I'm Your Alfa [NamJin] A/B/O

By TaliSGM

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Kim Seokjin não sabia o que acontecia no mundo. Sua vida resumia-se a fugir para proteger Jimin, seu único i... More

⚜️Apresentação⚜️
Prólogo - Escape
Insurrection
Uncharted
Ephemeral
Refuge
Rescue
Heartbeat
Savior
Re-connected
Confused
Desire
Adjusted
Closely
Lust
Reconcilement
Heat
Hunger
Visitors
Midnight
Reliance
Bruised
Pursue
Worn-Out
Broken
Bônus - Us
Silence
Trustful
Euphoria
Heated
Absence
Daring
Promises
Unknown
Unexpected
Useless
Outsider
Downfall
Revenge
Payback
Arson
Hopeless
Desperate
Anchor
Run
Unawares
Ransom
No Surrender
For You
New Beginnings
Dear Winter
The Cause of my Euphoria
Just Let me Love You
Please Be by my Side

Imprisoned

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By TaliSGM

Alerta de Conteúdo Sensível: Possíveis Gatilho, Agressão, Tortura, flagelação.

⛔🚫


Jin tentava entender o que estava acontecendo. Sentia a cabeça pesada pendendo pra frente. Sentiu uma forte ânsia de vômito, por causa do cheiro da substância que permeava o ar.

Não sabia onde estava, mas estava de joelhos no chão de cimento. E seus braços estavam suspensos e amarrados com algo que perfurava a pele, toda vez que tentava mexer. Algo também apertava sua cintura de forma que era difícil respirar. Toda tentativa de puxar o ar, era restringida pelo que parecia uma cinta que estava fincada em sua pele. Cada lufada era dolorida, cada movimento, uma tortura.

- Para...- Ouviu a voz um pouco grave e arrastada de um pequeno ômega. Tentou focar o olhar na direção do barulho e viu o ômega numa posição igual a sua. Estava somente com uma calça de pijama. Sua cintura estava rodeada por uma cinta de metal e sangue fresco escorria dos pulsos e da cintura. Logo depois notou que tinha sangue nos mesmos lugares que ele. - N-Não p-pode se mexer. - A voz não passava de um sussurro.

Jin tentou falar, mas a garganta estava seca e áspera. Sentia que poderia se machucar somente em proferir algumas palavras. Sua voz não saia, e agora sentia sangue escorrendo pelos braços, por causa dos movimentos que fizera pra se soltar.

- É ci-cilicio. Es..tamos em peni...tência. - A voz do ômega saía entrecortada por causa da dor dos pulsos sendo dilacerados e a respiração que saía em lufadas dolorosas. O garoto chorava copiosamente.

Seokjin tentava se manter consciente, mas sentia que perdia sangue demais. Sua visão voltou a ficar turva. Precisava manter a calma. Tinha que achar um jeito de sair dali.

Algum tempo depois, ouviram dois homens entrarem no que parecia um galpão. Eles usavam ternos de aparência cara, e conversavam entre si. Caminharam em direção a parede oposta a que Jin estava preso, e prendia nela novas correntes e grilhões.

Logo, dois betas entraram carregando dois ômegas desacordados. Sendo que um deles tinha os fios loiros iguais aos de Jimin. Jin sentiu as lágrimas inundarem seus olhos, como se estivessem misturadas com areia.

- Espera... por favor... - Jin tentou gritar, mas sua voz saiu feito um sussurro. - O q-que vocês querem? Eu... conto tu-tudo o que qui... ser saber, mas deixa ele. - Sua voz parecia de outra pessoa aos seus ouvidos, de tão distorcida que estava. A ideia de ver seu irmão, sentindo o que ele sentia o deixava enjoado e fraco.

- Ah docinho... Poderia até ser divertido, mas não tem nada que tu saibas, que possa te ajudar agora. Ou a ele. - A voz do alfa carregava um deboche quase sádico, Jin notou, Ele se divertia com o que estava vendo.

- Não... por... favor... - Tentou passar o máximo de confiança que conseguia. Sua respiração saía em lufadas pesadas e doloridas. - E-Ele é só uma... criança. - Assim que falou, sentiu a respiração ainda mais pesada e difícil.

Jin retribuía o olhar do ômega que tinha falado com ele assim que acordou, e ele o olhava desesperado, Jin notou. Sabendo que dificilmente eles sairiam vivos dali, se Jin fizesse algo. Tentou sorrir, mas todo movimento que fazia, seu corpo doía.
Jin agora estava debruçado no chão, até onde suas mãos acorrentadas permitiam e chorava em desespero.

- Se... dei..xarem ele ir. E me de...rem provas de... que... ele ... tá bem. Eu conto... tudo. - Jin também chorava, murmurando frases sem sentido algum. Queria ver o rosto de seu irmão, que ainda estava virado para a parede. Rezava pra que ele estivesse bem.

