Marriage of Convenience

By PetalaNegra0

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Constantine Hill, chefe da máfia italiana. Morgan Stanley, uma jovem metida em negociações de interesse. Os... More

𝐌𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐨 "𝐒𝐢𝐦"
𝐌𝐮𝐝𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐝𝐞 𝐩𝐥𝐚𝐧𝐨𝐬
𝐌𝐞𝐬𝐦𝐚 𝐜𝐚𝐦𝐚
𝐔𝐦 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 (𝐢𝐧)𝐟𝐞𝐥𝐢𝐳
𝐀𝐣𝐮𝐝𝐚 (𝐢𝐧)𝐝𝐞𝐬𝐞𝐣𝐚𝐝𝐚
𝐑𝐞𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬
𝐂𝐢𝐮́𝐦𝐞𝐬?
𝐏𝐫𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐚𝐭𝐞𝐧𝐜̧𝐚̃𝐨
𝐒𝐨𝐛 𝐚 𝐦𝐞𝐬𝐚
𝐏𝐨́𝐬 𝐟𝐞𝐬𝐭𝐚
𝐂𝐚𝐬𝐭𝐢𝐠𝐨𝐬.
Não é um capítulo. Mas é importante!
𝐂𝐢𝐮́𝐦𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐯𝐨?
𝐃𝐨𝐜𝐞 𝐯𝐢𝐧𝐠𝐚𝐧𝐜̧𝐚
𝐏𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫, 𝐬𝐮𝐦𝐚
𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞̂?
𝐏𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫, 𝐦𝐞 𝐦𝐚𝐭𝐞
𝐌𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐮𝐥𝐩𝐞
𝐃𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐜𝐨̂𝐦𝐨𝐝𝐨𝐬
𝐏𝐚𝐫𝐚𝐛𝐞́𝐧𝐬
𝐄𝐬𝐭𝐫𝐚𝐠𝐚 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫𝐞𝐬
Pergunta rápida! Não é capítulo!
𝐀 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚 𝐬𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐭𝐞.
𝐁𝐨𝐦 𝐝𝐢𝐚.
𝐏𝐫𝐚𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐞 𝐟𝐫𝐢𝐨.
𝐔𝐦 𝐩𝐞𝐝𝐢𝐝𝐨.
𝐆𝐚𝐫𝐨𝐭𝐚𝐬?
𝐌𝐚𝐬𝐜𝐨𝐭𝐞
𝐈𝐦𝐩𝐥𝐨𝐫𝐞.
𝐃𝐞 𝐢𝐠𝐮𝐚𝐥 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐢𝐠𝐮𝐚𝐥
𝐇𝐚𝐣𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐚𝐥
𝐀𝐭𝐞𝐧𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐨𝐮 𝐚𝐬𝐬𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐚𝐭𝐨?
𝐂𝐨𝐦𝐚𝐧𝐝𝐨
𝐀𝐝𝐞𝐬𝐭𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫
𝐀𝐦𝐚𝐝𝐮𝐫𝐞𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐦 𝐬𝐮𝐫𝐭𝐨𝐬
𝐎 𝐜𝐮𝐥𝐩𝐚𝐝𝐨
𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚?
𝐂𝐨𝐧𝐯𝐢𝐯𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚
𝐌𝐞 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫 𝐚𝐥𝐠𝐨...(𝑓𝑖𝑙𝑙𝑒𝑟)
𝐎 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐨. (𝐹𝑖𝑙𝑙𝑒𝑟)
𝐎 𝐩𝐚𝐠𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐞 𝐨 𝐭𝐫𝐨𝐜𝐨
𝐀𝐭𝐞́ 𝐝𝐞𝐳
𝐃𝐞 𝐣𝐨𝐞𝐥𝐡𝐨𝐬
𝐍𝐨𝐯𝐚 𝐜𝐡𝐞𝐟𝐞
𝐍𝐨́𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐫𝐢́𝐚𝐦𝐨𝐬
𝐋𝐞𝐯𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐚𝐦𝐞𝐚𝐜̧𝐚
𝐈𝐧𝐭𝐞́𝐫𝐩𝐫𝐞𝐭𝐞
𝐔𝐦 𝐧𝐨𝐯𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐨
𝐄𝐩𝐢́𝐥𝐨𝐠𝐨
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𝐌𝐞 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫

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By PetalaNegra0

Constantine

◇◇◇◇

Nessa mesma noite, alguns amigos me chamaram para uma festa, seria na casa de um deles, bebida, adolescentes bêbados e mais bebida, porque não ir, não é? Talvez Morgan aceite ir comigo, pelo fato DE que pode facilmente se misturar com os outros e esquecer de mim a noite toda ou simplesmente se distrair do dia péssimo que nós dois tivemos. Mas também tem as chances de negar, negando ou não, vou de qualquer jeito.
Me virei para ela na cama, está concentrada no jogo de decoração de casa no celular. Cutuquei o ombro dela para me olhar, um abajur está com a luz ligada justamente para se eu for falar algo.

