Aplin² • Outer Banks

By Mello_wys

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_____ Os Pogues em luto por John B e Sarah, Ward Cameron e Rafe Cameron soltos mesmo após cometerem um assass... More

Aplin² • Outer Banks
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Epílogo
Obrigada
Aplin³ • Outer Banks

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By Mello_wys

[Comentem]

Pov's Narradora

  Descanso.

O descanso era algo que Elle mais precisava no momento e algo que ela realmente queria depois de todos esses dias, apesar de não gostar por ter que ficar parada por muito tempo.

As vezes ela só queria deitar na rede no Castelo e ficar se balançando enquanto bebia o máximo de bebidas alcoólicas possíveis e se drogar até esquecer de tudo ao seu redor, inclusive de seu próprio nome.

Mas a Aplin tinha noção de que esse seu desejo de desligar por alguns minutos — horas ou dias — não poderia ser realizado no momento, pois tinha que focar em coisas mais importantes.

Ela invadia a residência dos Cameron's e via que Sarah andava cautelosamente um pouco mais a sua frente.

A ruiva acelera um pouco o passo e coloca a mão no ombro da loira, a fazendo pular em um susto, mas logo tampar a boca para não gritar ao perceber que era a Aplin quem lhe seguia e chamava.

— O que você está fazendo aqui? — A Cameron questiona confusa e olhando para os lados, temendo ter alguém que pudesse vê-las no corredor. — Vem, por aqui.

Elle sente sua mão sendo puxada pela loira e ia sendo arrastada até uma porta que havia na sala próxima a elas.

Sarah entra naquela porta e puxa Elle com ela, fechando. Estavam dentro de uma dispensa onde haviam alguns produtos de limpeza, vassouras e panos espalhados.

— Me levando para o quartinho... — A Aplin fala com um sorriso malicioso, mas o olhar de Sarah a repreendendo faz ela voltar para sua pose normal. — Beleza, não é hora para isso. Eu... uhn... vim te... ajudar?

— Isso foi uma pergunta ou uma resposta? — Sarah questiona confusa.

— Só me diz o que você está pensando em fazer. — A ruiva pede, já batendo ansiosamente os pés.

— Eu quero pegar a chave do caminhão. — A Cameron explicava. — Assim vemos se eles pegaram a cruz e damos um jeito de tirar ela de lá.

— Tudo bem. — Elle concorda e vai até a porta. — Me guie pela sua humilde residência, Princesa.

A Cameron solta uma risada e anda até o lado de Elle, abrindo a porta e colocando a cabeça para fora, vendo se havia mais alguém no corredor.

As duas saem juntas e Elle ía seguindo a loira pelos corredores da mansão, ambas andando nas pontas dos pés e tentando fazer o mínimo de barulho possível.

A Aplin se forçava a prestar atenção para que não tropeçasse em alguma coisa ao mesmo tempo que passava os olhos por todo o local, admirando o interior da casa que explorava.

Subindo as escadas, as duas passavam por um corredor que haviam algumas portas e Sarah aponta para uma delas, indicando que era a que as duas teriam que entrar.

— Que cômodo é esse? — Elle questiona em um sussurro.

— Esse é o quarto do Rafe, talvez a chave esteja lá dentro. — Sarah a responde na mesma altura de voz.

As duas entram com cuidado e começam a passar os olhos por todo o cômodo, que era apenas um típico quarto de homem rico e mimado, sem ter algo que a fizesse ter tanta sua atenção.

Elle conseguia ouvir o som da água de um chuveiro vindo de uma porta que havia no cômodo, supondo que Rafe quem estava lá.

A ruiva passa o olhar e aperta o braço de Sarah, chamando sua atenção e apontando para a mesa de cabeceira ao lado da cama, mostrando que havia um molho de chaves em cima.

A Cameron ía se aproximando devagar, mas sente mais um aperto em seu braço e ele ser puxado, logo percebendo que Elle lhe indicava para saírem ao ver a maçaneta da porta do banheiro se mexendo.

As duas saem as pressas do quarto sem conseguirem concluir o objetivo e correm silenciosamente pelo corredor vazio.

Estando um pouco mais longe do quarto onde o garoto loiro se encontrava, as duas param de correr e Elle se vira para a loira:
— O que fazemos agora? — Questiona.

— Whezzie. — Sarah fala após pensar por alguns segundo.

Elle seguia o plano da Cameron por não saber como se direcionar naquela mansão, mas sentia-se aliviada pelo plano da loira estar a favor de seu próprio.

As duas andam para outro corredor e param em frente a uma porta idêntica a todas as outras da casa.

Sarah abre a porta e entra junto de Elle, adentrando o quarto de sua irmã e à vendo em pé arrumando uma mala que estava em cima de sua cama.

