O Favorito do Destino

By nineksn

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Existem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capitulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capitulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103

Capítulo 23

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By nineksn

Harry estava parado no hall de entrada, sem jeito, enquanto a maioria dos alunos passava por ele para ir ao banquete, ele se perguntou por que diabos concordou em visitar Godric's Hollow com Tom. Bem, ele sabia o motivo, mas...ele estava ficando louco? Bem possível.

Simplesmente se sentiu...bem que alguém se deu ao trabalho de perguntar. Harry nunca tinha visto o túmulo de seus pais, ele queria, mas ele nunca tinha visto, ninguém nunca perguntou se ele queria visitar. Ninguém se ofereceu para ir com ele, nem mesmo Remus.

Eles apenas pareciam supor que Harry preferia estar no banquete, ou inferno, talvez eles nem tenham pensado nisso. Ele torceu os dedos, nervosamente.

Parecia estranho, de um jeito bom (se isso fazia algum sentido!) que Tom fosse com ele. Claro, Tom provavelmente tinha seus próprios motivos, como sempre, mas ele podia fingir...Harry nunca quis ir sozinho. Era assustador.

Harry também nunca quis que alguém conversasse com ele sobre aquela noite. Era só que...Tom não faria isso parecer estranho. Eles tinham uma história compartilhada também, de certa forma, era um lugar de assuntos inacabados para ambos.
 
- Harry.- uma voz cumprimentou, suavemente. Ele apenas se encolheu ligeiramente. Foi uma conquista. Harry odiava o Halloween e estava sempre no limite, especialmente perto de Tom. Esse dia normalmente acabava com alguém tentando matá-lo. Era uma paranóia razoável de se ter.

- Tom.- disse, calmamente. Harry sentiu os olhos do Sonserino pousando nele, avaliando e queimando direto em sua alma.

- Você está pronto para ir?- ele quis saber. Harry deu de ombros.

- Você está?- ele perguntou de volta. Tom ficou em silêncio.

- Vamos pegar o Nôitbus Andante.- o sonserino disse, finalmente.

Eles desceram, para os portões de Hogwarts e sairam na pequena vila bruxa. Harry decidiu que não gostava muito do Nôitbus Andante. Pelo menos Stan e Ernie tinham parado de tagarelar sobre o quão incrível era o Halloween e como era bom ver 'Arry de novo depois que Tom os encarou mortalmente. O herdeiro da Sonserina tinha um olhar de Basilisco quando queria.

O vento acariciou o lado de seu rosto, gelado como um fantasma. Era uma noite fria. Já estava escurecendo.

Eles começaram a andar. Harry, horrivelmente, não pôde deixar de pensar que Voldemort deve ter trilhado esse mesmo caminho tantos anos atrás. Ele estremeceu ligeiramente.

- Então, qual é o motivo?- Harry perguntou, para preencher o silêncio. Agora, ele não queria ficar sozinho com seus pensamentos. Tom olhou para ele.

- Motivo?- repetiu, preguiçosamente.

- Sim, motivo. Por que você quer ver Godric's Hollow, por que você está aqui?- Harry questionou. Tom ficou em silêncio por um momento.

- O mesmo que você.

- Sério?- ele duvidou.

- Qual motivo você acredita que eu tenha?- perguntou Tom.

- Eu não sei.- Harry admitiu.- Eu só não achei que seria ver meus pais sepultados.

Tom sorriu.

- Você não está interessado na casa? Na cena do crime?

Ah...ah.

- Eu realmente não pensei sobre isso.- Harry murmurou, honestamente.

Eles passaram por um antigo memorial de guerra, Harry mal deu uma olhada, só parando quando Tom segurou seu braço, com uma gentileza incomum.

- O que?- ele perguntou. Tom inclinou a cabeça para a estátua, Harry seguiu seu olhar, arregalando os olhos. O monumento havia mudado e...ele se aproximou, fascinado com a visão de seus pais e do bebê.- Salazar...- Harry sussurrou.

Tom estava em silêncio, discreto. Havia uma cor escura em seus olhos. Harry olhou por mais alguns momentos, antes de balançar a cabeça e continuar. Eles estavam indo para o cemitério primeiro.