- O que você quer? Já me forçou a comer a janta.

- Tem uma festa, estou te chamando para ir.

- Uma festa? - Desligou o celular e me olhou com mais atenção do que antes.

- Uma festa.

- Passo, seria sem graça não poder escutar nada.

Realmente seria sem graça, não quero estar na pele dela por isso. Mas, talvez eu possa deixar a festa com graça.
Eu mesmo havia esquecido, pesquisei sobre surdez, a melhor alternativa para ela "voltar a escutar", são os aparelhos auditivos. Detesto ela, porém não sou desumano, conversei com um otorrinolaringologista - talvez ela me deva uma, dormi fora de casa só para isso dar certo - e consegui um par para uma "surpresa".

- Fecha os olhos.

- Aí não vou saber o que está falando.

- Não vou falar nada.

- Tá bom... - Ela fechou os olhos, desconfiada.

Não era uma coisa para agora, seria para um momento mais oportuno em que não estivéssemos tentando nos matar. Mas por outro lado é bem oportuno. Peguei uma das suas mãos após pegar uma caixa na gaveta do criado mudo, deixei sobre as mãos dela e a cutuquei para abrir os olhos.

- O que você me deu? Espero não ser algo nojento - Assim que abriu os olhos parou de falar, ficou com uma expressão confusa e me olho - Me explique.

- São aparelhos auditivos. Não tem muito o que explicar.

- Aparelhos auditivos? Como não? Acabou de me dar a porra de aparelhos auditivos!

- Se derem certo para você, vai conseguir ouvir com eles, cacete! Você é surda, não muda, para de gritar!

- Até me dando algo é arrogante, fala sério.

Ela se sentou na cama e abriu a caixa dos aparelhos, pegou eles devagar e estranhando. É a primeira vez que vê um aparelho auditivo, é a minha primeira vez vendo um também. Mas mesmo assim auxiliei no que pude, já que o otorrino me deu um tutorial grátis de como colocar essas coisas, tem até controle de volume! Se eu fosse mente suja, estaria pensando em outras coisas, mas sou muito comportado para isso. Ajudei ela a colocar os aparelhos, ela já tinha prendido o cabelo com uma xuxinha e agora só faltava ajustar essas coisas.

- Não estou vendo diferença nenhuma - Aproximei minha mão da orelha dela, procurando o botão de volume e aumentei um pouco, estava zerado.

- E agora?

Ri baixo quando percebi que ela acabou se assustando um pouco com a minha voz, parece estar perdida até com o barulho mais baixo que estivesse ouvindo. Estalou os dedos perto de um dos ouvidos, se afastou quando escutou o barulho do estalo, também deu um grito por ter se assustado mais uma vez com o barulho. Não esperava por essa.

- Como fez isso!? - Tampou a boca, não reconheceu a própria voz?

- Como fiz o que? Quem estalou os dedos foi você.

- Os aparelhos, como conseguiu eles!?

- Ah...Eu comprei? Era para ser um selamento de paz, mas serviu para o momento.

- ... Obrigada. - Virou o rosto, evitando me olhar. O orgulho mais uma vez foi por água abaixo - Não vai falar nada?

- Vai querer ir para a festa? - Não vou ser superior agora, ela está tão...feliz.

- Vou, vou querer - O tom de voz parece ter ficado mais animado, acho que por não estar precisando mais olhar no meu rosto enquanto estivermos conversando.

Acho que ficou animada com a ideia de conseguir prestar mais atenção nas aulas e no que as pessoas vão falar com ela, já que não vai mais ignorar ninguém.

Sem muita perda de tempo, fui me trocar para sairmos. Vesti uma camisa branca com calça de alfaiataria preta e sapatos pretos também.
Morgan fez a mesma coisa quando me viu, pegou a roupa e foi para o banheiro se arrumar. Consegui me arrumar mais rápido que ela, pelo visto foi mais caprichosa em se maquiar também. Saiu do banheiro usando um vestido vinho acima dos joelhos e com decote, mas dessa vez não era necessário o sutiã.