— Oi... — A loira cumprimenta a mais nova, que levanta a cabeça vendo as duas garotas em sua frente.

— Eai, Whezzie. — Elle fala com um sorriso e acenando a mão.

A garota de cabelos pretos devolve o aceno para a Aplin antes de se dirigir para a irmã mais velha:
— A Rose estava te procurando. — Whezzie falava rápido enquanto colocava algumas roupas na mala. — Ela disse que vamos viajar, então acho melhor arrumar suas coisas...

— Eu não vou a lugar nenhum com aquela mulher. — Sarah diz de maneira firme.

— Bom, não foi isso o que ela disse. — Whezzie contrapõe se afastando na direção de seu guarda-roupa. — Aliás, onde você estava?

Sarah anda até a cama da garota, se sentando lá com as mãos nas pernas e suspirando.

— Estive presa nos três dias mais bizarros de toda a minha vida. — Sarah falava sem dar muitos detalhes.

— Não é para tanto. — Elle murmurava escutando a conversa das duas enquanto caminhava pelo local.

— Eu tenho tanta coisa para te contar e fico muito mal em ter que te pedir mais um favor. — Sarah continuava sem se importar com a interrupção. — Eu preciso de sua ajuda.

— Apenas com uma condição. — Wheezie falava com uma expressão seria, parando em frente a irmã mais velha. — Você não vai me abandonar. — Empõe.

Eu prometo. — Sarah diz.

Whezzie concorda com a cabeça e se senta ao lado da irmã, escutando o plano que a mais velha havia planejado em poucos minutos.

O plano consistia em Whezzie ter que tirar seu irmão mais velho do quarto e distrai-lo por alguns minutos e, enquanto isso, Elle e Sarah entravam no quarto dele e roubavam as chaves do caminhão.

A mais nova logo concorda com o plano e se levanta da cama, indo fazer o que a irmã havia pedido.

Enquanto elas conversavam, Elle andava pelo quarto, vendo a decoração e observando cada detalhe como pôsteres, quadros e objetos espalhados nas estantes.

Ela sorri vendo uma lâmpada de lava de cor rosa:
— Uau, você tem um belo quarto. — A ruiva elogia, percebendo que as duas já haviam terminado a conversa. — Isso é bem fo... maneiro. — Ela se corrige para não falar palavrão em frente a mais nova.

— Obrigada. — Ela fala sorrindo. — Agora vocês duas ficam escondidas no cômodo ao lado e eu aviso vocês quando der para saírem.

— Tudo bem, obrigada Whezzie. — Sarah agradece se levantando e dando um abraço apertado na irmã mais nova.

Elle fica vendo a cena das duas se abraçando e sorri com isso, admirando a relação de cumplicidade de irmãs.

Quando se separam, a Aplin olha para a mais nova e levantando as duas mãos com os punhos fechados e os polegares erguidos:
— Valeu aí, Pirralha Cameron! — Ela agradece e recebe o mesmo gesto em troca.

Whezzie sai do quarto e desce as escadas, antes pedindo para que as duas garotas mais velhas se esconderem em outro canto.

Sarah se aproxima de Elle e a segura pelo braço, indicando que teriam que sair do quarto para começarem o plano.

Elas saem e entram na porta que ficava em frente a de Whezzie, Elle percebendo que o cômodo se tratava de mais um quarto na casa, mas que não parecia ser de nenhum dos irmãos.

— Quantos cômodos tem aqui? — A ruiva questiona surpresa. — Sério, dá para abrigar uma boa parte dos Pogues dessa ilha aqui dentro.

— Bom, eu nunca cheguei a contar. — Sarah responde dando de ombros. — Mas se eu ainda tiver uma casa depois que toda essa caça ao tesouro maluca acabar, a festa do pijama dos Pogues vai estar de pé.

— Isso! — Elle comemora erguendo um punho para a loira bater.

Elas escutam passos se aproximando e uma conversa entre duas pessoas, dentre elas uma voz masculina podia ser ouvida e Elle se segura para não revirar os olhos ao perceber que a voz pertencia a Rafe Cameron.

Sarah abre uma brecha na porta e vê sua irmã no outro lado acenando, avisando que elas poderiam ir.

— Vamos. — A Cameron fala baixinho para Elle.

As duas saem do cômodo escuro que estavam e andam pelo corredor até chegarem nas escadas, descendo rápido e andando até a quarto que haviam entrado mais cedo.

A garota loira é a primeira a chegar na porta e segura a maçaneta, tentando gira-la, mas ela não abria.

Sarah tenta forçar algumas vezes, mas ainda assim não fucinava:
— Ele trancou. — Avisa aborrecida.

