Marriage of Convenience

By PetalaNegra0

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Constantine Hill, chefe da máfia italiana. Morgan Stanley, uma jovem metida em negociações de interesse. Os... More

𝐌𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐨 "𝐒𝐢𝐦"
𝐌𝐮𝐝𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐝𝐞 𝐩𝐥𝐚𝐧𝐨𝐬
𝐌𝐞𝐬𝐦𝐚 𝐜𝐚𝐦𝐚
𝐔𝐦 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 (𝐢𝐧)𝐟𝐞𝐥𝐢𝐳
𝐀𝐣𝐮𝐝𝐚 (𝐢𝐧)𝐝𝐞𝐬𝐞𝐣𝐚𝐝𝐚
𝐑𝐞𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬
𝐂𝐢𝐮́𝐦𝐞𝐬?
𝐏𝐫𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐚𝐭𝐞𝐧𝐜̧𝐚̃𝐨
𝐌𝐞 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫
𝐒𝐨𝐛 𝐚 𝐦𝐞𝐬𝐚
𝐏𝐨́𝐬 𝐟𝐞𝐬𝐭𝐚
𝐂𝐚𝐬𝐭𝐢𝐠𝐨𝐬.
Não é um capítulo. Mas é importante!
𝐂𝐢𝐮́𝐦𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐯𝐨?
𝐏𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫, 𝐬𝐮𝐦𝐚
𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞̂?
𝐏𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫, 𝐦𝐞 𝐦𝐚𝐭𝐞
𝐌𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐮𝐥𝐩𝐞
𝐃𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐜𝐨̂𝐦𝐨𝐝𝐨𝐬
𝐏𝐚𝐫𝐚𝐛𝐞́𝐧𝐬
𝐄𝐬𝐭𝐫𝐚𝐠𝐚 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫𝐞𝐬
Pergunta rápida! Não é capítulo!
𝐀 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚 𝐬𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐭𝐞.
𝐁𝐨𝐦 𝐝𝐢𝐚.
𝐏𝐫𝐚𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐞 𝐟𝐫𝐢𝐨.
𝐔𝐦 𝐩𝐞𝐝𝐢𝐝𝐨.
𝐆𝐚𝐫𝐨𝐭𝐚𝐬?
𝐌𝐚𝐬𝐜𝐨𝐭𝐞
𝐈𝐦𝐩𝐥𝐨𝐫𝐞.
𝐃𝐞 𝐢𝐠𝐮𝐚𝐥 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐢𝐠𝐮𝐚𝐥
𝐇𝐚𝐣𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐚𝐥
𝐀𝐭𝐞𝐧𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐨𝐮 𝐚𝐬𝐬𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐚𝐭𝐨?
𝐂𝐨𝐦𝐚𝐧𝐝𝐨
𝐀𝐝𝐞𝐬𝐭𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫
𝐀𝐦𝐚𝐝𝐮𝐫𝐞𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐦 𝐬𝐮𝐫𝐭𝐨𝐬
𝐎 𝐜𝐮𝐥𝐩𝐚𝐝𝐨
𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚?
𝐂𝐨𝐧𝐯𝐢𝐯𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚
𝐌𝐞 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫 𝐚𝐥𝐠𝐨...(𝑓𝑖𝑙𝑙𝑒𝑟)
𝐎 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐨. (𝐹𝑖𝑙𝑙𝑒𝑟)
𝐎 𝐩𝐚𝐠𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐞 𝐨 𝐭𝐫𝐨𝐜𝐨
𝐀𝐭𝐞́ 𝐝𝐞𝐳
𝐃𝐞 𝐣𝐨𝐞𝐥𝐡𝐨𝐬
𝐍𝐨𝐯𝐚 𝐜𝐡𝐞𝐟𝐞
𝐍𝐨́𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐫𝐢́𝐚𝐦𝐨𝐬
𝐋𝐞𝐯𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐚𝐦𝐞𝐚𝐜̧𝐚
𝐈𝐧𝐭𝐞́𝐫𝐩𝐫𝐞𝐭𝐞
𝐔𝐦 𝐧𝐨𝐯𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐨
𝐄𝐩𝐢́𝐥𝐨𝐠𝐨
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𝐃𝐨𝐜𝐞 𝐯𝐢𝐧𝐠𝐚𝐧𝐜̧𝐚

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By PetalaNegra0

 Morgan

    Pelo que entendi, estamos indo para outro lugar, mas não é um shopping ou loja de roupas.