Os homens se olhavam sem saber o que fazer. Sabiam que aquele ômega tinha sido tirado da mansão de um líder de clã, com conexões que prejudicavam o Domínio, mas não sabia até que ponto ele sabia de algo. Ou se sabia de algo relevante.

O mais alto dos dois, saiu do galpão, enquanto o outro ficou. Sendo esse o que parecia se divertir mais com o que via. Ele carregava um olhar predatório beirando a loucura. Jin estremecia toda vez que olhava pra ele.

Ele estava prendendo um dos ômegas com a cinta de cilicio, e ria toda que vez que ômega franzino gania de dor.

- Mandaram levar os dois. - O alfa falou quando voltou a entrar no galpão.

- Por...favor. Ele...é... s-só... uma... c-criança. - Jin, tentou apelar.

O mais baixo dos dois foi em direção a Seokjin que tinha os olhos cheios de lágrimas. Puxou com brutalidade as amarras da cinta de cilicio perfurando um pouco mais a pele já esfolada dos pulsos do ômega.

O corpo de Seokjin caiu com força no chão, já que não conseguia sustentar o próprio peso.
Com a queda sentiu o rosto arder e sentiu como se sua cintura estivesse sendo esmagada por causa do aperto que vinha da cinta metálica fincada na pele da cintura.

Tentou puxar o ar para os pulmões que se esvaia em lufadas pesadas. Todo o corpo doía.
Jin nunca tinha sentido tanta dor em sua vida. Nem mesmo quando apanhou de um alfa que tentou invadir sua casa, uma noite, porque queria levar o Jimin. Ou quando foi atacado, quando voltava da faculdade, por um alfa que tentou a todo custo o levar para um beco.

Isso era o que se passava em sua mente, quando foi levantado bruscamente e arrastado pelo alfa menor, até uma sala que tinha um forte odor de alvejante. Rezou baixinho, pra que se houvesse uma força superior, que essa força protegesse o irmão e o ajudasse a salvá-lo.

  🐺

Jimin ainda estava escondido no closet. Seu corpo tremia e não sabia dizer se ainda era pânico, frio ou o lúpus. Não tinha coragem de sair. Tinha prometido para o irmão que ficaria ali e então só sairia quando ele aparecesse. Estava literalmente contando os segundos pra ver o irmão dizendo que podia sair dali. Sentia os pelos do braço eriçados e seu lobo tentando tomar o controle, por causa do medo. E quanto mais forte ficava essa sensação, com mais ímpeto ele rezava para que seu irmão aparecesse

Mas não foi isso que ouviu. Estava escutando movimentação novamente, mas dessa vez do lado de fora do quarto e o desespero tomou conta outra vez do ômega. Jimin apertava os dedinhos como forma de tentar se acalmar. As lágrimas caíam livremente agora pelo rosto dele. Há muito tempo ele não se sentia indefeso. E esse sentimento desperto trouxe as suas garras para fora. O lúpus estava quase no controle.

Suas costas estavam recostadas na madeira fria que revestia o interior do closet, e o frio estava ficando cada vez pior à medida que a madrugada avançava. O desespero roubava qualquer centelha de esperança que tentava alimentar.

Estava tão perdido em pensamentos que levou alguns segundos para notar a voz chorosa de Taehyung chamando por ele. Tentou falar, mas os soluços estavam fortes e as lágrimas o impediam de ver um palmo a sua frente. Sentiu a dor nos dedos com suas garras retraindo e deixou escapar um soluço misturado com um ganido.

Taehyung abriu a porta do closet e depois o fundo falso, e o abraçou, enquanto os dois choravam e se confortavam. Jimin tremia de desespero e medo e agarrava o outro ômega como se, se o soltasse ele seria tragado pelo pânico.

- Levaram o Jin. - Taehyung sussurrou, se sentindo culpado. 

Choraram em silêncio até caírem no sono, deitados no chão de carpete e encolhidos por causa do frio.

🐺

Algum tempo depois, a porta do quarto foi aberta por Hoseok que estava aflito. Sentiu o cheiro dos ômegas misturados ao cheiro forte de incenso. Olhou todo o aposento e os encontrou encolhidos no closet. Mandou mensagem para o irmão avisando que os tinha encontrado e quando os ômegas perceberam estavam sendo abraçados por Hoseok. Taehyung choramingou, quando se sentiu seguro. Hoseok usou sua presença para acalmá-los, principalmente Jimin que estava chorando de soluçar novamente.

- Tá tudo bem, amor. Vocês estão a salvos. - Ele sussurrava para o ômega que tremia em seus braços.

Depois disso, Hoseok e Yoongi, levaram os ômegas para o quarto de Taehyung para que descansassem, já que Jimin e Taehyung não se soltavam.

- Eu tô tentando ligar para a equipe de estratégia da empresa, mas ninguém atende. - Hoseok comentou com Yoongi, que estava ajeitando a coberta e olhava para Jimin agarrado a Taehyung num sono induzido por calmantes. - Esses seguranças deveriam ser de confiança... Como puderam abandoná-los aqui? 