Elle começa a pensar e olhar para os lados, vendo mais algumas portas pelo local. Ela anda até uma das  mais próximas e abre, procurando se havia algo de útil por lá.

Ela percebe que era um closet, então havia algumas camisas e casacos pendurados em cabides. Elle pega uma dessas camisa e a tira do cabide, jogando a roupa em algum canto e fechando a porta.

A Aplin volta até Sarah e se agacha em frente a porta, colocando o "gancho" do cabide na fechadura e tentando usá-lo como uma chave.

— Funciona... funciona... — Elle murmurava forçando o objeto e sorri ao escutar um click. — Sabia que meus anos aprendendo a arrombar o armário de bebidas de Luke Maybank não seriam em vão. — Ela comemora.

Quando eram mais novos — por volta dos quatorze anos — Elle e JJ passavam algumas tardes matando aula na casa do Maybank, e como — ainda — não podiam comprar bebidas, acabavam arranjando um jeito de arrombar o armário onde Luke guardava suas bebidas, que após um tempo parou de tentar esconder as bebidas dos adolescentes.

Ela gira a maçaneta e, dessa vez, a porta abre com facilidade. As duas entram e Elle vai direto na mesa de cabeceira, mas não vê o molho de chave lá em cima como estava antes.

A Aplin olha para a Sarah e nega com a cabeça, então logo começam a passar os olhos por todos os móveis do quarto, tentando encontrar o objeto.

— Aqui! — Sarah fala, avistando o molho de chave em cima da cama. — Vamos.

Elle nem sequer pensa em demorar para seguir a loira, as duas saindo correndo do quarto do Cameron.

Elas seguem juntas em passos apressados pelos corredores e começam a voltar pelo lugar de onde vieram, vendo a porta de entrada da residência dos Cameron's.

Sarah abre a porta e segura para que Elle passasse e depois fecha com cuidado. As duas correm até o caminhão e a Cameron abre a porta do motorista.

— Vamos abrir a parte de trás. — Elle sugere, não entendendo o porquê de tentarem abrir a parte da frente.

A Cameron concorda e as duas vão para a traseira do automóvel.

Sarah se aproxima passando as chaves que estavam agrupadas, procurando alguma que parecesse ser a do cadeado que prendia as porta da carga.

A loira consegue de primeira e Elle ajuda ela a abrir a pesada porta de madeira.

Mas ambas prendem a respiração no exato momento em que seus olhos encontram os olhos abertos, porém sem vida de uma homem deitado ao lado da cruz de ouro.

O Capanga da Limbrey estava morto.

Sarah se afasta devagar, colocando a mão no peito e respirando pesadamente com o susto em ver o cadáver ali.

— Caralho... — É a única coisa que sai da boca de Elle que estava paralisada olhando nos olhos do homem.

Dando mais alguns passos para trás, a Cameron acaba batendo as costas contra alguém, e soltando um grito de susto.

Elle acorda de sua paralisia com o grito de sua amiga e vê Rafe Cameron parado ao seu lado, segurando agressivamente a sua irmã pelos ombros.

— Vocês não deviam ter feito isso... — O loiro murmura.

A Aplin não tem tempo para reagir por ainda estar em choque com o homem morto que havia acabado de ver em sua frente, então não consegue reagir com a tentativa de Rafe Cameron em lhe agarrar pelo braço.

— Me solta, seu merda! — Elle grita se debatendo.

A Aplin julgou que Rafe Cameron estava malhando quando não estava matando alguém ou perseguindo os Pogues, pois o garoto conseguiu segurar ela e Sarah ao mesmo tempo.

O loiro arrastava as duas. Ele segurava uma em cada braço, os passando por cima de seus bustos sem qualquer delicadeza e colocando as mãos por cima de suas bocas, impedindo que elas conseguissem pedir ajuda. 

Elas tentavam se debater, mas com o choque e desespero que estavam sentindo, elas não conseguiam.

As duas são levadas para dentro da casa e, dessa vez, Elle não reconhece o caminho que estava seguindo.

O Cameron aponta para o chão e Elle consegue ver uma escada em forma de espiral que descia para um lugar abaixo deles.

— Vocês vão ter que descer por ali. — O garota manda. Elle logo nega várias vezes com a cabeça e tenta se soltar novamente, mas sente os braços do garoto lhe apertar mais. — Vai querer que eu te jogue da escada, por acaso?

"Pedindo com jeitinho, não tem como negar..." Elle pensa, não querendo ser jogada lá de cima e correr o risco de bater sua cabeça mais uma vez.

As garotas descem com cuidado, ainda sendo seguradas, e Elle consegue ver o espaço de lá, percebendo mais uma porta do outro lado da sala.

