O Ceo E A Roceira 3 ~ +18

Por JuliaLima136

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Depois que eu perdi a memória tudo está muito incerto para mim. Todos dizem quem eu sou, de onde vim, sobre m... Más

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Por JuliaLima136

  Christoffer me pega pelo braço e me tranca em um dos banheiros, nessa mesma hora, Francis entra depois de esmurrar a porta. O banheiro é grande mas não a parte do mictório, Christoffer está atrás de mim.

  — Qual o seu problema? - Pergunto a Francis enquanto passo os dedos entre os cabelos preocupada e sentindo medo da situação.

  — Tem alguém com você? - Ele pergunta e eu encaro Christoffer que nega com a cabeça.

  — É claro que não! Eu te disse! Acho que estou com uma leve hemorragia e muita cólica. - Christoffer rouba um selinho meu e eu reviro os olhos.

  — Pode abrir? Eu posso...

  — Não! - Falei irritada - Quer dizer... Olha, só arrume algo para mim, aqui não tem papel higiênico. - Falei ao fitar todos os rolos do papel que estavam no banheiro na lixeira onde Chris e eu estamos presos, ele teve essa ideia claro.

  — Mas abra a porta. - Francis pede e eu passo os dedos entre os cabelos - Deixe-me ver a sua situação.

  — Emocional. - Christoffer sussurra em meu ouvido e fico sem entender – Chantagem.

  — Qual o seu problema? Por que só não pode me ajudar sem questionar? Você não confia em mim não é? Mesmo depois de eu ter falado que confio em você. - Christoffef me olha surpreso - Sinceramente... Eu quero que fique longe de mim, não está dando certo, você só me prende e desacredita de mim.

  O silêncio paira,  e enquanto isso Christoffer enrola meu cabelo em seus dedos mas tiro sua mão e faço uma careta leve e ele retribui.

  — Tudo bem. O que quer que eu faça?

  — Arrume... Absorvente, até chegarmos em casa. - Falo e coloco a mão na testa preocupada.

  — Não tem na sua bolsa? - Francis pergunta e Christoffer rouba um selinho meu.

  — Quer parar! - Sussurro pra ele.

  — O que foi que disse? - Francis pergunta desconfiado.

  Merda.

  — O sangue não quer parar! - Invento - Depressa!

  — Tá, já volto.

  Ouvimos passos dele saindo do banheiro, mas ainda fico desconfiada, assim como Christoffer.

  — Tenho que ir. - Falou abrindo a porta e pra nossa surpresa não tem ninguém - Estarei te vigiando de longe, se eu ver que Francis fez algo a você eu o mato Terrie. - Beijou minha boca e se afastou.

  — Espera - Peguei em seu braço - Terrie? - Me lembro de algo assim, dele me chamando exatamente assim, e é a voz dele que ecoa em minha cabeça.

  Christoffer vem até mim, beija minha testa e sai às pressas do banheiro. Logo tranco a porta esperando Francis chegar enquanto estou sentada no vaso já que meus pés estão doendo encima desse salto.

  Não paro de pensar em Christoffer, mesmo que eu não me lembre completamente dele, sinto que estou me apaixonando perdidamente mas como? Por que tão rápido? É como se eu realmente me sentisse protegida quando sei que ele está perto de mim, poderosa, curiosa, o que eu fiz no passado pra eu ter me arriscado tanto por ele pra está aqui agora? E por que eu quero estar aqui me arriscando por ele?

  — Olívia - Francis entra no banheiro interrompendo meus pensamentos e eu me levanto - Aqui está.

  Pego o absorvente por cima da porta, abro, jogo dentro do vaso e dou descarga, enrolo um pouco para fingir que estou me trocando e logo saio do banheiro.

  — Que cara é essa? O que houve? – Perguntou.

  — O que? - Perguntei confusa.

  — Seu cabelo. - Ele diz e eu me encaro no espelho, logo percebo que meu cabelo está todo bagunçado e minha maquiagem borrada. Droga!

