... – Hans começa.

- Não, não pode – ele começou a andar. – A festa acabou, fechem os portões.

- Elson, não, espera – ela foi atrás do irmão, puxando sua luva.

- Anna, calma – você pediu.

- Devolva a minha luva – ele tentou pegar de volta, mas Anna aproximou para si.

- Elson, por favor, por favor. Eu não consigo mais viver desse jeito.

Ele ficou alguns segundos em silêncio. Parecia que aquilo iria durar uma eternidade. Porém, logo as palavras saíram de sua boca, em um tom mais baixo.

- ...Está livre para ir – disse olhando no fundo dos olhos da irmã. E assim andou, querendo sair.

- O que foi que eu fiz pra você?

- Já chega Anna.

- Não, por que, por que você me abandonou? Por que se isolou do resto do mundo? Do que você tem tanto medo?!

- Eu disse, já chega! – a mão que balançou, criou estacas de gelo no chão.

As pessoas pararam de dançar.

A música parou.

A respiração de Elson pode ser muito bem ouvida.

- Feitiçaria... eu sabia que havia alguma coisa muito errada aqui – o Duque de Weselton se escondeu atrás de um homem.

O segredo foi revelado...

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