- Onde vamos?

- A um salão.

- A um salão? Para que?

- Fazer o cabelo, unhas, tudo.

- Meu cabelo já está feito e eu faço minhas unhas! - estão horríveis, meu cabelo e minhas unhas, não sei fazer isso.

- Eu sei, mas me deixe te mimar de vez em quando - empurrou meu rosto no banco do carro.

- Canalha - fiz cara feia para ele.

- Levo como elogio - mandou um beijo.

- Chato!

- Sempre. E você me adora.

- Não preciso ir no salão, se acha que estou feia é só falar.

- Não acho que está feia, sou sincero o suficiente para falar se estivesse. Eu só acho que merece ser mimada depois dos últimos acontecimentos, o que tem demais?

- Parece estar me chamando de feia.

    Fomos pro salão, fui o caminho toda lembrando que ele estava supostamente me chamando de feia e desarrumada. Sai do carro quando chegamos, entrei no salão sem nem olhar para trás.
Nunca fui em um salão de beleza, o máximo que eu fazia era passar em frente e ver as pessoas dentro dele se arrumando.
    Tine foi falar com o dono, ele nos cumprimentou sorridente e perguntou o que eu iria querer fazer, meu marido disse que seria o pacote completo do salão, não sei o que isso quer dizer, mas acho que vai demorar.

- Pacote completo? - Olhei pro Tine, confusa. - Não preciso disso.

- Uhum. Considere um presente, garanto que não vai ser ruim.

- Isso vai demorar demais e vão ver os aparelhos.

- Ninguém aqui vai falar dos seus aparelhos.

- Que piada, logo em um salão de ricos? - Ri sarcástica.

- Desculpe me intrometer, Moça. Mas aqui somos bem profissionais - O dono falou gesticulando.

- Só não corte muito do meu cabelo. - Me dei por derrotada, não ia chegar em nada discutir.

- Seu cabelo só precisa ser aparado mocinha!

- Certo.

     Fui me sentar, fiz tudo o que mandaram, levantar para lavar o cabelo, fazer hidratação e várias coisas. No meio disso, vi algumas garotas entrarem no salão... As garotas que me bateram.
Me levantei rápido, a funcionária que estava terminando de passar a hidratação no meu cabelo me olhou assustada.

- Desculpe, eu já vou voltar! - Falei indo até o banheiro com pressa. A moça não entendeu nada.

     Sinto que estou começando a ter falta de ar, igual o dia que Scott me prendeu naquele quarto, no castigo. Entrei no banheiro e fechei a porta, respirando fundo e contando os números, como fiz com a Íris. Estou tremendo de medo. 1...2...3... Não funciona mais, não funciona!

- Morgan? - Tine bateu na porta..

- Que foi? - Tentei disfarçar a falta de ar e a vontade de chorar enquanto falo. Foi em vão.

- Abra a porta. O que aconteceu?

- Nada, não aconteceu nada. Eu falei que já ia voltar.

     Minha voz está começando a ficar embargada por causa da vontade de chorar, eu sabia que não deveria ter vindo nessa porra de salão. Comecei a contar mais uma vez, não adiantou, só piorou. Elas vão demorar para sair, não tenho como sair do salão e nem desse banheiro.

- Morgan, por favor, abra a porta.