Harry se sentiu entorpecido, olhando para a lápide reluzente. Oco e vazio. Ele nunca havia sentido tanto a perda antes. Isso de alguma forma fez com que ele sentisse mais forte, mais real agora.

Seu coração doeu. Harry percebeu tardiamente que não tinha flores para dar e se assustou quando um buquê de rosas e lírios foi pressionado em suas mãos. Sua cabeça se ergueu para ver os olhos de Tom sobre ele, ilegíveis.

- Obrigado.- ele murmurou, envergonhado por sua voz rouca e embargada. Ele se agachou, colocando as flores no chão, traçando as palavras escritas. Fechou os olhos, sentindo algo ardente e quente descendo por suas bochechas em comparação com sua pele gelada.

- Você está chorando.- afirmou Tom. Os olhos de Harry se abriram enquanto dedos finos escovavam a umidade de sua pele. Tom estava olhando para as gotas com algo parecido com fascínio.

- Sim.- Harry disse, defensivamente.- Você nunca chorou?- Tom desviou os olhos de seus dedos para ele.

- Não desde que eu era uma criança de cinco anos.- Tom olhou para baixo novamente, esfregando a umidade das lágrimas nos dedos. Suas palavras seguintes foram calmas, tão calmas que, se quisesse, poderia fingir que não as ouviu.- Sinto muito.

- Não é sua culpa.- Harry murmurou.- Você não é ele.- Ele podia sentir os olhos de Tom sobre ele novamente.

- Nem é sua.- Tom disse.

Harry forçou um sorriso.

- Nós somos um par de desajustados.

- De fato.- Tom murmurou, ainda observando-o atentamente. Harry sorriu um pouco mais genuinamente.

- Pode relaxar, Sr. Sociopata, não vou chorar em você.

Tom sorriu.

- Oh, obrigado, Salazar, eu tenho uma reputação a zelar.- Harry riu um pouco, antes de olhar para o céu e ficar sério.

O que seus pais pensariam dele? Estariam orgulhosos? Ou eles o repudiariam como um traidor e uma cobra?

- Eles seriam tolos se não fossem.-  disse Tom, baixinho.

- O quê?- Harry perguntou.

- Orgulhosos. Eles seriam tolos se não fossem.

- Você acha?- ele perguntou, sem saber por que estava perguntando isso a Tom, de todas as pessoas, ou como ele sabia de seus pensamentos.

- Sim.

Harry ficou em silêncio por mais um momento, Tom também estava quieto.

- Casa?- ele perguntou.

- Casa.

Merda, Harry se sentiu mal.

Tom

A casa estava caindo em um estado de ruínas, enegrecida pela idade e pelo fogo. Um pequeno arrepio percorreu sua espinha, algo desconfortável.

Tom podia sentir a magia persistente do lugar empurrando contra ele, desesperadamente, furiosa. Estava muito fraca para fazer qualquer coisa, e Harry não pareceu notar.

Ainda assim, o incomodou um pouco. As proteções velhas e quebradas, o conheciam. Elas o reconheceram por quem ele realmente era, não importa o que Harry dissesse a si mesmo.

Tom manteve um olho no outro garoto o tempo todo. Harry estava subjugado, e o ar estava silencioso entre eles, sem respostas rápidas ou comentários sarcásticos.

Não era exatamente desconfortável, mas também não havia uma sensação de companheirismo. Tom ficou quieto, sem saber como se dirigir ao outro, o que era ridículo, não era como se ele fosse do tipo que poupava os sentimentos de Harry.

Havia fotos e resquícios de uma longa vida perdida ainda remanescentes. Tom sentiu algo estranho puxar suas entranhas. Não era arrependimento ou pena, mas era algo...estranho. Era culpa, mas também não era. Era também admiração e uma sensação vingativa de triunfo.

Harry não olhou para Tom, estudando seus arredores com mais foco do que o necessário. Não era só ele. Este lugar também não estava bem com Harry. Grande parte estava em ruínas, não havia sobrado nada, e a construção estava caindo aos pedaços. Foi só por magia que a madeira já não tinha apodrecido.

Eles começaram a subir as escadas.