Rafe as guia até a porta e solta um pouco o aperto de Sarah, segurando apenas o braço da loira para que conseguisse pegar a chave daquele cômodo.

Ele destranca a porta e joga as garotas lá dentro, fazendo elas caírem de bruços, tendo que usar os braços para não baterem seus rostos contra o chão.

Elle tenta ser rápida e se levanta para tentar sair, mas Rafe fecha a porta e à tranca naquele local antes que ela conseguisse completar seu plano.

— Abre essa porra! — A Aplin pede batendo contra a porta de madeira.

Vocês não vão sair daí! — Ela escuta o grito do garoto.

A ruiva respira fundo passando as mãos pelos cabelos e olha ao seu redor, vendo diversas garrafas de vinhos expostas em prateleiras.

"Claro que teriam uma adega." Pensa rolando os olhos.

Seus segundos de julgamento as manias de gente rica são interrompidos com o som de cacos de vidro se despedaçando.

Ela se vira e encontra Sarah Cameron jogando algumas das garrafas de vinho contra a porta e gritando para que seu irmão a tirasse de lá.

— Mas que merda! — A loira joga uma garrafa. — Seu babaca! — Outra garrafa. Sarah se aproxima da porta e começa a bater contra ela. — Rafe, me solta!

vou soltar vocês quando resolverem se acalmar. — O Cameron falava com uma voz arrastada.

A tentativa de se manter calma vai para os ares com a voz do garoto as mandando se acalmar, e Elle decide apenas soltar a raiva que estava se acumulando nela.

A Aplin se aproxima novamente da porta, dessa vez sentindo seu corpo ferver:
— Acalmar?! A próxima garrafa vai ser eu quem vou jogar e vai ser na sua cabeça! — Ela ameaça e começa a socar a porta.

Eu estou tentando ser educado com vocês... — Ela escuta a voz dele.

— Então enfia a porra dessa sua educação de merda no seu cu! — Elle pragueja de volta, tendo um palavra no meio de cada palavra que saía de sua boca. — Eu vou quebrar essa merda de porta, seu filho de um puto!

Me chamou do que?! — A voz ameaçadora do Cameron se faz presente e quase faz com que ela sinta seu corpo tremer de medo.

— Filho de um puto! Assassino! Psicopata de merda! — Elle começa a transferir uma série de xingamentos enquanto socava a porta com o máximo de força possível. — Ken de Chernobyl!

Outra garrafa é lançada por Sarah e cada vez mais Rafe ía perdendo a paciência com as duas garotas que estavam lá dentro.

Elas gritavam, praguejavam e amaldiçoavam o loiro enquanto socos e garrafas de vidro eram dados/arremeçados.

Mas uma hora elas escutam mais uma voz se tornar presente do outro lado da porta.

E Elle conhecia essa voz.

O que está acontecendo aqui? — Uma voz enjoativa podia ser ouvida pelas duas garotas.

Está tudo sobre controle... — Rafe tenta falar, mas é interrompido.

Quem está dentro, Rafe Cameron? — A voz questiona novamente em um tom hostil.

A minha irmã e Elle Aplin. — O garoto revela, soltando um suspiro.

Sarah se vira para encarar a ruiva, essa que havia parado de socar a porta e agora estava estática ao seu lado.

Nenhuma das duas conseguem escutar mais alguma coisa nos próximos dois minutos que se passam.

Elle obviamente sabia que a mulher estava lá, e havia entrado na casa justamente com o intuito de vê-la e talvez conseguir descobrir algo que ajudasse ela e seus amigos.

Abra a porta. — A voz feminina do outro lado ordena.

O quê... — O Cameron parecia ser contra aquela ordem, mas sua voz é cortada mais uma vez.

Eu mandei você abrir a porta. — A mulher fala firme.

As duas mais novas escutam o barulho das chaves se batendo uma contra a outra e o som do encaixe de uma das chaves contra a fechadura.

Elle trata de se mover e pegar uma das garrafas de vinho da prateleira, segurando o objeto em mãos e esperando a porta ser aberta.

O som da maçaneta girando parece durar horas na cabeça de Elle, que não percebia ter prendido a respiração.

Quando a porta é aberta por completa, as duas garotas tem a visão de Rafe Cameron parado e uma mulher alta de cabelos ruivas atrás dele.

Filhinha... — Mary falava com uma voz suave encarando os olhos assustados da ruiva.

Sarah olha assustada para Elle, mas a garota apenas aperta mais a garrafa de vinho em suas mãos.

— Que tal conversarmos um pouco? — A mulher mais velha questiona. — Eu fiquei com saudades de você.

— O quê? Não vai tirar ela daí! — Rafe protesta contra o pedido da mais velha.