     Abri a porta devagar, mesmo sendo contra minha vontade. Se eu não abrisse, ele iria arrombar ela sozinho só para ver como estou.
     Minha respiração ficou pior depois de abrir a porta, posso ver as garotas daqui. Era só para eu ser mimada e não ficar desse jeito. Ele entrou e fechou a porta, segurou meu rosto, está sério, mas não me dá medo, sei que a raiva nos olhos dele não é direcionada a mim. Parece que eu tenho asma de tão ruim que minha respiração está. Não quero que fique desse jeito por minha causa.

- Eu só preciso de um tempo.

- Foram elas? Elas que fizeram aquilo com você? - Tudo o que fiz foi concordar com a cabeça.

- Foram... - Eu fui abraçada. Sei que os abraços doem nele, mas ele me abraçou.

- Não vão chegar perto de você. Nunca mais.

     Minha boca não me obedece, não fui capaz de dizer uma palavra sequer. Só consegui abraçar ele e fungar, já que não estava chorando.

- Falei que não era uma boa ideia ir em um salão.

- Me desculpe. Se não queria ficar, eu não deveria ter insistido.

- Não podemos terminar em casa?

- Podemos. Mas também podemos fazer outra coisa.

- O que? Preciso lavar o cabelo.

- Podemos acidentalmente mudar umas cores de cabelo, raspar algumas sobrancelhas...

- Não está falando sério, está? - Ri disso, me sinto mais calma.

- Claro que estou! Elas merecem isso e muito mais.

- Tá bom, mas como vamos fazer isso?

    Olhei para ele atenta, não imaginei que ele fosse sugerir isso, por mais que tenha ficado com raiva delas.

- Conheço o dono, se eu garantir que não vai ser linchado depois disso então ele pode até ajudar.

- Vamos pedir para ele?

- Claro. E se quiser terminar o cabelo, tem salas reservadas aqui.

- Aceito. - Sorri sem mostrar os dentes. Nunca mais volto aqui.

    Saímos do banheiro, em silêncio e disfarçadamente. Constantine chamou o dono, ele odiou a ideia de primeira, até saber o porquê de estarmos fazendo, Tine prometeu proteção judicial caso houvesse um processo, e depois disso foi a finalização do meu cabelo, numa sala realmente reservada, nos lavabos. Elas não me viam e eu não as via, foi bem melhor assim.
    Perguntei sempre que conseguia se já tinham feito algo ou não, animada com a ideia, mas ainda com um pé atrás de saberem que foi ideia do meu marido. E se me baterem de novo por isso? Vou estar ferrada, muito ferrada.
    Foi então que ouvi um grito, seguido do Tine entrando onde eu estava com uma tesoura nas mãos e segurando o riso. Acho que um cabelo foi cortado.

- Cortou o cabelo dela? - Ri anasalado. Ele colocou o dedo sobre a boca, para eu falar mais baixo. - Desculpe. - Falei baixo dessa vez.

- Foi a primeira, o que sugere para a próxima?

- O cabelo!

- Pintar?

- De azul. - Um sorriso descarado surgiu nos lábios dele.

- É pra já, senhorita.

    Soltei um riso baixo, prestei atenção quando saiu da sala e foi aprontar com as meninas de novo. Cortar cabelos, pintar de azul, raspar sobrancelhas e até mesmo cortar as unhas erradas ele pediu para as manicures fazerem.
    Enquanto eu fiquei na sala reservada, fazendo as unhas e cabelo, confesso que adorei ser mimada desse jeito. Primeiro compras e agora isso, só está faltando me levar em um SPA! Eu não reclamaria se levasse.


Constantine

     Foi satisfatório fazer aquilo por ela. Mas quero fazer bem mais. As meninas saíram aos gritos e berros do salão, mas o caso não vai ter repercussão alguma. Fomos para casa já no fim da tarde, deixei a Morgan aproveitar tudo o que quisesse do salão, com direito a sorvete depois.
     O caminho não foi silencioso já que John ficou assustado e querendo saber de tudo, contamos, é claro. Mas travessuras como aquelas não são a minha praia, a minha praia vai começar agora. Quando entramos em casa e deixamos todas as compras no closet eu chamei a Morgan para a cama, precisava saber de uma coisa para poder prosseguir.