  — Estou passando mal, acho que estou com febre. – Minto.

Francis coloca sua mão na minha testa.

  — Sua temperatura está normal. - Falou um pouco grosso - O que houve aqui?

  Estreito meus olhos pra ele.

  — Como o que houve? Eu já te disse! Tive uma pequena hemorragia!

  Ele entra no banheiro encarando tudo e logo olha para mim.

  — Não vejo nenhum sinal de sangue.

  — Estranho seria se eu deixasse. – Retruco.

  — Você está mentindo - Fixou seus olhos nos meus - Olívia, quem estava aqui?!

  — O que? - Estreitei os olhos - Eu estava...

  — NÃO MENTE! - Gritou comigo e dou um passo para trás assustada, logo ele segura meu braço - VAI ME RESPONDER, AGORA!

  — Você está me machucando! - Falei tentando tirar suas mãos do meu braço que me apertam -Me solta!

  Francis saiu me arrastando para fora do banheiro. Todos do restaurante nos encaram agora, mas ele parece não ligar, Francis está furioso, ele me machuca e não sei o que ele pode fazer comigo agora! Estou assustada preciso fazer alguma coisa!

  — O que está fazendo?! - Pergunto mas ele me ignora enquanto vamos em direção ao carro - Me larga! - Tentei me soltar.

  — Me de um bom motivo! - Me agarrou pelos braços agora - Me dê um bom motivo para acreditar em você!

  Fico em silêncio, não consigo pensar me nada, demorei quase uma hora naquele banheiro, onde está Christoffer? Por que ele não aparece?!

  — Você tem três segundos. - Disse num tom ameaçador - Um.... - Começou e ele aperta ainda mais seus dedos em meus braços, sinto minhas lágrimas descerem de desespero e medo - Dois... - Não consigo pensar em nada, e quando olho para trás, Christoffer está com uma arma apontada para cabeça de Francis um pouco longe de nós, não posso deixar ele matar Francis, não sabemos onde minha família está! - Três.

  O silêncio paira e sem pensar duas vezes, puxo Francis e encosto seus lábios nos meus. Minhas lágrimas descem, meu coração pulsa forte do repúdio que estou sentindo agora. Francis retribui o beijo e quando abro os olhos Christoffer está me olhando, paralisado, sem força alguma, seus olhos brilham, como se estivesse chorando, e deve estar.

  Desfaço o beijo e Francis me encara surpreso com um sorriso no rosto.

  — Estou... Eu não esperava que... Me desculpe. - Ele disse e me solta. - Desculpe por ser rude - Falou e assenti.

  Francis limpa minhas lágrimas e eu recuo de suas mãos no meu rosto.

  — Tudo bem vamos com calma. - Falou e enfiou as mãos no bolso procurando por algo - Droga... Acho que deixei a chave do carro no restaurante, espere aqui. – Assenti.

  Assim que Francis vira as costas, corro até a árvore mais próxima e sinto o líquido ácido subir pela minha garganta, coloco a mão no peito sentindo o ardor do vômito e tusso algumas vezes. Quando termino, olho para onde Christoffer estava e ele continua me olhando, mas logo vira as costas e vai embora.

  — Chris... Tentei falar mas saiu como um sussurro.

  Volto para o lado do carro a espera de Francis que já está se aproximando. Não consigo parar de chorar, não consigo descrever o nojo que sinto de mim agora.

— Estava no restaurante. - Francis diz mostrando a chave- Tudo bem amor, passou. - Pegou em meu rosto - Não irei te machucar mais.

  Tiro novamente as mãos de Francis de mim e entro no carro. Logo ele vem atrás e fomos direto para casa.

   Chegamos e continuo em silêncio. Francis recebeu uma ligação e foi atender lá fora, enquanto isso aproveito e vou para o quarto de Christoffer, bato duas vezes e ele abre a porta, suas malas estão prontas encima da cama.

  — O que está fazendo? - Falo entrando no quarto - Pra onde você vai?

  — Para o  Brasil. - Respondeu frio enquanto tranca a porta.