A mulher vira o rosto para encarar os olhos de Rafe Cameron e sorri para ele de uma maneira que até o loiro julgou ser ameaçadora:
— Quem é você para querer me dar ordens? — Questiona e o rapaz fica quieto. — Vamos? — Ela volta a se virar para a figura ruiva em sua frente.

— Elle, o que 'tá acontecendo? — Sarah questiona completamente confusa com essa situação.

A garota não dá ouvidos para a fala de sua amiga, caminhando até a porta em passos lentos, sentindo seu corpo pesado e dolorido com a tensão de seus músculos.

Vendo a garota se aproximando devagar, Mary abria mais o sorriso, vendo o controle que ela tinha sobre a menina mais nova.

— Solte a garrafa antes de sair. — A mulher pede, notando ela segurando fortemente o objeto.

A ruiva engole em seco pensando naquele pedido:
— Primeiro manda ele se afastar. — Ela pede olhando diretamente para o loiro.

O Cameron encara a ruiva com um olhar entediado por sua fala, mas a mulher mais velha fala:
— Se afasta um pouco, Rafe. Isso não vai lhe matar. — Ordena.

O garoto rola os olhos, decidindo aceitar logo as ordens que a mulher dava. Ele dá alguns passos para o lado, permitindo que a mais nova pudesse passar.

Elle, ainda com certo receio, abaixa um pouco o seu corpo e coloca a garrafa de vidro no chão com cuidado para não quebrar.

A Aplin respira fundo, andando até a porta de madeira que prendiam as garotas lá há alguns minutos atrás.

— Elle, me explica isso... — Sarah pedia vendo ela se afastando.

Mas a ruiva ignora mais uma vez a fala da Cameron, saindo pela porta tentando não encostar o seu corpo no de Rafe e se aproximando de sua mãe que sorria para ela.

A loira tenta aproveitar o momento para sair, mas Rafe percebe e fecha a porta com a maior velocidade possível, trancando mais uma vez a sua irmã na sala cheia de vinhos.

Elle escuta sua amiga batendo contra a porta e mais garrafas de vidro sendo quebradas contra a parede do lado de dentro daquele cômodo.

— Não vão machucar ela, não é? — A Aplin questiona com preocupação.

— Bom, ela não é problema meu. — A mulher ruiva fala com desdém.

— O quê?! Eu não vou com você se a Sarah se machucar. — Elle contrapõe. —  Principalmente se for para deixar esse surtado psicopata com ela.

— Olha aqui sua vadia... — Rafe ameaça tentar se aproximar dela.

— Não chega perto de mim! — Elle fala alto para ele.

O garoto não iria obedecer a ruiva mais nova, mas o olhar que Mary lhe lançou o fez ficar em seu canto.

A mulher coloca uma mão no ombro de sua filha e Elle endurece a sua postura com aquele contato:
— Vamos logo, querida. Garanto que Rafe não fará nada de mal contra a sua amiguinha. — Ela fala confiante.

Elle não confiava nas palavras da mulher, mas lhe dá um aceno de cabeça em concordância com ela.

A Rodrigues aponta com sua mão livre a escada que estava do outro lado, indicando que as duas teriam que ir para lá.

Elle não consegue pensar em outra coisa a não ser prosseguir com a mulher, tentando ignorar os gritos e sons de vidro que vinham da Cameron, não querendo deixar o pensamento que estava abandonando a sua amiga tomar conta de sua cabeça.

A Aplin sobe as escadas na frente com a mulher mais velha em sua cola observando cada uma de suas ações. Quando sobem, a Rodrigues aponta para que elas duas seguissem para um caminho, onde era mais um corredor com algumas portas de madeira branca.

Andando por esse corredor, Elle vê uma mulher passando por ele, alguém que ela reconhece e que talvez pudesse evitar a possibilidade de Rafe atacasse Sarah.

— Rose Cameron! — A Aplin chama, atraindo o olhar da mulher.

— Você?! — Ela questiona surpresa com a garota estar ali. — O quê você está fazendo aqui?! Como entrou?!

— Pela porta da frente. — Elle responde primeiramente, mas logo se arrepende de usar sua ironia em um momento importante e que não envolvia apenas ela. — Sarah está aqui, seu filho psicopata prendeu ela.

— O quê?! — A mulher loira arregala os olhos com a informação.

— É melhor ir logo. — Ela continua. — Acho que Sarah vai acabar com o estoque de vinho se demorar mais alguns minutos.

Elle via Rose se afastando em passos rápidos e andando em direção a escada caracol que dava para a adega.

Mary havia presenciado toda aquela interação, com um pouco de surpresa ao ver a atitude de sua filha falando com a mulher mais velha.

Percebia que Elle Aplin podia ser bastante parecida com ela. E Mary apreciava e se orgulhava dessa semelhança.