- O que queres de mim? - Ela brincou, se deitando na cama. Soltou um suspiro longo.

- Quero que me diga o que fizeram com você.

- Por que do nada?

- Não vai querer saber, mas eu preciso saber.

- Bom, eu sempre saio por último da sala, então só me empurraram lá e trancaram a porta... Me chutaram, deram tapas, puxões de cabelo, socos e uma delas arrancou os aparelhos do meu ouvido. - Posso ver que está tensa, ficou com medo delas.

- Mi amor - Deitei com ela na cama.

- Diga.

- Elas vão pagar pelo que fizeram com você.

- Não pode processar elas.

- Eu não disse que ia processá-las. - Tiro o cabelo dela do rosto, como ela pôde achar que eu a achava feia?!

- Então o que vai fazer? - Ela me abraçou com cuidado e encostou a cabeça no meu peito. - Não vai bater nelas, vai?

- Não precisa saber o que vou fazer, só precisa saber que eu consigo e posso.

- Não faça besteira.

- Não sabe com quem se casou, sabe?

- Constantine Hill. - O pai dela sabe quem sou, mas não contou para ela? Deve achar que sou algum tipo de louco.

- Constantine Hill, chefe da máfia que reside nessa cidade.

     Pude ver ela rir como se fosse uma piada, logo me deu um selinho ainda rindo e se levantou.

- Você tira cada coisa da cabeça que é impressionante.

- O que acha que aconteceu aqui aquele dia? Por que acha que casamos?

- Meu pai fez isso por dinheiro, só sabe pensar nisso e eu sei que não nos casamos por amor.

- E não pensou em perguntar o que o lado de cá ganhava com o acordo?

- A única cláusula que pude ler naquele maldito contrato foi de não perguntar nada para ninguém, nem ao John eu poderia me referir.

- E nem por existir um contrato, você sequer se perguntou sobre? - Eu entendo, se não precisava saber, não saberia.

- O resultado da pergunta me custou muita maquiagem no dia da festa, para esconder a marca que Scott deixou no meu rosto.

- Está recebendo a resposta das perguntas agora.

- Você vende órgãos e faz tráfico de mulheres e crianças?

- Eu chefio galpões e cassinos...e um pouco mais.

- Então a sua resposta pouco me importa. Não corro riscos de perder órgãos ou ser vendida, não que eu já não tenha sido vendida para o seu pai quando ele concordou com o casamento. - Tive que rir.

- Realmente, não corre esses riscos.

- Isso é ótimo. - Ela ainda não acredita em mim, está achando engraçado. Talvez seja melhor assim. Ser a única mulher num negócio de homens e para homens não é nada legal, minha mãe sabe disso, minha avó também sabia.

     Ela ficou mais um tempo em pé falando comigo, logo depois foi tomar um banho e relaxar na banheira. Eu fiz ligações enquanto isso, a noite vai ser longa. Conheço aquelas garotas, sei seus nomes e sei como não valem os solados dos sapatos que usam, pedi para alguns homens as levarem "gentilmente" para meu galpão, temos contas a acertar. Mais a noite, depois de Íris me obrigar a refazer curativos e tomar remédios, eu saí. O galpão é longe, assim como deve ser, e a partir de hoje vamos ter que mudar para outro, é assim que mantemos tudo em segurança. Podem saber onde estávamos, mas nunca onde estamos agora.
     Fui avisado de que as minhas convidadas já haviam chegado antes de mim, sem problema nenhum, são mais alguns minutos de paz para elas.
     Chegamos em aproximadamente duas horas, abriram as portas do local quando entrei, não me dirigiram à palavra, como exigi que façam. Esses caras não me respeitam pela idade, porém me temem pela fama de crueldade, felizmente é o suficiente para mantê-los na linha enquanto ainda me servem.
     Posso ouvir as garotas gritarem por pedidos de ajuda e socorro.

- Mas que barulheira.

