When The Light Guide Us

By fallforYourlarry

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Verhallow Livro 3 O maior sonho de Alicia Hargroove sempre foi encontrar suas origens, então, mesmo recebendo... More

Linha Temporal
Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Catorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois

Capítulo Nove

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By fallforYourlarry

Alicia Hargroove

Naquela manhã, vesti meu primeiro terno a ficar pronto, completamente feliz por estar usando calças e cativada pelos detalhes em preto na lapela do tecido vermelho. Eu era uma mulher de gostos simples, isso ninguém podia negar e apesar do alfaiate ter ficado ofendido pelo meu pedido, ele tinha feito um excelente trabalho.

Eu só tinha duas tarefas naquele dia, verificar a saída de Phoenix de seu encarceramento e tentar tirar repostas de Atlas mais uma vez e depois... Bem, passar o resto do dia na cama com Kiera parecia muito tentador, mas descobrir quem era uma real ameaça a minha vida era mais importante, infelizmente.

Ao chegar nas masmorras cumprimentei os guardas e encontrei Phoenix sentado em sua cama, os cabelos úmidos pelo banho recente e as roupas novas alinhadas.

― Pronto para sair desse buraco do inferno? ― perguntei parando na frente de sua cela e permitindo que o guarda a abrisse.

― Desde que entrei aqui pela primeira vez ― ele parou na porta, segurando uma das barras como se apesar de sua mente desejar, fosse difícil sair.

― Está tudo bem? ― perguntei sentindo que estava assistindo um momento muito íntimo.

― Sim ― garantiu soltando a barra e dando um passo para fora. ― Só nunca pensei que fosse sair.

― E eu te prometo que você nunca, nunca vai voltar ― toquei seu ombro. ― Nem que eu precise te contrabandear para fora dessa ilha. Agora chega de falar sobre crimes, vou te apresentar sua nova vida.

Um guarda fez menção de nos acompanhar, mas eu o parei com um sinal de mão:

― Não há necessidade disso.

― Mas Princesa...

― Phoenix é tão livre quanto eu e você, não precisa de babá.

― Entendeu, Dusan? Eu sou tão livre quanto você ― provocou Phoenix.

Eu sorri por dentro, mas por fora o puxei para que ele não arranjasse problemas em seus primeiros minutos livre:

―No que você trabalhava antes? ― perguntei conforme nos embrenhamos no hall.

― Eu trabalhava na cozinha de um navio cargueiro, eu era um dos muitos órfãos da Tax, achei que poderia ver todos os quatro cantos do Grande Continente.

― O plano não deu certo?

Ele riu:

― Eu mal via o convés.

― Então você não estaria disposto a voltar para a cozinha?

Uma sobrancelha foi levantada:

― Não acho que ninguém aqui se sentiria seguro comigo envolto em tantas facas.

Meneei a cabeça porque ele tinha um fundo de razão e uma ideia se formou em minha mente:

― O que você acharia de cuidar de cavalos? O antigo tratador da minha égua anda meio impossibilitado agora ― apontei com o polegar na direção do calabouço.

― Nunca cuidei de animais antes, mas ― ele pigarreou ― podemos tentar.

Sorri feliz pelo progresso, mesmo que pequeno:

― Então, eu vou apresentá-los.

Quando voltei para dentro para executar minha segunda missão do dia, depois de deixar Phoenix se familiarizando com Flor, notei uma estranha movimentação dos guardas e corri direto para a fonte do problema.

Atlas estava no chão de sua cela, a pele arroxeada, o rosto inchado e os dedos retorcidos.

Eu nunca conseguiria as respostas que buscava, pois ele tinha sido assassinado da mesma forma que queriam fazer comigo.

― Envenenado?! ― berrou meu pai, fúria clara em sua voz.

Nós estávamos reunidos na sala do trono, somente nossa família próxima, após a notícia sobre o que tinha acontecido nas masmorras se espalhar. Tio Lucien estava junto ao conselheiro real tentando descobrir como isso tinha acontecido e tia Kay... Bem, quem sabe o que ela fazia durante o dia.

O médico real havia acabado de dar seu veredito sobre a causa oficial da morte de Atlas e isso tinha causado a reação violenta de meu pai.

― Pode se retirar, doutor Grakum ― pediu minha mãe, sempre pacificadora.

Silena e eu estávamos sentadas no tapete em frente ao trono, seus braços ao meu redor, seus lábios sussurrando palavras de conforto em meus cabelos.

― Não posso mais ficar aqui ― pronunciei calmamente.

― Illana, querida, você não vai a lugar nenhum ― negou minha mãe com um gesto de mão.

― Não posso ficar, mamãe, acordei dias atrás com uma faca na garganta e mesmo com o aumento na quantidade de guardas a única pessoa que podia nos dar respostas foi envenenada, quanto tempo vai levar para que o objetivo seja atingido? Ou que acabem machucando um de vocês no processo?

― Ela tem razão, Cinara ― concordou meu pai mesmo que o seu semblante mostrasse o oposto.

― Mas Ícaro...