A Rodrigues indica para que continuassem seu caminho e as duas param em frente a uma das portas do local:
— Bom, pode entrar. — Ela diz, acenando com a cabeça para que a garota quem abrisse a porta.

Elle coloca a mão na maçaneta e a gira, abrindo a porta e entrando no cômodo.

Era uma sala pequena comparada as outras, mas ainda sim era maior que seu próprio quarto. Haviam dois sofás escuros, um de frente para o outro e sendo separados por uma mesa retangular de centro.

A Aplin anda devagar até o sofá que ficava mais próximo da porta, já pensando em correr no caso de as coisas começarem a ficar estranhas.

Mary se senta no outro sofá, cruzando suas pernas e balançando seus pés cobertos por um salto agulha.

Ela aponta para um búle que havia em cima da mesa com duas xícaras em cima de pires de coloração branca:
— Você quer um pouco de chá? — A mais velha questiona.

Tudo estava bastante arrumado e planejado. O bastante para que alguém com o mínimo de percepção conseguir notar.

— Não gosto de chá. — Elle responde rapidamente.

— Mas é ótimo para se acalmar, e bom, depois do susto que você deve ter tido após Rafe prender você e sua amiga... — Ela tenta opinar. — Acho que é bom para você.

— Eu estou calma. — Ela mente, tendo noção que seu coração estava para sair de sua boca. — Aquele imbecil não me assusta. — Rafe certamente a assustava, mas ela nunca demostraria ou admitiria isso.

Elle era esperta o suficiente para não aceitar coisas para comer ou beber de uma pessoa considerada suspeita aos seus olhos.

Mary sorri ao escutar a garota, percebendo que ela também era esperta e que não iría cair em uma coisa simples dessas.

— Bom saber que é corajosa. — A mulher fala encostando as costas no sofá e desistindo do plano de droga-la. — Mas eu realmente estou curiosa para saber o que você está fazendo aqui.

— Eu digo o mesmo para você. — Elle fala cruzando os braços. — Achei que estaria em casa cuidando dos gêmeos.

— Essa é uma visão meio machista de que a mulher tem que ficar em casa cuidando dos filhos. — Mary contrapõe.

— Não acho. Que eu saiba, David passa o dia todo com os gêmeos enquanto você está fora. Achei que você passasse a noite com eles para que seu marido pudesse trabalhar. — Elle explica.

— Vejo que sabe bastante sobre minha família. — A mulher fala apertando um pouco os olhos.

— Claro, preciso saber sobre a minha mãe. — Elle dá de ombros, falando isso tentando não transparecer seu tom de provocação. — Mas ainda não explicou o por quê de estar aqui.

— Nem você explicou. E eu perguntei primeiro. — Mary sorri.

Elle estava começando a se sentir estressada com todas as voltas que a mulher dava na conversa:
— Vim para ajudar meu amigos. — Ela responde. — Sei que o Rafe pegou algo que pertence a família de um deles. E sei que você estava com ele quando isso aconteceu.

— Parece que você já descobriu o que eu vim fazer aqui, não é. — Mary dá de ombros. — Mas não era tão difícil também, afinal, todos se interessam pelo tesouro.

A Aplin engole em seco, percebendo que a mulher nem sequer fazia mais questão de esconder seus valores perversos.

— Parece que ele interessa mais que a própria filha. — Elle provoca.

— Não diga isso, querida. — Mary nega. — Nunca falei que o tesouro era mais importante. Eu vim por você, o tesouro foi apenas um detalhe a mais.

— Quer que eu acredite nisso? — Elle questiona irônica. — No dia que eu fui na sua casa, eu realmente achei isso. Que você me amava. — Mente para a mulher ao mesmo tempo que tentava mentir para si mesma.

— E eu te amo, filha. — Essa frase faz Elle estremecer. — Mas algumas coisas são difíceis para você compreender.

— E que tal você tentar me explicar, por favor. — Ela pede, realmente querendo entender.

— Esse tesouro também importa para mim, pois estou fazendo isso pela minha família. — Mary explica. — Pense, eu terei o tesouro e minha família terá uma condição melhor do que já tem, eu poderia dar tudo para eles. Viveríamos melhor do que nunca.

Elle escuta essas palavras e engole em seco:
— E eu? — Questiona com uma voz fraca.

A família de Mary viveria bem — não que eles já não vivessem, comparando o tamanho da casa que os Rodrigues moravam — e eles teriam tudo o que poderiam pensar em querer

Mas e Elle? E os Pogues? Esses que não tinham nada. Como eles ficavam, para onde ia todo o esforço que tiveram para conseguirem o tesouro, para conseguirem vingar os antepassados de Pope?