- A sua falta de sutiãs foi útil dessa vez.

- Para sua informação, não gosto de usar sutiãs. - Meus olhos agradecem.

Está usando um salto e maquiagem. Confesso, está mais bonita do que diariamente.

- Vamos? - Acenei que sim e deixei ela ir na frente.

A observei caminhar e estranhar o barulho dos saltos em contato com o chão, ou o barulho das portas ao girar as maçanetas. Em um desses barulhos, ela até parou para perguntar se eu também estava ouvindo, claramente afirmei que sim. O mesmo aconteceu no carro, ela estranhou a voz do John, e pediu para por músicas no rádio, ficou atenta às buzinas, vozes e barulhos vindos de fora do automóvel. Parece até uma criança de 5 anos descobrindo sobre o mundo. Pode não ser mais uma criança, mas está realmente descobrindo as coisas.

- Pode trocar a música? Na Internet estão falando sobre uma que lançou ontem! - Falou olhando para a janela, quer mostrar que agora escuta tudo e todos, e para provar não olha para os rostos.

- Qual o nome?

- Acho que era As It Was! - Com um balançar de cabeça, John pôs a música - Vamos demorar para chegar? - Dessa vez ela me olhou, mas foi nos olhos e não para minha boca.

- Alguns minutos.

- Certo.

Assim que chegamos, Morgan foi a primeira a sair do carro, nem parece que em casa é uma velha rabugenta. Precisei guiar o caminho já que ela desviava a qualquer ruído que ouvia, já está começando a me irritar. Mas ela está sorrindo mais do que nunca, está mais feliz do que quando aquele idiota do Oliver apareceu.

- A música está alta.

- Está - se ela está mais feliz, ótimo, mas eu fico bem menos quando lembro daquele cara. Eu posso matar ele? Seria bem rápido...

- É permitido esse volume a essa hora?

- Provavelmente não, mas realmente ninguém liga.

- Parece que vai incomodar os vizinhos - Estranhei uma coisa, ela acabou de segurar minha mão. Por que está segurando minha mão?

- Se realmente incomodar, a polícia vai vir aqui - Bom, já que ela quem segurou minha mão, e eu quem guio o caminho, foi bom para não perder ela de vista.

- E de quem é a festa?

- Mason Williams.

- É um daqueles garotos populares? Acho que meu ouvido está doendo.

Acho que o ouvido dela doer é normal, já que não escuta a um bom tempo as coisas à sua volta.

- Sabe que pode baixar o volume do mundo agora, né?

- Baixar o volume do mundo?

- Seus aparelhos tem controle de volume, mi amor.

Colocou as mãos nos ouvidos, vendo onde ficava o controle de volume deles, está totalmente perdida. Ponho as minhas mãos sobre as dela para ajudar.

- Consegui - Me olhou sorrindo - Me sinto dentro de um celular.

- Não vou opinar se isso é bom ou ruim - sorri sem mostrar os dentes e a puxei para entrarmos.

Assim que entramos, nos deparamos com muitas pessoas dançando, bebendo e gritando. Morgan se aproximou um pouco de mim, parece ter ficado assustada com as coisas em nossa volta. Até para mim esse lugar está barulhento.

- Olha se não é a gostosona casada da galera! - Morgan se assustou pelo grito repentino, e também porque achou que era com ela, mas isso foi direcionado a mim.

- Me arrependi de ter posto os aparelhos...

- Não foi com você e muito engraçado cara - Mason me abraça rindo.

- Não é mais o nosso mascote encalhado - Ele fez cara triste.

- Nunca fui mascote, você é mascote. Late, come e faz merda - Os outros que estavam perto riram.

- Esse é o dono da festa? - Ela está encarando o Mason - Acho que já vi ele andando com você.

- Eu sou - Ele parou de rir - E você é a esposa.

- Meu nome não é esposa, é Morgan - Mason riu super rápido e depois parou.

- Enfim, fiquem à vontade...Mas não tão à vontade assim.

Dei um tapa fraco na nuca dele quando saiu para pegar bebida. Entro de vez na casa, com a mão nas costas da Morgan, guiando ela para não se perder de mim. Sarah não está aqui, ela disse que eu deveria vir com a Morgan, que seria um bom passo.