- São essas aí, não calaram a boca um minuto.

- Tranque-as na sala vazia. Não precisa prender as mãos. - o capanga obedeceu.

    Um minuto depois elas foram empurradas no chão da sala vazia, uma em cima da outra.
Xingaram o capanga que fez isso, dizendo que ele iria se arrepender por isso e que mandariam o prender. Ri anasalado, o som ecoou pela sala. Estão assustadas, igual ratinhos de laboratório.

- Seus idiotas! Vão se arrepender disso! - A morena gritou, é ela mesma que eu quero.

- Você fala demais para quem está em desvantagem. Cala a boca. - Dei um tapa no seu rosto.

- A gente não fez nada para estar aqui! Nos deixe ir embora!

- Quer dinheiro? Nós damos dinheiro! - Dessa vez foi a ruiva.

- Posso comprar vocês com o dinheiro que tenho, meu problema não é esse.

- Então o que você quer?!

- Eu quero que paguem. Sabem bem as coisas que fizeram no Colégio Carnatal a alguns dias em nome de uma mentira.

- Nós não fizemos nada!

- Ah, não mintam para quem sabe a verdade - Seguro o rosto da ruiva, todas elas estão vendadas. - Espancaram a pessoa errada. Diferente de vocês, ela tem meios para se vingar.

- Aquela puta mandou nos matar!? - Que ousadia. Mereceu o tapa estalado que levou novamente.

- Não. Alguém próximo que ficou muito... Incomodado com a situação.

- Foi o zelador?! Falei que ele era uma pedra no caminho! - Estão brigando entre si em um momento desse?

     Bati a mão na parede. O galpão tem um eco extremo, fazer isso gera um barulho bem alto.
Elas finalmente calaram as porras das bocas, assustadas é claro.

- Vamos pedir desculpas! Prometemos!

- Oh, claro que vão pedir, isso é óbvio. Mas vamos esclarecer um ponto. - Tranquei a porta. - Vocês não vão contar o que acontecer aqui para ninguém, se contarem, eu vou saber, as pessoas para quem contarem vão saber da minha existência e no fim, qualquer pessoa com quem tenham o mínimo de carinho, morre.

- Já entendemos! Por favor, deixe a gente ir embora. - A ruiva está suplicando, a mais medrosa.

- Vamos pedir desculpas para ela, mas precisamos ir embora! - A morena explicou.

- Claro que não. Ela implorou para ir embora e vocês ainda sim não pararam, não sou piedoso, imbecis.

     Nas próximas horas, reproduzi o que a minha esposa disse que fizeram com ela. Socos, chutes, tapas, puxões de cabelo - E um pouco mais. Uma delas tentou arrastar-se até a porta.

- Só é divertido quando não é você que apanha? - andei até ela lentamente - Porque fugir da festa quando ela está apenas começando?

- Por favor...por favor...

- Oh, sua voz é mais irritante quando implora.

     Em nenhum momento tirei as vendas, mas vão reconhecer a minha voz, e é o que eu quero. Quero que saibam quem fez isso, que temam chegar perto de mim ou da Morgan. Que vivam em constante medo de perder tudo.
    Continuaram suplicando e pedindo para ir embora ou por ajuda, gosto de vê-las com medo. É satisfatório, ainda mais depois do que fizeram.

- Agora, mais uma coisa. - Estou com uma arma, sem balas, só para ouvirem o som do objeto sendo engatilhado - O seu estado foi resultado de uma briga de festa, que meninas briguentas. Nunca estiveram aqui, até porque ninguém acreditaria em putas mimadas.

- Certo! Brigamos em uma festa! - Estão começando a chorar, perderam a ousadia.

- Ótimo. Bom que nos entendemos. - Saio da sala, mas deixo ela fechada.

- O que fazemos com elas? - o segurança da porta perguntou.

- Deixe aí até de manhã, quero que saiam aterrorizadas. E depois leve onde as encontrou.