— Quem disse que você não está inclusa nessa família, Elle? — Mary devolve a pergunta, fazendo a ruiva mais nova lhe encarar. — Afinal, você é minha filha.

— O quê quer dizer? — Ela questiona desacreditada no que ouvia.

— Você não pensa em sair da casa de seu pai? Eu vi da última vez o estado que aquela casa estava, não parece viver em boas condições. — Mary explicava. — Nunca pensou em vir morar comigo?

Elle tinha a boca aberta, estando mais uma vez paralisada.

Ir morar com Mary? Com a mulher que a abandonou sem qualquer explicação e resolveu voltar por interesse próprio?

— Claro, não seria apenas comigo. — A mulher parece ler sua mente. — Os gêmeos, Matt e meu marido viriam de brinde. — Ela brinca. — Você viveria uma vida incrível. Poderíamos viajar para qualquer lugar, você teria as coisa que quisesse, as roupas que quisesse! Teria uma vida digna, teria uma família.

A garganta da garota fechava com tudo aquilo.

Mary realmente estava a chamando para fazer parte de sua vida novamente. Estava lhe chamando para morar com ela e os Rodrigues.

Não, não era possível.

— O que me diz, filha? — Mary questiona, inclinando seu corpo para frente, chegando mais perto da garota. — Você quer vir comigo?

Ela realmente estava a convidando.

Mary realmente queria Elle de volta com ela.

— Se eu for com você, significa que eu vou estar abandonando meus amigos com quem estou desde o início. — Elle fala, mexendo nos dedos. — Eles são minha família e acho que eles não ficariam bem com tudo isso...

— Mas você nunca pensou em ter uma família de verdade? — Mary contrapõe, pegando a ruiva de surpresa. — Uma família real que não seja composta apenas por adolescentes rebeldes e cheios de vingança.

Uma família real.

Um pai, uma mãe e irmãos.

Se Elle falasse que nunca sonhou com isso, ela estaria mentindo. Claro que ela já havia sonhado como seria ter uma família real.

Ela via as outras pessoas da ilha com suas grandes família sorridente e amáveis. Ela via o quanto eles eram felizes com pessoas de seu sangue os apoiando e festejando cada coisa.

— Se essas pessoas forem seus amigos mesmo... — Mary continuava. — Elas vão entender você querer se juntar comigo. Eles vão entender você querer se juntar com a sua mãe.

A cabeça de Elle Aplin estava uma completa confusão.

Ela era apenas uma adolescente, então por que tinha que tomar decisões que iriam afetar sua vida e a vida de todos os que estavam ao seu redor?

Seus pensamentos rodavam e rodavam em sua cabeça, parecendo mais atordoada do que nunca esteve em sua vida.

Elle desejava alguém quem a apoiasse.
Desejava uma pessoa na qual pudesse confiar seus segredos e seus sentimentos.
Desejava alguém no qual pudesse pedir conselhos e ter conversas profundas.
Desejava alguém no qual pudessem rir em conversas aleatórias.
Desejava alguém a quem pudesse correr quando tudo estivesse caindo e que não a julgasse.

Eleonora desejava ter alguém que a amasse independente de tudo.

A ruiva respira fundo e sente lágrimas escorrendo por seu rosto, carregando todos esses pensamentos que haviam lhe atingindo.

Era egoismo ela desejar algo assim?

Desejar ter uma família real?

Desejar ter uma mãe?

A Aplin levanta a cabeça apertando uma mão na outra e encarando Mary que esperava por uma resposta.

— Eu quero ir com você, mãe.

A palavra mãe havia saido mais uma vez de sua boca.

Mary se levanta do sofá e dá a volta na mesa, parando em frente a filha e segurando as mãos dela.

Elle se deixa ser levantada e encarava os olhos brilhantes da mulher em sua frente.

A Rodrigues puxa a ruiva contra seu corpo, e Elle paralisa com aquele abraço que ela tanto pedia desde que era uma criança, mas logo seus braços rodeiam a mulher e a aperta, deixando um soluço sair de sua garganta.

A mais velha alisava as costas de sua filha que chorava em suas roupas, tentando não ligar para o repúdio que sentia naquela lágrimas que estragavam suas vestes.

"Tão fácil, tão manipulável." Era o pensamento que rondava a mente de Mary, que abria um sorriso com a ação da mais nova.

Mary se solta depois de alguns segundo e leva suas mãos até o rosto vermelho da garota, levantando um pouco:
— Não chore, filhinha. Sua pele vai acabar enrugando mais cedo.

Elle não liga para aquela frase da mulher, apenas sorri mais para ela, se sentindo aquecida com o sentimento de ter alguém com ela.

— Bom, temos que ir logo. — Mary avisa. — Vamos precisar fazer uma viagem para resolvermos sobre o tesouro e quando voltarmos, você será mais feliz do que nunca.