- Conhece todos que estão aqui? Parecem gostar de você.

- A maior parte. É que quando estou bêbado sou menos insuportável.

- Até que estou conseguindo te suportar agora - Ela passou as mãos no vestido, secando o suor das palmas dela. Só agora percebi, o vestido não está marcando. Deixei ela dar passos a mais que eu para poder ver direito.

Começou a tagarelar, dizendo que as pessoas parecem estar bêbadas e totalmente fora de si. Agora vi direito, realmente não está marcando o vestido.

- Como fez? - Estou com a cabeça um pouco inclinada para o lado.

- Como fiz o que? - Ela me olhou confusa.

- Para a calcinha não marcar, esse tecido marca.

- Não coloquei calcinha, sabia que iria marcar.

Já não bastasse o sutiã, agora isso...

Morgan

Ele vai implicar com isso agora? Primeiro falou do sutiã, agora vai falar da calcinha? Tudo bem que eu poderia ter posto uma normal ou simplesmente ter coloca alguma de renda, mas acabei percebendo que o Constantine é facilmente provocado com coisas fúteis igual a essa.
Agora estou encarando ele, esperando falar algo ou pelo menos uma reação. Mas não faz nada, está a bastante tempo encarando a minha bunda descaradamente. Se o vestido fosse costas nua, ele já estaria babando, tenho certeza.

- Constantine. - Estalo os dedos na frente do rosto dele. - Meus olhos estão mais para cima. - Ele piscou algumas vezes, olhou nos meus olhos e sorriu? Que cara estranho.

- Tenho que admitir, mi amor, você tem belas curvas.

- Posso estar acima do peso, mas ainda consigo ter belas curvas.

- Seu peso está ideal, eu garanto.

- Obrigada. - Sorrio sem mostrar os dentes, convencida.

Não demorou muito para os amigos dele nos chamarem para a rodinha que se formou perto das bebidas, os populares, aqueles que eu não chego perto, todos ali presentes e juntos. Isso me causou um frio na barriga, não sei se por vergonha ou medo deles. Ainda estou segurando a mão do Constantine, só que dessa vez apertei por ter ficado com medo de me aproximar dos amigos dele, não sabia que era possível ter tantos amigos assim.

- Não sei o nome deles.

- Para falar a verdade, eu também não.

- E como diz ser amigo deles?

- Eu conheço muita gente, mas sou amigo de poucos.

- Vai ficar com eles? - Estou torcendo para dizer não, só não cruzei os dedos porque ele veria.

- Vou. Vamos.

- Não fique bêbado.

- Não vou ficar - Beijou minha bochecha e me puxou até o círculo de pessoas.

Caminhei do lado dele, totalmente quieta. Fiquei ainda mais quieta quando chegamos no círculo de pessoas, sinto que preciso enfiar minha cabeça um buraco. Acenei para algumas pessoas, sorrindo sem mostrar os dentes.

- Eai cara e... - Esperou eu falar meu nome.

- Morgan.

- Poxa, os rolês como solteiro acabaram bem rápido em, Tine? - Certo, não gostam de mim e eu acho que devia ir embora. Não me convidaram, na verdade.

- Eu acho que duraram o suficiente - Constantine disse, me puxando para perto.

- Infelizmente alguém precisa cuidar dele e só uma esposa vai conseguir fazer isso.

- Tem razão, esse cara é maluco da cabeça. Bêbado e teimoso - Uma das garotas falou, ela é ruiva e parece estar acompanhada, já que ela e o rapaz ao seu lado estão da mesma forma que eu e o Tine. Tine?

- Percebi isso quando nos conhecemos, e pelo visto, ele não negou a ajuda - Ri forçado.

- Quando foi que eu virei o assunto principal aqui?

- Acabou de virar o assunto, Tine.

Não sei se poderia estar chamando ele assim, talvez seja um apelido que Sarah deu a ele ou que seja para pessoas íntimas. Porém, tenho certeza que ele gostou, a mão na minha cintura se apertou um pouco depois que o chamei assim, não de forma bruta, foi diferente.

- Oh céus, preciso de bebida - Ele disse e lhe entregaram um copo.

- Você bebe, Morgan? - Outra das garotas perguntou, por que só elas falam comigo? Essa tem o cabelo preto e olhos azuis.

- Eu... Ah, bem... - Se eu aceitar, é porque quero parecer legal e se eu negar, é porque eu realmente não bebo!