Ele a puxou para um abraço dolorido:

― Por mais que eu não queira me separar de Illana quando mal a reencontramos, Cinara, temos que fazer o que é melhor para ela e nesse momento sua segurança está longe de nós.

― Confio em vocês para encontrar o responsável por isso e quando acontecer, eu voltarei ― prometi.

Nossos pais se aproximaram e se sentaram conosco no tapete felpudo.

― Enviaremos uma mensagem através das ondas ― jurou mamãe ― e quando tudo se resolver poderemos voltar a ficar juntos como uma família.

Voltando para o meu quarto, me preparei mentalmente para me despedir de Kiera, mas até vê-la relaxando na banheira, sem saber o que tinha acontecido e o que iria acontecer a seguir, eu ainda não tinha ideia do que dizer:

― Olá, princesa ― disse em provocação, as gotas de água escorrendo pelo pescoço quando ela me encarou. ― Como posso te servir hoje?

Coloquei o vestido azul com o qual cheguei em cima da cama antes de me juntar a ela no banho.

Muito tempo depois da água ficar fria, enquanto eu secava seus cachinhos, pronunciei:

― Precisamos conversar.

― Nada de bom começa com essas palavras ― devolveu.

Tentei explicar tudo o que havia acontecido, até a necessidade da minha partida, mesmo que eu sentisse que havia um nó em minha garganta.

Sua expressão mudou imediatamente, de namorada amorosa para funcionária da coroa:

― Há algo que eu possa fazer?

― Na verdade, há sim. Eu fiz um acordo com o meu pai, pelo Phoenix, ele prometeu mantê-lo trabalhando aqui e protegê-lo e preciso que você garanta que ele cumpra sua palavra.

― Não sei como posso obrigar o rei a fazer qualquer coisa ― retrucou ela.

― Lembre-se que ele não é realmente o rei ― toquei seu queixo com delicadeza ― ele é um príncipe consorte, quem realmente comanda Nyark é minha mãe e tenho certeza de que você pode ser bastante persuasiva quando quer.

― Tão elogiosa... ― murmurou com um sorriso.

― Eu tenho algo melhor para você, um presente ― retirei a pulseira de ouroboros do meu pulso e lhe estiquei. ― Sei que não é o melhor dos presentes, mas é sincero, uma promessa de que eu vou voltar. Por você.

Minha última missão antes de ir à praia me despedir de minha família, era ir até os estábulos dar meu adeus a Flor.

Entrei nos estábulos com a barra do vestido já escurecendo pela sujeira, Phoenix acenou com a cabeça para mim, mas deu um passo para trás quando notou os guardas ao meu redor. Ao ver o meu semblante, no entanto, ele se empertigou:

― Está tudo bem?

Acenei devagar, mentindo com o movimento:

― Precisarei voltar para a terra firme por um tempo, mas não se preocupe ― levantei a mão antes que ele pudesse protestar ― já garanti que nosso acordo seja cumprido.

― Eu ia desejar boa sorte, a terra firme não é tão diferente daqui.

Me aproximei de Flor, ignorando ele e os guardas, a mão esticada para acariciar seu focinho:

― Oi, menina, o Phoenix está te tratando bem? ― ela relinchou como se concordasse. ― Eu espero que sim porque terei que me ausentar por um tempo ― ela fez um som e encostei sua testa na minha. ― Não pense que estou te abandonando, hein? Logo estarei de volta para te atormentar.

― Está na hora, kyria ― informou o guarda.

Acenei, me afastando de Flor:

― Cuide bem dela ― pedi a Phoenix. ― E de você, não se esqueça de nosso acordo ― ordenei antes de sair dos estábulos.

O guarda começou a me acompanhar até a praia, mesmo que eu não confiasse em ninguém que não fosse família ou Kiera, mas ele estava seguindo as ordens de meu pai e eu não podia dispensá-lo então o segui com a coluna enrijecida até a costa.

Na beira da orla só aguardavam os guardas de confiança, os únicos que sabiam do nosso paradeiro e eles assistiam em silêncio conforme nos abraçávamos e dizíamos nossos adeuses.

Fungando, mas me negando a chorar, me virei para o mar, aquele que segurava um pedaço da casa que eu nunca tinha conhecido, mas que ainda sim sentia falta.

Me aproximei da água lentamente, sentindo a areia entre meus dedos, não querendo partir, mas sabendo que precisava. Quando atingi a imensidão azul, meu corpo todo sentiu o impacto. Aquele era um tipo diferente de volta para casa.

Continuei afundando conforme adentrava mais profundamente no mar, mas ignorando a dor, me recusando a permitir que minhas células mudassem. Eu gostava de sentir que aquilo era minha decisão.

Quando o retesamento dos meus músculos se tornou insuportável, eu finalmente deixei ir e permiti que minha cauda surgisse por debaixo do vestido.

Fazendo uma oração silenciosa para Crown, me deixei ser envolvida pela luz branca que ele proporcionou e ser levada de volta para a única outra casa que conheci.

+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Eu avisei que estava tudo bom demais para ser verdade

E ai? Quem vocês acham que está por tras desses ataques?

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