    Elas continuaram gritando e chorando, desesperadas. Mas outra pessoa mais importante está ligando, Morgan. Atendi a ligação.

- Sim?

- Vai chegar antes do jantar? - Está com voz de que acabou de acordar de uma soneca.

- Estou indo para casa.

- Íris fez bolo, de novo.

- De Coco?

- Sempre faz de coco. Vai demorar?

- No máximo, uma hora e meia.

- Certo, até mais. - Desligou.

    Ainda precisei analisar algumas coisas antes de ir embora, mas foi coisa de alguns minutos e então fui para casa.
    Morgan estava na cozinha com a Íris quando eu cheguei, usando um roupão. Fui direto comer, estava faminto, estranhei a roupa dela, mas não ia falar nada.
    Ela beijou minha bochecha e sorriu, está comendo bolo de chocolate com achocolatado.

- Cansado?

- Um pouco.

- Coma e vamos pro quarto.

- Tá bom então.

    Comi enquanto conversava com a Íris sobre o dia dela, sobre como aumentaram os preços no mercado ou como ela acha que vamos ter diabetes de tanto bolo. Morgan terminou de comer e pegou outro pedaço, quando terminou foi para o quarto.
    Fui para lá depois de me despedir da Íris, ela vai embora quando termina todos os afazeres. Passei também algumas instruções para os seguranças não deixarem ninguém entrar sem permissão, seja quem for. Entrei no quarto e fui direto para um banho quente na banheira, minhas costas estão doloridas, bem menos que antes, mas ainda estão. Fiquei lá por algum tempo para relaxar os músculos, me vesti ainda no banheiro e fui me deitar.
     Quando sai do banheiro, dei de cara com a Morgan na cama, vestindo só uma lingerie. A preta, a que eu escolhi. Está com o cabelo nos ombros e sorrindo, também tem duas taças e uma garrafa de vinho na cômoda.

- Alguma comemoração que eu não me lembro? - Ela fez de propósito, está sendo provocativa. E logo agora...

- Disse que iria me mimar, mas não mimou direito.

     Estou realmente indignado e frustrado. Enquanto ela está sorridente, pegando o vinho e servindo nas taças.

- O que faltou para te mimar direito?

- Oh, já sabe o que faltou, Tine.

- Sabe que estou...impossibilitado, Mi amor.

     Ela só sorriu, está pensando em algo.


 Morgan

     Olhei para ele ainda sorrindo, bebi um pouco do vinho para molhar a boca.

- Pode ajudar com os dedos, não? - Ele sorriu.

- Posso. Se sentar na minha cara, a boca ajuda muito bem também.

- Sentar na sua cara?

- Sentar na minha cara. Não ia reclamar nenhum pouco.

- Não acho uma ideia ruim.

      Ele estendeu a mão para eu entregar uma taça e foi o que eu fiz.

- Temos outras opções.

- Quais opções?

     Tine se levantou e foi até o closet. Voltou com uma caixa azul escura, eu não tinha reparado antes. Observei o que ele iria tirar de lá enquanto bebia o vinho, sempre que acabava eu enchia a taça, mas ele a colocou diante de mim e voltou a se sentar na cama.

- Escolha.

- Escolher? - Olhei a caixa. - O que tem nela?

- Vai saber quando abrir.

- Se estiver me zoando... - Abri a caixa, minha boca ficou em um perfeito O.

     Dentro da caixa tem algemas, vibradores, lubrificantes... Sabia que Tine não era de boa índole, mas isso já é demais!

- Já usou isso com alguém?

- Os da caixa? Não. Talvez algemas, mas só.

- Entendi. - Falei pegando um vibrador, não faço ideia de como usar isso - Mas não vamos usar isso hoje.

- E por que não? 

- Por que não sei usar e o meu professor de putaria não pode me proporcionar aulas práticas - Dei de ombros e bebi vinho, ele riu e jogou a cabeça para trás. 

Conheço bem essa reação, é frustração.

- Tudo bem, mas vou compensar você.

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