  — O que? Por que? - Me afastei dele - Christoffer se foi pelo que viu, aquilo foi necessário! Ele já estava desconfiado de mais, eu precisava fazer alguma coisa!

  — Eu sei. - Se sentou na cama - Sinto muito por ter que se sujeitar a essa situação, tudo... Por minha causa.

  — Eu já estou aqui, não precisa se lamentar. - Me sentei ao lado dele - Não sei porque me arrisquei tanto por você mas teve um motivo e eu quero descobrir qual...

  Christoffer passa as mãos entre seus cabelos louros.

  — Parece que um dos meus detetives encontraram vestígios de Lorena.

  — Lorena? - Perguntei confusa - Quem é Lorena?

  — Sua irmã. - Falou e agora me lembrei que Christoffer mencionou que tenho dois irmãos no vídeo onde ele resumiu a minha vida. 

  —Ah... É... - Cocei a cabeça.

  — E também, preciso resolver algumas coisas da empresa... Lins.

  — Mas pensam que você está morto!

  — Eu sei mas não vão me reconhecer devido as cirurgias e irei usar disfarce - Falou - Mas se for a sua irmã, preciso conferir, se eu achar a sua família poderei matar Francis e acabar logo com isso. - Se levantou.

  — Não quero ficar sozinha com Francis. - Fui até ele - Por favor... Já não estou conseguindo mais desculpas para não dormir com ele.

  — Não vai acontecer nada com você amor. - Segurou meu rosto - Tem algo que não sabe - Falou - Essa ilha é minha, eu comprei assim que vieram pra cá, você está cercada de polícia e seguranças que também são meus.

  — Onde? Eu não vejo...

  — Estão escondidos. E também... Alice precisa de você, amanhã a noite já estarei aqui, não irei ficar mais de três horas no Brasil.

— Não chegará a tempo. - Neguei com a cabeça - Por favor não vá!

  — Amor - aproximou seu rosto no meu - Estarei te monitorando 24 horas, nada vai acontecer com você, tá bom? Santiago está aqui, Hyelin pode não ser muito confiável mas também vai estar e além do mais, pode ficar presa no seu quarto até eu chegar, coloquei um método de proteção onde ninguém pode abrir a porta do lado de fora, Francis ficará ocupado com assuntos do filho, eu cuidei disse. - Assenti - Cuide de Alice. Amanhã estarei aqui.

  Beijo Christoffer e ele me agarra pela cintura, logo ele acaricia meu rosto e me abraça forte.

  — Se vê Lorena diga que vai ficar tudo bem. – Falei.

— Na verdade... Você e Lorena se detestam, esqueceu que furou o olho dela? Comigo... - Dei um tapa fraco em seu braço.

— Mas só fiz isso porque ela te traiu com seu primo - Falo – É estranho, acho que se fosse eu, com a Teresa sem memória eu não teria traído minha irmã.

  Christoffer me olha com uma cara do tipo "sério?". Logo ele inclina seu rosto no meu pescoço e eu mordo meu lábio inferior por isso.

— É, percebi que não - Sorriu – Vá pelas portas do fundo, coloquei uma escada até a janela do seu quarto assim que subir irei tirar.

— Tá bom...

  — Terrie - Fixou seus olhos nos meus - Eu te amo, você é minha, minha esposa, ninguém vai te machucar e nem tocar em você, não vou deixar fazer com você o que fizeram comigo - Agarrou meus cabelos - Ouça, se algo acontecer com você, se ele fizer algo a você, peço perdão, eu não me importo com os outros, irei mata-lo, sem contestar e sem pensar duas vezes.

  — Mas minha mãe, Pedro e Lorena...

  — Terrie - Fixou seus olhos verdes nos meus - Eu irei mata-lo, sem pensar duas vezes se ele encostar as mãos em você.

  Antes que eu fale alguma coisa, Christoffer beija minha testa, minha boca e se vai.