Constantine ofereceu o copo dele. Talvez porque só tenha bebida pura, me falaram que é comum misturarem drogas com álcool, o que não seria nada bom para mim. Peguei o copo dele e cheirei o que tinha dentro, é um cheiro quase que de nada, se não fosse pelo cheiro de álcool.
Olhei pro Constantine de canto de olho, não sei se devo beber ou não, mas já que estou com o copo na mão, não faria diferença. Bebi um pouco da bebida e fiz careta quando engoli, minha garganta queimou! Tem um gosto amargo e forte, queima a minha garganta igual remédios para inflamação. O gosto poderia ser confundido com remédio, mas ainda dá para diferenciar um do outro. As pessoas riram, não de mim, mas pela minha reação com a bebida, Constantine também riu, talvez porque soubesse que não bebo.

- Isso foi maldade, deram a mais forte para ela! - A morena disse.

- Qualquer bebida seria ruim para ela.

- Acho que seria melhor eu ficar sem beber - Devolvi o copo pro Constantine.

- Aí não vai ter a mínima graça para você!

- Pode beber se quiser, eu viro o sóbrio da relação hoje.

- Eu não sei beber, e acho que não seria bom ficar bêbada nesse lugar.

- Quer que eu te ensine? - Disse como se isso fosse muito simples.

- Quer me ensinar? - Olhei para ele, está agindo de jeito diferente desde que me deu os aparelhos.

- Estou perguntando se quer aprender.

- E eu estou perguntando se quer me ensinar.

- Perguntei primeiro.

- Quero - Certo, perdi o resto de dignidade que eu ainda tinha. Ele me entregou o copo de novo.

- Ótimo. E não beba de outro copo.

- E por que não? - Cheirei o que tinha dentro do copo mais uma vez, depois bebi.

- Porque ele é certinho e não quer cheirar pó, é por isso - Um dos caras falou - O copo dele é o mais fraco e limpo da noite.

- Vocês cheiram? - Arregalei os olhos assustada - E antes não era assim?

Eles riram. Foi resposta sim para a primeira pergunta.

- Não mesmo - Todos eles, sem exceção, são extremamente problemáticos.

Constantine pegou outro copo para ele e continuamos a conversa, tudo vira um assunto desenvolvido com eles, tudo mesmo. Meu marido disse para comer enquanto bebo, para a bebida não me pegar de vez, arrumaram petiscos só para mim - sou a única que não pretende ficar caída de bêbada no dia seguinte.
Agradeço pela preocupação dele, mas acho que seria melhor eu só não estar bebendo algo assim. Como eu estava sentada, me levantei para ir ao banheiro e quase cai, me segurei na primeira pessoa que estava em pé do meu lado. Está tudo rodando e agitado, as luzes estão mais fortes e mexendo sozinhas, as risadas altas e os toques fortes das músicas reverberam na minha cabeça.
Coloquei as mãos nos aparelhos, para tentar abaixar o "volume do mundo", não pretendo ficar com dor de cabeça logo agora. Olhei para a pessoa que eu me segurei, totalmente sem graça.

- Me desculpe, meus pés estão dormentes... - Sorrio fraco, soltando a pessoa e ajeitando minha postura. Ela não reclamou, deve estar tão bêbada que me confundiu com um dos pilares da casa ou com uma parede.

Só me soltei dela e comecei a caminhar para o banheiro, me apoiei algumas vezes nas paredes, sentindo minha perna bambear ou formigar. Também me senti espremida quando tive que passar no meio das pessoas, evitei olhar para as pessoas que estavam se pegando ou bebendo até demais. Passei entre as pessoas procurando o banheiro, abri algumas portas erradas e fechei rápido, parei quando consegui encontrar. Agora não quero só fazer xixi como também quero vomitar, meu estômago está se revirando de um lado para o outro.

- Morgan. - Ouvi alguém me chamar.

Olhei para a pessoa, enquanto me abanava por estar sentindo meu corpo esquentar pela bebida. Acho que essa coisa aumentou minha adrenalina.

- Não saia sozinha, maluca. A casa não é grande, mas se te carregam dá trabalho para encontrar.

- Por que iriam me carregar? - Já estou no ponto que não consigo controlar minha língua, ela parece estar desenrolando de um lado para o outro. Igual um ioiô.

- Pessoas são malucas - Ele entrou no banheiro. Constantine. Eu não estou vendo nada direito, mas ninguém mais tem cabelo dessa cor por aqui.