- Vamos conversar no escritório e deixar eles descansarem. - Yoongi guiou Hoseok para fora do quarto e o abraçou assim que chegaram no corredor. Não disseram nada, só compartilharam o conforto de estar nos braços um do outro. - Não desmorone Hope. Eu tô aqui pra você. E precisamos estar prontos para sermos o apoio do seu irmão, e do nosso Jimin. - Falou por fim, e Hoseok assentiu.

Quando chegaram ao escritório, o cheiro denso de sândalo permeava o ar. Namjoon gritava no telefone com a equipe técnica que ainda não tinha conseguido achar nenhuma pista com as imagens de vigilância. O monitor do computador estava quebrado num canto e os vidros da janela espatifados aos pés do alfa. E a mão que segurava o celular estava coberta de sangue.

Yoongi nunca tinha visto tanto terror nos olhos do amigo. Nem mesmo no dia seguinte a morte do pai, onde corria o risco de ser condenado por assassinato e de perder a mãe.
Num rompante, Namjoon jogou o celular contra a parede num ato desesperado.

- ELES NÃO TÊM PISTA! - Gritou para ninguém em particular. - Como podem não ter nenhuma pista? Vocês me prometeram que eles estariam seguros aqui! Seu irmão prometeu. - Falou apontando para Yoongi, que iria responder, mas a mão de Hoseok em sua cintura o forçou a ficar onde estava. Os alfas se encaravam e o ambiente começou a ficar opressor por causa da presença de ambos.

Namjoon sentiu seu controle esvair pouco a pouco. Ele estava literalmente ficando louco e raivoso, sem seu ômega. Logo, Jungkook entrou no escritório afoito, com um tablet na mão, repassando todas as imagens.

- Isso é muito estranho... - Falou, enquanto analisava quadro a quadro do vídeo. - Olha como eles vão direto para o quarto do Tae... - Falou soltando o vídeo, e totalmente apavorado. Ele conectou o aplicativo na tv para que todos pudesse ver as imagens do corredor.

- Mas se eles vieram atrás do Tae, e levaram o Seokjin é porque não sabiam quem estavam procurando? - Hoseok perguntou, sem entender.

- Ou eles sabiam..., mas como não o encontraram, levaram o único ômega da casa. Eles não tinham como saber que Jimin e Tae, estavam aqui por causa da confusão de cheiros. - Yoongi respondeu, de cara amarrada.

Logo, o vídeo avançou e todos puderam ver o momento em que Seokjin foi tirado do quarto de Taehyung, enquanto se debatia nos braços do homem e chorava. Perceberam também um segundo homem se aproximando e injetando algo no braço do ômega, provavelmente um tranquilizante.

Pela primeira vez na vida, Namjoon não sabia qual seria o próximo passo que precisava dar. Meu ômega... Meu ômega precisou de mim e eu não o protegi, era a única coisa em que pensava.  

🐺

Jin nem tinha percebido que tinha desmaiado. Estava deitado em uma maca e sentia-se enjoado e fraco. Todo o corpo parecia esfolado, principalmente o torso que ainda era esmagado pela cinta de cilício. Virou um pouco o rosto e notou uma mulher de branco, e pela falta de cheiro deveria ser beta. Ou não estava conseguindo sentir por causa do cheiro forte de alvejante.

A mulher segurava alguns tubos para coleta de sangue, enquanto prendia o garrote no braço do ômega. Não havia a calma reconfortante e características de uma enfermeira, no olhar da mulher. Ela nem ao menos o via, o ômega percebeu.

Jin sentia seu mundo ruir pouco a pouco. Temia não conseguir ver o irmão novamente ou todos os outros a quem tinha se apegado. Não choraria. Não naquele momento.
Pouco tempo depois, a mulher tirou o garrote e saiu. Jin puxou o braço para si, notando o pequeno band-aid, onde sentia o braço dolorido pela falta de gentileza.

Tentava levantar quando ouviu a porta se abrindo novamente. Dessa vez um homem entrou, estava com uma prancheta na mão e olhava uma pasta. Ele passou a primeira folha e Jin notou uma foto sua. Estava perto o suficiente para o ômega notar que foi tirada enquanto estava desacordado. E parecia... morto.

O homem olhava Seokjin como se ele fosse uma mercadoria sendo avaliada. Olhou os dedos, as mãos, o rosto, os dentes e ia anotando tudo. Olhou os ombros e pescoço para confirmar que não havia uma marca cicatrizada.

Seokjin se sentia sujo e pequeno durante aquela vistoria. Nunca pediu tanto que alguém fosse ao seu encontro. A dor física não era nada comparada a sensação de ser visto como algo que tem preço e não valor. Mesmo contra vontade, sentiu as lágrimas quentes escorrerem pelo rosto.  

🐺


Obrigada por chegarem até aqui. Estamos chegando em uma parte sensível da fic, então por favor, continue de olho na sinalização. 💕

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