  Sinto meus olhos arderem, de medo, insegurança, não quero ficar aqui, nessa situação, quero ir embora, quero sair daqui, sumir, ter a minha vida, me lembrar e me reconhecer, não sou forte o suficiente pra isso.

  Saio pela porta dos fundos e subo a enorme escada que dá direto a janela do meu quarto, por sorte não tenho medo de altura. Assim que chego lá, no final da escada tem um homem, ele pega a escada e acena para mim, deve ser Santiago, aceno de volta.

  Chego no meu quarto e Alice está dormindo encima da minha cama assim como o esperado, confiro se tem alguém no quarto e não há ninguém, logo tiro meu vestido e coloco um pijama. Alice tem os cabelos abaixo dos ombros da cor de mel e os olhos claros, ela se parece com Christoffer, mas com a fotografia do Christoffer antigo, sem procedimentos.

  — Papai? - Alice acorda com o barulho do guarda roupa.

  — Não, sou eu. - Falo e vou até ela.

  — Ele já se foi? - Ela pergunta enquanto coça os olhos e eu assinto, coloco seus óculos escuros encima da escrivaninha.

  — Ele não está aqui, estou com medo. - Falou e fui até a janela e fechei.

  —  Nada vai acontecer conosco, estou aqui, tá bom? - Puxei ela para um abraço.

  Nesse mesmo instante alguém bate na porta.

  — Olívia, pode abrir a porta? - Alice se levanta num susto e eu faço sinal para ela ficar em silêncio.

É Francis.

  — Estou com sono. Conversamos amanhã. – Falei.

  — Durma comigo. - Pediu -É ordem.

  Alice nega com a cabeça.

  — Não, quero ficar sozinha. - Respondi a ele.

  — Abra, Olívia. - Falou com um tom assustador agora - ABRA! - Chutou a porta.

  Alice me abraça com medo e eu também.

  — Não vai responder? - Perguntou  ainda mais nervoso - Irei arrombar a porta!

  — Eu já disse que não quero! - Fritei com ele - Vá embora! Agora!

Francis começa a esmurrar a porta, ela está completamente descontrolado, é nítido seu psicopatíssimo e obsessão!

  Alice tampa os ouvidos e sinto algo vibrar a cama, levanto o travesseiro e tem um telefone aqui, o contato diz que é Christoffer então atendo imediatamente.

  — Chris...

  — O modo de segurança está ativado, vá até a porta tem um painel de controle pequeno quase imperceptível, se apertar o botão mute, não irá escutar nada do que ele fala ou faz do lado de fora.

— Mas ele está esmurrando a porta...

  — Mesmo assim.

  — A janela?

  — Você pode ver do lado de fora mas ele não pode ver nada do lado de dentro, na escrivaninha ao lado de sua cama tem dois calmantes, um para você, outro infantil para Alice, beba e descansem, se tomar agora irão acordar amanhã a tarde, prometo chegar a tempo.

  Incrível como ele pensou em tudo.

  — Ok... - Falei indo até o painel de controle e ainda sim Francis esmurra a porta. Alice chora de medo por isso  - Por favor, volta pra mim! - Falei em desespero.

  — Não saia desse quarto Teresa, ouviu bem? Nunca! Estou aqui mas já irei voltar para vocês amor.

  — Papai! - Alice grita assustada e ouço um barulho atrás do telefone, como se fosse de... Choro?

  — Chris?

  — Não irei demorar amor, diga a Alice, preciso ir. - Ele diz com voz de choro e desliga o telefone antes que eu falasse alguma coisa.

Aperto o mute e o silêncio paira, é assustador, não escutar absolutamente nada, somente eu e Alice, somente nossas respirações, consigo ouvir o som do nosso medo, ela me olha assustada, confusa e cansada.

  Alice continua me encarando com os olhos inchados, vou até a escrivaninha, abro a gaveta e tomo meu remédio, logo entrego o de Alice e voltei para cama, Alice me abraça forte em silêncio e em minutos ela adormece, pego o celular para digitar para Chris mas também acabo adormecendo.

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