- Eu já estou usando o banheiro. Sai. - Falei embargado, ri de mim mesma pelo jeito que eu falei.

- Eu sei, só estou esperando você, idiota.

- Espere lá fora, na última vez que ficamos em um banheiro juntos... Suas mãos foram parar nas minhas calças e sua boca nos meus peitos.

- Se falar mais alto vai anunciar para todos o que fizemos em casa.

- Não vai ser uma surpresa, já deve ter feito isso com metade das garotas daqui - Parei na frente de um espelho, vendo como minha aparência está. Ele riu.

- Isso é uma meia verdade.

- Meia verdade uma ova. Posso ser ingênua de nunca ter bebido ou dormido com alguém, mas sei que você é o contrário de mim.

- Sou. E não agradeço por isso.

- Se agradecesse, seria estranho.

Não sei se é por conta da bebida, mas ele está mais atraente. Os ombros largos combinam com o formato do quadril meio fino, os cabelos em um corte perfeito que o deixa com um ar de importante, as roupas também caem bem nele. Esse cara deve ser o sonho de qualquer garota, e eu o tenho na minha cama todos os dias, com o trato de que pode me realizar favores muito bons.

- Já terminou?

- De usar o banheiro não - Encarei ele de cima a baixo, agora entendo o porque de babarem por ele. Ouço um suspiro.

- Me lembre de não mandar você beber de novo.

- Se for para ficarmos desse jeito, eu vou adorar beber de novo, Tine.

- Não sou mais o drogado?

- Você cheira?

Me virei para ele e comecei a caminhar na sua direção, por mais que meus passos não estejam em perfeita linha reta, consigo andar sem bambear igual antes. Ele só ficou parado e com as mãos nos bolsos.

- Tine, quero que me faça um favor.

As palavras saíram com um tom de desejo na voz, nunca pensei que iria pedir isso para ele. Não para esse cara, mas é a única pessoa que tocou em mim igual aquele dia do banheiro.

- Diga.

- Ainda é bom igual aquela noite no banheiro? Ou consegue ser melhor? - Parei na frente dele, encarando seu rosto e intercalando o olhar entre olhos e boca. Os olhos dele brilharam com a minha pergunta.

- Sabe que posso ser bem melhor - afastou meu cabelo dos ombros. Seu olhar está afiado como o de uma raposa esperando o momento certo, acompanhado do sorriso malicioso de sempre.

- Então quero que me prove que consegue ser melhor - Claramente não sei o que estou falando. Sim, surtei de vez, fodida e meio agora completamente fodida.

- Por que tinha que ser tão atraente? - Constantine segurou minha cintura, está nos fazendo andar de volta para o banheiro.

- Não me faça perguntas difíceis.

Voltamos pro banheiro, o maldito banheiro, sempre o banheiro!
Ouvi o barulho da chave sendo girada no trinco, agora estamos no mesmo ambiente daquele dia, completamente igual.
Fui beijada com vontade e desejo reprimidos, Tine me pressionou contra a parede mais próxima. Retribui o beijo dele da mesma forma, consigo sentir a diferença entre o beijo dele e do Oliver. Mas eu realmente não quero pensar nele agora, acho que já arranjei alguém para se importar comigo.
Separamos o beijo quando o fôlego acabou, comecei a abaixar a alça fina do vestido, que estava até agora segurando os mais falados peitos, enquanto ele fazia uma trilha de beijos até o meu colo. Uma das suas mãos está alojada na minha coxa, apertando ela com a mesma vontade ao qual me beijou - vai ficar vermelho, tenho certeza. Soltei alguns suspiros enquanto aquela mão subia para a minha bunda, abaixei as alças do vestido e coloquei a mão na nuca dele, o puxando para mim.

- Se conseguir ser melhor que naquele dia, acho que podemos ter um acordo de paz... - Sussurrei ao pé do ouvido dele, claro que não podia deixar que só ele me provocasse. Mordi o lóbulo da orelha e logo depois empurrei sem muita força um de seus ombros, para fazer o tão desejado trabalho nos meus peitos.

Sorridente, era assim que ele estava quando terminou de baixar o meu vestido e abocanhar o meu peito. Arqueei as costas quando fez isso, mas logo me assustei quando escutei alguém bater na porta, e assim Constantine parou com o ótimo trabalho que estava prestes a fazer.

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