A Aplin sorri mais com aquela frase.

Ela iría ser feliz.

Mary quem anda até a porta e gira a maçaneta à abrindo, indicando para que a mais nova saísse primeiro.

Elle obedece, limpando suas lágrimas e saindo calmamente por aquela porta.

As duas andavam pelo mesmo caminho que haviam vindo e saem pela porta principal da mansão dos Cameron's.

Elle e Mary andavam lado a lado com uma calma impressionante, ambas tendo pensamentos completamente diferente sobre tudo aquilo que havia acontecido.

Mary aponta para um carro bastante bonito de cor preta e brilhante, mostrando que aquele era o dela.

Se aproximando do automóvel, Elle começa a ouvir seu nome sendo pronunciado diversas vezes atrás dela.

Ela havia reconhecido aquelas vozes que lhe gritavam desesperadas.

Mas ela não olha para trás, fingindo não estar escutando os gritos de JJ Maybank, John Booker e Matt Rodrigues.

O carro é destravado e Mary é a primeira a entrar no lado do motorista e Elle entra logo depois, sentando no outro lado e sentindo o banco macio em baixo dela.

A ruiva mais velha liga o carro e os faróis se acendem, vendo os três adolescentes se aproximando ela logo trata de travar as portas do carro, impedindo que eles conseguissem abrir a porta.

No lado da porta de Mary ela via John B e Matt batendo e gritando para que ela destravasse a porta, mas ela apenas sorria mais sabendo os pensamentos que rodeavam a cabeça daqueles dois.

Já na porta de Elle ela conseguia ver — pela sua visão periférica — o olhar desesperado de JJ. Ele batia fortemente no vidro — e Elle pensou que poderia quebrar — e gritava o mais alto que conseguia.

Elle apertava as mãos em suas coxas, tentando se concentrar em olhar para frente e fazendo um grande esforço para abafar o voz do Maybank.

"Ele vai entender. Ele confia em mim." Ela pensava, tentando manter sua mente quieta de qualquer sensação de remorso que ousasse lhe atingir.

Mary pisa no acelerador e o carro começa a andar para fora da mansão.

Apenas mãe e filha naquele carro.

Se seus amigos realmente fosse seus amigos eles iriam entender tudo isso.

Tudo que fazia tinha um motivo. Tudo o que fazia tinha uma razão.

Mary Rodrigues era uma mulher manipuladora que conseguiria tudo o que quisesse, não se importando com quem ficasse em seu caminho. E ficava mais feliz ao ver que sua filha era parecida com ela.

Todo o seu plano funcionava bem.

Ou era o que a mulher pensava.

Mas no fim de tudo, Mary tinha razão.

Eleonora Aplin era realmente parecida com ela. Tão parecida com a mãe a ponto de entender o jogo de manipulação e conseguir utilizá-lo ao seu favor. 

Elle não desejava alguém quem a apoiasse.
Não desejava uma pessoa na qual pudesse confiar seus segredos e seus sentimentos.
Não desejava alguém no qual pudesse pedir conselhos e ter conversas profundas.
Não desejava alguém no qual pudessem rir em conversas aleatórias.
Não desejava alguém a quem pudesse correr quando tudo estivesse caindo e que não a julgasse.

Eleonora não desejava ter alguém que a amasse independente de tudo.

Elle não desejava uma família de verdade.

Sabia que já tinha tudo isso.

Ela sabia que Pope Heyward à apoiaria em tudo.
Ela sabia que poderia confiar seus segredos e seus sentimentos a Kiara Carrera.
Ela sabia que poderia pedir conselhos e ter as mais profundas conversas com Sarah Cameron.
Ela sabia que poderia rir por horas se estivesse com Matt Rodrigues.
Ela sabia que poderia correr para John B. Routledge quando tudo estivesse caindo e ele não a julgaria.

Eleonora sabia que JJ Maybank sería capaz de fazer tudo isso e ainda a amaria independente de tudo.

Elle tinha uma família de verdade.

E ela faria de tudo por essa família.

____________________________________________

● 6016 palavras;

● Acharam que Elle seria boba de trair a família? A menina pensa em tudo;

● Qual vocês acham que vai ser a reação dos Pogues quando encontrarem a Elle de novo?

● Estamos chegando no fim e quero saber o que vocês acham que vai ter no final, e como vai ficar a família Rodrigues com tudo isso;

● Muito obrigada pela leitura de vocês e por estarem acompanhando, comentando e votando. So tenho a agradecer o carinho;

Então é isso, se cuidem e cuidem dos seus, se hidratem e durmam bem;

● Beijos e até o próximo capítulo;

:)

~Mello

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