Tom podia sentir uma sensação de antecipação, faminta e ansiosa crescendo dentro de si. Sua magia estava começando a esvoaçar. Ele estava vagamente ciente de que seu eu mais velho devia ter dado esses mesmos passos, na mesma noite...mas sob circunstâncias tão diferentes.

Tom descobriu que realmente não sentia nada sobre isso, e não podia deixar de se perguntar se ele deveria estar sentindo algo mais além de apatia e indiferença. A mão de Harry tremia levemente quando ele parou do lado de fora da porta. Ele estava hesitando, impotente.

- Este era o quarto.- afirmou. Tom o observou atentamente.

- Você se lembra?- ele questionou. A cabeça de Harry se inclinou levemente em confirmação e algo apertou seu estômago novamente, roendo como uma fera faminta. Tom deu um passo à frente, sem deixar de notar a forma como Harry se encolheu.

Ele sentiu uma pequena sensação de...algo quando o enigma de olhos verdes não se afastou dele. Vendo que Harry parecia estar grudado no lugar, incapaz de se mover, Tom tomou a iniciativa de abrir a porta.

- Você pode ficar do lado de fora, se quiser.- sugeriu, calmamente. Harry o olhou, pela primeira vez, seus olhos brilhando como esmeraldas na escuridão.

- Eu vou entrar...eu...eu tenho que ver.- murmurou. Assim como Tom. Ele tinha que ver também.

Tom entrou.

Harry

Harry entrou atrás de Tom, cautelosamente, náusea e tristeza e até mesmo um toque de medo aninhados ao redor de seu coração como uma faixa de gelo. Ele não tinha certeza do que estava esperando, mas este quarto destruído não era isso.

Tinta vermelha e dourada, descascando na parede. Um catre, totalmente destruído com cacos de madeira espalhados pelo quarto. Metade da parede do quarto estava faltando, dando vista para as ruas e campos além.

O telhado estava meio arrancado, como se tivesse sido puxado por mãos gigantes e cruéis. O quarto em geral parecia ter sido atingido por uma bomba. Ou, sua mente ofereceu de forma pouco acolhedora, uma maldição de morte rebote.

Verde brilhou atrás de suas pálpebras. Gritos ecoaram em sua cabeça. Harry só estava ciente do som engasgado que devia ter vindo dele, quando Tom, alguns passos à frente, olhou para ele bruscamente.

- Poderia fazer algum trabalho de decoração de interiores...- o lorde das trevas adolescente afirmou. Harry não tinha certeza se amaldiçoava Tom por aquele comentário, ou o abraçava por quebrar aquele silêncio horrível.

- Seu rosto poderia fazer algum trabalho de decoração de interiores.- ele murmurou. Tom arqueou uma sobrancelha, mas felizmente não comentou sobre seu retorno abismal. Harry deu alguns passos para ficar ao lado de Tom.

Ele estava quase esperando que algo importante acontecesse, como um flashback ou algo assim. Não havia nada, e era assustador. Harry estremeceu ligeiramente, podia ouvir suas vozes, ouvir sua mãe implorando por misericórdia.

- Você está bem?- perguntou Tom.

- Sim.- disse automaticamente, antes de fazer uma pausa.- Sinto que deveria haver algo mais.- admitiu.

- Um pouco anticlimático, não é?- respondeu Tom. Harry olhou para o outro garoto surpreso; não era só ele que achava isso, então? Os olhos de Tom vasculharam o quarto, implacavelmente, depois pararam, congelados.

Harry seguiu seu olhar, seus dedos se apertaram levemente. Uma capa, preta...de Voldemort, sem dúvidas. Amassada pelo berço. Tom passou por ele em segundos, sua mão vasculhando os bolsos.

Harry sentiu algo o atingir com força, e se virou, sentindo-se enjoado. Involuntariamente, ele encontrou seus olhos atraídos de volta para o herdeiro da Sonserina enquanto ele pegava algo do bolso.

- O que é isso?- Harry perguntou, apesar de si mesmo. Tom estendeu a mão para mostrar a ele.- Isso é...- começou a falar, antes de parar. Ele se sentiu distintamente desconfortável.

- Um Lembrol.- Tom disse, suavemente. Mesmo enquanto ele falava, a fumaça dentro do orbe rodopiava em um vermelho sangrento.

O que diabos eles estavam perdendo?

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